Luminária futurística garante segurança de residências

Uma espécie de luminária futurística serve como ferramenta para proteger residências quando seus proprietários estão fora. O colorido Roborior, que também emite sons estranhos enquanto muda de cor, contém uma câmera digital e sensores infravermelhos que ajudam na segurança das casas.
O grande atrativo do produto, desenvolvido pelas empresas Tmsuk e Sanyo, é enviar imagens para telefones celulares. Dessa forma, quando os sensores infravermelhos identificam um intruso, o Roborior “liga” para o usuário e exibe em tempo real as imagens capturadas pela câmera.
Além de pessoas mal-intencionadas, o robô também pode monitorar aqueles que ficam em casa e precisam de atenção especial –caso de crianças e idosos.
O equipamento desenvolvido como objeto de decoração também conta com um videofone, que fica fora da estratégia de segurança. Esse equipamento se conecta com a TV para que o usuário possa ver o interlocutor na telona.

A novidade deve custar cerca de US$ 2.600 e suas vendas terão início no Japão, entre novembro e dezembro deste ano.

Folha Online

Câmara aprova quebra de patentes de remédios contra a Aids

Os deputados da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovaram nesta quarta-feira a quebra de patente dos oito medicamentos que compõem o coquetel anti-Aids, distribuído pelo Ministério da Saúde.
No governo passado, oito medicamentos tiveram as patentes quebradas e já são produzidos no Brasil. No entanto, outros oito remédios permaneceram patenteados e protegidos por uma lei aprovada em 1996.
Pelos dados do programa DST-Aids, o governo gasta US$ 950 milhões por ano para produzir e distribuir aos 160 mil portadores do HIV os medicamentos retrovirais. No ano passado, o custo era de US$ 600 milhões. Dos oito remédios que não podiam ser produzidos no Brasil, três deles custavam US$ 200 milhões. E um deles é vendido ao Ministério da Saúde com preço nove vezes maior do que o custo de produção.
“Com certeza ganhamos uma arma na negociação”, afirmou o deputado Roberto Gouveia (PT-SP), médico sanitarista e autor do projeto de lei. “A importância da aprovação desse projeto é que venceram os princípios humanitários, os interesses da saúde e da vida”, acrescentou.

O deputado explicou que o governo não é obrigado a quebrar a patente desses medicamentos, mas pode se utilizar dessa prerrogativa para, por exemplo, negociar a redução dos preços com os fabricantes internacionais.

O projeto segue agora para a CCJ do Senado, caso não haja um recurso de qualquer deputado contra a proposta. Depois de aprovado pelos senadores, segue para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

FELIPE RECONDO
Folha Online

Aeronáutica inscreve para curso de oficiais

Jovens interessados em entrar para a Aeronáutica já podem se inscrever nos cursos de formação de oficiais aviadores, intendentes ou de infantaria. Os candidatos podem ser homens ou mulheres, com idade até 21 anos, com ensino médio completo. São 78 vagas e quem for selecionado vai fazer o curso de formação na cidade de Pirassununga, no interior de São Paulo. O curso dura quatro anos e os alunos recebem uma bolsa de R$ 350, alojamento, alimentação e assistência médica. Depois do curso, o salário de oficial pode chegar a R$ 3 mil. A inscrição pode ser feita até o dia 17 de junho, pela internet no endereço( www.fab.mil.br). Em Salvador, quem quiser mais informações pode ligar para 3377-8224.

CONFIRA OS VENCEDORES E FINALISTAS DO TROFÉU JUPARÁ

A cerimônia de premiação foi realizada ontem(31 de maio) a noite na AABB de Itabuna, com a participação de artistas grapiunas das mais variadas manifestações culturais. Os ilheenses levaram 7 das 16 categorias premiadas. Click em continuação para confirir o resultado geral e os finalistas.

Banda:
Lordão

Finalistas: Cacau Com Leite e O Quadro

Cantor:
Émerson Môzart

Finalistas: Cleílton Mariano e Kokó do Lordão

Cantora:
Anne de Cidra

Finalistas: Amanda Andrade e Tarcila Miner

Canção MPB:
Sin Tu Amor, de Fabiano Carillo

Finalistas: África, de Ébano e Coisas do Passado, de Émerson Mozart

Canção Pop/Rock:
De um lado pro outro, da banda O Quadro

Finalistas: Apaguem Essa Velhinha, da Roxênt e Jeito de Menina, da Péga pá capá

Canção Axé/Pagode:
Na Gandaia, da Gang Cidade

Finalistas: Alô Rapaziada, da Vera Cruz e Suingueiras da Bahia, da Bembolado

Canção Forró:
Alô te Liguei, da banda Mel de Forró

Finalistas: Beco Sem Saida, da Banda Di Bali e Moca Bonita, da Bom Quixote

Compositor do Ano:
Roberto Rocha

Finalistas: Elivandro Kuka e Fabiano Carillo

Show:
Mel de Forró, na Concha Acústica de Ilhéus

Finalistas: Djalma Santos no TMI; e Nôzinho em Tributo a Tim Maia no TMI.

Disco:
Cacau Com Leite

Finalistas: Forró do Karoa e Mel de Forró

Teatro Adulto:
A Paixão de Cristo, do grupo Goretti

Finalistas: O Contador de Histórias Grapiúnas; e Os Suspiros de Gabriela

Teatro Infantil:
A Dama e o Vagabundo

Finalistas: Adolescente Bicho Gente e O Cavalinho Azul

Ator:
José Delmo

Finalistas: Bruno Susmaga e Jaffet Ornellas

Atriz:
Janete Lainha

Finalistas: Sônia Amorim e Tânia Barbosa

Dança:
Dinâmica e Movimento

Finalistas: Espetáculo Raízes e Tchu & Cia

Artes Plásticas:
Rildo Moreira

Finalistas: Goca Moreno e Waldirene Borges

Pedro Mattos será homenageado com nome de praça

Está tramitando na Câmara de Vereadores de Ilhéus o Projeto de Lei que substitui o nome da Praça Conselheiro Luis Viana no Largo do Teatro Municipal para PRAÇA PEDRO MATTOS. O Projeto de Lei apresentado pelo vereador Jailson Nascimento é uma justa homenagem ao ator, diretor e jornalista que tanto ajudou a divulgar a nossa história, além de promover a produção de grandes espetáculos que levou o nome de Ilhéus para todo o Brasil.

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Cientistas mostram que células-tronco são estáveis

Uma pesquisa publicada na revista Nature Genetics mostrou que as células-tronco extraídas de embriões humanos são muito mais estáveis do que cientistas acreditavam.
As células-tronco, que são células ainda sem diferenciação, têm segundo a ciência um potencial de curar doenças como câncer e mal de Parkinson ou males provocados por traumas, já que podem ser transformadas em qualquer tecido (e até órgãos) do corpo humano.
Havia um certo medo de que os genes das células-tronco pudessem passar por mudanças que os tornaria instáveis para corrigir problemas quando as células fossem usadas em uma terapia.
Mas cientistas da Universidade de Cambridge, na Grã-Bretanha, afirmam que essse temor não tem fundamento. Eles analisaram seis genes de quatro linhagens de células-tronco extraídas de embriões humanos.

“O fato é que elas são mais estáveis do que, por exemplo, células semelhantes extraídas de camundongos, cujos genes sofrem alterações no decorrer do processo”, disse Roger Pederson, chefe da pesquisa.

Os cientistas avaliaram apenas células extraídas de embriões humanos descartados devido a abortos. Ainda não se sabe se embriões clonados se desenvolvem nas mesmas condições.

Imprinting

Os cientistas mostravam-se preocupados com fatores bioquímicos, que têm um papel fundamental em controlar a atividade genética da célula durante o seu desenvolvimento e diferenciação.

Esses fatores asseguram, por exemplo, que a atividade dos genes seja balanceada à medida em que sua estrutura física vai mudando.

Como herdamos duas cópias de cada gene, um de cada pai, há um perigo de que a combinação de alguns desses genes se torne, por exemplo, potente demais.

Os fatores bioquímicos controlam o chamado imprinting (mistura) genético. Os cientistas tinham medo de que, uma vez manipuladas em laboratório, essas céulas não se desenvolvessem da forma correta, não crescendo ou crescendo demais – anulando um eventual tratamento.

BBC BRASIL

Câncer pode levar a problemas cognitivos, diz pesquisa

Sobreviventes de câncer podem sofrer risco de desenvolver problemas como a perda de memória e dificuldade de aprendizagem, segundo uma pesquisa da Universidade do Sul da Califórnia.
O estudo concluiu que aqueles que se submeteram a tratamento para câncer têm duas vezes mais chances de desenvolver problemas nas funções cognitivas do que quem nunca se submeteu a tratamento.
Os pesquisadores disseram que é possível que os danos causados pela quimioterapia sejam responsáveis pelo problema, mas eles ressaltam que o estudo está em fase inicial e são necessárias mais pesquisas para identificar as causas.
O estudo foi publicado na publicação do Instituto Nacional do Câncer.
A possibilidade de que o câncer e seu tratamento estejam ligados a disfunções cognitivas já foi levantada em outras pesquisas, mas esta é a primeira vez que os efeitos são estudados por longo prazo.

A pesquisa acompanhou 702 pessoas que tiveram câncer e seus irmãos gêmeos, que não desenvolveram a doença.

Cerca de 15% dos ex-pacientes de câncer demonstraram problemas cognitivos, enquanto apenas 9% dos irmãos gêmeos desses pacientes desenvolveram os mesmos problemas.

Os cientistas disseram que, com o resultado, abre-se a possibilidade de que os problemas cognitivos se tornem piores com a idade.

Eles argumentam que a comparação entre os ex-pacientes de câncer e seus gêmeos saudáveis mostra que as disfunções cognitivas não podem ser atribuídas apenas ao processo de envelhecimento.

O estudo, no entanto, não sugere nenhuma causa específica para o desenvolvimento dos problemas cognitivos nos ex-pacientes de câncer.

Os pesquisadores dizem ser possível que a quimioterapia ou outros tratamentos de câncer causem problemas a longo prazo, mas eles afirmam que os problemas podiam existir já antes do tratamento.

Eles também lembram que fatores como o consumo de álcool e um estilo de vida sedentário, que aumentam o risco de câncer, também aumentam o risco de desenvolvimento de problemas nas funções cognitivas.

Eles planejam agora uma nova pesquisa, acompanhando sobreviventes de câncer que se submeteram a diferentes tratamentos.

BBC BRASIL

Entidades rejeitam novo modelo de cotas para universidades

Movimentos sociais criticaram ontem a nova versão do projeto de reforma universitária do Ministério da Educação (MEC). Eles exigem a volta do modelo de cotas presente no documento inicial.
Na nova proposta, apresentada anteontem, as universidades federais ganham um prazo de dez anos para atingir a meta de preencher 50% das suas vagas com alunos do ensino médio público.
Além disso, o MEC retirou de sua proposta as partes que coincidiam com um projeto de lei que tramita no Congresso Nacional, que também prevê as cotas. O ministério quer que sua reforma complemente esse projeto.
Outra mudança foi a possibilidade de cada instituição escolher seu mecanismo para atingir a meta. Na versão anterior, as universidades deveriam reservar as vagas.
“Ficamos desamparados”, disse o coordenador da ONG Educafro (Educação e Cidadania de Afrobrasileiros e Carentes), frei David Santos. Para ele, antes havia duas frentes para a inclusão social -o projeto de lei e a reforma universitária. “Agora, só temos uma.”

