Taxa do cheque especial deverá ultrapassar 160%

Após esfriarem em março, as taxas ao consumidor e às empresas subiram em abril, reflexo da elevação dos juros básicos definida pelo Copom no mês passado.
A alta dos juros básicos anunciada ontem –foi o nono mês seguido de aumento– deve pressionar mais um vez as taxas finais, diz a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Os juros médios do cheque especial foram de 158,90% para 159,48% ao ano de março para abril. Após a alta da Selic, a taxa deve alcançar 160,05% anuais.
Miguel Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac, classificou a decisão do BC como “inoportuna, desnecessária e equivocada”.

Oliveira explica que o reflexo na ponta só não é maior porque já há deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas do consumidor.

No caso do empréstimo pessoal, as taxas subiram de 275,24% anuais em março para 284,21% anuais no mês passado. Com a nova Selic, a taxa vai bater nos 285,05% anuais.

Para empresas, a taxa anual do capital de giro saiu de 64,22% em março para 64,97% em abril –foi agora para os 65,35%.

Folha de S.Paulo

Quase todas as pequenas empresas brasileiras são informais, diz IBGE

A economia informal responde quase pela totalidade das pequenas empresas brasileiras, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na Ecinf 2003 (Economia Informal Urbana). O estudo feito em parceria com o Sebrae traça um retrato da informalidade no país.
O número de pequenas empresas no país alcança 10,525 milhões –forma consideradas nesse caso as empresas não-agrícolas com até cinco empregados. Desse total, 98% fazem parte do setor informal, o equivalente a 10,335 milhões de empresas.
Em 2003, a economia informal gerou R$ 17,6 bilhões de receita e respondeu por um quarto das contratações de trabalhadores não-agrícolas no país.
As empresas informais empregam cerca de 13 milhões de pessoas, incluindo trabalhadores por conta própria, pequenos empregadores, empregados com e sem carteira de trabalho assinada e trabalhadores não-remunerados.

Grande parte das vagas criadas no setor informal pertence a trabalhadores por conta própria (69%), 10% são empregados sem carteira assinada, 10% são empregadores e 6% trabalham com carteira assinada. Existem também 5% de não-remunerados. É o caso de filhos que trabalham com os pais no preparo de alimentos para vender em barracas ou feiras, por exemplo.

Em relação à última edição da pesquisa, em 1997, houve um crescimento de 9% no número de empresas informais. O número de postos de trabalho cresceu 8% neste período.

Metodologia

A pesquisa Ecinf abrange todos os domicílios situados em áreas urbanas do país. Esta é a segunda edição da pesquisa em âmbito nacional, a primeira foi realizada em 1997. O trabalho é resultado da parceria do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com o Sebrae.

O estudo procura identificar os proprietários de negócios informais: trabalhadores por conta própria e pequenos empregadores, com 10 anos ou mais de idade, ocupados em atividades não-agrícolas e moradores em áreas urbanas.

O ponto de partida da pesquisa é a unidade econômica, entendida como unidade de produção, e não o trabalhador individual ou a ocupação exercida. Fazem parte dessa categoria as unidades econômicas não-agrícolas que produzem bens e serviços com o principal objetivo de gerar emprego e rendimento para as pessoas envolvidas.

Segundo o IBGE, a ausência de registros não serve como critério para a definição da informalidade. Para o instituto, a informalidade está relacionada ao modo de organização e funcionamento da unidade econômica e não ao seu status legal ou às relações que mantém com as autoridades públicas. Como existem diversos tipos de registro, o instituto afirma que o critério não serve para comparações históricas e internacionais e pode levantar resistência junto aos informantes.

De acordo com os critérios da pesquisa podem pertencer ao setor informal todas as unidades econômicas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empresas com até cinco empregados, moradores de áreas urbanas. O trabalho pode ser a ocupação principal dos proprietários ou secundária.

Desta forma, a pesquisa exclui os moradores de domicílios rurais que exercem atividades não-agrícolas, como artesanato, pequena indústria alimentar, confecção e serviços.

80% das empresas informais têm só uma pessoa ocupada, diz IBGE

A maior parte dos empreendimentos informais continua a ser formada por trabalhadores por conta própria que exercem sua atividade sozinhos. Essa é uma das conclusões da pesquisa Ecinf (Economia Informal Urbana) divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados da pesquisa são referentes ao ano de 2003.

Segundo a pesquisa, 95% das empresas informais têm um único proprietário e 80% dispõem de apenas uma pessoa ocupada. Apenas 12% dos proprietários de empresas são pequenos empregadores, a grande maioria (88%) é formada por trabalhadores por conta própria.

As empresas que contavam com um único proprietário pertenciam em sua maioria aos trabalhadores por conta própria (89%). Entre as empresas com dois ou mais sócios, a participação dos trabalhadores por conta própria cai para 68%.

As atividades econômicas preponderantes entre as empresas informais são comércio e reparação (33%), construção civil (17,5%) e indústria de transformação e extrativa (16%).

Entre as pequenas empresas ligadas à atividade de construção civil, 99,8% eram informais. A segunda maior proporção de empresas informais foi verificada nos serviços coletivos, sociais e pessoais: 99,3%.

35% das empresas informais funcionam na própria casa, diz IBGE

A pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre economia informal mostra que apenas 65% das empresas informais desenvolvem suas atividades fora do domicílio. O resultado é influenciado pelo peso das atividades de comércio e construção civil.

Entre as empresas informais, 27% funcionam exclusivamente no domicílio do proprietário e 8% funcionam no domicílio e fora dele.

O grupo de atividades comércio e serviços tem participação de 33% entre as empresas informais. Neste grupo, 62% das empresas funcionam somente fora do domicílio e 12% dentro e fora da residência do proprietário.

Entre as atividades representadas no grupo comércio e serviços e que funcionavam fora do domicílio, 44% são feitas em lojas ou oficinas, 28% em vias públicas, 23% no domicílio do cliente e 5% em outros locais.

A pesquisa mostra também que caiu o número de empresas de empregadores que funcionavam apenas fora do domicílio. Em 1997, elas representam 82%; em 2003 este percentual caiu para 79%. A mudança é resultado do aumento da parcela de empresas que funcionam tanto no domicílio do proprietário quanto no do cliente.

Segundo o IBGE, aumentou a participação dos empreendimentos que funcionam no domicílio do cliente com queda na participação dos que funcionam em lojas e oficinas nas empresas de empregadores. No caso das empresas de conta própria, o IBGE destaca o aumento da proporção de empreendimentos em veículos e um aumento dos que funcionam em via pública, como camelôs e pessoas que vendem produtos em barracas.

Número de empresas informais lucrativas tem forte queda, diz IBGE

O percentual de empresas informais lucrativas passou de 93% para 73% em apenas seis anos, revela a Ecoinf (Economia Informal Urbana), pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados da pesquisa são referentes ao ano de 2003.

Segundo o instituto, a queda na lucratividade foi causada principalmente pela redução significativa no lucro médio real dos empreendimentos de trabalhadores por conta própria. As empresas de empregadores mantiveram o mesmo patamar de lucros. A receita média mensal obtida pelos empregadores, de R$ 6.033, é cinco vezes superior à obtida por empresas de trabalhadores por conta própria, de R$ 1.164.

As empresas de comércio e reparação são a maioria entre as lucrativas, com participação de 36%.

Uma parcela significativa das empresas por conta própria (22%) apresenta renda mensal de R$ 501 e R$ 1.000. Entre os empreendimentos de empregadores, o faturamento foi maior em 2003: 63% das empresas apresentaram uma receita mensal superior a R$ 2.000.

Apesar da queda no rendimento, 16% das empresas do setor informal fizeram investimentos ou aquisições nos 12 meses anteriores à pesquisa. Os recursos para financiar estes investimentos, no entanto, vieram em sua maioria (70%) de lucros de anos anteriores.

A procura por crédito entre as empresas informais é baixa: apenas 7% utilizaram empréstimos bancários para viabilizar os investimentos. Entre as que procuram o sistema financeiro, 24% exercem atividades de transporte, armazenagem e serviço.

Segundo o IBGE, o resultado mostra que houve uma redução não só na quantidade de empresas lucrativas, como também nos próprios lucros obtidos. Aumentou, no entanto, a proporção das empresas que fizeram investimentos usando lucros de anos anteriores. Em 1997, este percentual era de 62%. O valor real dos investimentos caiu em relação a 1997 tanto para as empresas de trabalhadores por conta própria quanto nas de empregadores.

53% das empresas informais não têm registro contábil

A pesquisa sobre a Economia Informal Urbana divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que 53% das empresas informais brasileiras não têm nenhum tipo de registro contábil. Em 36% das empresas do setor, os proprietários cumprem o papel de contador. Os dados são referentes ao ano de 2003.

