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Pobres cada vez mais pobres

Municípios baianos recebem menos dinheiro a cada ano por conta de uma estimativa populacional que pode ser irreal

1978. Luciano Santana, maior produtor individual de cacau do Brasil, prefeito de Camacã, nadava em dinheiro, dele e da prefeitura. O município, no miolo da Região Cacaueira, 90 quilômetros ao sul de Itabuna, produzia 1,2 milhão de arrobas por ano. Era tido como o mais rico do Estado. Se precisava comprar uma patrol, o prefeito corria uma lista na rua, o dinheiro saía, doado pelo povo. Luciano bradava orgulhoso: “Só não administra Camacã bem quem não quer”.
2005. Débora Carvalho Borges Santos (PTdoB), professora e prefeita, vive uma situação oposta: “Somos referência em prostituição infantil. Vivemos uma situação tão grave que a cidade registra de dois a três assaltos por dia. Estão negando ao nosso povo o mínimo de decência para sobreviver. É tão ruim, tão triste, que minha grande obra é botar feijão nas escolas para as crianças comerem. Se eu não fizer isso, morrem de fome”.

As angústias da prefeita Débora Tavares têm motivos visíveis e plausíveis. Camacã deu o grande salto para trás, da riqueza para a miséria, com crise do cacau provocada pela vassoura-de-bruxa. Ricos ficaram pobres e pobres viraram miseráveis. Imenso contingente populacional, sem emprego, debandou pelo mundo afora.

E agora, quando o município mais precisa, paga caríssimo, em dinheiro vivo, algo em torno de R$ 250 mil por mês, justamente porque sofreu o problema.

Explicando: a partilha do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), definida por número de habitantes, é feita pelo Tribunal de Contas da União com base nos censos demográficos de 1990 e 2000. A partir de tais números o IBGE faz uma projeção sobre as expectativas de crescimento populacional de cada município. No caso de Camacã, como nos demais municípios da região cacaueira, onde a miséria ocupou o lugar da riqueza, os números que definem o valor dos repasses foram obtidos em pleno êxodo gerado pela crise do cacau.

FAVELAS – Hoje, o próprio cacau já dá sinais de recuperação, mas a população só cai, porque a contagem não é real, e sim uma perspectiva estatística. E o dinheiro também, ampliando o espectro da pobreza. “Só com o dinheiro da perda eu compraria uma patrol para recuperar as estradas vicinais, o que não posso fazer, agravando ainda mais o problema”, fala a prefeita.

“Quando cheguei aqui, em 1977, até o borracheiro da cidade tinha um Maverick. E não trabalhava fim de semana porque ia à praia. Com a crise do cacau, a parte da população que não fugiu migrou da zona rural para a cidade. Só de favelas nas mais precárias condições de habitação temos quatro. Uma delas, a Joana Angélica, estamos recuperando com a construção de 185 casas, graças ao governo do Estado. Vivemos assim, somos um município tutelado, sem dinheiro para nada”.

Camacã despencou de um coeficiente de FPM de 2.6 para 1.4. Ou seja, perdeu em arrecadação mais de 80%. É o caso mais gritante, mas não único. No Estado, 191 outros municípios, segundo dados da União dos Municípios da Bahia (UPB), passam por problemas idênticos. Gradativamente vêm sofrendo o que chamam tecnicamente “perda populacional”, embora as evidências apontem na mesma direção, são números que refletem a realidade de um momento que já não existe.

FALTA DE SENSO – “Já caímos do coeficiente de 1.2 para 1.0. Tínhamos 18 mil habitantes. Agora, com a perda, estamos com 15.600, segundo as estimativas do IBGE. Como isso é possível se o município tem um eleitorado de 13.600 pessoas e só na rede municipal de ensino há quatro mil alunos matriculados? Só aí há 17.600 habitantes, sem contar idosos e crianças que estão na faixa etária ainda não escolar. Isso é que eu chamo de uma falta de senso e censo”, ironiza o prefeito Ito Meirelles (PRP), de Taperoá, município do Baixo Sul, no norte da região cacaueira.

“É uma espécie de rolo compressor. As obrigações sempre aumentam e as despesas sempre diminuem. A cidade cresce, os povoados crescem, aumentam as demandas de esgotos, de lixo, de todos os serviços. E todos os anos as prefeituras sofrem o impacto do reajuste do salário mínimo. Como poderemos seguir assim?”, indaga o prefeito de Cairu (PP), Hildécio Meirelles, município turístico que fica na região cacaueira, embora não produza cacau.