O coordenador do MSU (Movimento dos Sem Universidade), Sérgio Custódio, atacou o tempo dado às universidades. “Não podemos esperar mais dez anos.”

Outro lado

Ronaldo Motta, da comissão que elaborou a proposta de reforma universitária, disse que o documento do MEC deverá complementar o projeto que está no Congresso. Um dos exemplos é o prazo dado para as universidades. “A mudança não pode ser brusca.”

O presidente da Andifes (associação que representa as federais), Oswaldo Baptista Duarte Filho, elogiou o prazo e a liberdade para cada universidade escolher sua forma de inclusão. “Houve respeito com as instituições.”

A UFPR (federal do Paraná) destinou 40% de suas vagas para as cotas neste ano. Seu reitor, Carlos Augusto Moreira Jr, considerou “um avanço” o governo deixar que as instituições adotem regras próprias para chegar à meta.

FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo
Colaborou a Agência Folha

INFORMES – ASCOM – PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHÉUS

Prefeitura de Ilhéus reedita o programa AABB Comunidade;

Ilhéus dedica semana à consciência ambiental;

“Quartas Culturais” presta homenagem a Madre Thaís;

Prefeitura divulga o turismo ilheense em evento nacional;

Recursos municipais asseguram o funcionamento de UTIs em Ilhéus.

Prefeitura de Ilhéus reedita o programa AABB Comunidade

A Secretaria de Educação de Ilhéus lança no próximo dia 9 de junho, a partir das 9 horas, na Associação Atlética Banco do Brasil, o Programa Integração AABB Comunidade, que beneficia 110 crianças e adolescentes, de 7 a 14 anos de idade. À solenidade estarão presentes o prefeito Valderico Reis, o gerente da agência local do Banco do Brasil, Aderson de Castro Neto, o presidente da AABB, José Tadeu Anunciação, os secretários Almir Gonçalves (Educação), Luciana Reis (Governo) e Fátima Reis (Trabalho e Ação Social), vereadores, lideranças estudantis e comunitárias, pais de alunos, dentre outras autoridades. O programa destina-se a estudantes da rede pública de ensino e pertencentes a famílias de baixa renda.
Um dos objetivos é contribuir para a inclusão e permanência das crianças nas escolas e combater a evasão e a repetência escolar. Até o final de novembro, os alunos participam de atividades em diversas modalidades esportivas, a exemplo de handebol, futsal, futebol soçaite, capoeira, natação e arte-educação, além de reforço escolar e alimentar. Em paralelo, os monitores do programa irão trabalhar com vários temas, como “Alimentação saudável”, “Horta comunitária” e palestras sobre temas ligados à saúde, cidadania e participação comunitária.
Com presença destacada em 25 estados brasileiros, o AABB Comunidade desenvolve acompanhamento ao longo do período letivo, no mínimo três vezes por semana, e trabalho específico direcionado à higiene e à saúde bucal. Todos os participantes recebem kits com uniformes, objetos de uso pessoal e material necessário para a realização das atividades. O programa tem como premissa a mobilização da comunidade, possibilitando o estabelecimento de parcerias com diversos segmentos da sociedade para a construção de um futuro melhor para os jovens.

Ilhéus dedica semana à consciência ambiental

Com a proximidade do Dia Mundial do Meio Ambiente, a Prefeitura de Ilhéus programou uma série de iniciativas de conscientização para a importância dos recursos naturais. A programação será aberta às 9 horas desta quarta-feira (dia 1º), na Fundação Universidade Livre do Mar e da Mata (Maramata), situada no bairro Nova Brasília. Haverá palestra e plantio de mudas de pau-brasil, atividades que contarão com a presença do prefeito Valderico Reis.
A presidente da Maramata, Ângela Souza, diz que as palestras sobre meio ambiente serão levadas às escolas públicas, desta quarta até a próxima sexta-feira. Nos estabelecimentos de ensino, os alunos também serão convidados a participar do plantio de árvores. Para o sábado (4), a Maramata programou um Pedágio Ecológico, com a distribuição de panfletos em dois pontos de grande circulação de veículos e pedestres.
O auge da programação vai acontecer no domingo (5), a partir das 10 horas, quando será realizada a VIII Canoagem Rumo ao Mato Virgem. As embarcações sairão da sede Maramata e vão seguir até o Banco da Vitória, num passeio que reproduz o percurso feito no século XIX pelo príncipe Maximiliano, da Áustria, em viagem de pesquisa ao Brasil.
No fim de semana, a Secretaria de Meio Ambiente vai promover uma série de atividades referentes ao dia dedicado à consciência ecológica. Sexta-feira, haverá distribuição de material informativo, plantio de mudas em vários pontos da cidade, além de mostra de documentários na Fundação Cultural. No domingo, a Secretaria vai mobilizar equipes nas praias do sul e do norte, em um trabalho junto aos banhistas e funcionários de cabanas, no qual será destacada a importância de se manter a limpeza da orla.

“Quartas Culturais” presta homenagem a Madre Thaís

“Madre Thaís: um exemplo em Ilhéus” é o tema da palestra do Projeto Quartas Culturais que acontece a partir das 19h30min deste dia 1º de junho, no auditório Fernando Leite Mendes da Fundação Cultural de Ilhéus (Fundaci). A vida da religiosa será lembrada pela coordenadora da campanha de restauração do Convento Nossa Senhora da Piedade, Regina Célia Mendonça do Amaral
Madre Thaís do Sagrado Coração Paillar empenhou-se para angariar recursos junto aos coronéis do cacau e demais membros da comunidade, com o objetivo de fundar a Escola Normal da Piedade e, nove anos depois, o Orfanato Santa Ângela, importantes estabelecimentos de ensino que se mantêm em funcionamento. Madre Thaís ingressou muito cedo na Ordem das Ursulinas, em Quimperlé, França, onde estudou. Designada pela Ordem para atuar no Brasil, viveu neste País por 40 anos.

Prefeitura divulga o turismo ilheense em evento nacional

Ilhéus chefia a delegação da Costa do Cacau que irá apresentar os produtos e roteiros turísticos ao país durante o Salão do Turismo – Roteiros do Brasil, que começa nesta quarta-feira (1º de junho), em São Paulo. O potencial do turismo ilheense será mostrado durante o evento, que deve atrair cerca de 100 mil pessoas ao Expo Center Norte. Será um público seleto, reunindo empresários a gestores públicos, profissionais do setor, operadores e agentes de viagem.
A Secretaria Municipal de Turismo terá um estande para mostrar os atrativos locais e o potencial turístico de Ilhéus. O secretário Raymundo Mazzei explica que a cidade tem se estruturado para oferecer diferentes tipos de motivação de viagem e isso está exposto numa folheteria que será distribuída aos visitantes do estande no evento em São Paulo. O material promocional apresenta ao público o mapa de Ilhéus, informações e fotos dos principais pontos turísticos e históricos da cidade.
O evento será uma grande oportunidade para Ilhéus e os municípios da Costa do Cacau mostrar roteiros turísticos, com as motivações Natureza (Sul da Bahia Receptivo), Aventura (Órbita Turismo) e Cultura (Traffic Tour), além dos eixos Costa do Cacau Norte-Sul e Sul-Norte. Ao todo, são sete municípios da Costa representados no evento. O Ministério do Turismo investiu cerca de R$ 12 milhões em estrutura e divulgação do Salão, que contará também com operadoras de turismo de outros países.
O diretor de promoções da Secretaria Municipal de Turismo, Hermano Fahning, disse que o Salão é o grande evento do ano para o setor. “É uma grande oportunidade que se abre para Ilhéus promover o turismo e captar novos negócios”, diz. Já Mazzei destaca o esforço do município para formatar novos produtos, a exemplo da rota do Rio de Engenho, um projeto ambicioso que visa explorar o potencial do pequeno distrito ilheense, rico em biodiversidade e história.

Recursos municipais asseguram o funcionamento de UTIs em Ilhéus

A destinação de uma verba anual de aproximadamente R$ 750 mil por parte da Prefeitura de Ilhéus vai assegurar o funcionamento das unidades de tratamento intensivo (UTI) dos hospitais São José e Regional Luiz Viana Filho. Nesta terça-feira (31) a secretária municipal de Saúde, Vera Jasmineiro, afirmou que as obras de instalação da UTI do Regional entram agora na fase final e a previsão é de que a unidade possa funcionar a partir do dia 15 de junho.
Quando as UTIs estiverem em funcionamento, os dois hospitais passarão a disponibilizar 14 leitos de terapia intensiva para atendimento aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Até janeiro, a cidade contava com apenas seis leitos, dos quais apenas três estavam credenciados para o atendimento a pacientes do SUS. A secretária Vera Jasmineiro destaca a sensibilidade do prefeito Valderico Reis em assegurar os recursos necessários para a reabertura do serviço no São José e a instalação da UTI no Regional.
Vera afirma que o prefeito assegurou o repasse de recursos para o São José e, em tempo menor que o previsto, obteve a garantia do governador Paulo Souto e do secretário estadual de Saúde, José Antônio Rodrigues, da entrada em funcionamento da Unidade no Regional. “Foi uma grande luta que contou também com o apoio do deputado Ronaldo Carletto”, destaca. Vera lembra que a instalação do serviço de tratamento intensivo no Regional estava prevista somente para 2006.
O Hospital pertence ao Estado, mas contará com recursos adicionais do município para custear despesas com salários de médicos e profissionais como psicólogos e terapeutas, num total de R$ 35 mil. O prefeito Valderico Reis disse que o esforço do município faz parte de um processo de modernização e ampliação dos serviços de saúde em Ilhéus. “Além dos recursos para o São José e o Regional, já autorizamos o repasse mensal de verba para o funcionamento do serviço de pronto-socorro do Hospital Santa Isabel”, enfatiza o prefeito.

Empenho
O município assegurou ao Santa Isabel verba de R$ 14 mil, por mês, para custear equipe de profissionais que atende no pronto-socorro. Vera Jasmineiro reafirmou que a saúde é uma das prioridades do prefeito e lembrou que a administração tem se preocupado com todos os detalhes para que o atendimento em UTI que será oferecido a partir de junho tenha qualidade. No início do mês, todos os profissionais dos hospitais São José e Regional passaram por um curso de qualificação e humanização de atendimento em unidades de tratamento intensivo, promovido pelas secretarias de Saúde do município e do Estado.
A iniciativa contou com a participação de aproximadamente 100 profissionais – entre médicos, psicólogos, terapeutas profissionais e equipes de apoio. Segundo Vera, o governo tem se preocupado com a qualidade do atendimento nesta área e procurado ampliar o número de procedimentos de alta complexidade no município. “Queremos garantir um maior nível de resolutividade nos procedimentos médico-hospitalares”, diz.