Na comparação com a primeira edição da pesquisa, em 1997, há um acréscimo no número de empresas que não contam com qualquer tipo de registro de sua contabilidade. Em 1997, este grupo representava 46% do total.

A ausência de registros reflete majoritariamente a opção das empresas de trabalhadores por conta própria. Para estas empresas, o percentual das que não registram nada é de 57%. Entre os empreendimentos de empregadores, apenas 21% não declaram os ganhos.

O registro contábil é mais freqüente entre as empresas de comércio e reparação, que representam 33% do setor informal no país. Neste segmento, o percentual de empresas que registram sua movimentação financeira é de 54% para as empresas de conta própria e de 50% para as de empregadores.

Apesar disso, o acompanhamento e o controle efetivo das movimentações realizado por um contador só é uma realidade hoje para 10% das empresas conta própria e 59% das de empregadores.

O consumidor de produtos informais tem uma boa margem de barganha no fechamento de preços. A negociação com os clientes é a maneira de determinar os preços dos produtos para 40% do total das empresas informais, independente do ramo de atuação. Apenas 27% consideram o custo de produção acrescido de uma parcela fixa para formação de preços.

A concorrência guia a formação de preços de 45% das empresas de serviços coletivos, sociais e pessoais e 44% das empresas de serviço de alojamento e alimentação.

Sem sindicato

A grande maioria das empresas informais (89%) não participa de sindicatos ou de órgãos de classe. A única exceção fica por conta das atividades de educação, saúde e serviços sociais.

O universo de reivindicações deste tipo de empresa é bastante restrito: a maioria não tem constituição jurídica, não tem licença municipal ou estadual e não conta com o apoio de um órgão de classe.

Entre as empresas do setor informal, 88% não possuem constituição jurídica, o chamado CNPJ. Quase todas as empresas (93%) de trabalhadores por conta própria não têm este registro. Entre os empregadores, o percentual é de 56%. Neste caso, o percentual é proporcional à renda: 72% das que não têm CNPJ apresentam receita média de até R$ 1.000; entre as que contam com o registro, 93% apresentam receita mensal superior a R$ 2.000.

Licenças municipais ou estaduais estão fora do cotidiano de 74% das empresas informais. Este padrão oscila de acordo com a atividade. Para as empresas de transporte, armazenagem e comunicação, o percentual é de 58%. Entre os empreendimentos de educação, saúde e serviços sociais, as sem licenças representam 52%. Aproximadamente 90% das empresas informais não têm registro de microempresa.

Somente 2% das empresas informais tinham aderido ao Simples em 2003, a maior parte era formada por empresas de comércio e reparação (53%). Segundo o IBGE, é preciso levar em conta que nem todas poderiam optar pelo sistema dadas as limitações quanto à receita anual, a atividade desenvolvida e o fato da empresa ter registro.

Entenda a metodologia da pesquisa de informalidade do IBGE

A pesquisa Ecinf (Economia Informal Urbana) abrange todos os domicílios situados em áreas urbanas do país. Esta é a segunda edição da pesquisa em âmbito nacional, a primeira foi realizada em 1997. O trabalho é resultado da parceria do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com o Sebrae.

O estudo procura identificar os proprietários de negócios informais: trabalhadores por conta própria e pequenos empregadores, com 10 anos ou mais de idade, ocupados em atividades não-agrícolas e moradores em áreas urbanas.

O ponto de partida da pesquisa é a unidade econômica, entendida como unidade de produção, e não o trabalhador individual ou a ocupação exercida. Fazem parte dessa categoria as unidades econômicas não-agrícolas que produzem bens e serviços com o principal objetivo de gerar emprego e rendimento para as pessoas envolvidas.

Segundo o IBGE, a ausência de registros não serve como critério para a definição da informalidade. Para o instituto, a informalidade está relacionada ao modo de organização e funcionamento da unidade econômica e não ao seu status legal ou às relações que mantém com as autoridades públicas. Como existem diversos tipos de registro, o instituto afirma que o critério não serve para comparações históricas e internacionais e pode levantar resistência junto aos informantes.

De acordo com os critérios da pesquisa podem pertencer ao setor informal todas as unidades econômicas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empresaes com até cinco empregados, moradores de áreas urbanas. O trabalho pode ser a ocupação principal dos proprietários ou secundária.

Desta forma, a pesquisa exclui os moradores de domicílios rurais que exercem atividades não-agrícolas, como artesanato, pequena indústria alimentar, confecção e serviços.

JANAINA LAGE
Folha Online

Sem festa, mas funcionando

Não há mais justificativa plausível para a UTI do São José permanecer fechada. A precária estrutura física e os equipamentos quebrados que serviram como principal motivo para o seu fechamento em janeiro, foram recuperados e bancados pela própria direção da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus há pelo menos 90 dias. O treinamento dos médicos e funcionários – que seria o segundo grande passo para a reabertura – já aconteceu semana passada. O apoio financeiro para garantir gratuitamente os seus leitos à população carente de Ilhéus acaba de ser anunciado pelo prefeito Valderico Reis.
Somente uma coisa pode justificar a demora para a volta do serviço na UTI do São José: a UTI do Hospital Geral Luiz Vianna Filho ainda não está pronta e a festa com direito a fogos de artifício não pode acontecer pela metade.
Os governos do Estado e Municipal querem construir, com a inauguração simultânea das duas UTIs, um gesto de grandeza, de presença contínua e ações públicas rápidas, num momento em que, principalmente o Estado, se mostra ausente de Ilhéus. Já o governo municipal não pode perder a oportunidade de construir “o quanto pior, melhor”. De lembrar “o caos administrativo deixado pela administração anterior”, mesmo que para isso custe um angustiante período de cinco meses sem este importante serviço. Inaugurar com festa um serviço que já faz tanta falta à população é uma forma de dizer à cidade que os seus governos estão atentos às suas principais necessidades, mesmo que, na prática, muitas vezes não estejam.

Sob o ponto de vista do marketing, é perfeito. Na prática do respeito à cidadania, não. Há um fato importante a ser levantado. Não se brinca com vida. Repito: não há mais justificativa plausível para a UTI do São José permanecer fechada. A não ser a festa que querem fazer com a sua reabertura. O problema é que enquanto se aguarda a conclusão da UTI do Luiz Viana e se prepara o “momento cívico” da inauguração simultânea dos 14 leitos presenteados pelo Estado, inúmeras pessoas perdem a vida por falta deste atendimento na cidade. E isso é, na minha opinião, um ato criminoso.

A UTI do São José precisa ser reaberta imediatamente porque não há mais motivos técnicos para mantê-la fechada. Só políticos. A população clama pelo serviço, porque este é fundamental para salvar vidas. Porque não se sabe quantos doentes, a partir de hoje, resistirão aguardar pela comemoração que ora se planeja mas que ainda não tem dada para ser realizada. Até porque como alguém disse um dia, “a vida é uma festa. A gente chega depois que começou e sai antes que acabe”. UTI funcionando sem festa é mais importante do que uma comemoração grandiosa diante de inúmeras mortes anunciadas e dos leitos que poderiam salvar vidas, vazios.

Maurício Maron (maron@click21.com.br), jornalista

Ibec amplia ações e anuncia nova parceria com a Unifacs

A implantação e o funcionamento dos cursos de MBA em Gestão Empresarial, de Capacitação em Gestão Pública, de Capacitação em Turismo e Hospitalidade e do Programa de Capacitação Docente, que, juntos, atendem a cerca de 250 profissionais do mercado regional, já colocam o Instituto Brasileiro de Educação Cultura e Turismo (Ibec) como um dos mais eficientes centros de formação e capacitação da Bahia. Inaugurado em fevereiro, o Ibec é, segundo o seu diretor, Reinaldo Soares dos Santos, um centro de referência no desenvolvimento intelectual, científico e administrativo que funciona em parceria com outra importante instituição da área, o Instituto Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (ISEPE), de Curitiba (PR), propiciando soluções para os problemas regionais, contribuindo assim, para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

“Nas próximas semanas estaremos ampliando o nosso raio de ação”, revela Reinaldo Santos, anunciando uma outra importante parceria com a Unifacs, de Salvador, nos cursos de Normal Superior, Letras e Matemática. “É uma espécie de curso à distância, com um sistema de aprendizado denominado de ´Telesala´, onde os alunos são acompanhados em sala de aula por um tutor com pós-graduação na área”, explica. Segundo, Reinaldo Santos, o material didático é disponibilizado pela Unifacs, que também será responsável pela certificação do curso. Além disso, estão sendo planejados para os próximos meses, cursos de pós-graduação em educação física e metodologia em ensino de História e Geografia, que serão ministrados em Eunápolis, extremo sul da Bahia. Para Porto Seguro, o Ibec anuncia um outro curso em pós-graduação na área de Administração em Saúde Pública.