Cairu caiu de 0.8 para 0.6, o mínimo. Ou seja, não tem mais para onde descer. Segundo as estatísticas da UPB, 90% dos municípios baianos, exatamente os menores, com poucas condições econômicas de manter arrecadações próprias, têm no FPM sua grande fonte de receita.

Projetos pedem a correção

Dos 5.507 municípios brasileiros 1.496 estão enfrentando problemas de perdas populacionais. Deles, 77,48% têm população inferior a 23.772, o que quer dizer que pegam os quatro coeficientes mais baixos de repasses.

Na situação atual, o dinheiro que os municípios perdedores pagam, vai para os outros municípios do mesmo Estado que apresentaram crescimento populacional.

Estudos da UPB mostram que dos 417 municípios baianos há muito mais perdedores do que ganhadores: 191 perdem dinheiro, 34 ganham e 195 permanecem inalterados. Segundo o IBGE, os pólos mais importantes de perdas populacionais são os corredores de tráfego entre Minas e Bahia, nas BRs 101 e 116.

Peso –Nos grandes municípios o peso do FPM na arrecadação não tem a mesma dimensão dos pequenos, mas eles também sofrem.

Segundo dados do IBGE, entre os grandes, estão Ilhéus, na Bahia, Nilópolis, no Rio de Janeiro, e São Caetano, em São Paulo.

Dois projetos de lei, um de autoria do deputado baiano José Carlos Araújo (PFL), e outro do piauiense Júlio César (PMDB), tramitam na Câmara dos Deputados na tentativa de mudar o quadro.

Redutor – O deputado baiano propõe, em síntese, que o prazo para o pagamento do redutor se amplie até 2013, o que implicaria queda dos percentuais de descontos atuais.

Os projetos, em verdade, acodem a emergência, contida na pauta de reivindicações da Frente Nacional de Prefeitos. Ou seja, os prefeitos em geral são a favor da correção de prumo. Para entender melhor: o redutor é o dinheiro que, em tese, o município recebeu sem ter direito. Ou seja, o repasse feito não correspondia ao número de habitantes, conforme as estatísticas oficiais.

Como não há contagem populacional, e a perspectiva estatística de queda é progressiva, a tendência é o agravamento do problema.

Problemas decorrem das crises agrícolas, diz prefeito

Governador Mangabeira, município próximo a Cruz das Almas, no Recôncavo, é um dos municípios fora da região cacaueira que estão ficando mais pobres. Em 1991 tinha uma população de 17.859 habitantes. O Censo de 2000 apontou 17.163. A partir daí a queda progressiva resultou, no ano passado, em 16.809, o que significa um baque violento nos cofres municipais. “De 2001 para cá pagamos nada menos que R$ 1.744.015,90. Só em janeiro último pagamos R$ 72.671”, fala o prefeito Antonio Pimentel (PL).

Ele lembra que nesse tipo de perspectiva há uma questão perversa. “Quanto mais a população cai nas estatísticas, mas o município aumenta o redutor financeiro (a quantia debitada na cota do FPM).

Em 2001 pagamos R$ 299.919. Em 2004 esse valor subiu para R$ 864.492. A cada ano vamos ficando mais pobres”, ressalta ele, lembrando outro detalhe complicador, a falta da contagem populacional, feita a cada cinco anos, que este ano o governo federal não realizou.

“Se a contagem tivesse sido feita, teríamos as condições de amenizar a situação já no próximo ano. Como isso não aconteceu, a expectativa é a de que só vá a correção em 2011, porque o Censo de 2010 só produzirá efeitos no ano seguinte. Até lá, certamente alguns prefeitos, se não quiserem ver suas prefeituras inviabilizadas, vão ter que impor pesados sofrimentos aos municípes”, observa.

Conta Pimentel, que também é tesoureiro da UPB, que no ano passado foi forçado a fechar um posto de saúde e demitir 80 dos 670 funcionários que a prefeitura tem. Pimentel, que é agrônomo, afirma que a base do problema está no êxodo rural provocado por problemas na agricultura. Da mesma forma que o cacau, outras regiões do Estado sofreram crises no setor, como o fumo no Recôncavo, área em que está Mangabeira, o sisal na região de Serrinha e a mamona na Chapada Diamantina.

“Aliado a isso, na década passada, o governo extinguiu os subsídios agrícolas, que seguravam o homem no campo. Mesmo que o plantio não tivesse sucesso o Proagro garantia o pagamento dos financiamentos. Com o fim dos incentivos os habitantes da zona rural correram para as cidades, em busca de empregos”, observa. Ele lembra que se criou um cículo vicioso: a zona rural se esvazia, as cidades aumentam a pobreza na periferia, enquanto as rendas das prefeituras caem.