Paulo Souto descentraliza ações e atende prefeitos na sede da Amurc

O governador da Bahia, Paulo Souto, garantiu ao presidente da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) e prefeito de Itapé, Pedro Jackson Brandão (Pedrão), que após a entrega da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São José, em Ilhéus, nos próximos dias, vai atender os prefeitos na sede da instituição, em Itabuna. A informação foi dada durante audiência na governadoria, quando esteve acompanhado do deputado federal Paulo Magalhães. Na oportunidade, o governador parabenizou o 2º Fórum de Gestão Municipal que teve dentre outros objetivos a luta para fortalecer os municípios e atuar como elo entre os prefeitos e o governo baiano.

Na audiência, o governador destacou a descentralização das ações de atendimento no interior do estado, afirmando que vai priorizar os gestores da Amurc que têm projetos já encaminhados nas diversas secretarias baianas. “Na verdade essa é uma das importantes oportunidades de se discutir de forma conjunta com o governador a problemática de nossa região e ao mesmo tempo apresentar propostas para o fortalecimento dos municípios-associados, além de mostrar as dificuldades financeiras enfrentadas por cerca dos 80% das prefeituras baianas”.

Duelo entre equipes é atração no Maresia Brasileiro de Surf Amador

É grande a expectativa para a terceira etapa do Maresia Brasileiro de Surf Amador 2005, que acontece entre os próximos dias 10 e 12 de junho na praia de Batuba, em Olivença, estância hidromineral localizada no município de Ilhéus (BA). A prova reúne as principais estrelas do surf amador nacional e conta com as categorias Open, Júnior, Mirim, Iniciante, Feminino Open e Feminino Júnior, além da tradicional disputa entre equipes.
Depois do predomínio catarinense nos dois últimos anos, agora é a vez de São
Paulo comemorar a liderança no disputado circuito. O time paulista ainda não
venceu este ano, mas ficou com o vice nas duas etapas realizadas até o momento e
é premiado pela regularidade.

Na praia do Beach Park, em Aquiraz (CE), a festa foi do Rio Grande do Norte, que
ultrapassou a Bahia no terceiro e último dia de prova para subir ao lugar mais
alto do pódio. Os baianos ainda foram deixados para trás por São Paulo e
terminaram na terceira posição.

A praia de Maresias, em São Sebastião (SP), sediou a etapa seguinte. Depois da
péssima campanha na abertura do circuito, onde amargaram o quinto lugar, os
catarinenses se recuperaram e deram show no litoral norte paulista. Com a
vitória, subiram para a segunda posição no ranking e ameaçam os líderes.

Invencibilidade catarinense – A principal arma de Santa Catarina para esta etapa
é o excelente retrospecto nas ondas de Ilhéus. Desde que o município passou a
receber o circuito, em 2002, os catarinenses ainda não provaram o gosto da
derrota na etapa ilheense.

Com três talentos que vêm fazendo a diferença no Maresia Brasileiro de Surf
Amador 2005, São Paulo luta para acabar com o predomínio catarinense em Ilhéus e
manter a liderança no circuito. Jefferson Silva, Wiggolly Dantas e Miguel Pupo
atravessam excelente fase e comandam o ranking em suas respectivas categorias.

Na Júnior, Jefferson foi vice na primeira etapa e dominou a segunda competição,
disparando na liderança do Brasileiro. Wiggolly repetiu as performances do
companheiro de equipe e aparece na frente na Mirim com 1.900 pontos. Miguel Pupo
só fez diferente na primeira etapa, onde ficou em terceiro lugar.

Assim como Jefferson e Wiggolly, saiu vitorioso na prova seguinte e passou a
liderar a Iniciante. A categoria Open tem como principal destaque o catarinense
Thomas Hermes, que roubou a cena em Maresias para alcançar a primeira colocação
no ranking com uma belíssima vitória.

Domínio nordestino – As garotas também prometem show de surf na praia de Batuba.
Nas duas categorias em disputa, melhor para as atletas do Nordeste. A
pernambucana Monik Santos ocupa o topo do ranking na Feminino Open, enquanto a
paraibana Diana Cristina, também conhecida como “Tininha”, toma conta da primeira
posição na Júnior.

Antidoping – A Confederação Brasileira de Surf (CBS) mantém a rotina de realizar
exame antidoping no Maresia Brasileiro de Surf Amador 2005. A medida é uma
exigência do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Segundo Juca de Barros, presidente
da CBS, as confederações devem ter um programa de controle de dopagem para que o
esporte seja oficialmente reconhecido e passe a receber os benefícios instituídos
na Constituição Brasileira e na Lei Pelé.

Na etapa de abertura do brasileiro amador, o atleta sorteado foi Ian Gouveia,
filho do consagrado surfista profissional Fabinho Gouveia. Em seguida, a paulista
Luana Coutinho passou pelo antidoping na praia de Maresias. Os exames deram
negativo. A novidade na etapa ilheense é que desta vez dois atletas serão
sorteados entre os 24 finalistas da competição. O regulamento e as substâncias de
uso permitido e de uso proibido estão disponíveis na página oficial da
Confederação Brasileira (www.cbsurf.com.br).

Homenagem – Uma das atrações em Ilhéus é o Troféu Nilton Barbosa, homenagem da
CBS a um dos melhores fotógrafos da história do surf brasileiro, falecido no
último dia 24 de janeiro em virtude de um aneurisma cerebral. O prêmio é
destinado ao autor da melhor foto de cada etapa do Brasileiro Amador publicada em
jornais, sites ou revistas. A diretoria da CBS fará uma reunião em Ilhéus para
escolher os vencedores das duas primeiras etapas.

O circuito é uma realização da Confederação Brasileira de Surf (CBS) e tem
supervisão do Ministério do Esporte e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). O
patrocínio é da Maresia Boardtech, com divulgação do site Waves.Terra e revista
Fluir. Além da Maresia, a etapa baiana conta com os patrocínios da Prefeitura
Municipal de Ilhéus, lojas Backdoor, VI Fiberglass, realização da Federação
Baiana de Surf (FBS) e apoio das pranchas Wave Star e Associação Olivença de Surf
(AOS).

Ranking após segunda etapa

Open

1 Thomas Hermes (SC) 1656
2 Flávio Nakagima (SP) 1556
3 Alex Lima (PR) 1341
4 Edvan Silva (CE) 1000

Júnior

1 Jefferson Silva (SP) 1900
2 Thomas Hermes (SC) 1431
3 Jadson André (RN) 1387
4 Alejo Muniz (SC) 1260

Mirim

1 Wiggolly Dantas (SP) 1900
2 Johnny Max (RN) 1656
3 Franklin Serpa (BA) 1466
4 Alejo Muniz (SC) 1187

Iniciante

1 Miguel Pupo (SP) 1710
2 Cauê Wood (SC) 1531
3 André Pastori (RJ) 1330
4 Matheus Toledo (SP) 1282

Feminino Open

1 Monik Santos (PE) 1729
2 Diana Cristina (PB) 1656
3 Gabriela Teixeira (RJ) 1539
4 Nathalie Martins (PR) 1431

Feminino Júnior

1 Diana Cristina (PB) 1900
2 Gabriela Teixeira (RJ) 1656
3 Bruna Schimitz (PR) 1458
4 Nathalie Martins (PR) 1341

Equipes

1 São Paulo 1800
2 Santa Catarina 1656
3 Rio Grande do Norte 1590
4 Bahia 1539
5 Rio de Janeiro 1400
6 Paraná 1385
7 Pernambuco 1009
8 Ceará 961
9 Paraíba 817
10 Alagoas 736
11 Espírito Santo 478

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Câmara realiza sessão especial em homenagem a Irmã Madre Thaís

A sessão será realizada a partir das 16h desta quarta-feira (01) no auditório da Piedade. Na oportunidade os vereadores homenagearão Madre Maria Thaís, que muito cedo ingressou na Ordem das Religiosas Ursulinas em Quimperlé na França, onde estudou e diplomo-se, seguiu sua carreira religiosa revelando-se uma grande empreendedora, o que motivou sua nomeação para a Provincial das Ursulinas do Brasil, onde viveu 40 anos.
Em Ilhéus, Madre Thaís do Sagrado Coração Paillart travou uma enorme luta para, com a ajuda dos coronéis do cacau e das pessoas da comunidade em geral, conseguir o dinheiro necessário para fundar em fevereiro de 1922 a Escola Normal do Istituto Nossa Senhora da Piedade e posteriormente, em 1934 o Orfanato Santa Ângela, importantes instituições que permanecem vivas em nossa cidade até os dias atuais. Foi Primeira Priora da Piedade até 1927; Provincial até 1937 e ao completar 70 anos foi designada ao cargo de Vice-Priora da Instituição.A Madre veio a falecer em 5 de junho de 1955, deixando-nos a certeza de missão cumprida e é com essa certeza que a Câmara de Vereadores prestará essa justa homenagem.
Atendendo solicitação da coordenadora da Campanha de Restauração da Igreja Nossa Senhora da Piedade, Regina Mendonça, o presidente da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Ilhéus, Raymundo Veloso, propôs uma Sessão Especial em comemoração ao Cinqüentenário da Morte da Irmã Madre Thaís, levando em consideração os relevantes e inestimáveis serviços prestados à comunidade ilheense, “é uma grande baluarte do Instituto Nossa Senhora da Piedade e a fundadora da Primeira Escola Normal de Ilhéus”, disse Veloso.

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Britânicas usam hipnose para evitar dor no parto

Mulheres prestes a dar à luz estão recorrendo à hipnose, na Grã-Bretanha, para ter um parto menos doloroso.
O Hipnonascimento – como vem sendo chamada a técnica – é baseado na crença de que a dor e o desconforto que acompanham a mãe na hora de dar à luz não são naturais.
As mulheres estão aprendendo a se hipnotizar, além de técnicas de relaxamento e respiração para ajudar na hora do parto.
Em 2001, um estudo mostrou que cerca de 80% das grávidas britânicas dão à luz de forma natural, em geral com a assistência de parteiras.
No Brasil, este número era de pouco mais de 60% em 1999, segundo dados do SINASC (Sistema de Informações dos Nascidos Vivos).
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a taxa de cesarianas não seja maior do que 15% em nenhum país.

Na Escócia, foi criado um curso de técnicas de Hipnonascimento para as parteiras, que poderão ensiná-las às jovens mães.

“Muitas mulheres têm medo de parto natural”, diz Renee Buchanan, a hipnoterapeuta que vai dar o curso na Escócia em setembro.

“Elas ouvem histórias de partos dramáticos e dolorosos. Isso causa tensão que se transforma em dor e não permite que o parto ocorra da maneira como deveria”, completa.

“O Hipnonascimento não garante um parto sem dor, mas argumenta que ele pode ser muito mais confortável.”

O curso será uma extensão no treinamento das parteiras.

“Se trata de trazer bebês ao mundo de uma maneira mais calma e pacífica. A mãe é treinada para se envolver com os movimentos do bebê e trabalhar em harmonia com o corpo”, diz Buchanan.

O Hipnonascimento foi desenvolvido nos Estados Unidos há 15 anos e é baseado no trabalho do obstetra inglês Grantly Dick-Read.