Em Ilhéus, o Ibec abriu inscrições esta semana, para novos cursos de capacitação para “Elaboração de Monografias” e “Elaboração de Projetos Para Mestrado”. Os interessados podem obter maiores informações no site www.ibecbr.com.br ou na sede do instituto, localizada no centro histórico, Av. 02 de Julho Nº 1039, em Ilhéus. Toda a equipe docente do Ibec é formada por especialistas, mestres e doutores das mais importantes universidades brasileiras.

Colo Colo convoca torcida e promete superação

O Colo Colo promete superação. Mas em troca quer o apoio incondicional da sua torcida, domingo, no estádio Mário Pessoa, quando enfrentará o rival Itabuna, a partir das 4 da tarde. O “tigre” depende de uma vitória contra o azulino, no Clássico do Cacau, para continuar com chances de classificação para a próxima fase do Campeonato Baiano do Interior. “São em momentos como este que uma vitória permite o grupo crescer. Trabalhamos a semana inteira com o objetivo de superar a má fase e mesmo respeitando o adversário, vamos em busca do resultado que nos interessa. A qualquer custo”, disse o artilheiro Guga. Até a rodada desta quarta-feira, o Colo Colo ocupava a vice-liderança do grupo 3. Mas os resultados da rodada foram muito desfavoráveis ao representante de Ilhéus. O Itabuna que vinha com um aproveitamento de 100 por cento perdeu em Feira de Santana para o Fluminense, por um tento a zero. O Juazeiro, que vinha logo atrás do “tigre”, ganhou por três tentos a zero para o Poções e passou a ocupar a terceira colocação. Num grupo de cinco times, o Colo Colo chega às vésperas do clássico, em quarto lugar, à frente apenas do “lanterna” Poções.
Depois de um início de semana tumultuado, com boatos não concretizados da demissão do treinador Ado Alves, que em cinco jogos ganhou apenas dois, o Colo Colo manteve-se em silêncio. Durante os trabalhos no estádio Mário Pessoa, o grupo preferiu eleger o meia Guga – jogador mais experiente do elenco – como uma espécie de porta-voz. A diretoria manteve conversas “a porta fechada” com o grupo e pediu mais empenho. O treinador Ado Alves vai manter suspense sobre o time que começará jogando, mas, diante da queda de produção do time considerado titular, pode surpreender e lançar jogadores oriundos da divisão de base – que vêm treinando forte à espera de uma chance. “Escalo o time no vestiário”, já disse. O retorno do clube à sua praça esportiva, o estádio Mário Pessoa, também serve como um estímulo a mais para o “tigre”. “Se a torcida comparecer as nossas chances aumentam muito”, reconhece Guga, que é vice-artilheiro da competição, com três gols.

Brasileiro trabalha até 20 de maio só para pagar impostos do ano

O brasileiro terá de trabalhar até sexta-feira, dia 20, para pagar impostos e contribuições federais, estaduais e municipais neste ano.
Estudo do IBPT (Instituto Brasileiro do Planejamento Tributário) mostra que houve um aumento de dois dias no prazo que o brasileiro trabalha apenas para cumprir suas obrigações com o fisco em relação a 2004. Já em 2003, eram quatro meses e 15 dias de trabalho só para os impostos.
Segundo o IBPT, esse período aumenta ano a ano, em linha com a trajetória da carga tributária brasileira sobre os rendimentos dos trabalhadores.
O cálculo foi feito com base no peso da carga tributária sobre o rendimento dos trabalhadores, que subiu de 36,98% em 2003 para 37,81% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2004. Para 2005, o IBPT estima que a parcela de impostos sobre salários subirá para 38,35%.
Além do período necessário para pagar impostos, o IBPT informa que o brasileiro terá mais 112 dias para pagar serviços que deveriam ser prestados pelo governo, como saúde, educação, segurança, manutenção de estradas e assim por diante.

O raciocínio é esse: até sexta-feira, o contribuinte trabalha para pagar os impostos; até 9 de setembro, trabalha para pagar o que o governo deveria oferecer como serviço público. Somente a partir daí seu salário é livremente usado para comprar alimentação, vestuário e lazer.

Folha Online

INFORMES – ASCOM – PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHÉUS

Sesab afirma que epidemia de dengue em Ilhéus era esperada;

Ilhéus terá Dia Municipal de Vacinação anti-rábica;

Ilhéus já tem programa de combate à hepatite C;

Amurc presta homenagem à secretária Luciana Reis;

Valderico reafirma compromisso de valorizar servidor municipal;

Governo quer criar “teia social” em Ilhéus.

Sesab afirma que epidemia de dengue em Ilhéus era esperada

O diretor do Departamento Estadual de Vigilância Epidemiológica (Divep), Edgar Crusoé, afirmou nesta quarta-feira (18) que a epidemia de dengue em Ilhéus “já era anunciada desde o ano passado”. Segundo o diretor do Divep, o grande avanço da doença e a proliferação do mosquito transmissor da dengue se devem à forma “precária” de controle e prevenção desenvolvida no ano passado, quando foi cumprido apenas um dos seis ciclos anuais de combate a focos do Aedes aegypti. Na opinião do técnico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), o trabalho foi “insatisfatório” e isso fez com que se “elevasse o índice de infestação do mosquito da dengue”.
“Não houve um trabalho eficiente de controle vetorial e os ciclos preconizados não foram cumpridos”, afirmou Crusoé, ao participar do encerramento do curso de apoio à gestão municipal. O diretor também condenou a política de combate a doenças endêmicas desenvolvida pelos ex-gestores municipais. Por conta da má-gestão na área epidemiológica, ainda segundo análise de Edgar, Ilhéus enfrentou um quadro epidêmico de dengue, baixa cobertura vacinal e desestruturação do serviço de combate à tuberculose.
A Secretaria Municipal de Saúde informa que 75% dos casos de tuberculose no ano passado não foram lançados no sistema de informação do SUS. Também houve um alto índice de abandono dos pacientes em tratamento, chegando a 9%. No ano passado, Ilhéus não conseguiu atingir nenhuma das metas de vacinação contra raiva animal, paralisia infantil e gripe. “Isso demonstra de forma clara a fragilidade e o sucateamento dos serviços de saúde pública”, afirma a atual titular da pasta, Vera Jasmineiro.
O diretor do Divep elogiou as estratégias usadas pelo município – em 2005 – para o controle, combate e prevenção às doenças endêmicas. “Ilhéus tem obtido sucesso em suas campanhas de vacinação”, disse Edgar, ao analisar o relatório de imunização. Na campanha contra a gripe em idosos, o município conseguiu atingir 97,5% da meta. Edgar Crusoé afirma ainda que estão corretas as estratégias de combate à dengue este ano. “Ilhéus retomou o trabalho de forma intensa e acertou nas medidas adotadas”, completou.
Suspeita de desvios
Os dados relativos ao ano passado somente reforçaram as suspeitas de má-gestão da saúde e de desvios de recursos do Programa de Combate a Endemias. O Conselho Municipal de Saúde resolveu abrir investigação para saber como e onde foi utilizada a verba destinada ao combate de doenças como a dengue e a tuberculose, no ano passado. As investigações foram abertas no mês passado a pedido dos representantes dos usuários no Conselho Municipal. De acordo com a secretaria da entidade fiscalizadora, uma comissão foi instalada e, no momento, analisa os relatórios de gestão do Programa de Combate a Endemias.
Quase toda a verba destinada a este programa é usada para o combate à dengue. No ano passado, os recursos foram de, aproximadamente, R$ 600 mil. Mas, apesar da verba, a Saúde somente realizou um ciclo de combate aos focos de proliferação da doença. O Conselho estuda até a possibilidade de convocação do ex-secretário municipal de Saúde, Paulo Medauar, e do ex-diretor de Vigilância Epidemiológica, Antônio Firmo. Eles serão convocados para explicar como e onde foi aplicada toda a verba do Programa.