Levi Vasconcelos
A Tarde on line

19 DE ABRIL DIA DO ÍNDIO

A música de Jorge Benjor diz que “todo dia era dia de índio”, lembrando que os índios que viviam no Brasil eram donos da terra quando ele foi descoberto. Mas em outra estrofe, Benjor lembra que “agora ele só tem o dia 19 de abril”.
Em 1940, no México, foi realizado o I Congresso Indigenista Interamericano, com a presença de diversos países da América e os índios, tema central do evento, também foram convidados. Como estavam habituados a perseguições e outros tipos de desrespeito, preferiram manter-se afastados e não aceitaram o convite. Dias depois, após refletirem sobre a importância do Congresso na luta pela garantia de seus direitos, os índios decidiram comparecer. Essa data, 19 de abril, por sua importância histórica, passou a ser o Dia do Índio, em todo o continente americano.
No Brasil, o então presidente Getúlio Vargas assinou o decreto nº 5.540, em 1943, determinando que o Brasil, a exemplo dos outros países da América, comemorasse o Dia do Índio em 19 de abril.
De onde vêm os índios?

Existem muitas teorias, algumas até excêntricas, sobre a origem dos índios no continente americano, mas nenhuma comprovada. Ainda hoje, físicos, geólogos, arqueólogos, antropólogos e etnólogos dedicam-se a pesquisas para descobrir de onde vêm os índios, os primeiros habitantes da América.

Esses profissionais trabalham em conjunto e utilizam os conhecimentos uns dos outros: os paleontólogos são especialistas em animais fósseis, entre os quais está o homem; o antropólogo compara as características biológicas herdadas pelos ameríndios e as dos habitantes de outras partes do mundo; o arqueólogo estuda os objetos fabricados pelas sociedades que já desapareceram; o etnólogo estuda a distribuição de objetos fabricados pelas sociedades indígenas atuais e seus costumes, comparando-os com os de povos de outras partes do mundo e o lingüista dispõe de técnicas para identificar as línguas de mesma origem, o que levanta a hipótese de uma possível origem comum para os povos que as falam.

Os estudos sobre o povoamento da América começam pela análise de antigos esqueletos índios, passam pela disposição geográfica desses achados e por estudos detalhados que permitem estabelecer o seu tempo de existência. O objetivo disso tudo é conhecer os pontos por onde os primitivos habitantes chegaram ao continente, quando isso aconteceu, de onde vieram e como foi direcionado o povoamento do Novo Mundo.

Mesmo sem chegar a uma teoria comum a todos, a maioria dos estudiosos considera que o homem não surgiu da América. Provavelmente ele veio de fora e sua presença parece ser mais recente no Novo Mundo. Os pesquisadores acham que os índios são descendentes de asiáticos, que vieram através do Estreito de Bering, sendo esta a migração mais importante para o povoamento da América. Estima-se que os primeiros habitantes chegaram ao continente americano há 40 mil anos passados, na última idade glacial.

OS NÚMEROS DOS ÍNDIOS NO BRASIL

Estima-se entre um milhão e cinco milhões o número de índios que viviam no Brasil em 1500, na época do descobrimento. Outra estimativa é a de que esses nativos estavam distribuídos em 1.400 tribos, que falavam 1.300 línguas diferentes. Infelizmente, devido à precariedade de dados históricos, torna-se impossível precisar a totalidade da população indígena do Brasil em 1500.

Vamos ver como está a situação do índio hoje no Brasil através das estatísticas:

Distribuição da população indígena no Brasil

Número de índios 345.000
Número de etnias 215
Línguas faladas 180
Percentual em relação à população brasileira 0,2%
Fonte: Funai, 2003.

Além da população indígena identificada oficialmente, há 53 notificações de grupos isolados ainda não contatados pelo homem branco. Há na FUNAI, desde 1987, uma unidade destinada a tratar da localização e proteção dos índios isolados, cuja atuação se dá por meio de sete equipes, denominadas Frentes de Contato, atuando nos estados do Amazonas, Pará, Acre, Mato Grosso, Rondônia e Goiás.

A maior parte da população indígena (27,5%) está concentrada no estado do Amazonas e, em seguida, no Mato Grosso e em Roraima. Em relação às áreas, o Amazonas também fica em primeiro lugar, com 35,7%, seguido pelo Pará e Roraima.