Ele percebeu que mulheres que estavam calmas e tinham expectativas positivas em relação ao parto sentiam menos dor do que as que estavam com medo.

BBC BRASIL

Codeba empossa gestor do Porto de Ilhéus

Nilton Cardoso da Cruz, que substitui Eduardo Melquíades da Silva. A cerimônia aconteceu na quarta-feira, no Porto Internacional de Ilhéus, com a presença do presidente da Companhia das Docas da Bahia, Geraldo Oliveira.
Além da posse, o porto inaugurou seu dolfin, que garante mais segurança na atracação dos navios graneleiros de grande porte e permite a extensão do cais para a atracação simultânea de até três navios de tamanho médio.
“Essa obra vai criar melhores condições para a exportação de produtos como soja, hoje responsável por 90% do atual movimento do porto e do cacau, além de atrair novos produtos”, afirma Oliveira.
A inauguração do dolfin ampliou a área do cais em 80 metros, mas as obras prevêem também a construção de mais dois berços de atracação, novos galpões para armazenagem, inclusive de algodão, que pode passar a ser exportado por Ilhéus, e o aumento do calado de 10 para 12 metros.
A ampliação do porto de Ilhéus faz parte de um projeto de modernização do sistema portuário que vai atingir também os portos de Aratu e Salvador, principalmente porque a Bahia, por sua posição estratégica, pode ser a porta de saída de produtos das regiões Nordeste, Centro Oeste e parte do Sudeste para a Europa e Estados Unidos.

Curso em Ilhéus abre portas para uma carreira marítima

A indústria de cruzeiros marítimos tem superado qualquer outro seguimento do turismo, empregando cerca de 700 brasileiros por temporada. O número de clientes tem aumentado (12 milhões somente em 2003), assim como os investimentos em novos navios e a abertura de novos postos de trabalho. Diante desses números, a Ação Consultoria está promovendo um seminário com o tema “Mercado de trabalho em navios e Cruzeiros”. Ela fez uma parceria com a empresa Cruise Consulting, que possui sede em Londres e é dirigida pelo consultor brasileiro Bráulio Candian Júnior, que possui 26 anos atuando a bordo. O Seminário foi feito para pessoas que ainda estão indecisas se farão a 2° edição do curso de Introdução para a Carreira Marítima, nos dias 2 e 3 à noite, e 4 e 5 em período integral, no auditório do Hotel Aldeia da Praia. Os cruzeiros abrem vagas em mais de 700 funções diferentes como recepção, excursões, atendentes de lojas, camareiras, cabeleireira, garçons, cozinheiros, fisioterapeutas, massagistas, professores de ginástica, monitores de recreação. De acordo com Candian Jr, a faixa salarial varia de mil a oito mil dólares mensais, além de gorjetas e bonificações. O Seminário será nesta terça-feira, 31, a partir das 19h30min, terá duração de três horas, no auditório do Módulo Center. Maiores informações e inscrições no site www.acrh.com.br ou pelo telefone (73) 3212-4501.

Jupará premia vencedores hoje à noite

Hoje é um grande dia para os artistas regionais que estão concorrendo ao Troféu Jupará 2005. A festa de premiação começa às oito horas da noite na AABB de Itabuna.
O Jupará irá premiar os artistas regionais em 16 categorias de artes plásticas, música, dança e teatro. Pela primeira vez em doze anos do evento, 31% dos concorrentes novatos são finalistas no troféu.
Também pela primeira vez será gravado um DVD ao vivo com as músicas dos participantes do Troféu Jupará, que é o único da Bahia votado diretamente pelo público em computadores.
Os convites para a festa ainda podem ser retirados nas sedes do Jornal A Região e rádio Morena FM, no centro de Cultura Adonias Filho, em Itabuna, e na Casa dos Artistas, em Ilhéus.

CAFÉ LITERÁRIO DO FÊNIX HOMENAGEARÁ A BAHIA

Com o tema “Bahia, um estado de encantos e sabores”, o colégio Fênix Objetivo, de Ilhéus, realizará no próximo dia 4 de junho, sábado, no centro de convenções Luiz Eduardo Magalhães, a edição deste ano do Café com Literatura, um espetáculo de atividades extra classe que transcende a sala de aula e promove uma exibição de caráter cultural com todos os estudantes da quinta-série ao terceiro ano. A apresentação está marcada para às 19 horas. A coordenadora do evento, professora Ângela Márcia Damasceno, avisa que é importante chegar no horário, porque haverá uma recepção especial com a participação de blocos afro e exibição de capoeira.
Os convites serão distribuídos pela própria escola. Cada convidado deve entregar, na entrada, um litro de leite longa vida que será revertido para famílias carentes. Os trabalhos são mostrados em várias linguagens, como dança, teatro e música, com a finalidade de “mergulhar” no mundo da literatura. Além de destacar escritores e compositores baianos, o evento vai ressaltar as belezas naturais, a culinária, a religiosidade e as festas populares mais importantes do estado. Jorge Amado, por exemplo, será lembrado através de alguns personagens e da culinária retratada em sua obra literária.

Autores como Dorival Caymmi, Castro Alves, Gregório de Mattos, Vinicius de Morais, Gilberto Gil, Caetano Veloso, terão textos em destaque. Carmem Miranda também será lembrada, por representar um ícone de imagem da Bahia. Alguns autores regionais estarão no repertório, a exemplo de um cordel do escritor e professor Árleo Barbosa. A professora Ângela Márcia afirma que a mostra Café com Literatura tem contribuído para revelar novos talentos na escola e melhorar a convivência entre os próprios alunos. Durante a apresentação, haverá uma homenagem à garota Geiza Gabrielle, ex-aluna do Fênix, que foi barbaramente assassinada no final do ano passado.

CHAT DA NOTÍCIA – POR VALÉRIO MAGALHÃES

SÃO JOÃO MAGRO

O tempo não está pra peixe, nem pra caranguejo. E parece não estar também para o clima das festas de São João.

• Uma das maiores festas juninas do sul da Bahia, a de Itapé, já foi cancelada pelo prefeito da cidade, Pedro Jackson Brandão, que é o presidente da Associação dos Municípios da Região Cacaueira, Amurc. Pedrão anunciou o cancelamento das festas, tanto o São João antecipado como o oficial, depois de cruzar os dados da situação financeira do município.

• A festa também não foi oficialmente anunciada pelos municípios de Ilhéus e Itabuna, que têm tradição na temporada junina. Por enquanto, o clima de forró fica por conta das festas organizadas, como acontece neste sábado, no Boca du Mar, em Ilhéus. Em Amargosa e Jequié os agitos estão programados. Em Canavieiras, o arrasta pé foi antecipado para este final de semana, por conta do aniversário da cidade, dia 24 de maio.

JUSTIÇA DO TRABALHO

A Ordem dos Advogados de Ilhéus promoveu um seminário específico para discutir a ampliação da competência da Justiça do Trabalho.

• O evento reuniu autoridades judiciárias, advogados e alguns estudantes de Direito, no auditório do Fórum da Justiça Federal, para um debate sobre a Emenda Constitucional 45, de 2004, que amplia a jurisdição trabalhista para decisões de questões previdenciárias e sindicais, por exemplo.

• O presidente da OAB, Leonel Cristo Pontes, atraiu para Ilhéus os juízes trabalhistas Waltércio Oliveira, Eloína Machado e Nélia Oliveira, os juízes de Direito Helvécio Argolo e Jorge Luís Dias Ferreira, o presidente da Associação Bahiana dos Advogados Trabalhistas – ABAT, Antônio Menezes, o promotor Olivan Costa Leal. Estiveram presentes também os professores Antônio Maron Agle, Saul Quadros Filho, Gilberto Gomes, Nei Viana, Carlos Alfredo Cruz Guimarães, Sandra Milanesi, da Faculdade de Ilhéus, e Antonio Carlos Macedo, diretor do Departamento de Direito da UESC.

• Um grande evento vai comemorar os 40 anos da Justiça do Trabalho em Ilhéus. Será realizado, de 8 a 10 de junho, no auditório Paulo Souto da Universidade Estadual de Santa Cruz, o Seminário sobre Novos Paradigmas do Direito Privado Brasileiro. O juiz Rodolfo Pamplona Filho está na coordenação do evento. Haverá uma sessão de julgamento da 1a. Turma do Tribunal Regional do Trabalho(TRT) com processos da jurisdição local.

UM NOVO ABRIGO

Quem visita o Abrigo São Vicente de Paula, no bairro da Conquista, em Ilhéus, percebe logo que ali se faz uma revolução.

• A casa de convivência dos idosos, dirigida há quase quatro anos pelo geriatra Antônio Carlos Espírito Santo, continua em obras, mas os internos já têm novos apartamentos, sala de fisioterapia, lavanderia, unidade de enfermagem e um novo refeitório. A campanha conta com o auxílio direto da arquiteta Ala Cores, voluntária da casa.

• O abrigo tem hoje 90 pessoas, mas com as obras já pode receber mais dez internos. O presidente da Casa, Antônio Espírito Santo, diz que as contribuições são muitas, mas o abrigo ainda não concluiu a obra de reforma e ampliação, como o salão de atividades e lazer e o jardim da igreja. Na semana passada, os empresários Elaine e Paulo Carletto, da Rota Transportes, doou cobertores para a casa, por iniciativa da Confraria do Vesúvio.

CURTA AS CURTAS :

O seminário sobre a Justiça do Trabalho, promovido pela seção ilheense da OAB, serviu de palco para retomar a organização dos advogados do setor. O operador do Direito Marcus Flávio Rhem da Silva foi nomeado diretor regional da ABAT – Associação Bahiana dos Advogados Trabalhistas.

Também no seminário de justiça trabalhista, em Ilhéus, o presidente da OAB, Leonel Cristo, aproveitou a oportunidade e realizou a cerimônia de entrega da carteira profissional aos bacharéis Marcelo Carneiro Taraschi e Kelly Cristina Souza Monteiro.

O Colégio Fênix Objetivo realiza, no dia 4 de junho, no centro de convenções de Ilhéus, o tradicional Café com Literatura, que põe no palco os estudantes para encenar vários números. Com direção da professora Ângela Márcia Damasceno, o Café vai começar às 19 horas. O tema deste ano: Bahia, Estado de Encantos e Sabores.

Uma festa super bacana marcou os 50 anos do boa praça Roberto Bastos, auditor da receita estadual. Com direito a muitos amigos, Roberto recebeu a todos com um verdadeiro reggae, regado a churrasco, no sítio Paraíso, na zona sul de Ilhéus, no feriado de quinta-feira. Puro alto astral sob o som das bandas Quizila, O Quadro, Carbono 14, Itassucy e Os Cara é Bom.

INFORMES – ASCOM – PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHÉUS

Empresas ilheenses contratam mais e emprego cresce 1,67% em abril;

Prefeito de Ilhéus quer evitar aumento das passagens;

Ilhéus espera vacinar 21.960 contra a pólio;

Professores revivem a história de Ilhéus;

Ilhéus promove atividades na Semana do Meio Ambiente;

Projeto turístico de Rio do Engenho entra em nova fase.