Ilhéus terá Dia Municipal de Vacinação anti-rábica

O próximo sábado (21) será o Dia Municipal da Vacinação Contra Raiva Animal em Ilhéus. A data foi estabelecida pela Prefeitura Municipal para intensificar ainda mais a vacinação de cães e gatos no município. Neste dia, a vacinação será reforçada com atendimento em 35 postos fixos e nove volantes, 28 carros e 309 agentes de saúde, com a meta de vacinar 20.206 cães e gatos.
A intensificação da vacinação anti-rábica começou em Ilhéus no dia 11 de abril e vai até 3 de junho. Durante este período, a aplicação da dose da vacina está sendo feita diariamente na 6ª Dires em, durante a semana, em diversos bairros da cidade. Todas as segundas-feiras no Hernani Sá (Urbis), às terças, no Teotônio Vilela, às quartas no Iguape, quintas no Parque Infantil e no Malhado, e às sextas, no Nelson Costa. Até terça-feira (17), 87% dos animais da zona rural já haviam sido vacinados, o que corresponde a cerca de 6 mil cães e 1.500 gatos.
O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Aloísio Correia Leite, explica que a raiva é uma doença letal tanto para cães e gatos como para o homem, já que o animal infectado pode transmitir a doença pela mordida ou até mesmo através de um arranhão. Ele afirma que todos os animais com mais de um mês de vida devem ser vacinados, inclusive aqueles que receberam a dose no ano passado e as fêmeas que estiverem prenhes ou amamentando.
No sábado, as doses serão aplicadas em todas as regiões do município. Na Zona Norte, serão realizadas no Sarah I e II, Parque de Operações, Posto de Saúde do Iguape, CSU, Escola Vovô Isaac, Igreja Santa Terezinha, Corpo de Bombeiros e no Bar Família da Vila Lídia. Na Zona Oeste, a vacinação será no Centro de Saúde do Teotônio Vilela, Barro Vermelho, Igreja Assembléia de Deus, Bar Senhor Nunes, Vila Cachoeira e Vila Nazaré.
Na Zona Sul, os animais poderão ser vacinados no Colégio Cierg, Posto Herval Soledade, Centro Comunitário Nelson Costa, Posto da Urbis, Colégio Bohana, Praça da Mangabeira e Unidade Saúde da Família Nossa Senhora da Vitória I e II. No Centro, a intensificação será no CAE III (antigo Sesp), Morro São sebastião, Policlínica da Conquista, Praça Santa Rita, Alto da Tapera, Grupo Escolar Basílio, Colégio Odete Salma, no Malhado, Jupará Motos, Grupo Escolar Estado do Ceará, Posto Almiro Vinhas (avenida Princesa Isabel) e no Clube 19 de março.

Ilhéus já tem programa de combate à hepatite C

As atividades do Ministério da Saúde (MS), para identificar os casos de hepatite C de origem viral no país são marcadas em Ilhéus pelos primeiros resultados positivos do programa de combate à doença, implantado há cerca de quinze dias pela administração Valderico Reis. “Em tão pouco tempo, já fornecemos orientação a 40 pacientes, todos identificados a partir de um grupo de risco, os que foram previamente cadastrados como soro-positivos”, comemora a coordenadora de DST/HIV/AIDS do município, a médica Alba Ikuta. Ela acrescenta que, em Ilhéus, o trabalho de detecção e orientação sobre hepatite C será qualificado e prolongado, pois mais dois médicos estão em treinamento especial em Brasília, retornando às atividades na segunda-feira (23).
A coordenadora lembra que a campanha nacional do MS está chamando todos os pacientes que receberam doação de sangue antes de 1993 (quando a lei era pouco exigente com os hemocentros), pois essas pessoas constituem grupo de risco para a doença. Também os usuários de drogas injetáveis, devido ao uso de seringa contaminada, estão no mesmo grupo. De acordo com Alba Ikuta, a atual administração municipal tem promovido ações significativas quanto a esse problema de saúde pública, “a ponto de Ilhéus não mandar mais para Salvador seus pacientes com doença do fígado, que agora são tratados aqui mesmo”.
A hepatite C é uma inflamação no fígado, causada por vírus, e que pode levar à morte, após transformar-se em cirrose, sendo potencialmente mais perigosa em pacientes diabéticos ou aidéticos. A doença é quase sem sintomas, sendo freqüentes as informações e dor abdominal e olho amarelado – sendo a verdadeira identificação feita em laboratório, pela medição do nível de uma enzima chamada aminotransferase. “Em Ilhéus, estamos capacitados a diagnosticar a doença com rapidez e segurança, tantos em termos clínicos quanto de laboratório”, assegura Alba Ikuta.

Amurc presta homenagem à secretária Luciana Reis

A participação cada vez mais expressiva da mulher na política e em outros setores da sociedade foi lembrada na homenagem que a Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) prestou à secretária de Governo de Ilhéus, Luciana Reis, nesta terça-feira (17). O fato foi registrado durante o Fórum de Gestão Municipal, organizado pela Amurc no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, em Ilhéus. A data do fórum coincidiu com o aniversário da secretária.
Antes da abertura oficial do evento, o presidente da Amurc e prefeito de Itapé, Pedro Jackson Brandão (Pedrão), convidou a secretária à tribuna para receber a homenagem. Luciana Reis foi lembrada por seu importante papel no governo ilheense, onde tem desenvolvido um trabalho decisivo em colaboração ao chefe do Executivo, na construção de uma administração eficiente e marcada pela transparência e participação popular.
Entre outras ações, a secretária teve reconhecido o seu papel na abertura do governo à sociedade civil em suas várias instâncias representativas. “A secretária Luciana Reis mostra competência e habilidade no diálogo com os mais diversos setores. Por esse motivo, ela conquista respeito cada vez maior em sua atuação política”, disse o presidente da Amurc.
A secretária agradeceu a homenagem e conclamou os prefeitos presentes ao Fórum da Amurc a unirem esforços em prol dos interesses comuns à região cacaueira. Segundo Luciana Reis, “é preciso que todos os municípios da região estejam unidos para se fortalecer politicamente e conquistar maior respaldo em suas reivindicações”.

Valderico reafirma compromisso de valorizar servidor municipal

Ao participar de uma série de homenagens aos servidores da limpeza pública municipal, o prefeito Valderico Reis reafirmou que a valorização do funcionalismo será uma das prioridades de seu governo. Na noite da última segunda-feira (16), Valderico participou de uma solenidade em homenagem ao Dia do Gari e destacou que todos os servidores devem ser respeitados e sempre terão o seu apoio enquanto administrador do município. Atualmente a limpeza pública conta com cerca de 200 trabalhadores, 64 deles pertencentes ao quadro efetivo.
Na homenagem prestada pela Prefeitura, foram sorteados brindes e distribuídas cestas básicas para os servidores. Valderico lembrou que o serviço de limpeza é reconhecido como um dos mais eficientes do governo. “Com a colaboração de todos vocês e de um trabalho árduo de nossa equipe, a imagem de Ilhéus é outra, está mais limpa, mais bonita”, disse. A secretária de Governo, Luciana Reis, também participou das homenagens e ressaltou o esforço que o município tem feito até agora para quitar os seus compromissos em dia. “Estamos colocando as finanças em dia e quitando os salários deixados em atraso pelos ex-gestores. Isso é reconhecer o trabalho do nosso servidor”, disse.
Neste sentido, a Prefeitura também está realizando o recadastramento do servidor municipal. Segundo a secretária de Governo, a medida visa reconhecer aqueles que trabalham e coibir irregularidades cometidas por ex-gestores. O recadastramento foi iniciado em março e já detectou casos de servidores que recebem sem trabalhar. “Tínhamos gente morando em Salvador, mas que recebia como funcionário da Prefeitura”, disse. “Queremos acabar com esses absurdos para termos como valorizar quem realmente trabalha pela população”, disse a secretária.

Governo quer criar “teia social” em Ilhéus

Oferecer a associações comunitárias e Organizações Não-Governamentais os instrumentos para uma atuação efetiva no auxílio à execução de programas sociais. Esse é o objetivo da Prefeitura de Ilhéus, que deseja promover um trabalho de orientação técnica e padronização de posturas adotadas pelas entidades representativas de moradores, principalmente dos bairros mais carentes do município.
Projeto nesse sentido está sendo conduzido pela Secretaria de Assistência Social e Trabalho, que já iniciou os primeiros contatos com líderes comunitários. Uma das idéias é promover um seminário com a participação de representantes do governo e membros das associações, provavelmente no início de julho. Nessa reunião, serão discutidas formas de agregar as entidades aos programas sociais executados pelo município.
Para a titular da Secretaria de Assistência Social e Trabalho, Fátima Reis, a articulação com as associações comunitárias vai tornar mais eficiente a atuação do governo no auxílio aos mais carentes. “Por estar em contato mais direto com a comunidade, os representantes das entidades podem ajudar a identificar aqueles que necessitam de apoio”, avalia a secretária.
Desde que assumiu o governo, o prefeito Valderico Reis tem se empenhado na reativação de programas sociais como Agente Jovem, Peti e de Combate às Carências Nutricionais (Programa do Leite). Este, inclusive, deverá ser ampliado, com o aumento de 5 mil para 9 mil litros de leite distribuídos diariamente. O município também mantém uma distribuição de 4 mil pratos de sopa por dia e pretende elevá-la para 12.500 pratos.
A secretária Fátima Reis acredita que essa atuação será otimizada com a participação dos líderes comunitários, na condição de verdadeiros agente sociais. Além da ajuda direta à população que vive em situação de extrema pobreza, ela diz que o governo vai articular medidas envolvendo instituições de microcrédito, como o Credbahia e, futuramente, o Banco da Mulher, com o objetivo de estimular o surgimento de pequenos negócios e a geração de emprego e renda nas comunidades. “Nosso objetivo é ir além do papel assistencialista, criando mecanismos que realmente contribuam para melhorar a vida das pessoas nas comunidades carentes”, frisa.