Cabe aqui uma explicação mais detalhada sobre essas áreas. Segundo o Anuário Estatístico do Brasil 1999, publicado pelo IBGE, “terras indígenas” são os espaços físicos reconhecidos oficialmente pela União como sendo de posse permanente dos índios que as ocupam. Repare bem que o índio não é dono da terra, mas tem direito a fazer uso de tudo o que essa área contém: fauna, flora, água, jazidas etc.

Esse tipo de ocupação tem como objetivo a preservação do hábitat e a garantia da sobrevivência físico-cultural dos grupos indígenas, reproduzindo, dessa forma, condições para a continuidade econômica e sociocultural da comunidade.

Não deixe de consultar o Anuário Estatístico do Brasil 1999, do IBGE. Lá você encontra um quadro completo sobre população e terras indígenas, incluindo o nome das terras, área, população, municípios abrangidos e muito mais.

ÍNDIO QUER E MERECE RESPEITO

Desde o início da colonização, os índios foram escravizados pelos portugueses. A partir daí, ficaram sujeitos às leis dos homens brancos e sofreram com prisões, com o desrespeito à sua cultura, com as tentativas violentas de integrá-los ao convívio com a civilização.

Os colonizadores viam os índios como seres inferiores e incapazes, que precisavam adquirir novos hábitos para estarem aptos a conviver com eles. Os nativos perderam sua autonomia e passaram a viver em função das leis que os homens brancos criavam para eles ou a respeito deles.

Somente em 1910 vieram algumas boas notícias com relação ao direito do índio à posse da terra e ao respeito de seus costumes, com a instituição do Serviço de Proteção ao Índio – SPI, pelo Marechal Cândido Rondon. Entre as principais conquistas estão a permissão aos índios de viver conforme suas tradições, proibição do desmembramento da família indígena, garantia da posse coletiva de suas terras, em caráter inalienável, e dos direitos dos cidadãos comuns aos índios.

Em 1967, o SPI foi substituído pela Fundação Nacional do Índio – FUNAI, atualmente subordinada ao Ministério da Justiça. Apesar de todos esses esforços, ainda era muito forte a idéia de que o índio era um indivíduo incapaz, que precisava ser tutelado pelo Estado até se integrar ao modo de vida do resto da sociedade.

Pela Lei 6001, de 19/12/73, foi sancionado o Estatuto do Índio, que hoje regula a situação jurídica dos índios ou silvícolas e das comunidades indígenas, com o propósito de preservar a sua cultura e integrá-los, progressiva e harmoniosamente, à comunhão nacional.

A Constituição Brasileira de 1988 foi a primeira a trazer um capítulo sobre os indígenas e com isso alterou a filosofia e a postura que se tinha em relação aos índios e aos seus direitos. Reconheceu oficialmente os índios como povos culturalmente diferenciados e que essa diversidade deveria ser respeitada, sem exigir que eles se adequassem aos hábitos dos homens brancos. Uma vitória para os índios que hoje têm assegurado por lei o direito de manterem seus costumes, culturas, religiões, língua e tradições.

Os benefícios da nova Constituição, entretanto, não se fizeram sentir na prática. Por falta de adequação aos novos conceitos e da regulamentação do próprio texto Constitucional, as mudanças administrativas verificadas na FUNAI, a partir de 1988, não obtiveram o êxito esperado.

A discussão da questão indígena ganhou espaço no âmbito da sociedade civil. O processo de democratização da sociedade e a falta de condições do Estado brasileiro de prestar a necessária assistência aos índios, contribuíram para o surgimento de entidades civis ligadas à causa, que vêm fazendo esse assunto tão importante ultrapassar os limites das discussões acadêmicas e da própria FUNAI.

Mas as dificuldades enfrentadas pelos índios vão além do âmbito cultural. Os interesses econômicos nacionais e estrangeiros também podem ser inimigos das sociedades indígenas. Os índios brasileiros e suas terras muitas vezes são alvo de garimpeiros, madeireiros e fazendeiros que cobiçam essas terras e as riquezas naturais delas, sem se importar com os males e prejuízos causados aos índios e o meio ambiente. Um exemplo são os garimpeiros que exploram ouro, diamante e cassiterita em terras indígenas e que, além de agir com violência e transmitir todo o tipo de doenças contagiosas aos índios, provocam danos poluindo os rios com mercúrio e outros produtos químicos.

