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O xerife brazuca no Hawaii

xerife brazuca no Hawaii

Elsior Lapo Coutinho Neto, mais conhecido como Lapo Coutinho, nasceu no dia 16 de março de 1957, em Salvador (BA). Filho de Elsimar Coutinho, cientista conhecido mundialmente, Lapo nunca se prendeu à ajuda do pai para sobreviver na vida, mas reconhece que não estaria realizando todos os seus sonhos sem ele. O baiano já foi entregador de pizza, carpinteiro, gerente de cozinha, capataz de fazenda, e continua quebrando alguns galhos para sobreviver no Hawaii fazendo o que ele mais gosta: surfar.

Mas é julgando competições que Lapo Coutinho vem se destacando no cenário internacional. Ele foi eleito o melhor juiz da ASP havaiana nos últimos três anos e está na liderança pelo prêmio deste ano. O bom desempenho do baiano lhe rendeu convites para julgar as etapas do WCT 2003 nas Ilhas Fiji e no Tahiti, onde agora em março nasce seu quarto filho, cujo nome será Manahere.

A moral de Coutinho é tanta no Hawaii que ele conseguiu a façanha de “fechar” Pipeline quebrando com 10 pés para uma competição somente entre brasileiros, em 1988.

Em entrevista exclusiva, Lapo fala sobre sua vida no Hawaii, competições, localismo havaiano e os brazucas que freqüentam o North Shore.

Quando você começou a pegar onda e como surgiu sua paixão pelo surf?

Morava em frente à praia da Onda, em Ondina, onde comecei a surfar com pranchas de isopor e de madeirite, entre 67 e 69. Desde muito cedo adorava pegar onda de peito e de isopor. Botava quilha no isopor, pintava em cima para enfeitar e para não assar a pele e tentava surfar ajoelhado e em pé. Quando vi o primeiro pranchão e as primeiras fotos numa revista gringa, me apaixonei pelo esporte. Mas foi em 1970 que comecei a levar o surf a sério e a pegar onda com pranchas boas, de fibra de vidro, feitas pelo Gabriel Moraes, que tinha a marca Haty.

Quais picos você mais freqüentava?

Como não tínhamos carro nem idade para pegar onda no litoral norte de Salvador, onde existem picos mais constantes, surfávamos nas praias perto de casa, como Farol da Barra, Paciência, Quebra Côco e Pituba, além da praia da Onda.

Quando você decidiu se mudar para o Hawaii? Por quê?

Decidi me mudar em 1980 porque, em relação ao mundo, o surf passava por uma fase muito ruim no Brasil. Não pagaram a premiação do último Waimea 5000 no Rio de Janeiro para a ASP e fomos praticamente vetados do Circuito Mundial. A revista Brasil Surf faliu e com isto todos os patrocinadores da época, que eram fortíssimos, como Volkswagen, Antárctica, Brahma, Banco do Brasil, Banco Econômico e outros, retiraram suas cotas, pois não tínhamos mais eventos internacionais, nem meios de divulgação. Já estava casado, com filho, e achava que já tinha passado minha oportunidade de competir, então decidi que a única forma de pegar ondas boas era ir estudar no Hawaii, onde me formei em bacharelado Ciência Animal, pensando em um dia ajudar meu pai e meu tio na fazenda.

Você continua casado? Está com quantos filhos?

Não, estou solteiro. Mas meu coração já tem dona, estou sempre amando alguém e a vida. Prefiro não citar quem é, porque não dá sorte. Tenho três filhos, Elsimar Neto, de 24 anos, Charles, 18, e Lapo Gabriel, o Lapinho, que está com 10 anos. Vou ganhar mais um agora em março, pois minha ex-namorada descobriu que estava grávida logo depois que terminamos. Mas nosso relacionamento é só de amizade, somos bons amigos e vamos criar este filho numa boa. Ela mora no Tahiti e o garoto vai se chamar Manahere, que significa espírito ou poder do amor (mana = poder, here = amor).

Foi difícil se adaptar ao arquipélago havaiano? E para sua família?

Não. Amo muito o Hawaii e sempre fui apaixonado pelos verdadeiros locais e pelas ondas, este lugar é mágico. Logo que me mudei, vim com minha primeira mulher e um filho e tive outro aqui, o Charles. Isto facilitava muito a distância e qualquer dificuldade. Só sinto saudade de minha família e de meus verdadeiros amigos. Meu filho Lapinho vem todo ano, e também vou ao Brasil visitá-los, o que alivia um pouco.

Qual o conselho que você daria para os surfistas brasileiros que pensam em largar tudo para tentar a vida no Hawaii?

Venha disposto a fazer de tudo para sobreviver e não tenha pressa para que as coisas dêem certas. Se possível, chegue com um visto de estudante, pois é importante no momento. Aprenda o máximo de inglês que puder e acredite nos seus sonhos.

O mercado de trabalho anda complicado por aí? Você já está estabilizado financeiramente?

Estou longe de estar estabilizado, porque insisto em ganhar pouco e só fazer o que gosto. Para quem está legal no país, se quiser trabalhar mesmo dá para arrumar emprego fácil e ganhar bem. Para quem não está legal é um pouco mais complicado, mas dá para sobreviver.

Seus pais sempre apoiaram sua dedicação ao surf? Você chegou sofreu muitas cobranças por ser filho de um renomado cientista?

Meus pais sempre acreditaram e me deram força. Porém, por sempre ter sido tão difícil sobreviver do surf, e pela imagem muito forte de drogados que nossa geração transmitia à sociedade, eles sempre quiseram que eu procurasse algo mais estável e seguro. Isto é natural, mas se não fosse pelo apoio financeiro de meu pai, que praticamente criou e educou meus filhos e me ajuda até hoje, nunca teria realizado meus sonhos e não viveria só do surf, como acontece atualmente.

Quais os trabalhos que você já exerceu?