Mutação pode ter aumentado perigo da febre aviária, diz OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu nesta quarta-feira que os resultados de um novo estudo indicam que o vírus da gripe aviária pode ter sofrido uma mutação no norte do Vietnã, fazendo com que a doença possa agora ser transmissível de uma pessoa para outra.
Até agora, as pessoas só têm contraído a gripe em contato com aves doentes.
Apesar das suspeitas, cientistas ainda não conseguiram provar que houve essa mutação, e a doença pode estar se espalhando mais no Vietnã simplesmente porque o vírus adquiriu características que permitem que ele seja transmitido mais facilmente de aves para humanos.
A BBC teve acesso a uma cópia das conclusões do estudo feito no norte do Vietnã, que convoca os governos a melhorar as medidas de saúde pública que estão sendo tomadas para proteger contra uma pandemia de gripe aviária.
Pandemia

Esse é o primeiro estudo detalhado da OMS sobre a possibilidade de um novo padrão de transmissão da doença.

Desde o fim de 2003, pelo menos 92 pessoas se contaminaram com a gripe ao lidar com aves.

No novo estudo, os cientistas constataram que o vírus encontrado no norte do Vietnã tem diferenças mais marcantes em sua constituição genética do que outras cepas do vírus encontradas, em outras regiões.

Segundo o correspondente da BBC Pallab Ghosh, a preocupação é que a nova forma de infecção, de um ser humano para outro, possa formar a base de uma nova ameaça global.

BBC BRASIL

Tênis especial incentiva crianças a fazer exercícios

Uma nova invenção promete ser um grande incentivo para as crianças fazerem atividade física – um par de tênis que controla o tempo de televisão que elas estão autorizadas a assistir.
O tênis – apelidado de “olho quadrado” – tem uma palmilha que registra a quantidade de exercícios feitos pela criança e a partir daí calcula a quanto tempo de televisão ela tem direito.
Inventado por uma estudante de desenho industrial da Universidade Brunel, em Londres, o calçado tem um podômetro acoplado, que conta o número de passos dado pela criança.
Um botão então transmite esses dados para uma caixa acoplada à TV.
A caixa, então, calcula o tempo de TV e, quando ele terminar, o aparelho desliga automaticamente.

“Hoje há um monte de programas e canais de TV para crianças. Há dez anos, as crianças se distraíam brincando com os amigos, agora, elas passam horas no quarto assistindo televisão”, disse a criadora do tênis, Gillian Swan.

“O olho quadrado vai ajudar as crianças a incluir exercícios em sua rotina diária desde cedo”, disse ela.

O olho quadrado “espera” que as meninas dêem pelo menos 12 mil passos por dia, e os meninos 15 mil – “o que deveria ser tarefa fácil para crianças ativas”, disse Swan.

Dificuldade

O tênis recomenda que as crianças assistam somente duas horas de TV por dia, e pode servir como um alerta para os pais.

“Ele deve ressaltar estilos de vida sedentários e estimular mudanças de comportamento em toda a família”, disse Paul Turnock, o diretor de desenho da Escola de Engenharia e Desenho da Brunel.

O protótipo do tênis vai ser exposto junto ao trabalho de outros graduandos da Escola de Engenharia e Desenho na semana que vem.

“O projeto é um excelente exemplo de (como se) inventar um conceito e criar um projeto perfeitamente cabível no futuro”, disse Turnock.

BBC BRASIL

Brasil segue na liderança do ranking da Fifa de seleções

O ranking de seleções da Fifa divulgado nesta quarta-feira apresenta poucas mudanças nas 20 primeiras colocações em relação à ultima edição. O Brasil permanece na liderança, seguido de República Tcheca e Argentina.
A Alemanha, que não estava entre os top 20, subiu uma colocação e agora aparece como vigésima colocada.
1. Brasil 831 pontos (0)
2. República Tcheca 784 (0)
3. Argentina 778 (0)
4. França 769 (0)
5. Holanda 759 (0)
6. Inglaterra 754 (0)
7. México 753 (+1)
8. Espanha 752 (-1)
9. Portugal 740 (0)
10. Itália 734 (0)
11. Estados Unidos 734 (0)
12. Grécia 727 (0)
13. Suécia 722 (0)
14. Turquia 712 (0)
15. Irlanda 709 (0)
16. Uruguai 706 (0)
17. Japão 703 (0)
18. Irã 699 (+1)
19. Dinamarca 697 (-1)
20. Alemanha 697 (+1)

Folha Online

Oitenta países punem homossexuais com prisão, diz “El País”

A legislação de 80 países de todo o mundo pune o homossexualismo com prisão –e sete com a pena de morte–, segundo uma pesquisa da Liga Internacional de Gays e Lésbicas (Ilga, na sigla em inglês) publicada pelo site do jornal espanhol “El País”.
No Brasil não existem leis tipificando o homossexualismo como crime, mas, de acordo com o relatório, a impunidade é comum em casos de ações contra gays.
A associação, que tem representantes em mais de cem países, levou em consideração apenas leis em vigor em todo o país e, por isso, não incluiu na lista os países que perseguem homossexuais em algumas regiões.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a “sodomia” é crime em alguns Estados, e em algumas regiões de países africanos e asiáticos de tradição muçulmana, o homossexualismo é punido segundo as leis islâmicas.
Até o Reino Unido aparece na lista por estabelecer uma idade de consentimento mais alta para as relações homossexuais do que para heterossexuais.

O relatório citado pelo “El País” afirma que países europeus como Bulgária, Liechtenstein e România estão entre os que não castigam o homossexualismo, mas o consideram como agravante de outros crimes, como escândalo público.

Ainda segundo o relatório da Ilga, na metade dos países da lista, a legislação se refere apenas a homens homossexuais.

As relações sexuais entre mulheres não estão nem liberadas nem proibidas, “simplesmente porque as relações entre duas mulheres continuam sendo algo impensável para muitos legisladores”, segundo um representante da liga entrevistado pelo “El País”.

BBC BRASIL

9º Mês do Orgulho Gay promove ciclo de debates gratuito

A parada gay na avenida Paulista, em São Paulo, é de fato o evento com maior visibilidade dentro da programação do 9º Mês do Orgulho Gay, organizado pela Associação do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Trangêneros). No entanto, eventos paralelos, como ciclos de cinema
e debates, também são promovidos.

“São nessas ocasiões paralelas que o movimento gay discute as políticas públicas desenvolvidas e consolida sua posição social”, diz Renato Baldin, vice-presidente da Associação.

O terceiro ciclo de debates “Construindo Políticas para GLBT” começa em 30 de maio, um dia depois da parada, e segue até 4 de junho. Será uma semana de discussões com especialistas, professores e profissionais da áreas no Espaço da Cidadania André Franco Montoro (Pátio do Colégio, 148, centro).

O objetivo, segundo a Associação, é dar espaço para a reflexão sobre a construção da cidadania plena para o público GLBT , seja no âmbito das políticas específicas para o segmento, na inclusão de GLBT nas políticas de caráter universal ou no cotidiano de ativistas e profissionais que atuam junto a esta população.

Temas

O debate de abertura leva o tema, que começa às 18h do dia 30, leva o tema ‘Políticas para GLBT em tempos de fundamentalismos”. Entre os convidados para a conversa estão a pesquisadora Regina Soares Jurkewicz, integrante da ONG Católicas pelo Direito de Decidir e ligada à PUC-SP, e a desembargadora Maria Berenice Dias, do Tribunal de Justiça do RS e do Instituto Brasileiro de Direito de Família.

Outra mesa redonda discute os “Direitos sexuais e reprodutivos para lésbicas”. Programado para o dia 31, o debate reúne Neusa Cardoso de Melo (Rede Feminista de Saúde – Regional Minas Gerais e GT de Direitos Sexuais da Rede Feminista de Saúde) e Regina Facchini, pesquisadora da Unicamp.

A inscrição é gratuita e deve ser feita pelo e-mail: ciclodedebates@yahoo.com.br. Na inscrição, o interessado deve indicar o nome, telefone ou e-mail para contato, profissão e/ou grupo/movimento ao qual pertence e o dia ou dias da programação para o(s) qual(is) está se inscrevendo. As inscrições que não indicarem o(s) dias(s) do ciclo a que se referem não serão consideradas.

Confira a programação completa:

30/05 (segunda-feira), das 18h às 22h
Políticas para GLBT em tempos de fundamentalismos
Com Renato Baldin (vice-Presidente da Associação GLBT); Regina Soares Jurkewicz (Católicas pelo Direito de Decidir e PUC-SP); Maria Berenice Dias (Tribunal de Justiça do RS e Instituto Brasileiro de Direito de Família); Sérgio Gardenghi Suiama (Procurador da República e Procurador Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo).