Nas áreas do índios Xikrin, Tembé e Parakanã, no Pará, as madeireiras procuram convencer os índios a arrendar lotes de suas terras para a exploração. Em troca propõem um pagamento que não chega a 10 por cento do valor das madeiras no mercado mas que, mesmo assim, parece alto e suficiente aos índios.

Há também problemas com relação aos projetos de colonização de terras. Os latifundiários que compram a terra, formam grandes propriedades e os índios são obrigados a aceitar a viver em áreas espaçadas umas das outras, cortadas por fazendas e estradas. Da mesma forma os posseiros, sem terras onde trabalhar, invadem terras indígenas, sobretudo aquelas ainda não demarcadas, gerando conflitos e impactos que afetam profundamente as sociedades indígenas.

ORGANIZAÇÃO E SOBREVIVÊNCIA

Os índios vivem em aldeias e, muitas vezes, são comandados por chefes, que são chamados de cacique, tuxánas ou morubixabas. Normalmente, a transmissão da chefia é hereditária (de pai para filho). Os chefes devem conduzir a aldeia nas mudanças, na guerra, devem manter a tradição, determinar as atividades diárias e responsabilizar-se pelo contato com outras aldeias ou com os brancos. Muitas vezes, ele é assessorado por um conselho de homens que o auxiliam em suas decisões.

Os mais velhos – homens e mulheres – adquirem grande respeito da parte de todos. A experiência conseguida pelos anos de vida transforma-os em símbolos das tradições da tribo. O pajé é uma espécie de curandeiro e conselheiro espiritual.

Os índios brasileiros sobrevivem utilizando os recursos naturais oferecidos pelo meio ambiente com a ajuda de processos rudimentares. Eles caçam, plantam, pescam, coletam e produzem os instrumentos necessários a estas atividades. A terra pertence a todos os membros do grupo e cada um tira dela seu próprio sustento.

Para os índios, a terra é um bem coletivo, destinada a produzir a satisfação das necessidades de todos os membros da sociedade. Todos têm o direito de utilizar os recursos do meio ambiente. Nesse sentido, a propriedade privada não cabe na concepção indígena de terra e território. Embora o produto do trabalho possa ser individual, as obrigações existentes entre os indivíduos asseguram a todos o usufruto dos recursos.

Existe uma divisão de tarefa por idade e por sexo: em geral cabe à mulher o cuidado com a casa, das crianças e das roças; o homem é responsável pela defesa, pela caça (que pode ser individual ou coletiva), e pela coleta de alimentos na floresta.

DIVERSIDADE

Os índios representam uma parcela muito importante e expressiva da população, que precisa ser resguardada como um dos tesouros étnicos do Brasil. Vamos conhecer um pouco da riqueza da diversidade dos povos indígenas em seus vários aspectos:

Física

Diferentes entre si e também do restante da população brasileira, os grupos indígenas caracterizam-se por usos, costumes, crenças, organização e culturas próprios. A diversidade física também pode ser bem expressiva, mesmo entre os integrantes de uma mesma comunidade, como resultado do hábito de acasalamento entre diferentes etnias.

De língua

As línguas faladas pelos índios do Brasil são ricas e variadas. Hoje as línguas indígenas classificam-se em dois troncos: o Tupi, com sete famílias lingüísticas e que envolve o Tupi-Guarani, e o Macro-Jê, composta de cinco famílias entre elas o Jê. Existem, ainda, outros grupos não incluídos nestes troncos: o Aruák, o Karíb e o Arawá, as três maiores. Além dessas o Guaikurú, Nambikwára, Txapakúpa, Páno, Múra, Katukina, Tukáno, Makú e Yanomami, nove famílias menores, e cerca de dez línguas isoladas, com características únicas, que não se enquadram nas classificações de troncos e famílias existentes. É importante lembrar que poucas línguas indígenas no Brasil foram estudadas em profundidade. O conhecimento sobre elas está, portanto, permanentemente em revisão.

De costumes

Os estudos etnológicos dividem os índios em áreas culturais, regiões que apresentam homogeneidade sobre certos costumes e artefatos que as caracterizam. De acordo com essa classificação são onze as áreas culturais: Norte-Amazônica, Juruá-Purus; Guaporé; Tapajós-Madeira; Alto-Xingu; Tocantis-Xingu; Pindaré-Gurupi; Paraguai; Paraná; Tietê-Uruguai e Nordeste. Essa classificação refere-se apenas às sociedades indígenas brasileiras do século XX.