Já fiz de tudo para tentar sobreviver no Brasil e aqui no Hawaii. Na Bahia, tive a primeira escolinha de surf da cidade de Ilhéus, onde tive também uma barraca de praia. Já trabalhei com turismo, já fui dono de bar e restaurante junto com minha irmã, gerente de cozinha do Beach Park de Fortaleza (CE)… Aqui, fui entregador de pizza, carpinteiro, gerente de restaurante e fast-food, dei aulas de windsurf e trabalhei como capataz nas fazendas de gado e camarão da universidade. Se quisesse, teria um emprego bom e ganharia bem, mas com certeza não seria feliz como sou. Amo as coisas que faço.

E os trabalhos ligados ao surf?

Sempre estive envolvido com o surf. Era proprietário da Musa, fábrica de pranchas que dominou o Norte/Nordeste. Laminei e fiz quilhas por mais de 10 anos, e também fiz parte de todas as associações e da Federação Baiana de Surf (FBS), onde fui vice-presidente. Organizei e participei de todos os eventos nas décadas de 70 e 80 na Bahia. Hoje vivo somente do surf. Julgo, trabalho com os computadores da ASP Hawaii, escrevo para um site português e também para a revista Hardcore. Dou aula em duas escolinhas locais, tenho uma marca de roupa, a Da Nuts, que ainda não deu certo, e agora comecei a trabalhar com Frank Dias em filmagens e fotografia de esportes de ação, como surf, tow in e mergulho.

Como você começou a trabalhar como juiz?

Comecei a trabalhar em 75, quando levei Randy Rarick para a Bahia pensando em fazer um Waimea 5000, que acabou não acontecendo. Na época, ele julgou um evento na Pedra do Sal, em Salvador, só com os meninos locais, onde o “Dentinho” ganhou. Depois disto, sempre estive envolvido nos eventos junto a Musa e a Sunsurf, primeira loja de surfwear da Bahia, seja como juiz, patrocinador, organizador ou competindo. Na ASP havaiana e Mundial comecei em 96 e ganhei o prêmio de melhor juiz havaiano nos últimos três anos.

Quais os principais eventos que você já julgou?

Julgo quase tudo aqui no Hawaii. Todo o circuito amador, as competições de Longboard e os eventos especiais em Makaha. Fui convidado para o Eddie Aikau, o Tow In e o Mavericks, que terminaram não acontecendo. Convidaram-me também para julgar o Backdoor Shootout, que também não rolou, porque o mar estava muito grande durante todo o período de espera. Julguei o WQS 6 estrelas em Haleiwa, o Xcel Pro e o Faith Pro, ambos em Sunset, e esta semana o Hansen Energy Pro, em Pipe. Tive uma pequena participação nos WQS julgando algumas baterias e filmando todo o evento para internet. Julguei as etapas do WCT feminino que rolaram em Honolua Bay e fui escolhido nos últimos quatro anos para representar o Hawaii nos mundiais Junior e ISA Games.

Como surgiu este convite para julgar as etapas de Tahiti e Ilhas Fiji?

Surgiu após ter sido head judge nas triagens dos locais em Teahupoo e de outros três eventos no Tahiti no meio do ano. Também porque eu já estaria lá de qualquer jeito este ano e a ASP está sempre tentando economizar. Agora são sete juízes de novo e abriu mais um espaço para juízes locais. Mas acho que só vai dar para julgar Teahupoo, não irei pra Fiji porque tenho que julgar as finais do circuito estadual no Hawaii, no início de junho. Este evento decide o melhor juiz do ano e estou na liderança de novo.

Você concorda que os brasileiros estão sendo mal julgados ou acha que o desempenho deles ainda está longe do ideal?

Se os brasileiros estivessem sendo mal julgados, todo mundo estaria sendo mal julgado. Vi o Neco chegar a duas finais durante o ano, o Yuri ficou em terceiro mês passado no WQS em Sunset. Vi o Renan tirar um 10 no WCT em Pipeline e chegar até a semifinal. O Pigmeu também tirou um dez em Pipe, no WQS do ano passado e o Gouveia fez um 10 no Tahiti. Todo atleta que perde acha que foi mal julgado. Falam muito da preferência dos juízes aos australianos, mas esquecem que nos últimos dez anos só um aussie foi campeão mundial, o Occy, e somente dois havaianos, Andy e Sunny, o resto foi o Kelly Slater, que sem dúvida mereceu. Teve também o C.J. Hobgood, que ganhou em 2001. Acho que os juízes desta última década fizeram um excelente trabalho e levaram o surf a outro nível. Nunca tivemos um surf de competição com tanta radicalidade e com ondas boas e grandes. Acho também que o novo critério de somar apenas as duas melhores ondas, o surf competição está sendo levado ao seu limite, graças ao trabalho feito pelos juízes e pelo pessoal da ASP e de todos os paises, e principalmente aos surfistas, que são os responsáveis pela aprovação de todos os critérios estabelecidos. O critério de duas ondas obriga o surfista a realmente dar tudo de si, botar pressão nas manobras e escolher muito mais a onda. Quem tira um 10 praticamente garante a bateria, favorecendo quem arrisca mais, principalmente em ondas grandes e tubulares. Fica mais difícil, mas a galera está começando a se adaptar.

Os juízes da ASP já comentaram alguma coisa contigo sobre as críticas que eles recebem dos brazucas?

Nós recebemos criticas de todo mundo que perde, não só dos brazucas. Os brasileiros que estão ganhando não criticam. Ser juiz não é fácil em nenhum esporte, principalmente no surf, que é um esporte subjetivo e sujeito a interpretação do que é mais difícil e mais bonito. Nós conversamos sobre críticas, mas não de uma nacionalidade em especial.

Recentemente, Makaha foi palco do Mundial Master. Entre os 32 convidados, não havia nenhum brasileiro. Qual a sua opinião sobre isto?