31/05 (terça-feira), das 18h às 22h
Direitos sexuais e reprodutivos para lésbicas
Com: Cláudia Regina Garcia (Secretaria de Lésbicas/Associação GLBT); Neusa Cardoso de Melo (Rede Feminista de Saúde – Regional Minas Gerais e GT de Direitos Sexuais da Rede Feminista de Saúde); Regina Facchini (Unimcap e APOGLBT); Janaína Leslão Garcia (Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Sexualidades – NEPS/Assis).

01/06 (quarta-feira), das 18h às 22h
Masculinidades homossexuais
Com: Murilo Moura Sarno (Secretaria de Gays/APOGLBT); Júlio Assis Simões (Departamento de Antropologia – FFLCH/USP e Núcleo de Estudos de Gênero Unicamp); Fernando Bonassi (roteirista de cinema/ex-colunista da Revista da Folha – coluna Macho); Jorge Marcelo Oliveira (Grupo Identidade/Campinas).

02/06 (quinta-feira), das 18h às 22h
Travestis e transexuais: demandas relativas a identidade de gênero
Com: Alexandre Peixe dos Santos (Sec. de Travestis e Transexuais/APOGLBT); Bárbara Graner (Centro de Apoio e Solidariedade à Vida – CASVI/Piracicaba); Janaína Lima (Grupo Identidade/Campinas); Luiz Henrique Passador (Unicamp e APTA-Associação para prevenção e treinamento da Aids).

03/06 (sexta-feira), das 18h às 22h
Bissexualidades: demandas e sujeito político
Com: Regina Facchini (Unicamp); Fernando Seffner (Faculdade de Educação/UFRGS); Isadora Lins França (USP e APOGLBT); Eduardo Lourenço da Cunha (Espaço B/APOGLBT).

Dia 04/06 (sábado), das 14h às 18h
Políticas para juventude e diversidade sexual
Com: Ana Adeve (Jovens Feministas de São Paulo e Rede Jovens Brasil); Mário Felipe de Lima Carvalho (Grupo Prisma DCE Livre/USP); Carol Lima (E-Sampa/São Paulo); Eduardo Santarello (Jovens e Adolescentes Homossexuais/APOGLBT).

Folha Online

Cientistas brasileiros querem utilizar código de barras da vida

Geneticistas brasileiros começam a unir forças e entrar na corrida para mapear a biodiversidade nacional. A arma para isso é a técnica promissora e um tanto controversa do código de barras de DNA –uma etiqueta genética que permitiria identificar de forma rápida e barata espécies já conhecidas e dar pistas sobre possíveis espécies novas.
O alvo inicial da iniciativa, capitaneada por Sandro Bonatto, da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), e Fabrício Santos, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), são as cerca de 600 espécies de mamífero que o Brasil abriga. Mas todos os vertebrados estão na mira. Eles acabam de submeter o plano de uma rede nacional de códigos de barra de DNA ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), órgão federal de fomento à pesquisa, que deve dar seu veredicto no final do mês que vem.
Bonatto, que conversou com a Folha logo depois de enviar a proposta, diz que a intenção não é dispensar as análises taxonômicas tradicionais, que servem para identificar espécies –um processo delicado, que envolve medições da anatomia de cada exemplar. “É uma ferramenta a mais.”

Segundo o geneticista, uma das vantagens da nova técnica é diminuir a dependência em relação aos exemplares de referência de cada espécie, muitos dos quais estão em museus estrangeiros, de difícil acesso para quem trabalha no Brasil. Outro ponto positivo da rede seria incluir a pesquisa nacional num esforço mundial para mapear todas as formas de vida da Terra.

O “número de série” que os geneticistas propõem vem das mitocôndrias, as usinas de energia das células. Trata-se do gene citocromo-c-oxidase-I (COI, em forma abreviada), um pedaço de DNA com apenas 648 “letras” químicas, o que é muito pouco em termos genômicos. Ele está presente em todos os animais e sofre mutações em ritmo que permitiria a distinção entre duas espécies próximas.

“Assim como hoje existem os exemplares de referência no museu, seria possível atrelar o nome da espécie a essa seqüência de DNA”, afirma Bonatto. O plano inicial dos pesquisadores é associar o trabalho a coletas de novos espécimes em 15 ecossistemas –em princípio, seriam 10 mil indivíduos, entre animais e plantas, em cada um deles. Segundo Bonatto, isso geraria um crescimento dramático nos bancos de tecidos que existem hoje no Brasil.

“Além disso, 150 mil amostras permitiriam que a gente fizesse comparações entre as espécies e visse o que elas contam sobre a história evolutiva dos próprios biomas”, afirma Bonatto.

Problema de amostragem

No caso das plantas, o pesquisador explica que ainda é preciso definir qual o melhor candidato a código de barras. É que nelas o DNA das mitocôndrias sofre mutações de maneira bem mais lerda, o que inviabiliza seu uso. “Provavelmente, alguma região do DNA do cloroplasto [que faz a fotossíntese nas plantas] será mais adequada.”

Para Mario de Vivo, do Museu de Zoologia da USP, a iniciativa é bem-vinda, mas não deve ser uma solução mágica. “Acho ótimo que eles proponham isso, mas um dos problemas é a amostragem, e nós já temos uma amostragem gigantesca”, afirma. “Quanto mais a gente estuda os mamíferos sul-americanos, mais descobre que a coisa é mais complexa do que a gente imaginava: duas espécies viram quatro, outras duas viram uma. O problema é que essa definição de espécie também depende das hipóteses científicas que a gente faz, e isso o DNA sozinho não resolve”, avalia Vivo.

Segundo ele, o código de barras também facilitaria o combate o tráfico de animais e a biopirataria, identificando de forma relativamente rápida carne ou ovos de um animal silvestre, por exemplo.

REINALDO JOSÉ LOPES
Folha de S.Paulo

Unicamp cria antiinflamatório com base em planta brasileira

A Unicamp desenvolveu o primeiro antiinflamatório feito com base no extrato de uma planta nativa brasileira –em forma de creme– que estará no mercado ainda neste semestre.
A erva-baleeira (Cordia verbenacea) –usada por pescadores no litoral das regiões Sul e Sudeste– é a matéria-prima do medicamento. Também é chamada de erva-da-praia e maria-milagrosa.
O creme surgiu de uma pesquisa realizada pelo CPQBA (Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas) da universidade. O princípio ativo da planta foi descoberto em 2001 e se chama alfa-humuleno.
O creme terá o nome comercial de Acheflan e é eficaz para casos de dores musculares. A erva é natural da mata atlântica e mais freqüente no litoral que vai de São Paulo a Santa Catarina.

O creme teve liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que classificou o produto na classe dos fitomedicamentos, que são fármacos que têm em sua composição apenas substâncias ativas extraídas de plantas, sem a mistura de princípios ativos sintéticos.

Segundo o coordenador da Divisão de Agrotecnologia do CPQBA, Pedro de Magalhães, são necessários 800 kg da erva para a obtenção de 1 litro de óleo essencial, que é o princípio do creme.

Foram plantados 12 hectares da erva no centro de pesquisas da Unicamp em Paulínia (SP), para garantir a extração de 120 litros anuais de óleo, suficientes para atender à produção durante esta fase de lançamento do produto.

Os pesquisadores precisaram de oito anos de esforços para adaptar o vegetal às novas condições de plantio, adequadas à produção do medicamento.

O equipamento utilizado na produção do óleo custou R$ 240 mil. O valor foi partilhado igualmente pela Unicamp e pelo Laboratório Aché –que comercializará o medicamento.

Agência Folha

Cientistas acham novos vírus da família do HIV em caçadores

Dois novos vírus da mesma família do HIV foram descobertos por cientistas em caçadores de primatas em Camarões, na África Central.
Cientistas dizem que é importante monitorar de perto a doença nesses caçadores, já que qualquer vírus que eles contraiam de animais pode se espalhar pela comunidade.
“As descobertas mostram que, longe de serem eventos raros, esses tipos de vírus estão passando ativamente para seres humanos”, disse Nathan Wolfe, que coordenou a pesquisa.
O estudo, liderado por uma equipe da Johns Hopkins University, foi publicado na revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.

Sem sintomas

Os novos vírus identificados nesse estudo vêm de um grupo conhecido como retrovírus.

Eles receberam os nomes de HTLV-3 e HTLV-4. Seres humanos já tinham sido infectados anteriormente pelos vírus HTLV-1 e HTLV-2.

Na maioria dos casos, a infecção não produz sintomas, mas pode causar problemas neurológicos e até leucemia.

A equipe de pesquisadores coletou e examinou amostras de sangue de 900 pessoas que moram em Camarões.