Caça

É uma atividade tipicamente masculina em todas as sociedades indígenas, pode ser realizada em grupo ou individualmente e é considerada um trabalho. Em geral, os índios são caçadores muito habilidosos e conhecedores das espécies animais. A introdução das armas de fogo e do cão, resultado da interferência do homem branco, tornaram as caçadas mais eficazes para obter não só carne para comer, mas também couro e penas, produtos usados na confecção de artesanatos.

Pesca

Os índios pescam usando vegetais que têm a propriedade de matar ou atordoar os peixes, também pescam com as mãos ou abatem os peixes com flechas de ponta de osso ou a golpes de facão. Hoje já é comum o uso de anzóis de metal, objetos trazidos da civilização urbana.

Coleta

É comum e útil aos grupos que não conhecem a agricultura, tornando-se a única maneira de encontrar alimento vegetal. Os índios procuram frutos, caules e raízes vegetais nativos, isto é, que não foram plantados e cultivados. A coleta inclui ainda a procura de mel e ovos de tartaruga, por exemplo. Também permite obter plantas medicinais, matéria-prima para o preparo de flechas, cordas e resinas para a pintura corporal.

Agricultura

A maior parte das Sociedades Indígenas do Brasil pratica a agricultura em terras florestais utilizando ferramentas como facões, machados e enxadas. Para o plantio os grupos indígenas agricultores preferem, em geral, a mandioca, a batata doce, a abóbora, o cará, as diversas qualidades de milho, a fava, a pimenta, a cana-de-açúcar, o algodão, o inhame, o ananás, a banana e o tabaco.

Criação de animais

Depois do contato com a civilização tornou-se comum, entre diversos grupos indígenas, criar animais domésticos como galinhas, patos, porcos e até bovinos, para o consumo da carne. Os índios também têm o costume de criar bichos de estimação, como araras, papagaios, macacos etc.

Artesanato

Os índios produzem diversos tipos de artefatos para atender suas necessidades cotidianas e rituais. São cestos, bolsas, esteiras, panelas, esculturas, instrumentos musicais, máscaras e esculturas, além das plumárias e enfeites de materiais diversos como cocos, sementes, ossos, conchas. O Programa de Artesanato Indígena – ARTÍNDIA, da FUNAI, comercializa em suas oito lojas, espalhadas pelo Brasil, o artesanato original e rico em cores produzido por cerca de 100 diferentes etnias, com matéria-prima extraída da natureza e sem causar danos ao meio ambiente. As peças são compradas diretamente das comunidades indígenas, incentivando-as à manutenção de padrões de sua cultura material e garantindo, ainda, uma fonte de recursos às tribos.

www.funai.gov.br

Farmácias de manipulação terão novas regras de funcionamento

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicará nesta segunda-feira uma consulta pública com novas regras para o funcionamento de farmácias de manipulação. A nova resolução define grupos de atividades para farmácias de manipulação, restringindo sua atuação conforme a capacidade do estabelecimento.
São sete grupos que abrangem desde manipulação em cosméticos até medicamentos de uso controlado.
De acordo com a determinação da agência, as farmácias de manipulação não poderão comercializar produtos em apresentação e concentração equivalente às fornecidas pela indústria.
A resolução também propõe regras de comercialização no que diz respeito às franquias. Neste caso as empresas franqueadoras são responsáveis pela garantia dos padrões de qualidade dos produtos das franqueadas.

A Anvisa exigirá a proibição de propaganda, publicidade ou promoção de manipulações para o público em geral e para os prescritores. Não será permitida a distribuição de receituário com qualquer tipo de identificação do estabelecimento farmacêutico.

A agência também estabelecerá que as farmácias devam assegurar a todos os trabalhadores condições técnicas e de organização do trabalho que impliquem na promoção da saúde e prevenção de acidentes relacionadas ao trabalho, adotando medidas preventivas, de acordo com a característica do estabelecimento e fatores de risco nele existentes, cumprindo o estabelecido nas Normas Regulamentares sobre Segurança e Medicina do Trabalho (NR).

Outra determinação é a de que o farmacêutico deve orientar e fornecer informações aos pacientes que adquirirem medicamentos de uso interno e ou externo as seguintes informações: nome, endereço, telefone e CNPJ da farmácia, nome do farmacêutico e número de inscrição no CRF, nome do paciente, descrição da formulação do produto manipulado, condições de conservação e transporte, interações alimentares e medicamentosas, efeitos adversos, via de administração, posologia, modo de usar, duração do tratamento e outras informações consideradas necessárias.

A consulta pública vai durar 60 dias. Segundo a Anfamarg (Associação Nacional de Farmácias Magistrais), existem 5.200 farmácias de manipulação registradas em todo o país.