Isto é conseqüência das dificuldades que o surf brasileiro enfrentou no final da década de 70 e início dos anos 80. Naquela época, além da falência da revista Brasilsurf e do “calote” que deram no Waimea 5000, existia um depósito compulsório de 2 mil cruzeiros para quem viajasse para o exterior, complicando ainda mais as viagens para quem já tinha pouca grana. Você só recebia a grana um ano depois e sem inflação corrigida. Acho tudo isto impediu que o surf brasileiro despontasse no cenário internacional e influenciou para hoje não termos nenhum convidado para o Mundial Master. Penso que esta é a única explicação, pois muitos brasileiros daquela época não deviam nada a ninguém e são meus ídolos até hoje: Pepê, os irmãos Pacheco, Betão, Bocão, Maraca, Rico, Mudinho, os Proença, Ian Robert, Daniel, Daniel Friedman, Cacau, André Pitzalis, Foca, Betinho, Ismael Miranda, Paulo Tendas, Fabrício, Paulo Uchoa, os cearenses Odalto e Zorrinho e os baianos Abukakir, Cly, Braulinho, Guelez, Fadul e Hiltinho. Logo depois, Cauli, Roberto Valério, Taiu Bueno, Almir e Picuruta Salazar, além de muitos outros, não conseguiram espaço internacionalmente porque a maioria não tinha patrocinador para correr o Circuito Mundial, não tínhamos mais eventos internacionais no Brasil, nem revistas para divulgar nosso surf para o mundo. Isto acabou prejudicando toda uma geração que iniciou o surf profissional e acreditou nele como um meio de vida, numa época em que ninguém nem sabia o que era, nem o levava a sério, principalmente no Brasil. Acho hoje um absurdo não termos pelo menos free-surfers das antigas convidados para Mundial Master, pois Randy Rarick e todos os surfistas daquela época sabem o que aconteceu e conheciam a qualidade de nosso surf naquele tempo.

É verdade que você foi o único brasileiro que conseguiu fechar Pipeline para um evento só entre brasileiros? Como foi esta competição?

É verdade. Foi no inverno de 88 e teve ondas com mais de 10 pés e os melhores surfistas locais julgando. A segurança d’água foi feita pelo Tery Ahue, que era o presidente dos Black Trunks naquela época. Consegui dois meses e meio de período de espera. Quem ganhou o campeonato foi o Fábio Pacheco, de Saquarema, com o pernambucano Fábio Quencas em segundo, os paulistas Edu Bahia e Anésio em terceiro e quarto lugares, respectivamente, Ianzinho Martins em quinto e o baiano Dentinho em sexto lugar. Na época quase não tinha competição por aqui, somente a Tríplice Coroa, mas consigo a permissão até hoje. Tentei de novo em 97 e 98, mas não consegui alguém que acreditasse e quisesse patrocinar o evento. Hoje acho que não vale mais a pena, pois concorreria o período de espera com as pessoas que me dão emprego durante o ano.

Quais os melhores brasileiros nas ondas havaianas?

É difícil falar em melhor surfista. Cada um tem seu dia de glória, cada swell é uma história diferente. Hoje os surfistas estão se especializando no mar que lhe trouxer mais dinheiro ou lhe der mais prazer. Admiro muita gente. No tow in, todas as duplas brasileiras são excelentes, como Burle e Eraldo, Rodrigo e Danilo, João e Pato, e agora Mancusi e Calunga. Todos estes arrepiam na remada e também nos tubos. Temos mais uma dezena de monstros em tubos, como Stephan Figueiredo, Bernardo Pigmeu, Paulo Moura, Wilson Nora e Renan Rocha.

Como você acha que um surfista deve se preparar para agüentar o peso das ondas do Hawaii?

Acho que a melhor preparação para ondas grandes é a prática. Quanto mais treino, melhor. Por isto os havaianos e australianos se sobressaem. Eles pegam e vêem ondas grandes desde pequeno, e vão atrás delas o ano inteiro. Mas um dia a gente chega lá também.

Nas últimas edições da revista Fluir, o localismo havaiano foi alvo de muitas críticas. É verdade que existe muita pressão em cima dos competidores estrangeiros que chegam aí no final do ano disputando o título com os donos da casa, como aconteceu este ano entre Luke Egan e Andy Irons?

A pressão é por causa da situação do Circuito. Os três últimos eventos com grande pontuação e prêmios são disputados aqui. Se fosse na Austrália ou no Brasil, a pressão local seria a mesma, por isso todo time quer jogar em casa. Mas nos últimos dez anos a pressão só funcionou mesmo com o Andy, pois o Sunny já chegou aqui com o título garantido, o Slater ganhou seis vezes e o C.J. e o Occy, uma cada. Esta história de roubo, preferência e pressão nos juízes não funciona, senão o Andy Irons não teria recebido a interferência dos juízes na etapa de Sunset, quando seu título ainda estava em jogo.

E a casa Volcom, onde uns brutamontes ficavam vigiando o outside de Pipe para espancar os “haoles” que rabeavam as ondas dos locais?

A casa da Volcom foi fruto da galera do Kauai ser muito unida e ter muitos lutadores de jiu-jitsu no meio deles, além de ficar de frente ao pico da onda mais cobiçada e crowd do planeta. Sou contra a violência, mas acho se o North Shore fosse em qualquer outro lugar do mundo, haveriam locais que tirariam a mesma braba. Vi localismo em vários picos do mundo desde a década de 60. Por aqui, já foi muito pior na minha época. A casa será entregue este mês e acho difícil alguém da região alugar outra a esta galera. Soube que alguém processou os donos da casa pelas brigas na área e eles tiveram que tomar a casa. Hoje existe uma placa na casa informando que as festas acabaram, não é mais permitido o uso de drogas ou bebidas alcoólica e só os patrocinados podem entrar na casa. Mas é lenda, a casa sempre está cheia.

Como vem sendo a repercussão do título de Andy Irons aí no North Shore?

Muito positiva. Ele recebeu até a chave da ilha do Kauai na semana passada, pelos feitos como atleta e pelo que faz pelas crianças locais.

Você o conhece bem? Ficou satisfeito por ele ser campeão?

Temos muitos amigos em comum. Nos falamos, mas nunca fui seu amigo. Sempre acompanhei sua carreira e sempre achei que se quisesse chegaria lá, pois sempre ganhou tudo que participou. Era só uma questão de tempo, sem dúvida nenhuma mereceu o título como ninguém.

Quais os novos talentos que estão sendo lapidados pelo Hawaii?

Tem uma galera arrebentando por aqui. Só para citar os principais: Jamie O’Brien, Joel Centeio, Dustin Cuizon, Kekoa Bacalso, Evan Valiere, Fred Patacchia, Danny Fuller e os irmãos Ola e Bene Eleogram, entre muitos outros.