Todas as pessoas estudadas relataram algum tipo de exposição a sangue e outros fluidos corporais de primatas, principalmente por intermédio de caça e, em alguns casos, por manterem primatas como animais de estimação.

Os novos vírus foram encontrados em dois caçadores.

Os cientistas disseram que, nesse estágio, é difícil saber se algum dos dois vírus recém-descobertos pode ser prejudicial a seres humanos, ou se pode ser transmitido de uma pessoa para outra.

Mas os pesquisadores dizem que seu trabalho mostra claramente que a caça cria a oportunidade para que os vírus ultrapassem a barreira das espécies.

“A colaboração com caçadores na África central nos dá o potencial para prever e prevenir o aparecimento de doenças”, disse Wolfe.

BBC BRASIL

Bento 16 celebra 85º aniversário de nascimento de João Paulo 2º

O papa Bento 16 recordou nesta quarta-feira os 85 anos do nascimento de João Paulo 2º, durante a tradicional audiência geral. Mais de 25 mil peregrinos acompanharam a cerimônia na praça São Pedro.
O antigo papa João Paulo 2º morreu em 2 de abril último, provocando uma grande comoção em todo o mundo católico.
“Hoje é o aniversário de nosso amado papa João Paulo 2º. Teria completado 85 anos hoje e estamos seguros de que está nos vendo do alto e que está conosco”, declarou.
“Nesta oportunidade, queremos agradecer a Deus por ter nos dado este papa e agradecer ao papa por tudo o que nos deu”, acrescentou.
O monsenhor Stanislav Dziwisz, secretário particular de João Paulo 2º durante 40 anos, celebrou na manhã desta quarta-feira uma missa sobre a tumba de Karol Wojtyla, no Vaticano, na basílica de São Pedro.

“Me uno espiritualmente a um ato significativo que acontecerá hoje nos montes Abruzos [região do centro da Itália]. Uma parte do cume da montanha Gran Sasso receberá o nome do inesquecível Papa João Paulo 2º, que visitou em diversas ocasiões estas esplêndidas montanhas. Saúdo e agradeço aos promotores desta louvável iniciativa”, afirmou o sumo pontífice.

Há uma semana, uma cruz foi instalada na parte mais alta dos Abruzos, que será batizada nesta quarta-feira de cume João Paulo 2º.

Beatificação

Na última sexta-feira (13), Bento 16 anunciou o início do processo de beatificação de João Paulo 2º. Segundo a norma vigente, o procedimento não poderia começar antes de 2010.

O direito canônico estabelece que há um prazo de cinco anos após a morte para que seja aberta uma causa de beatificação.

Entre a documentação necessária, é preciso recolher a prova dos milagres feitos pelo beato antes ou depois de sua morte. A beatificação é a etapa que precede a canonização.

Bento 16, eleito papa no dia 19 de abril, cita o nome de João Paulo 2º em todas as suas mensagens públicas, provocando sempre os aplausos da multidão.

France Presse

Em Cannes, Pelé vê boas chances de Copa no Brasil em 2014

Em Cannes para promover um filme sobre sua vida, Pelé só conseguiu falar de futebol e disse que o Brasil tem boas chances de sediar a Copa do Mundo de 2014.
O Rei do Futebol foi à França para chamar a atenção para o documentário Pelé Eterno no Festival de Cannes.
Mas o cinema não foi o assunto que Pelé conseguiu discutir com a mídia e os fãs presentes no balneário francês.
“É uma grande oportunidade”, disse ele, referindo-se à Copa de 2014, que o Brasil quer sediar.
“Nós já estivemos conversando muito a respeito disso, estamos fazendo um trabalho para que os campos de futebol no Brasil comecem a passar por reformas”, continuou.

Pelé disse ter visto sinais positivos em reuniões realizadas com representantes da Concacaf, a Confederação de futebol da América Central e da América do Norte, e da África.

Para ele, os africanos devem retribuir o apoio dado pelo Brasil à candidatura bem-sucedida da África do Sul para a Copa de 2010.

“O Brasil tem uma grande chance”, completou Pelé.

Celebridades

O comentário na tarde desta terça-feira em Cannes era que estava impossível andar nas proximidades do hotel onde Pelé está hospedado.

Além de atrair até os que estão em Cannes, mas não estão interessados em Cinema, e vários fotógrafos, Pelé também chamou a atenção de outras celebridades, que ajudavam a bloquear ainda mais o caminho em uma das pontas da Croisette.

Mesmo depois da entrevista para jornalistas estrangeiros, Pelé teve que cumprir o ritual de assinar autógrafos para repórteres que saíam exultantes da sala de entrevistas.

Na hora da entrevista, o tema que sempre voltava era o do futebol.

Ele falou sobre as chances da Seleção Brasileira na Copa da Alemanha, no ano que vem, na qual espera bons resultados, mas com uma certa cautela.

“Individualmente, o Brasil está com grandes jogadores”, disse ele, afirmando, porém, que eles precisam se transformar em um bom conjunto para ter sucesso no torneio.

“Só as grandes estrelas não ganham jogo.”

Ninguém mais

Também disse que será muito difícil que algum jovem jogador de hoje vire assunto de um documentário como Pelé Eterno dentro de 30 ou 40 anos, como aconteceu com ele.

“Pode ser um bom jogador, talvez até melhor. Mas, como Pelé, mais ninguém, porque meus pais fecharam a fábrica, então acabou!”

Pelé afirmou que admira muitos jogadores atualmente, como Ronaldinho, Robinho e o inglês Wayne Rooney.

“Mas, se eu tiver que escolher o melhor jogador dos últimos dez anos, tenho que escolher o Zidane, porque ele manteve o mesmo nível por dez, doze anos. Para mim ele é o melhor jogador, sem dúvida.”

O diretor de Pelé Eterno, Anibal Massaini Neto, disse que o filme deve ser transformado em uma série em quatro capítulos para a televisão, incluindo material que foi cortado da edição que chegou aos cinemas.

Massaini afirmou que, para o mercado europeu, Pelé Eterno terá cinco minutos a menos de duração.

Ele também disse que no futuro será preparada uma versão em inglês, pois o público estrangeiro tem dificuldades para ler as legendas e ver os gols exibidos na tela do cinema.

Flávia Nogueira
BBC BRASIL

Wilson Nora sai do estaleiro

Depois de dois meses contundido, o baiano Wilson Nora está de volta aos treinos.
No início de maio, Nora sofreu uma fratura no pé durante um free surf na praia do Recreio, Rio de Janeiro.
O atleta treinava com o irmão Bruno e o carioca Marcelo Trekinho em ondas de até 1,5 metros. Foi mandar uma rabetada na junção, escorregou e caiu com todo o peso do corpo sobre o pé direito.
Ouviu um estalo e logo sentiu que havia quebrado. No hospital, os médicos constataram uma fratura na fíbula e fizeram cirurgia no local, colocando ainda cinco pinos.
Nora já estava com tudo pronto para embarcar para Margaret River, na Austrália, onde na semana seguinte começaria o Salomon Masters, etapa de nível 6 estrelas do WQS.
Quando sofreu a contusão, o atleta havia participado de apenas uma etapa do circuito. Fez uma bela campanha em Noronha e conquistou a 9ª colocação.
Além da etapa de Margaret River, ficou de fora de provas importantes como o Energy Australian Open, em Newcastle, Austrália, o Vendée Surf Pro, em La Sauzaie, França, e o Body Glove Surfbout, em Lower Trestles, Califórnia – etapas de nível 4 estrelas.
Com as ausências, Nora despencou para a 161a posição no ranking, mas ainda tem muita água pra rolar até o fim da temporada. O WQS 2005 ainda terá 16 etapas consideradas importantes (4 a 6 estrelas).
No ranking final, são computados apenas os oito melhores resultados de cada participante. Sendo assim, Wilson Nora ainda tem boas chances de conquistar a sonhada vaga no WCT, a elite do surf mundial.
Depois de muitas sessões de fisioterapia, musculação e natação, o atleta voltou a surfar acompanhado de seu técnico Gabriel Macedo.
“Apesar da gravidade do acidente, Wilson não deixou cair a peteca. Está em plena forma, pois logo depois da cirurgia já estava na fisioterapia”, revela Macedo.
Com muita confiança, Nora vem superando as expectativas dos médicos. Está fazendo tudo com grande vontade e consciência. As dores o incomodam um pouco, mas fazem parte do processo.
“Ele vai sentir dores por um bom tempo, afinal são cinco pinos em seu pé. Jojó (de Olivença) já passou por isso e hoje em dia já está arrebentando”, diz Macedo.
“Se tudo der certo, ele estará de volta na etapa das Ilhas Maldivas. Se não, ele voltará na Costa do Sauípe, onde no último fim semana foi fazer um treino de reconhecimento do pico”, continua Macedo.
“Vale ressaltar que o grande mérito da sua recuperação deve-se muito à sua familia, que está sempre por perto e dando todo o apoio necessário”, conclui o técnico do baiano.
A contratação de Nora pela Outback – cadeia de restaurantes com mais de 850 casas em 22 países das Américas, Europa e Ásia – também está animando muito a volta do atleta.
Os empresários da Outback foram uns do que mais ajudaram no dia do acidente e acreditam muito na performance de Nora. Revelam que ele é um dos surfistas mais completos do Brasil e com grandes chances de fazer bonito no WCT.
Quem conhece o potencial do baiano sabe que ele surfa bem em qualquer condição.
Já fez belas apresentações em Jaws, Pipeline, Teahupoo, Noronha e muitos outros picos espalhados pelo mundo.
Outro ponto positivo de Nora é que ele faz de tudo para ajudar os surfistas da sua cidade natal – Ilhéus – e faz questão de dar toques importantes para os novatos.
É tratado como ídolo por onde passa, tem um carisma muito bom e isso o ajuda muito. Aonde quer que vá, tem sempre as portas abertas.
Wilson ainda procura patrocínio de uma marca surfwear, mesmo tendo esse imprevisto no começo da temporada.
Agora que está com mais experiência no circuito, acha que esse ano será decisivo em sua carreira.
O atleta não esquece de agradecer a todos os internautas do Waves.Terra, que sempre mandaram mensagens de apoio para que o atleta tivesse uma rápida recuperação.
“É muito bom saber que tem gente que sempre acredita em você, principalmente nas horas mais difíceis”, fala Nora.
“Isso nos dá mais ânimo para superarmos os obstáculos. Muito obrigado a todos pelas palavras de força que sempre me dão. Muita paz”, agradece o baiano.