Empresas ilheenses contratam mais e emprego cresce 1,67% em abril

Ilhéus cresceu acima da média dos municípios sul-baianos e registrou um aumento de 1,67% no nível de emprego em abril, segundo levantamento do Ministério do Trabalho. Neste mesmo mês, foram feitas 728 novas contratações, sendo 119 no primeiro emprego e 609 de reemprego. Na opinião da secretária de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia, Rúbia Carvalho, os dados sinalizam uma retomada do emprego na cidade, mas é preciso um esforço conjunto de governo, sociedade e empresas para estimular o desenvolvimento econômico local. “O prefeito Valderico Reis tem mantido diálogo com os segmentos empresariais e buscado formas de incentivar o crescimento da economia ”, afirma Rúbia.

Os dados mostram que, no ano, Ilhéus atingiu um saldo positivo num comparativo entre o número de admissões e demissões. Segundo a secretária, a geração de emprego é uma das grandes prioridades do prefeito Valderico Reis. “A gente sabe que o que mais pesa na criação de novos postos de trabalho são as políticas federal e estadual, mas a gestão municipal está atenta, buscando atrair investimentos para a cidade e, também, apoiando as empresas locais”.

Ela destaca que o município, além de abrir diálogo com os segmentos empresariais, está construindo uma política sustentada de crescimento e uma das ações que já estão sendo desenvolvidas para gerar novos empregos é a revitalização do comércio local. Neste sentido, um plano de modernização das principais artérias do comércio da cidade começa a ser executado com as obras de modernização da Marquês de Paranaguá e transversais.

PARCERIAS

O projeto conta com o entusiasmo do prefeito e parcerias importantes com instituições como Sebrae, CDL, Associação Comercial e Sindcom. “A idéia é mudar a cara da Marquês de Paranaguá e fazer do espaço um grande shopping a céu aberto”, diz Rúbia. Para isso, será feita a reurbanização da artéria e as empresas vão receber estímulo para qualificação de atendimento e gerenciamento. Com a revitalização do comércio e a implantação do shopping a céu aberto, o objetivo é atrair consumidores de outros municípios e criar novos serviços para o turista. “A área poderá ser transformada não apenas em um espaço de negócios, como também de lazer e entretenimento”, afirma.

A Prefeitura também toca outros projetos importantes para médio prazo, como a construção do Shopping de Ilhéus e a modernização do Distrito Industrial, que abriga cerca de 60 empresas de informática e eletroeletrônicos. O shopping foi garantido pelo prefeito Valderico Reis, durante negociações com empresários do grupo Iguatemi. O empreendimento será construído na avenida Soares Lopes e a previsão é de que esteja pronto em dezembro de 2006, com mais de 70 lojas e gerando 600 postos de trabalho. A revitalização do Distrito Industrial foi cobrada pelo prefeito durante contatos com representantes do Governo do Estado, que estuda novos investimentos em modernização da estrutura do Distrito.

TERMINAL ALFANDEGADO Outra conquista importante para a economia local será a construção do Terminal Alfandegado. A obra encontra-se em fase de licitação e foi garantida em março, durante audiência do prefeito com a direção da Infraero, em Brasília. O terminal vai funcionar no Aeroporto Jorge Amado e significará uma receita adicional aos cofres municipais estimada em R$ 5 milhões/ano. “Com o terminal, as empresas poderão importar e exportar produtos diretamente no aeroporto ilheense”, enfatiza Rúbia. “Foi uma importante conquista do município e representa um grande esforço do atual governo”.

Prefeito de Ilhéus quer evitar aumento das passagens

O prefeito de Ilhéus, Valderico Reis, defendeu a intervenção no sistema de arrecadação das empresas, como medida necessária para evitar o aumento injustificado das tarifas do serviço de transporte de passageiros no município. Um requerimento administrativo foi apresentado em abril pela empresa de ônibus São Miguel, solicitando a elevação da tarifa de R$ 1,20 para R$ 1,49, mas o pedido ficou paralisado porque as informações do sistema não vinham sendo apresentadas à Prefeitura, como determina a Lei de Concessões.

Foi com base nessa mesma lei que o governo municipal determinou a intervenção no sistema de arrecadação das empresas, através do decreto 056/05. O ato do poder público estabelece o controle pelo prazo de 180 dias e visa garantir ao município o acesso às informações financeiras das concessionárias do serviço. O decreto nomeou uma comissão formada por três interventores para conduzir o processo.

De acordo com o presidente da comissão de intervenção, o advogado Iruman Contreiras, o decreto do município tem total respaldo da legislação que rege as concessões públicas. “Não houve arbitrariedade e o nosso objetivo é apenas conhecer a realidade financeira e tributária das empresas”, explica, salientando que os valores contabilizados pela comissão são repassados normalmente às concessionárias. “O problema é que a São Miguel criou confusão e lacrou as catracas para os cartões do Sistema Inteligente de Transporte (SIT)”, afirma Contreiras.

TARIFA JUSTA

O secretário de Transportes do município, Zerinaldo Sena, argumenta que Ilhéus não pode praticar uma tarifa de transporte coletivo acima da média regional. “O prefeito Valderico Reis está tomando medidas para que o preço da passagem seja justo”, defende. Zerinaldo reforça que a ação do governo não tem qualquer impacto no funcionamento do sistema ou na situação dos funcionários das empresas. “O que não vamos permitir é a sabotagem que uma das empresas está tentando promover”, diz.

A Procuradoria Geral do Município está entrando com agravo de instrumento contra a liminar deferida pela Vara da Fazenda Pública de Ilhéus, em mandado de segurança impetrado pela empresa São Miguel. De acordo com o procurador Guilherme Scofield, a expectativa é de que a decisão da justiça local seja modificada, restaurando-se os poderes da comissão interventora.

Ilhéus espera vacinar 21.960 contra a pólio

A Secretaria Municipal de Saúde define nesta semana as estratégias para a primeira etapa da campanha de vacinação contra a paralisia infantil (poliomielite) nas zonas urbana e rural de Ilhéus. A campanha começa no dia 6 de junho e tem como meta a vacinação de 21.960 crianças menores de cinco anos. As estratégias estão sendo definidas pelo Departamento de Vigilância à Saúde. Pelo menos 400 pessoas devem ser mobilizadas para garantir que Ilhéus atinja a meta estipulada para esta campanha.

Já na próxima segunda-feira, os pais ou responsáveis por crianças de zero a cinco anos poderão procurar qualquer uma das unidades básicas de saúde ou do Programa Saúde da Família, para a aplicação da dose contra a paralisia infantil. Nestas unidades, o horário de atendimento será de 7h às 17h. A campanha também vai garantir a imunização da criança contra outros tipos de doenças, como hepatite B, tuberculose, difteria, coqueluche e tétano. A primeira etapa da campanha contra a paralisia vai até o dia 17 de junho.

A diretora do Departamento de Vigilância à Saúde, Cássia Virgínia Brito, recomenda aos pais que compareçam aos locais de vacinação munidos da carteirinha que indica as doses que a criança já tomou. “A carteira é importante porque mostra como está a cobertura e quais vacinas ainda precisam ser aplicadas”, orienta. Ela explica que as unidades também disponibilizarão doses de contra rubéola, sarampo e cachumba.

Para atingir a meta, além de mobilizar um verdadeiro exército de profissionais e voluntários, a Secretaria de Saúde vai desenvolver estratégia de sensibilização para que os pais garantam a vacinação das crianças menores de cinco anos. As ações serão reforçadas no Dia Nacional de Vacinação Contra a Pólio (11 de junho), quando o município instalará vários postos nas zonas rural e urbana. “Vamos mobilizar um grande número de voluntários para garantir o sucesso da campanha”, afirma Cássia Virgínia Brito.

A diretora do Departamento de Vigilância afirma que o município tem registrado ótimos índices de cobertura epidemiológica em campanhas de vacinação este ano. A imunização de idosos contra a gripe, por exemplo, atingiu 97,5% da meta estipulada. “Foi um recorde para o município e queremos repetir esse mesmo sucesso agora, durante a vacinação contra a paralisia infantil”, afirma Cássia.

Professores revivem a história de Ilhéus

Fatos, mitos e lendas relacionados à cultura ilheense serão contados nesta terça-feira (31), a partir das 19 horas, no palco do Teatro Municipal. Em cena, estarão os professores / atores Fábio Nascimento, Guto Pacheco, Cândida Silva e Cristiane Santos, que vão interpretar histórias imortalizadas na tradição oral, envolvendo temas como o surgimento das comunidades de Sambaituba e Castelo Novo e a lenda de Santana.

O evento está sendo promovido pela Secretaria de Educação e tem como público-alvo professores da rede municipal, dentro do projeto de introdução da História Regional nas grades curriculares das escolas. De acordo com o professor Erlon Costa, coordenador de projetos da Secretaria, a peça abre uma série de oficinas de implementação dos estudos regionais.

A atividade também vai marcar o pré-lançamento do vídeo-documentário “Tupinambá”, produzido pelos professores e alunos da Escola Municipal do Pontal, sob a coordenação das professoras Zilda Maria e Selma Estrela. Serão apresentados ainda os trabalhos das oficinas implantadas nas escolas nucleadas de Aritaguá II, no Projeto Tecendo Esteiras e Entrelaçando Vidas.

O secretário municipal de Educação, Almir Gonçalves Pereira, diz que a História Regional vai dar uma “importante contribuição para o fortalecimento da nossa cultura, estimulando a participação dos estudantes nas questões locais”. A proposta já conta com o engajamento de várias comunidades, a exemplo de Banco do Pedro, Aritaguá, Aritaguá II e Pontal. Segundo Almir, em todas essas comunidades, as escolas já estão realizando seus projetos. Em Banco do Pedro, por exemplo, está sendo instalado um museu histórico e, em breve, a Secretaria pretende encampar o levantamento do acervo histórico do município.

Ilhéus promove atividades na Semana do Meio Ambiente

Começou nesta segunda-feira (30) e prossegue até o dia 6 de junho, na Escola Municipal Princesa Isabel, com atividades interdisciplinares, o projeto “Educação Ambiental é Possível”, como parte da Semana do Meio Ambiente. Um dos objetivos é mostrar aos alunos a importância do tratamento adequado do lixo, água e esgoto e conservação do ecossistema para melhorar a qualidade de vida. Terça-feira (31), às 14 horas, o gerente regional da Embasa, José Lavigne de Lemos, fala sobre “Lixo, tratamento de água e esgoto”. Às 19 horas, acontece exibição do filme “Corrente do bem”, e em seguida, palestra sobre “Dengue – importância da Vigilância Sanitária”.

Na quarta-feira (1º), está na programação palestra sobre “A questão ambiental em Ilhéus”, a ser proferida pela secretária do Meio Ambiente, Vera Lúcia Oliveira, e visita dos alunos à estação de tratamento de água e esgoto da Embasa. Na quinta-feira (2) os estudantes assistem palestras e ao filme “Manguezal vivo – tá limpo” e para sábado (4), está prevista a caminhada em defesa da natureza. A saída será às 8h30min, em frente à escola, seguindo pela avenida Almirante Linhares, praça Cairu, rua Araújo Pinho, Quarteirão Jorge Amado e encerramento na praça Dom Eduardo.