Quais os brazucas que mandaram bem neste inverno?

Vi muita gente boa. Pigmeu, Marcondes, Yuri Sodré, Neco, Peterson, Danilo Costa, Marcelo Nunes. Vi quase toda a galera do WCT e WQS surfando bem e botando pra baixo nos dias grandes. Este foi um dos maiores e melhores invernos da década e muita gente detonou.

Você pretende voltar a morar no Brasil? Quando será sua próxima visita?

Não tenho planos de voltar definitivamente. Mas, acho que a partir deste ano, vou ficar sempre do meio de junho a setembro no Brasil, saindo apenas para o mundial Júnior na África do Sul em agosto. Só voltaria no momento se minha família precisasse. Gosto de ir todo ano, por mim passaria 6 meses no Hawaii, dois no Tahiti e quatro no Brasil. Ano passado consegui, mas o futuro a Deus pertence, só nos resta sonhar.

Lapo Coutinho residiu em Ilhéus de 1993 a 1995, fundou a Academia de Surf da Bahia na cidade e fez muitos amigos.

Por Ader Oliveira.

Ilheense Flávio Costa em sexta colocação no ranking brasileiro

Renato Galvão fatura Vida Marinha Pro Trials

Os dois últimos campeões paulistas dominaram o alto do pódio do Vida Marinha Pro Trials em Balneário Barra do Sul (SC). A grande final foi disputada em ondas de meio e com as séries demorando muito para entrar no Point da Dô, mas o ubatubense Renato Galvão garantiu a vitória na quarta etapa do ABRASP Super Trials 2003 nas suas ondas surfadas nos minutos iniciais.

Maicon Rosa, paranaense radicado no Guarujá (SP), terminou em segundo lugar, com o catarinense Ricardo Ortiz em terceiro e o carioca Anselmo Correia ficando com a quarta colocação entre os 136 atletas de 10 estados do país que participaram do primeiro evento de nível nacional realizado no único município que tem um surfista na sua bandeira e no brasão oficial.

A próxima etapa do ABRASP Super Trials está marcada para os dias 18 a 20 de abril na Ilha do Mel (PR), mas nesta semana a nova elite do surfe nacional estréia na etapa de abertura do SuperSurf 2003 na Praia de Maresias, em São Sebastião (SP).

Dos quatro finalistas do Vida Marinha Pro Trials, o único que não faz parte do grupo dos 74 integrantes da divisão principal do Circuito Brasileiro de Surfe Profissional é o catarinense Ricardo Ortiz.

Mas, como a prova também valia como abertura do Circuito Estadual, ele largou na frente na corrida pelo título que no ano passado foi conquistado por Neco Padaratz.

“Passei várias baterias e estou amarradão por ter conseguido encaixar o meu surfe de novo nas competições”, disse o jovem Ricardo Ortiz, 22 anos, terceiro colocado no evento.

“Não deu para vencer, mas como estou na frente do ranking catarinense vou tentar o título até o final”, completou Ortiz. A segunda etapa do Circuito Catarinense Profissional será o Kaiser Summer Surf Pro, nos dias 12 e 13 de abril na Praia Brava, em Florianópolis (SC).

Já o campeão do Vida Marinha Pro Trials, Renato Galvão, que faturou R$ 4 mil reais de prêmio e 1.000 pontos, subiu da nona para a segunda posição no ranking do ABRASP Super Trials 2003, ficando atrás somente do também ubatubense Tadeu Pereira.

“Só tenho que glorificar o nome do Senhor, que tem me dado muitas bençãos na minha vida e essa foi mais uma delas. Foi demais ter ganho o campeonato. Eu não conhecia Barra do Sul e o campeonato foi muito legal, me deixando ainda mais confiante para estrear no SuperSurf na semana que vem”, falou Galvão, reclamando um pouco da torcida que o vaiou depois dele ter eliminado o surfista local Rafael Inhof nas semifinais, deixando-o na quinta colocação da prova junto com o capixaba Leandro Moulin.

“Esse foi o melhor resultado de um surfista daqui do Balneário no Circuito Brasileiro Profissional e estou muito feliz, porque foi o campeonato da minha vida”, disse o surfista de 23 anos de idade e ainda amador, Rafael Inhof, que fez questão de agradecer ao apoio da torcida que vibrou bastante em todas as suas baterias.

O presidente da FECASURF, organizadora do Vida Marinha Pro Trials, também enalteceu a estréia de Balneário Barra do Sul no calendário do surfe profissional. “A cidade acolheu muito bem todos os surfistas, inclusive com algumas estrelas da elite mundial do WCT vindo aqui prestigiar a estréia do evento em Bal. Barra do Sul. Estamos contentes também por resgatar o Circuito Catarinense Profissional, que terá um mínimo de seis etapas nesse ano, sendo três delas exclusivamente válidas pelo ranking estadual”, ressaltou Xandi Fontes.

O Vida Marinha Pro Trials foi uma realização da FECASURF (Federação Catarinense de Surf) e ASB (Associação de Surf de Barra do Sul), com supervisão da ABRASP (Associação Brasileira de Surf Profissional) e patrocinada pela Vida Marinha e CODESC, com co-patrocínio do Governo do Estado de Santa Catarina e da Prefeitura Municipal de Balneário Barra do Sul, apoio da Magyrus Silk & Sign, Nanete, Califórnia, Vicunha, Willrich, Dalila Malhas, Bica D’água, Hotel Bandeirantes da Barra e Formas Comunicação Visual, e divulgação da Rede Atlântida FM e Boletim de Olho No Mar.

Ranking ABRASP Super Trials após 4 etapas

1 Tadeu Pereira (SP) 2890
2 Renato Galvão (SP) 2840
3 Cristiano Guimarães (SP) 2620
4 Raphael Becker (SC) 2485
5 Heitor Alves (CE) 2400
6 Flávio Costa (BA-Ilhéus) 2360
7 Bruno Moreira (SP) 2340
8 Leandro Moulin (ES) 2090
9 Christiano Spirro (BA) 2015
10 Neco Padaratz (SC) 2000
11 Odirlei Coutinho (SP) 1990

12 Jair de Oliveira (SP) 1920
13 Lucinei Mallas (SP) 1880
14 Maicon Rosa (PR) 1820
15 Anselmo Correia (RJ) 1790
16 Marcos Quito (SP) 1780

Por João Carvalho

Maresias abre temporada 2003 do SuperSurf

A temporada 2003 do SuperSurf começa na próxima quarta-feira e vai até domingo (19 a 23/03) na praia de Maresias, em São Sebastião (SP), com grandes novidades na quarta edição da divisão principal do circuito brasileiro.