ADER OLIVEIRA
WAVES

Tramita no Congresso Nacional proposta para ampliar as receitas municipais

“Os municípios têm que sair daqui cada vez mais unidos, fortalecidos, defendendo os nossos direitos e hoje conseguimos uma grande vitória. Os precatórios trabalhistas que os prefeitos pagam, de 7,5 a 15% para a Caixa Econômica e o Imposto de Renda, de 27,5% e sua alíquota, que iam para a Receita Federal, estão na UPB, retornando para as prefeituras através do imposto municipal”. A afirmação é do presidente da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), Pedro Jackson Brandão, ao presidir hoje (17) pela manhã, a solenidade de instalação do 2º Fórum de Gestão Municipal, no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, em Ilhéus. Otimista com a possibilidade de ampliar as receitas municipais para este ano, o presidente da Amurc destaca que está tramitando no Congresso Nacional uma proposta para aumentar os recursos municipais. Citando como exemplo Itapé, cidade que administra, diz que vai receber como crédito, m as 250 mil reais por ano para pagar o 13º salários do servidor.
O prefeito de Ilhéus, Valderico Reis lembrou que em parceria com governo do estado está dando um tratamento de respeito e recuperando todo o município em serviços de ações sociais. Já o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Khoury – que representou o governador Paulo Souto – , disse que o governo do estado está presente em vários municípios baianos com diversas ações. “Através de convênios estamos dando outra forma de governar, racionalizando recursos, com resolução de somatórios”.

No fórum foram assinados convênios de cooperação técnica com a Ceplac para o reflorestamento das matas ciliares dos rios Cachoeira, Almada, Santana, Uma e Aliança que compõem o Comitê das Bacias do Leste;; com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), visando o desenvolvimento e integração de ações no melhoramento agropecuário e capacitação técnica de profissionais neste ramo; com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), para a operacionalização de programas de estágio de estudantes; com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), para a elaboração de projetos municipais; com a UPB, visando o fortalecimento do movimento municipalista; com a Caixa Econômica, para a promover ações no âmbito de desenvolvimento municipal;com a Big Card, para que os funcionários públicos municipais tenham cartões com descontos consignados em folha de pagamento; e com a Biofábrica, visando o desenvolvimento urbano-paisagístico e com a Unimed, visando a contratação de plano de saúde na área de abrangência da Amurc.

PRESENÇAS – Na opinião da coordenação do evento, o fórum foi coroado de êxito, com a presença de 57 prefeitos das regiões sul, extremo-sul e sudoeste do estado, além do prefeito de Itabuna e presidente de honra da Amurc, Fernando Gomes; do superintendente regional do INSS, Marcos Santana; da diretora de Assistência aos Municípios, Graça Leite; da superintendente de Inclusão Social, da secretaria estadual de Combate à Fome e Desigualdades Sociais, Risalva Teles; do prefeito de Feira de Santana e presidente da UPB, José Ronaldo; da vice-reitora da Uesc, Lourissa Hage; do representante da ministra do Meio Ambiente, Maria Silva –,Ari Martini; do presidente da Associação da Região do Baixo-Sul (Amabs), Ito Moreira; e do superintendente da secretaria estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Manfredo Cardoso, dentre outras autoridades.

Servidores Públicos Federais fazem Dia Nacional de Paralisação nesta quarta

Os servidores públicos federais fazem amanhã, dia 18, um Dia Nacional de Paralisação. A data faz parte do calendário da Campanha Salarial 2005 da categoria, voltada para a necessidade da reconstrução dos serviços públicos. Política salarial, diretrizes de planos de carreira e paridade entre ativos e inativos são as principais reivindicações. Em relação à greve por tempo indeterminado, o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Sintsef), Edvaldo Pitanga, informa que caso as reivindicações não sejam atendidas, o indicativo de greve é o dia 2 de junho. A implantação do projeto de Lei das Parcerias Público-Privadas também é apontada pelos servidores como uma tentativa de desestruturar o serviço público. Aprovado no ano passado, o projeto prevê a ampliação das terceirizações e contratações de mão-de-obra privada nas esferas do serviço público.
Ministério da Fazenda

Em assembléia, servidores do Ministério da Fazenda de Salvador, Vitória da Conquista e Feira de Santana reafirmaram a participação da categoria no Dia Nacional de Paralisação, dia 18.

Incra

Os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) fazem uma paralisação de advertência nesta terça e quarta, em todo país, reivindicando o desbloqueio das verbas contingenciadas da reforma agrária de 2005 e a regulamentação da Gratificação de Desempenho de Reforma Agrária (GDARA).

Iphan

Os servidores do IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em Salvador, continuam com suas atividades paralisadas por tempo indeterminado. A greve dos servidores do Ministério da Cultura, ao qual o IPHAN está vinculado, foi deflagrada nacionalmente no último dia 4. Um dos principais motivos do movimento é que o governo federal não cumpriu a palavra empenhada durante as negociações que deram fim à greve de 2004. As reivindicações eram pela realização de concurso público e implementação do plano de carreira.

Agricultura

Os servidores do ministério da Agricultura, em todo país estarão paralisados no dia 18 de maio. As principais reivindicações da categoria são o encaminhamento da GDAG para a Casa Civil – para que seja consolidada enquanto Medida Provisória – e a implementação imediata do Plano de Carreira, que deve contemplar não somente as distorções salariais, bem como valorizar as condições de trabalho.

IBAHIA

Partidos fecham acordo sobre fatiamento da reforma política

Os presidentes dos partidos fecharam acordo nesta terça-feira para a votação fatiada da reforma política. Segundo o presidente nacional do PT, José Genoino, serão elaborados dois textos. Um para ser aprovado imediatamente para valer já para as eleições do ano que vem. O segundo texto terá os demais pontos da reforma que deverão entrar em vigor em 2008.
“Vamos fazer a votação de três itens para 2006. Prazo de filiação, federação de partidos e mudança no regimento do Congresso, e votaria em seguida financiamento público, lista partidária e aliança na proporcional para 2008”, explicou Genoino.
Os presidentes dos partidos fecharam este acordo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a proposta de fatiamento em dois textos será apresentada agora na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, onde a reforma política está parada.

“É necessário uma conversa com o presidente da Câmara [deputado Severino Cavalcanti (PP-PE)], para que assim que a reforma for votada na CCJ seja colocada em votação no plenário da Câmara, porque, para 2008 nós temos mais tempo, mas para 2006 o tempo está muito apertado.”

Segundo o presidente do PT, ainda não há acordo sobre o fim da verticalização das eleições e a PEC (proposta de emenda constitucional) que trata da matéria deve tramitar paralelamente à reforma política.

A maioria dos partidos, tanto da oposição como da base aliada, é favorável ao fim da verticalização das coligações. A verticalização obriga as legendas em âmbito estadual a seguirem as coligações feitas em âmbito nacional.

“A verticalização é uma emenda constitucional que caminha separadamente. Na opinião do PT, se a gente votar alguns itens da reforma política, facilita a tramitação da verticalização. O pior dos mundos é derrubar a verticalização sem ter aprovado nada da reforma política”, disse Genoino.

ROSE ANE SILVEIRA
Folha Online