Para Lidiney Ferreira Campos, diretora da escola, essa ação visa dinamizar a prática pedagógica e sensibilizar a comunidade escolar e do município para a conservação dos recursos naturais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável. “É preciso mostrar à nossa sociedade que lixo, água e esgoto devem ser tratados antes que causem a morte do planeta. A garantia da qualidade de vida depende de cada um de nós. E pensando nisso propomos esse trabalho interdisciplinar para que os alunos identifiquem problemas ambientais que ameaçam o futuro do planeta, relacionando-os com o nosso modo atual de vida”, argumenta.

Projeto turístico de Rio do Engenho entra em nova fase

A Prefeitura de Ilhéus deu mais um passo importante para consolidar o arrojado projeto turístico do Rio do Engenho, iniciativa que será desenvolvida com o Sebrae e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). No último sábado (28), representantes da Secretaria de Turismo de Ilhéus e do Sebrae se reuniram com os moradores daquela localidade, para a realização de mais uma etapa do diagnóstico participativo. Na oportunidade, foram discutidas e apontadas as carências e necessidades do Rio do Engenho, a partir de elementos levantados pela própria comunidade.

Durante o encontro, coordenado pelo consultor do Sebrae, Vitor Italício, os moradores se dividiram em comissões, de acordo com a identificação de cada um, e em seguida traçaram metas relacionadas à infra-estrutura, cultura, organização social e meio ambiente, tendo sempre como ponto referencial a realização de um trabalho pautado no desenvolvimento sustentável e no aproveitamento do potencial do local para a melhoria da qualidade de vida da população.

Outras reuniões acontecerão com a comunidade do Rio do Engenho, tendo em vista a realização de um amplo levantamento. Com o diagnóstico participativo, os parceiros do projeto pretendem investir em iniciativas de qualificação e capacitação voltadas ao turismo.

Além de representantes da Setur e do Sebrae, técnicos da Uesc também estiveram no local. Na oportunidade, visitaram a Igreja Nossa Senhora Santana, segunda construída no Brasil e já tombada. O projeto prevê sua restauração e ainda escavações no sítio arqueológico do engenho que pertenceu a Mem de Sá.

Sociedade debate os Corredores Ecológicos

Representantes da Bahia e do Espírito Santo, que coordenam em seus estados o Projeto Corredor Central da Mata Atlântica, reuniram-se este mês em Salvador para discutir e elaborar as diretrizes para a segunda fase de execução do projeto Corredores Ecológicos. Participaram do encontro os secretários do Meio Ambiente da Bahia e Espírito Santo, Jorge Khoury e Glória Abaurre, a diretora geral do CRA, Lúcia Cardoso, o representante do Ministério do Meio Ambiente, Militão de Moraes Ricardo, e os técnicos Hans Aeppli e Alfred Schweitzer, do banco alemão KFW, que passará a ser o financiador do projeto.
Ao todo, foram realizadas duas reuniões: uma pela manhã, na sede regional do projeto, e outra à tarde, no Centro de Recursos Ambientais (CRA), órgão executor da iniciativa na Bahia. O objetivo do encontro dos representantes do KFW com os secretários foi assegurar o compromisso mútuo de preservar a área de Mata Atlântica compreendida no projeto.

Avaliando positivamente o encontro, Jorge Khoury disse que foi “um momento
importante, já que até agosto será definido o que será feito no projeto, e
de que forma, possibilitando à empresa financiadora definir sua
participação”, explicou.

Oitenta e cinco municípios baianos, das regiões Sul e Extremo Sul, e a
totalidade dos municípios capixabas, estão situados na área de abrangência
do projeto. No total, são 135 municípios e mais as áreas marinhas, até o
limite da plataforma continental. O trecho terrestre corresponde a uma área
de 85 mil quilômetros quadrados, na região que apresenta os dois maiores
recordes mundiais de diversidade de árvores por hectare. O Corredor Central
da Mata Atlântica é composto por fragmentos florestais e áreas naturais,
dentre eles ecossistemas terrestres e aquáticos, numa região que sofreu um
processo intenso de desmatamento ao longo dos séculos e, devido ao seu
grande valor biológico, foi reconhecida pela Unesco como Sítio do Patrimônio
Mundial Natural e Reserva da Biosfera.

Com o projeto dos Corredores Ecológicos, que integra o Programa Nacional de
Meio Ambiente (PNMA II), o Governo Federal, Estados e Municípios
compartilham a responsabilidade pela preservação da biodiversidade. O
projeto contempla também a atuação de ONGs, comunidades tradicionais,
agricultores e moradores do entorno das áreas protegidas.

Na primeira reunião foi feita uma avaliação das atividades desenvolvidas até
agora e traçadas diretrizes para a próxima etapa. Os coordenadores regionais
do projeto na Bahia, Sidrônio Bastos, e no Espírito Santo, Marcelo Mores,
fizeram uma exposição avaliando o andamento do projeto e formulando para a
etapa seguinte mecanismos para dotá-lo de mais participação qualitativa,
comunicação transparente e planejamento adaptável.

Recursos

O banco alemão KFW-Bankengruppe já confirmou o financiamento de R$ 80
milhões para projetos do programa federal Corredores Ecológicos, que
beneficiam a Bahia e, também, os estados do Amazonas e Espírito Santo. Só na
Bahia, 85 municípios das regiões Sul e Extremo Sul, onde existem
remanescentes de Mata Atlântica, serão beneficiados com ações voltadas para
o desenvolvimento sustentável, a serem coordenadas pelo Governo Estadual,
através da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

“Após uma fase de levantamento e diagnóstico das ações desenvolvidas e
projetos previstos no estado, o banco agora confirma a parceria,
compreendendo a importância da biodiversidade nessas regiões”, declarou o
diretor do escritório do KFW no Brasil, Alfred Schweitzer. Juntamente com
diretores alemães da instituição, ele participou de uma reunião com o
vice-governador (na época, em exercício), Eraldo Tinoco, para quem
oficializou a liberação de recursos para o Estado a partir de agosto.

Os diretores do KFW estiveram em Ilhéus, onde conheceram alguns projetos já
desenvolvidos pelo Governo Estadual. “É uma ação que interessa muito ao
Governo do Estado, que, preocupado com a questão do meio ambiente, vem
desenvolvendo todo um trabalho nessa área, já tendo, inclusive, instalado o
Centro de Recursos Ambientais (CRA)”, disse Tinoco.

Também secretário de Infra-Estrutura, ele citou o exemplo da construção da
estrada Ilhéus-Itacaré, projetada a partir de um conceito de preservação
ambiental. “É uma estrada citada, hoje, em várias publicações especializadas
como um exemplo de como se pode aliar o desenvolvimento com a preservação
ambiental”, ele afirmou, destacando que o compromisso assumido pelo KFW
também representa um fator importante no projeto de revitalização da lavoura
cacaueira. “O cacau é uma cultura que tem uma característica muito própria
de ser preservadora da cobertura vegetal e as ações estaduais de recuperação
da lavoura no sul do Estado coincidem agora com mais este projeto
ambiental”.

O financiamento do KFW vai atender a dois projetos: Corredor Ecológico
Central da Mata Atlântica, que atende à Bahia e ao Espírito Santo, e o
Corredor Ecológico Central do Estado da Amazônia, cobrindo a Floresta
Amazônica. O KFW já teve uma participação na primeira etapa de diagnóstico e
mobilização da sociedade dos municípios da região, a ser concluída até o
final de julho. Nesta fase, a maior parte dos recursos foi financiada pelo
Bando Mundial (Bird).

Na segunda etapa, a ser iniciada em agosto, o KFW assume o financiamento do
projeto. A instituição já financiou projetos de preservação ambiental também
no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro.

Cacau e Mata Atlântica (inserção nossa)

Potencial da região não é totalmente aproveitado

Para o diretor do Iesb, Marcelo Araújo, o cacau tem o potencial de ajudar a
conservar a região como um todo, mas esse potencial não tem sido
aproveitado. “Temos atualmente um sistema que predomina na região e esse
sistema é ambientalmente melhor do que outros que existem por aí”, destaca.
Ele diz que o cacau em cabruca é melhor do que a pecuária e do que
eucalipto. No entanto, ressalva, o cacau, por si só, não basta para
conservação da terra. É preciso que sejam inseridos dentro da forma de
plantio e de cultivo determinados critérios ambientais. “Se o cacauicultor
faz dentro da sua propriedade a averbação da reserva legal e da demarcação,
vai dar um passo para tornar bem mais correto, sob o ponto de vista
ambiental, o seu sistema de produção”, garante.

Marcelo Araújo ressalta que é possível construir um consenso que contemple
os diversos interesses da sociedade e do governo em relação à questão
ambiental. “Sou desta região, assim também como toda minha família, e não é
de hoje que ouço falar em cacau. No entanto, quando é que a região vai
evoluir, realizar um planejamento, buscar metas em comum para assegurar a
conservação do nosso patrimônio ecológico?”, questiona. Ele diz, ainda, que
o projeto Corredores Ecológicos possui um comitê de gestão, que reúne
diversas representações, tanto da sociedade como do governo, a fim de se
obter uma proposta comum. “Enquanto cada um estiver buscando metas isoladas,
não conseguiremos dar um passo para a conservação da região”, salienta,
lembrando que existe aqui “um grande potencial para evoluirmos e termos um
sistema que seja realmente de desenvolvimento sustentável”, assinala.

O diretor do Iesb deixa bem claro, no entanto, que enquanto não houver um
entendimento entre os setores envolvidos na questão, o impasse permanecerá
ainda por muitos anos. “Para o tamanho do problema que temos aqui na região,
os recursos financeiros são insuficientes, por isso temos de usá-los da
forma mais racional e produtiva possível”, destaca. Outro ponto salientado
por ele é que existe hoje no mundo inteiro uma disputa muito grande por
verbas, principalmente agora que a cooperação internacional reduziu muito o
volume de dinheiro destinado ao Brasil, direcionando-o para a Ásia, depois
dos desastres das Tsunamis. “Quem apresenta a melhor proposta consegue
captar volumes maiores de recursos”, assegura.

Para Marcelo Araújo, “caso não haja um entendimento regional em relação ao
problema do meio ambiente, existe o risco de que o Sul da Bahia perca o
pouco que resta de floresta, e os recursos naturais, graças à degradação,
sejam extintos”. Ele prossegue, afirmando que “como existe uma disputa por
recursos financeiros em nível nacional e global, é preciso que tenhamos uma
representação política forte, capaz de defender realmente os nossos
interesses”, assinala.