Folha Online

Funcionários acampam no Hospital Santa Izabel

Os funcionários do Hospital Santa Izabel de Ilhéus, que não recebem salários há três meses, estão acampados na unidade. No final da manhã deste sábado, ficou decidido em reunião com representantes da Associação Santa Isabel das Senhoras de Caridade que a entidade, mantenedora da Santa Casa, vai se afastar da direção do hospital e se dedicará apenas às funções de filantropia e fiscalização. Os funcionários e a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde de Ilhéus (Sintesi) atribuem em parte à Associação a culpa pela crise na qual se encontra o hospital. Durante a reunião deste sábado, ficou acertado também que será eleito um Conselho Deliberativo com um representante da Associação das Senhoras de Caridade de Ilhéus, um do Corpo Clínico e outro dos trabalhadores. Na segunda-feira será eleita a nova diretoria do Hospital Santa Izabel e uma reunião será marcada para resolver o problema do pagamento dos vencimentos atrasados. Os funcionários vão permanecer ocupando a unidade até lá.
O Hospital Santa Izabel de Ilhéus tem 70 anos de fundação e já não recebia novos pacientes para internação há alguns meses. Há cerca de uma semana o setor de emergência foi paralisado. Com a saída do último paciente internado, ontem à noite, surgiram rumores de que a unidade de saúde fecharia em caratér extraordinário, o que levou os cerca de 160 funcionários a ocuparem o prédio. Foi então que a diretoria do Sindicato propôs a gestão compartilhada para tentar contonar a crise e manter o emprego dos trabalhadores. Há cinco anos os repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) somavam R$ 200 mil e hoje não passam de R$ 103 mil. Os recursos ainda sofrem um desconto automático de R$ 35 mil em razão de um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, e o que sobra não dá para fechar a folha de pagamento dos funcionários, que é de R$ 78 mil. O Hospital Santa Isabel é dotado de ambulatório, pronto socorro e laboratório. Com 140 leitos, nele funcionava uma das principais maternidades de Ilhéus. Hoje todos os serviços estão paralisados.

Bruno Quintanilha, com informações da TV Santa Cruz

Papas colecionam histórias extravagantes

O papa não recebe salário nem tem conta no banco, Paulo 6º amava velocidade e Pio 12 renunciou com medo do ditador alemão Adolf Hitler.
João Paulo 2º, que pediu que sua investidura fosse pela manhã para não perder um jogo de futebol na televisão, rejeitou em 1981 uma herança de dois milhões de euros de uma vidente italiana, e em 1997 um anônimo pagou US$ 102.200 por seu Ford Scort-1975, cujas chaves recebeu das mãos do próprio pontífice.
O papa João 22, um verdadeiro atleta sexual, seduziu como bispo mais de duzentas religiosas, jovens, mulheres casadas e viúvas. O devasso pontífice foi afastado do cargo por “incesto, adultério, corrupção e homicídio”.
Por sua vez, João 12, eleito papa com 18 anos, foi esfaqueado até a morte pelo marido de sua suposta amante.

O “bom papa” João 23, de origem humilde, conseguiu quando ainda era o cardeal Roncalli juntar dinheiro para que sua família pudesse finalmente comprar a paupérrima casa onde nasceu.

Ele também falava durante suas cinco horas de sono diárias, e sonhava muito com seu trabalho. Alguém o ouviu dizer alguma vez enquanto dormia: “Não sei, tenho que perguntar isso ao papa”.

Paulo 6º, que costumava levar um cilício sob a roupa papal, foi um leitor assíduo, mas nunca conseguiu pronunciar corretamente a palavra Helsinque, capital da Finlândia.

Benedito 9º foi papa três vezes, a primeira vez aos 14 anos, antes de renunciar para casar. Ele voltou em seguida para passar o trono a seu padrinho, antes de recuperá-lo pela última vez quando ainda não tinha 30 anos.

Para não ser detido pelos nazistas, Pio 12 preparou uma carta de demissão que registrou oficialmente. O papa também queria evitar que a Igreja tivesse que esperar sua morte em caso de reformulação.

Seu antecessor, Pio 11, fazia todo o possível para evitar Hilter quando este vinha à Roma visitar seu amigo Benito Mussolini. Pio 11 se retirava para a residência de verão de Castelgandolfo e fechava a Capela Sistina sob o pretexto de obras.

Dois filhos ilegítimos ocuparam o trono de São Pedro: João 11 e Clemente 7º.