A mais importante foi o aumento no número de integrantes da elite nacional, que representam 14 Estados do país no SuperSurf em 2003, com o Espírito Santo e o Maranhão sendo as novidades da lista.

Entre os 98 surfistas (76 na categoria masculina e 22 na feminina), o maior contingente é do Rio de Janeiro (26 atletas), Estado natal dos atuais campeões brasileiros Leonardo Neves e Andréa Lopes.

Em cada uma das cinco etapas estarão em jogo R$ 80 mil em prêmios (R$ 60 mil para os homens e R$ 20 mil para as mulheres), com uma Saveiro Volkswagen 0 Km para o campeão da categoria masculina.

Depois do Rio de Janeiro, São Paulo é o segundo Estado com o maior número de participantes no SuperSurf 2003, com 25 atletas, sendo seguido por Santa Catarina (11) e Ceará (9), que proporcionalmente foi o que conseguiu o maior aumento na quantidade de surfistas, pois em 2002 só tinha três atletas.

Completam a lista de Estados na nova elite nacional o Rio Grande do Norte (6), Paraná (4), Bahia (4), Paraíba (3), Espírito Santo (3), Alagoas (2), Pernambuco (2), Rio Grande do Sul (1) Sergipe (1) e Maranhão (1).

“Estamos superansiosos com o início de mais uma temporada, que promete ser tão emocionante como as outras três que já realizamos”, acredita Evandro Abreu, gerente de produtos da Unidade Jovem do Grupo Abril, que organiza o SuperSurf desde a sua criação no ano 2000.

“Neste ano, o número de competidores aumentou e a nova geração vem com força total, prometendo grandes confrontos com os surfistas mais experientes. O formato da competição também mudou e grandes estrelas do surfe brasileiro estarão abrilhantando os eventos desde os primeiros dias”, contou Evandro.

Dos nove surfistas que até segunda-feira estavam representando o Brasil na etapa de abertura do ASP World Championship Tour (WCT) na Gold Coast, seis estão voltando da Austrália especialmente para participar da estréia do SuperSurf 2003. O niteroiense Guilherme Herdy competirá como convidado do Grupo Abril e os campeões brasileiros Peterson Rosa (PR), Fábio Gouveia (PB) e Victor Ribas (RJ), além de Armando Daltro (BA) e Danilo Costa (RN), já fazem parte da elite nacional.

“Além disso, é importante ressaltar a entrada de novos patrocinadores, que vieram consolidar ainda mais a competição mais importante do calendário do surfe brasileiro. Eles analisaram a importância que o esporte vem atingindo na mídia e também a sua grande aceitação em várias camadas da sociedade, inclusive naquelas de maior poder aquisitivo. Com isso, quem ganha é o surfe e os surfistas, que continuam garantindo uma boa premiação nas etapas”, destacou Evandro Abreu.

SuperSurf 2002 – top-16 do ranking brasileiro

1) 2.840 – Leonardo Neves (RJ)
2) 2.730 – Peterson Rosa (PR)
3) 2.660 – Marcelo Trekinho (RJ)
4) 2.600 – Eric Miyakawa (SP)
5) 2.530 – Andreas Eduardo (SC)
6) 2.450 – Wagner Pupo (SP)
7) 2.370 – Maicon Rosa (PR)
8) 2.300 – Tânio Barreto (AL)
9) 2.230 – Jojó de Olivença (BA)
10) 2.220 – Jihad Kohdr (PR)
11) 2.220 – Beto Fernandes (SP)
12) 2.200 – Costinha (SP)
13) 2.160 – Fabrício Júnior (RN)
14) 2.140 – Dunga Neto (CE)
15) 2.130 – Alexandre Almeida (RJ)
16) 2.130 – Pedro Muller (RJ)

Ranking brasileiro feminino

1) 3.590 – Andréa Lopes (RJ)
2) 3.590 – Taís de Almeida (RJ)
3) 3.320 – Jacqueline Silva (SC)
4) 2.700 – Viviane Maria (RN)
5) 2.680 – Juliana Guimarães (RJ)

por João Carvalho.

Maré de Março

As populações do litoral norte de Ilhéus,principalmente dos bairros, São Miguel e São Domingos, ficam apreensivas com a chegada do mês de março, já que se registra as mais altas marés. Dia 17 do corrente, a preamar será uma das maiores do ano, chegando a 2,2m de altura às 15:09h e dia 18 às 3:36h a maré chega a 2,2m e às 15:53h a 2,3m, o ápice, sendo que este fato se repetirá dias 19 e 20, vindo a acarretar novos estragos à estas populações.

Super Trials tem recorde de inscritos

O Baiano de Ilhéus, Wilson Nora foi o destaque do primeiro dia de competição em Barra do Sul (SC) com 14,50 pontos, maior média até o momento.

Um total de 136 surfistas de 10 Estados do país invadiu a pequena cidade de Balneário Barra do Sul (SC) para participar da quarta etapa do circuito ABRASP Super Trials 2003. O Vida Marinha Pro Trials estreou no calendário brasileiro do surfe profissional com a lotação máxima para um evento de três dias.

Depois de várias semanas de sol e muito calor em Santa Catarina, a sexta-feira (14) foi de céu nublado e com chuva pela manhã. O tempo melhorou à tarde, mas as ondas se mantiveram com meio metro de altura no Point da Dô, praia escolhida para sediar o evento que também vale como abertura do Circuito Catarinense Profissional de 2003.

Os principais cabeças-de-chave do Vida Marinha Pro só entram neste sábado, mas algumas estrelas do surfe mundial já estrearam no primeiro dia da competição, que termina por volta das 13 horas de domingo (16) em Barra do Sul.