Capacidade da pesquisa

Marcelo Araújo destaca que a região tem o privilégio de dispor de duas
instituições altamente capacitadas na área de pesquisa científica, uma
ferramenta “indispensável”, segundo ele, para o êxito do projeto. “Além
dessas entidades, temos também um quadro de organizações não-governamentais
que tem capacidade técnica de ajudar”, afirma o diretor do Iesb, lembrando
que, hoje, essas organizações não fazem só denúncias sobre agressões ao meio
ambiente, mas estão assumindo um compromisso com o desenvolvimento rural
sustentável e desenvolvem ações efetivas para viabilizá-lo. Ele assinala,
também, que diversos mecanismos econômicos têm sido desenvolvidos para
apoiar atividades ambientalmente corretas. Um desses instrumentos, adotados,
inclusive, em diversos estados, exceto na Bahia, é o ICMS Ecológico.

“Este tipo de ICMS é, na verdade, uma nova forma de distribuir os recursos
financeiros, levando em consideração os critérios sociais e ambientais de
cada região”, ele destaca, exemplificando: “A nossa região tem muitas
florestas, muito mais do que outras regiões do Estado, e poderia ser
beneficiada, caso esse ICMS fosse aprovado pelo Governo Estadual”, ele
salienta, destacando que os municípios de Ilhéus e Una são os que possuem
mais florestas remanescentes em toda a Bahia e não recebem nenhum tipo de
compensação por isso. “O imposto poderia proteger áreas que têm unidades de
conservação, bem como os municípios que adotam uma política ambiental e
social mais adequada do que outros”, avalia. Ainda de acordo com Marcelo
Araújo, a região só não dispõe do ICMS Ecológico por falta de articulação
política. “O que falta é pressão política para que a proposta vá para
votação na Assembléia Legislativa e seja aprovada, o que é lamentável,
porque seria um mecanismo de excepcional valor para o fomento do nosso
desenvolvimento rural sustentável”, garante.

Ceplac tem novo foco de atuação, diz dirigente

Segundo Elieser Corrêia, que chefia o Centro de Extensão da Ceplac, a meta
da instituição é agora garantir o desenvolvimento auto-sustentável

“Nós temos dois pontos a ponderar: um é o papel institucional da Ceplac, que
é o de promover o desenvolvimento rural sustentável das regiões produtoras
de cacau. Outro é que a instituição tem como meta o desenvolvimento da
agropecuária regional, com ênfase na pesquisa, extensão rural, ensino e
desenvolvimento. Portanto, trabalha com os agrossistemas e não com
ecossistemas”. A afirmativa é do chefe do Centro de Extensão Rural da Ceplac
(Cenex), Elieser Corrêia, que ressalta ser a agricultura uma atividade que
provoca a alteração do meio ambiente, com reflexos sobre a floresta, o solo,
o vento e a própria biodiversidade.
“Trabalhar com os agrossistemas, visando garantir a auto-sustentação do
homem sob o ponto de vista econômico e social, mesmo atentando para a
conservação ambiental, difere um pouco da filosofia do Ministério do Meio
Ambiente, cuja atribuição fundamental é trabalhar na conservação e
preservação ambiental”, esclarece Elieser, destacando que, nos dois últimos
anos, a Ceplac vem modificando o seu foco de atuação, abrindo mão de uma
função produtivista e até reducionista da agricultura e passando a trabalhar
com um enfoque de agricultura sustentável.

De acordo com Elieser, desde o ano passado foi definida uma função para a
Ceplac que não é mais só de atender a um monocultivo, mas de pensar o
desenvolvimento rural sustentável das regiões produtoras de cacau no Brasil.
“Nós trabalhamos com dois biomas de extrema relevância sob o ponto de vista
de conservação no mundo inteiro, a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica”,
assinala o dirigente da Ceplac. Ele destaca que o Sul da Bahia e o Norte do
Espírito Santo são regiões onde se encontram as maiores riquezas da
biodiversidade em áreas já estudadas no Brasil. Portanto, ele afirma, a
cacauicultura foi muito importante para a conservação dessa biodiversidade,
porque foi capaz de minimizar os impactos ambientais que normalmente ocorrem
em função de qualquer exploração agrícola.

“Se nessas áreas fosse desenvolvida outra atividade produtiva, como pecuária
extensiva, cana-de-açúcar ou produção de alimentos, certamente a realidade
seria outra”, ressalta. Outro aspecto fundamental da questão, segundo
Elieser Corrêia, é manter os recursos naturais ainda conservados, sobretudo
o solo, a água, correntes de vento e florestas. “Nós já temos quase 3
milhões de hectares de pecuária extensiva na região, mais de 1 milhão de
hectares com eucalipto, e o que se pode observar é que a biodiversidade é
praticamente zero nessas áreas, tanto de fauna como de flora”, garante.

Já com o cacau, prossegue Elieser, o agrossistema cabruca manteve boa parte
da diversidade. “Em estudos recentes da pesquisadora Déborah Faria, da Uesc,
a respeito do impacto do cacau no meio ambiente, ficou evidente que foram os
sistemas originais do plantio do cacau que mantiveram uma grande quantidade
de animais e de espécies nativas da Mata Atlântica, espécies estas que
poderiam ter sido extintas, caso existisse ali outro tipo de cultivo”,
afirma Elieser, lembrando que as cabrucas funcionam como “corredores de
biodiversidades”, sobretudo em áreas que possuem fragmentos de florestas
muito próximos.

Ainda de acordo com Elieser, existe uma perspectiva positiva desse
agrossistema (cacau e sistemas florestais) para a manutenção de recursos
naturais importantes. “Não digo que o agrossistema é responsável pela
conservação integral da biodiversidade e sim pela inibição da redução da
biodiversidade”, ressalva. O papel da Ceplac tem sido, então, avançar com
novas perspectivas e arranjos produtivos. “Estamos atuando em sistemas
agroflorestais a serem implantados em áreas degradadas, promovendo a
expansão de cultivos potencialmente rentáveis, como as frutas, e fazendo
diversos arranjos, como cacau e seringueira, cacau e palmito, açaí, coco,
cupuaçu e cajá”, ele garante.

Elieser enfatiza, também, que a Ceplac desenvolve um projeto voltado para
sistemas agroflorestais na Estação Experimental de Santo Amaro, sob a
responsabilidade do pesquisador Manfred Müller. Além dele, outros
profissionais estão envolvidos no projeto, muito bem aceito, aliás, pelo
Ministério da Agricultura. “O que está se fazendo agora é a definição destes
sistemas de produção e dos arranjos de acordo com a espécie de vocação para
cada agrossistema, de forma que se possa trabalhar como forma de
financiamento para o produtor”, esclarece Elieser.

Herbário

O chefe do Cenex lembra que o Herbário mantido pela Ceplac é um dos mais
importantes do mundo, com mais de 100 mil espécies florestais catalogadas.
“Sob o ponto de vista tecnológico e de zoneamento, conhecimento do clima e
das espécies, já possuímos um acervo suficiente para implementar o
programa”, ele destaca, lembrando que a Ceplac tem participado dos estudos
sobre os corredores ecológicos há mais de quatro anos, com representação,
inclusive, no Sub Comitê da Reserva da Biosfera na Mata Atlântica, um fórum
que trata da questão ambiental.

Ainda de acordo com Elieser, a instituição também tem fornecido informações
do seu banco de dados, visando colaborar na discussão sobre a criação de
programas sustentáveis da agricultura. Ele destaca também a participação da
instituição em programas executados no Parque do Conduru, nas Apas da Lagoa
Encantada e em Itacaré, assim como programas de bacias do Cachoeira e
Almada. “O estabelecimento de parcerias com entidades que trabalham com
corredores ecológicos no baixo sul e outras que atuam na região de Camamu,
tem merecido atenção da Ceplac”, ele afirma, destacando que a Baía de
Camamu, em função da pesca predatória e da necessidade de preservação dos
estuários, ameaçados com a exploração de gás natural que ali acontece agora,
também são motivos de preocupação.

A produção certificada foi outro ponto citado por Elieser Corrêia, que
informa ter a Ceplac três grupos trabalhando com esse tipo de atividade,
capaz de diminuir o impacto ambiental. Essa diminuição, segundo ele, pode
ser obtida ao se deixar de aplicar os pacotes tecnológicos com grande uso de
insumos externos, sobretudo de agroquímicos. “É o que estamos fazendo em
parceria com a Cabruca e o Iesb, num sistema de produção coordenado
inicialmente por essas organizações, mas que a Ceplac já participa com
suporte tecnológico”, salienta. Ainda de acordo com Elieser, a instituição
também atua em conjunto com a Barry Calebaut, que reúne grande de número de
produtores certificados em produção orgânica, e com os assentamentos de
reforma agrária, além de algumas ONGs e o próprio Incra, que, segundo ele,
tem interesse que os assentamentos disponham de um sistema de produção de
menor custo, com utilização maior de mão-de-obra e dos recursos naturais da
propriedade.

“Quando se afirma que Ceplac, ao estimular sistemas de exploração de cacau
em cabruca, contribuiu para a conservação ambiental, não se diz uma
heresia”, destaca Elieser, explicando que, nesse caso, está-se falando de
agrossistemas que estão sendo explorados economicamente e “ninguém plantou
cacau para conservar a floresta e sim para ter rendimento econômico”. O
dirigente da Ceplac, enfatiza que o produtor adotou a cabruca não por uma
suposta consciência conservacionista, mas porque esse sistema tinha um custo
muito menor. Além disso, ele prossegue, o agricultor tinha a percepção de
ser o cacau uma planta que necessita de muita sombra para manter uma boa
produção.

Elieser admite que a Ceplac, com o processo de modernização da agricultura,
procurou aumentar essa produção e que, com isso, contribuiu para reduzir
mais a biodiversidade, principalmente a partir dos anos 60, quando estimulou
a aplicação intensiva de produtos químicos e derruba total. Hoje, porém, a
instituição trabalha para que os sistemas originais sejam mantidos,
introduzindo tecnologias que não exijam a derrubada de florestas e sim a
utilização dessas florestas como um recurso natural que pode ser bom para
conservar a biodiversidade e para garantir a sobrevivência do homem.

Isso, segundo Elieser, pode ser feito com a exploração ou não da madeira, em
atividades agropecuárias ou em serviços florestais, mantendo-se o cultivo do
cacau em sistema de cabruca, inclusive para o turismo científico e
ecológico, uma variável que tem sido pouco explorada. “Já está comprovado
que se tivermos a capacidade de alterar o paradigma de produção convencional
para sistemas de produção orgânica e biodinâmica, capazes de valorizar os
sistemas naturais sem a necessidade de trazer recursos de fora, haverá o
aumento ou a conservação da biodiversidade já existente”, ele afirma,
destacando que esta é uma perspectiva que a Ceplac está trabalhando
diligentemente. “Queremos conscientizar os produtores rurais para a
importância de reduzir ao máximo a dependência de insumos externos e ter
sempre o cuidado de não aplicar agroquímicos, pois, além de prejudiciais
para o homem, eles afetam também o meio ambiente”, assinala Elieser,
apontando para o esforço que deve ser desenvolvido a fim de que sejam
implementadas das tecnologias centradas na produção de compostos orgânicos,
caldas biológicas, extratos de plantas e manejos diferenciados de solo.