Só que nem o paulistano Renan Rocha e nem o gaúcho Rodrigo Dornelles, que até o ano passado integravam o grupo de elite do circuito mundial, conseguiram superar a ótima estréia do baiano Wilson Nora. Ele foi o dono da melhor apresentação do dia e encabeçou a lista de recordes do campeonato ao tirar uma nota 8 e totalizar 14,50 pontos de 20 possíveis.

“Quando eu estava indo para a praia, o Paulo Moura (também do WCT) me disse que a tática era bater forte nas ondas e eu segui o conselho do meu amigo”, explicou Wilson Nora.

“Entrei concentrado na bateria e tive sorte em achar duas ondas boas, porque a condição do mar estava bem difícil. Acho que estava precisando de uma motivação assim, porque há muito tempo não consigo bons resultados nos campeonatos. Espero quebrar esta escrita aqui”, completou Nora, que derrotou os paulistas Missilvano Alves, Daniks Fischer e Vitor Faria no 12o confronto do primeiro dia.

Duas baterias depois, entrou no mar o paulistano Renan Rocha, que só garantiu classificação para a terceira fase nos segundos finais, graças a um erro do catarinense Rodrigo Santos.

“Eu precisava de uma nota 3,5 e não ia conseguir essa pontuação nesse mar, que está muito ruim. Aí ele veio para cima de mim com a finalidade de me marcar e na disputa da última onda ele acabou sendo penalizado com uma interferência”, contou Renan, sem esconder o descontentamento com as condições do mar.

“Saí de casa amarradão para vir competir aqui, pois era um lugar que eu ainda não conhecia, mas perdi todo o tesão quando vi as ondas”, lamentou Rocha, que passou atrás do capixaba Jefferson Sobrinho, vencedor da bateria de ponta-a-ponta.

Já na disputa seguinte, o gaúcho Rodrigo Dornelles conseguiu realizar uma estréia melhor do que a do seu ex-companheiro do WCT e venceu a 12a bateria da segunda fase, com o seu conterrâneo Cláudio Araújo ganhando a disputa pela segunda vaga de Sérgio André e Cássio Sanches.

“As condições estão difíceis, mas eu tive sorte em achar umas ondinhas abrindo que me garantiram o primeiro lugar”, disse Dornelles. “Como eu estava correndo o WCT, não tinha tanto tempo para disputar o Brasileiro e é até bom entrar nas primeiras fases para pegar um bom rip de competição”, completou Pedra.

A competição recomeça às 8 horas deste sábado e as finais ocorrem no domingo.

Por João Carvalho

Renovação de Alvará para Taxistas

O prazo para abertura do processo de renovação do alvará dos taxistas que circulam em Ilhéus, termina na próxima quarta-feira (19). De segunda-feira (17) até 23 de março serão realizados os trabalhos de vistoria e aferição do taxímetro de cada veículo, realizados pela Superitendência de Trânsito e Transporte de Ilhéus(Sutran) e Ibametro. Os Serviços serão realizados em frente ao Centro de Convenções de Ilhéus, na Av. Soares Lopes, de 8h às 12h e das 13h30min às 17h.

PREFEITURA E BANCO DO BRASIL RENOVAM PARCERIA EM ILHÉUS

A Fundação Banco do Brasil, através de seu vice-presidente, Luiz Antônio Careli, comunicou o prefeito de Ilhéus, Jabes Ribeiro, a renovação do Programa Integração AABB-Comunidade para o exercício de 2003 que atende 110 crianças e adolescentes no município. De acordo com Careli, no ano passado foi concedido um computador e uma impressora destinados ao gerenciamento do programa, devendo a Prefeitura indicar o representante, que deve manter os dados cadastrais dos educandos e educadores atualizados para viabilizar a emissão de relatórios de acompanhamento e final do programa.

Em Ilhéus o AABB- Comunidade beneficia menores de famílias carentes, com atividades sócio-culturais, esportivas, reforço escolar, atendimento médico e odontológico e laboratorial, didático, fornecendo ainda transporte e alimentação. Nesta parceria, a Prefeitura fornece alimentação, transporte e despesa com monitores, enquanto a AABB e Fundação Banco do Brasil entram com o espaço físico, kit contendo mochila, uniforme e produtos de higiene.

A secretária de Educação, Dinalva Melo, ressalta a importância do programa, salientando que seu resultado ao longo dos últimos anos, vem sendo positivo, unindo o lazer com a educação. Uma das exigências do programa é que o menor esteja matriculado na escola, frequentando um turno, para que no turno de folga possa desenvolver as atividades dentro do AABB-Comunidade.

MAIS 5.500 CARTÕES DE COMBATE A POBREZA SÃO ENTREGUES EM ILHÉUS

A Prefeitura de Ilhéus, através da Secretaria de Assistência Social, estará fazendo a entrega de mais um lote de Cartão Cidadão, nos dias 18, 19 e 20, das 9 às 17 horas, no ginásio de esportes Herval Soledade, na avenida Canavieiras. Segundo o secretário John Ribeiro, desta vez serão entregues 5.500 cartões para aquelas famílias cadastradas e que receberam o convite em suas próprias residências para que compareçam ao ginásio nestes três dias de distribuição. Na última quinzena de fevereiro, a Prefeitura e a Caixa econômica Federal (CEF) realizaram a entrega de 3.800 cartões.

Explica o secretário que no Cartão Cidadão estão incluídos os créditos referentes aos programas Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação e Auxílio-Gás, “e, atualmente, aproximadamente 40 mil crianças carentes estão sendo beneficiadas com esses programas que valorizam a cidadania”. De acordo com John Ribeiro, as famílias que ainda não foram comunicadas sobre o recebimento do cartão, estas não precisam se preocupar, pois o Governo Federal vai continuar enviando novos lotes para serem entregues.

Para facilitar a entrega dos cartões, e para que as famílias sejam avisadas dos dias que devem comparecer para receber o benefício, a Secretaria de Assistência Social está contando com o apoio dos administradores de distritos e também das associações de moradores. “Isso tem facilitado o nosso trabalho, além de agilizar a entrega dos cartões em todo o município”.

SAÚDE DE ILHÉUS RECEBE MAIS UM LOTE DE CARTÕES SUS

A Secretaria de Saúde de Ilhéus recebeu do governo federal mais um lote de cartões de identificação para usuários do Sistema Único de Saúde (Cartão Sus) e todo o material, no total de 33 mil unidades, já está sendo distribuído nas residências por uma equipe formada por agentes comunitários de Saúde. O secretário Paulo Medauar alerta que as pessoas que já foram cadastradas para que fiquem despreocupadas porque o Ministério da Saúde encaminha ao município todos os cartões assim que sejam complementados os dados cadastrais coletados pela prefeitura.

O secretário destaca que o município recebeu como meta do Ministério da Saúde cadastrar um total de 183 mil pessoas. De acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Saúde, já foram cadastrados até agora 120 mil pessoas, sendo que desse total já estão em Ilhéus 40 por cento dos cartões. Considera Paulo Medauar que esse trabalho de cadastramento está sendo realizado com sucesso em Ilhéus, pois no Estado da Bahia poucos municípios estão conseguindo cumprir as orientações do governo federal. “Além do mais, é necessário que a população colabore com os cadastradores, para que possamos organizar cada vez mais com o Sistema Único de Saúde, e oferecer uma melhor assistência à população”, destaca.

VANTAGENS – Ainda conforme Medauar, o Cartão Sus traz inúmeras vantagens, uma vez que vai possibilitar a organização dos serviços de saúde a partir das necessidades da população e dos fluxos oriundos da zona rural. “Portanto, é importante que todos façam seu cadastramento para que possamos planejar melhor nossas ações visando uma atenção à saúde ainda mais eficiente”.

REMÉDIOS FATAIS

Para quem tem crianças ou para quem faz uso regular de medicamentos, é melhor ficar de olho!
Por favor, divulguem.
O Ministério da Saúde através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, suspendeu por meio da Resolução 96, a fabricação, distribuição, manipulação, comercialização e armazenagem de medicamentos com o principio ativo denominado FENILPROPALAMINA.

A medida foi tomada depois que a “Food and Drug Administration”,(FDA), dos Estados Unidos, constatou que a substância vinha provocando adversos FATAIS em usuários americanos (hemorragia cerebral).
No Brasil a suspensão é preventiva, uma vez que não existem casos relatados.
A FENILPROPALAMINA está presente em 21 medicamentos, especialmente nos anti-gripais.

Os medicamentos suspensos são os seguintes:

01) Bernadryl dia e noite

02) Contac
03) Naldecon Bristol

04) Acolde
05) Rinarin Expectorante

06) Deltap
07) Desfenil
08) HCl de fenilpropalamina

09) Naldex
10) Nasaliv
11) Decongex Plus

12) Sanagripe
13) Descon
14) Descon AP
15) Descon Expectorante

16) Dimetapp
17) Dimetapp Expectorante

18) Ceracol Plus
19) Ornatrol
20) Rhinex AP
21) Contilen

Solicito pois a todos que estejam utilizando
qualquer medicamento da lista acima, que suspendam a medicação e procurem o seu médico para maiores detalhes.

Atenciosamente,

MAURICI ARAGÃO TAVARES,
Médico do Trabalho – CRMSP.33006

CASA DOS ARTISTAS DIVULGA NOVA PROGRAMAÇÃO DE MARÇO E ABRIL

Depois de encerrar sua vitoriosa programação cultural voltada para atender turistas e comunidade em geral durante a alta temporada, a Casa dos Artistas de Ilhéus, em conjunto com o Teatro Popular de Ilhéus, Teatro Pedro Mattos e Galeria Hans Koella, divulgou a sua agenda de atividades para os meses de março e abril. Na nova programação constam peças de teatro, show humorístico e de música, recital de piano, leituras dramáticas e exposição de artes plásticas.

No mês de março, nos dias 13, 20 e 27, às 20h30min,acontece a apresentação da peça Memórias de uma prostituta, com a Cia. Baiana de Teatro, que também voltará a ser apresentada no dia 03 de abril, no mesmo horário. Nos dias 14, 21 e 28 deste mês, a peça Pega pá capá, que foi sucesso durante o verão, volta a cartaz às 20h30min, retornando nos dias 04, 11 e 25 de abril.

Ainda no mês de março está sendo realizado as Terças Musicais, cuja estréia ocorreu dia 11, com show de Amanda Andrade, prosseguindo dia 18 com Nelsinho e no dia 25 com Sérgio Nogueira. Em abril, no dia 1, o show ficará sob a responsabilidade de Cléo; dia 8, Heraldo Rocha; dia 15, Fabiano Carilo; dia 22, Edu Neto, e dia 29, Délio Santiago.

Mais dois espetáculos teatrais estão previsto para este mês. Um deles é voltado para o público infantil Um tupinambá em busca do Manto Sagrado , será apresentado nos dias 15, 22 e 29, e também nos dias 12, 19 e 26 de abril, sempre às 17 horas. Além deste, retorna ao palco a peça Sganarello, o corno imaginário, nos dias 15, 22 e 29 de março e nos dias 12, 19 e 26 de abril, a partir das 20h30min.

OUTROS – Saia de problema, é o título da peça que a Cia. Teatral Ato Ação estará apresentando na Casa dos Artistas nos dias 10, 17, e 24 abril, enquanto que nos dias 02, 16, 23 e 30 também do próximo mês, está previsto show humorístico, às 20h30min, com o ator Bruno Susmaga. Já nos dias 24 e 31 de março o enfoque cultural ficará por conta da leitura dramática de grandes textos de grandes autores, como Os fuzis da senhora Carrar, de Bertold Brecht, e dias 21 e 28 de abril, Quinze anos depois, de Bráulio Tavares. As leituras têm início, sempre, a partir das 18h30min.

Encerrando a programação, a pianista Solange Skromov realiza recital de piano nos dias 10 e 17 de março sobre a vida e obra de Johann Sebastian Bach, e nos dias 07 e 14 de abril enfocando a vida e obra de Wolfgang Amadeus Mozart, às 18h30min.Por fim, no dia 04 de abril, o artista plástico Catari Borges abre sua exposição individual, às 18h30min.