Alternativas

Segundo Elieser Corrêia, existem várias alternativas para que o meio
ambiente seja defendido. “Sabe-se hoje que as áreas de cacau, de cabruca ou
não, têm uma alta capacidade de produção de matéria orgânica com
serrapilheira, seja do cacau ou do sub-bosque que cobre as plantações, e
isso permite uma boa conservação do solo e de microorganismo existentes
nele”, lembra Elieser, destacando que, desse modo, a biodiversidade do solo
continua preservada, dependendo do sistema de produção adotado. Ele
exemplifica que, no caso da cabruca, o número de plantas por hectare, o
porta-enxerto mais adequado, a cobertura mais eficiente e uma série de
outras variáveis podem ser determinantes para a conservação da
biodiversidade. “A identificação de todos esses fatores e como eles podem
interagir no meio ambiente têm merecido a atenção da Ceplac, que não pode
simplesmente elaborar uma cartilha rígida e sim utilizar o bom senso ao
fazer as recomendações técnicas, pois temos agrossistemas diferentes,
cultivo em áreas diferenciadas de clima e solo e tudo isso deve ser levado
em consideração”, esclarece.

O chefe do Cenex destaca, ainda, que os recursos financeiros para os
programas de desenvolvimento rural sustentado são do orçamento fiscal do
Governo Federal, o que vem determinando algumas dificuldades temporárias em
função do contingenciamento de verbas, mas este, segundo ele, é um obstáculo
que logo será superado. “Os programas de conservação, sobretudo o projeto
dos corredores ecológicos, estão recorrendo a recursos financeiros gerados
por organizações internacionais, com a participação do Banco Mundial e do
Fundo Mundial para a Biodiversidade, com contrapartida do Ministério do Meio
Ambiente”, ele ressalta, destacando que esse fato já foi tema de reunião do
Comitê da Reserva, com a participação, inclusive, do deputado Josias Gomes,
que abriu uma discussão junto ao Ministério do Meio Ambiente para que sejam
liberados os recursos necessários. “Dos cerca de R$ 1,5 milhão previsto, até
agora foram liberados somente cerca de R$ 120 mil, menos de 10%, portanto”,
informa Elieser.

Para CNPC, a cabruca é modelo na agricultura

Wallace Setenta afirma que o cacau cabruca é um modelo de exploração já
consagrado porque associa produção e conservação ambiental

Para o presidente da CNPC, Wallace Setenta, a tese defendida pela professora
Deborah Faria em entrevista publicada recentemente pelo Caderno Agora Rural
evidencia “uma visão segmentada da questão ambiental e da suposta
contribuição do cacau cabruca para o desmatamento”. Ele diz que “quando a
professora fala de áreas em Gandu que têm oito árvores por hectare e rotula
de cabruca como uma prática danosa ao meio ambiente, demonstra
desconhecimento da soma de plantios realizados ao longo de todos esses anos
na Região Cacaueira”.

Segundo Wallace, quando se vê a cabruca isoladamente, até que a professora
pode ter razão em seu ponto de vista. Mas quando se leva em consideração que
a cabruca está inserida num contexto maior, ou seja, encontra-se circundada
por áreas de mata, onde existe uma troca relativa entre a mata e a cabruca,
aí, então, vê-se que a realidade é outra. “Esse método de plantio é, hoje,
um modelo que o mundo inteiro busca imitar na prática da agricultura”,
acentua Wallace, afirmando que se esse método sobrevive há 50 anos, com
êxito total, é porque associa produção e conservação.

O presidente da CNPC destaca que “desde que o homem começou a exercitar a
sua inteligência, passou a intervir na natureza e isso causa impacto,
evidentemente”. Com a cabruca, ele destaca, não poderia ser diferente, mas o
fato é que ela representa a melhor alternativa conhecida para a floresta
tropical úmida. Wallace diz, ainda, que o projeto Corredores Ecológicos
representa a melhor contribuição para a conservação e preservação do meio
ambiente nas regiões produtoras de cacau, pois aqui existem os maiores
remanescentes de Mata Atlântica do Sul da Bahia. “Na nossa região temos,
compondo um mosaico, a floresta, o cacau cabruca, a capoeira e outros
sistemas importantes, que devem ser conservados”, enfatiza, lembrando também
que a cabruca já não é mais um método de cultivo adotado apenas para o
cacau, mas é utilizado na formação de pastos, nos plantios de dendê, de
coco, podendo ser utilizados em vários outros tipos de exploração agrícola.

Visão do produtor é conservacionista

Wallace Setenta sustenta que os produtores não querem avançar sobre os
remanescentes de Mata Atlântica. Pelo contrário, ele explica: “Os produtores
querem preservar os remanescentes e, para isso, pretendem recuperar áreas de
cabrucas, recabrucar as áreas de derruba total, especialmente aquelas de
alto risco, nas áreas de conservação permanente, de alta declividade e de
matas ciliares”.

Para que essas mudanças sejam possíveis, ele acredita, é preciso haver um
pacto de unidade entre os vários segmentos da cadeia produtiva do cacau,
Ceplac e Uesc. “A Ceplac tem que reavaliar a sua visão do que é
produtividade hoje, pois não pode se prender mais a ganhos monetários,
porque produtividade não é hoje apenas um conceito de economia, é físico e
de espaço”, salienta. Quanto à Uesc, Wallace também defende uma reavaliação
dos conceitos concernentes à pesquisa, atualizando-os à nova realidade
regional e convencendo o governo do caráter de emergência dessa medida.

Para o presidente da CNPC, será muito mais conveniente para todos se o
governo for convencido a promover um programa de recuperação do cacau
comprometido com a conservação do meio ambiente, pois não existe nenhum
programa de recuperação econômica de crédito oficial brasileiro com esses
termos, postos pelos clientes. “Nós temos dito ao governo que queremos criar
um programa novo, com uma visão conservacionista, e o governo ainda não
entendeu isso, continuando a bater na tecla de que o caminho da produção e
produtividade é o que é eficiente”, destaca, levantando a possibilidade de
que isto ocorra talvez porque é o que manda o manual de crédito, conforme o
Acordo de Basiléia. “Mas isso tem que ser revisto” garante.

Wallace entende que os produtores têm que aceitar as regras para o
financiamento, como a produtividade acima de 150 arrobas por hectare, mas
questiona: “E as águas? E a conservação dos remanescentes aqüíferos? E a
conservação da flora e fauna? E o bem-estar? E as mudanças climáticas e o
seqüestro de carbono e os corredores ecológicos, ficam onde?”.

Faltou criatividade ao Governo Federal

Na avaliação do presidente da CNPC, o projeto de Corredores Ecológicos
poderia estar bem mais avançado, pois o governo se dispôs a aplicar na
cacauicultura, através do Programa de Recuperação, R$ 340 milhões, que seria
a contrapartida a qualquer projeto de financiamento internacional. Se o
governo aplica no cacau R$ 340 milhões e se esse programa tem uma visão
diferenciada, ou seja, de recabrucar a área, recuperar as áreas de derruba
total, áreas com densidades menores do que 25 a 30 árvores por hectare, e
mostra esse projeto internacionalmente com 300 mil hectares, aumentando a
densidade de espécies da Mata Atlântica com algo em torno de 20 milhões
essências nativas, ainda com a possibilidade de recuperar os 150 mil
hectares de cacau perdido, estaríamos oferecendo ao mundo um projeto com uma
contrapartida de R$ 340 milhões, mais que o dobro do exigido.

Para Wallace, “essa é uma questão de entendimento burocrático do governo e
não conseguimos criar uma afinidade entre os ministérios do Meio Ambiente e
o da Agricultura, pois a burocracia não se entende”. Ele avalia que existem
perspectivas de mudanças, após a criação da Câmara Setorial do Cacau, mas
isso precisa ser deixado bem claro para as esferas governamentais. “Acredito
que o argumento da renegociação é muito mais por esse caminho ambiental, do
compromisso do produtor de cacau com o meio ambiente, do que pelo caminho da
produtividade, já que as crises são freqüentes, como ciclos de preços, de
clima e de doenças”, destaca. Ele ainda defende uma eqüidade de crédito para
grandes, médios e pequenos produtores, reduzindo as disparidades.

O que ficou de bom para a cacauicultura depois dessa matéria publicada sobre
a cabruca, ele acredita, foi a retomada da discussão para se produzir um
cacau diferenciado, porque a cabruca permite ter a Ceplac como a grande
certificadora da Região Cacaueira, o que pode resultar na obtenção de preços
melhores. “O que não pode mais continuar acontecendo é sermos produtores de
amêndoas e ficar discutindo se conservamos ou se agredimos a Mata
Atlântica”, ele diz, defendendo a formação de uma equipe multidisciplinar da
Uesc para discutir a questão ambiental.

Cabruca e Procacau dois modelos distintos

“Se conseguimos manter nossa paisagem agrícola com esse método, vamos
conseguir também formar uma grande área com corredores ecológicos ideais
para a sobrevivência tanto de espécies animais como vegetais”, ele diz,
assegurando que essa prática poderá contribuir, inclusive, para recompor até
áreas de derruba total. Outro ponto destacado por Wallace é que o Pacto do
Cacau defende para a cacauicultura uma postura inversa do que a adotada
antes, compatibilizando a retomada da atividade com a cabruca. “Se no
Procacau foi recomendada a derruba total como prioridade, agora, no Programa
de Recuperação da Lavoura Cacaueira, usaríamos o cacau cabruca como modelo”,
afirma. Para Wallace, as áreas de plantio deveriam ter, no mínimo, 45
árvores por hectare. Nas áreas de conservação permanente, como encostas e
matas ciliares, deveria haver obrigatoriamente uma densidade de cacau acima
de 80 árvores por hectare, que é a cabruca densa. Este, segundo o presidente
da CNPC, seria o encaminhamento mais correto para a questão, descartando-se
o adensamento de 1.111 plantas de cacau por hectare em função de uma suposta
produtividade.

No entendimento de Wallace, os plantios deveriam ter algo em torno de 700
pés de cacau por hectare, com uma produtividade de cerca de 50 arrobas por
hectare, que é uma média histórica da Região Cacaueira. Associada a esse
modelo, segundo ele, deveria haver uma compatibilização com os interesses
ambientais. “Essa é a base de argumento para negociação em todos os níveis:
produzir cacau orgânico, construir um modelo de sistema agroflorestal
comprovadamente eficiente e implantar um contexto com essa concepção de
moderna cacauicultura”, afirma, fazendo, no entanto, uma ressalva. “Para
fazer isso, não poderíamos ter os extremos: nem a Ceplac pregando 1.111
plantas de cacau por hectare ou a manutenção da floresta sem exploração
econômica”, ele diz, defendendo o que classifica de “sintonia com o que
pensa o mundo inteiro”, visando, justamente, a obtenção de uma qualidade de
vida melhor.

Na visão do presidente da CNPC, a construção do modelo que propõe seria um
avanço. “Quando a Ceplac reformular essa concepção de 1.111 plantas por
hectare, que é uma recomendação do programa anterior e que não funciona
mais, e adotar o sistema moderno de agricultura em ecossistema de florestas
tropicais úmidas, afastaremos definitivamente a ameaça de degradação”, ele
afirma, fazendo o seguinte questionamento: “Porque iríamos degradar as
nossas florestas se temos métodos compatíveis de exploração?”.

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