PÓLO DE INFORMÁTICA DE ILHÉUS IMPRESSIONA NOVOS INVESTIDORES

Ilhéus continua sendo um dos melhores locais do país para implantação de empresas e indústrias na área de informática e eletrônicos, não somente pelos incentivos oferecidos pelo Estado da Bahia e Município, como também pela qualidade de vida encontrada na região. Na manhã de ontem (11) o secretário de Desenvolvimento Econômico, Antonio Zugaib, recebeu, no salão nobre do Palácio Paranaguá, mais dois empresários interessados em implantar industrias na cidade, atraídos pelos resultados até agora obtidos pelo Pólo de Informática local.

Os empresários Denisson Wiliam Santos Almeida, sócio gerente da Conscex e Marlus Fenelon Fida, diretor de operações da Flextronics vieram a Ilhéus a convite da Associação Comercial(ACI), e receberam as informações sobre a Lei de Incentivos Fiscais durante a reunião no Palácio Paranaguá. Na parte da tarde o grupo visitou algumas das empresas de informática instaladas no Pólo e conheceu o Distrito Industrial.

Impressionados com o desempenho econômico e social e com os índices de desenvolvimento alcançados nos últimos anos pelo município os empresários manifestaram interesse em implantar unidades de suas empresas, na cidade. Nesta quinta-feira (13), o secretário vai a São Paulo, onde participa de reuniões com Microsoft, relacionadas a consolidação do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Informática de Ilhéus (Cedepi) e outros grupos ligados ao setor de informática.

De acordo com Antônio Zugaib, o Pólo de Informática de Ilhéus continua atraindo novas empresas, nos últimos seis anos, de 1997 até 2003, passando de apenas seis empresas para 50, gerando 1.300 empregos diretos. E a nossa expectativa, com o trabalho que estamos desenvolvendo junto com o Governo do Estado, é que possamos ampliar ainda mais este número, beneficiando os nossos jovens com a geração de emprego e renda, uma das prioridades da administração municipal.

PREFEITURA DE ILHÉUS REALIZA A DESOBSTRUÇÃO DE GALERIAS

A Secretaria de Infra-Estrutura da Prefeitura de Ilhéus deu início na última sexta-feira (7), aos serviços de desobstrução de galerias de águas pluviais, beneficiando de imediato as localidades que apresentam maiores problemas de alagamento nos períodos de fortes chuvas, como ocorre atualmente. Segundo o secretário Isaac Albagli, os trabalhos estão sendo realizado nas avenidas Antônio Carlos Magalhães e Canavieiras, além da rua Osvaldo Cruz, e daí em diante vamos priorizar novas áreas que precisam desses serviços.

De acordo com o secretário, a população em geral necessita colaborar com a cidade, para que não ocorram alagamentos constantes. Explica que no trabalho de desobstrução dessas galerias, é encontrado farto material, a exemplo de garrafas plásticas de dois litros, latas de cerveja e sacolas de lixo, o que termina impedindo o livre fluxo das águas e, consequentemente gera o alagamento. Além disso, a areia de construção, que geralmente é encontrada nas calçadas, é também arrastada pelas águas sendo outro fator para o problema.

CBS SE PREPARA PARA OS JOGOS PAN-AMERICANOS DE SURF

A Confederação Brasileira de Surf (CBS) se prepara para o 6° Jogos Pan-americanos de surf, entre os dias 16 e 23 de março, no Balneário de Salinas – Equador. O convite chegou através da Federação Equatoriana de Surf (FES) e da Associação Pan-americana de Surf (PASA), convocando as três Américas para o segundo maior evento por equipes no mundo do surf.

O time tupiniquim está formado pelos melhores atletas amadores, na categoria open: Willian Cardoso (SC), Jussemir Junior (SC), Márcio Farney (CE) e Marcelo Coutinho (SC), junior: Denis Tihara (BA-Ilhéus), Willian Cardoso (SC), Martins Bernardo (CE) e Leandro Bastos (RJ). No longboard, Mauricio Pedreiras (BA), Yries Pereira (ES) e Sabrina Munhoz (RS) na categoria feminina, também foram escalados. Para completar a equipe os bodyboarders Roberto Bruno (CE), Felipe Perusin (RJ) e Joselaine Amorin (RS), fecham o time brasileiro.

A comissão técnica é composta por Adalvo Argolo (BA), chefe de equipe, Marcos Conde (RJ), técnico.

BRASILEIROS NO PALANQUE – O palanque da praia de Salinas, terá a presença de quatro brazucas: os árbitros Jordão Bailo Jr. (SC), Gustavo Missureli (PR) e Mauro Achiame (SP), e o renomado diretor de provas, Marcos Bukão (SP).

O Calendário dos sextos Jogos Pan-americanos de Surf é o seguinte:

DIA 17/03 – Chegada dos times – Free Surf.

DIA 18/03 – Encontro com Juizes e chefes de equipe. Distribuição das baterias.

DIA 19/03 – Cerimônia de abertura. Início às 11:00hs.

DIA 20/03 – Competições (8:00 – 17:00).

DIA 21/03 – Competições (8:00 – 17:00).

DIA 22/03 – Competições (8:00 – 17:00).

DIA 23/03 – Finais e Premiação.

DIA 24/03 – Partida das equipes.

NOTA: Cronograma sujeito a alterações.

SAIBA MAIS – O Balneário de Salinas é considerado o melhor do Equador, se localiza na Península de Santa Elena, a 140km, por terra, de Guayaquil. A população é de 150.000 habitantes, sendo que se encontram 120 habitantes por quilometro quadrado. O idioma é o espanhol, mas a moeda legal em circulação é o dólar americano. O clima nesta época varia na casa dos 29°C e a temperatura da água aproximadamente 23°C. O vento predominante é o sudoeste.

PUNTA BRAVA – PRAIA DA FAE: Esse é o pico onde o time brasileiro se apresentará. Fica numa ponta rochosa que permite a formação de uma esquerda com três sessões bem definidas. Pode alcançar o tamanho de 03 a 06 pés num fundo de pedra e uma grande praia com bons “beach breaks”. A previsão é boas ondas durante o evento: mar definido, vento terral pela manhã, água e clima quente, características do mês de março.