Pio 11 era louco por automóveis. Ele tinha 16 na garagem do Vaticano, entre as quais três conversíveis. Paulo 6º amava velocidade, e o efêmero João Paulo I gostava do personagem Pinóquio.

Pio 12, um hipocondríaco incorrigível que tinha fobia por insetos e amava as óperas de Wagner, possuía um canário, Gretchen, que saía de sua gaiola a cada manhã e pousava no seu braço antes de voar até a mesa preparada para o café da manhã.

France Presse

PONTE NA BR 101 SOBRE O RIO JEQUITINHONHA DANIFICADA

Um engenheiro do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transporte (Denit) está avaliando as condições da ponte na BR-101, principal rodovia que liga a Bahia ao Rio de Janeiro. A ponte sobre o Rio Jequitinhonha, no município de Itapebi, sul da Bahia, está com uma fenda de 10 centímetros, o que já provocou o bloqueio de todo o lado direito da pista, sentido Bahia-Rio. O problema seria conseqüência das chuvas recentes. Apesar de estar com um lado da pista interditado, o tráfego está fluindo bem até o momento. A ponte, com 511 metros de extensão foi construída há 40 anos e nunca foi reformada. Se for interditada, todo o tráfego entre os dois estados terá que ser desviado para a BR-116, a Rio-Bahia, o que para os motoristas significa uma volta de mais de 300 quilômetros. As informações são do telejornal Bahia Meio Dia, da TV Bahia.

CHAT DA NOTÍCIA – POR VALÉRIO MAGALHÃES

CONFRARIA DO VESÚVIO

O secretário municipal de Turismo, jornalista Raymundo Mazzei, foi o convidado especial do primeiro encontro do ano da confraria de jornalistas que se reúne mensalmente a convite do Bar Vesúvio.

• Além dos membros natos, a reunião contou com a presença de outros jornalistas convidados, numa espécie de congratulação pelo transcurso do dia dedicado à profissão, 7 de abril. Mazzei aproveitou e traçou aspectos que considera fundamentais no plano de desenvolvimento do setor. Com vasta experiência na área de marketing turístico, depois de 12 anos na Bahiatursa, ele acha que Ilhéus deve trabalhar sob o signo dos quatro pés: produto, preço, pontos de venda e promoção.

• O secretário citou o novo vôo Salvador-Ilhéus, que a nova empresa aérea BRA vai inaugurar na cidade, com tarifa de 79 reais, o que pode ser mais barata que um ônibus leito. E a TAM já lançou a nova linha Ilhéus-Porto Seguro-Belo Horizonte-São Paulo, pioneiríssima em ligar os dois principais pólos turísticos do interior da Bahia.

TEMPORADA DE FORRÓ

A TV Santa Cruz deu o ponto de partida para a quente temporada de forró que promete levantar poeira no Sul da Bahia.

• Foi interessante a festa Pré Forró que a emissora e a FM Sul promoveram no Espora de Ouro, sábado passado, em Itabuna, numa parceria com a Jacutinga Eventos. As bandas Lordão, Mastruz com Leite e Companhia do Calypso foram responsáveis pelo show.
• Já no próximo dia 30 de abril, acontece a imperdível Forró Fest, no sítio da FT Produções, na rodovia Ilhéus-Itabuna. A produtora Fátima Mattos promete repetir o sucesso de edições anteriores com as sensacionais bandas Eva, Acarajé com Camarão e Lordão.

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

A Universidade Estadual de Santa Cruz reuniu em Ilhéus 90 especialistas interessados no 29o. Fórum dos Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras.

• O evento aconteceu no Ecoresort Tororomba e reuniu extensionistas de diversos estados, além das universidades baianas, inclusive a Federal. A organização dos pró-reitores revela que esse segmento do ensino superior está ganhando corpo e importância no seio universitário. São os programas de extensão responsáveis pela interação entre a comunidade e a universidade.

• No encontro capitaneado pelo pró-reitor de extensão da Uesc, professor Raimundo Bonfim, o tema foi “Extensão e Inclusão Social”. A abertura foi presidida pelo reitor da Uesc, Antonio Joaquim Bastos da Silva, e contou com as presenças do presidente da Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem), José Antônio dos Reis, que é reitor da Universidade Estadual de Minas Gerais. O secretário Raimundo Mazzei falou em nome do município.

MÓVEIS COM ESTILO

Duas fortes empresas desenvolvem campanhas de promoção com móveis de estilo especial, no Sul da Bahia.

• Uma em Ilhéus, a Marca Brasil Movelaria, localizada na avenida Petrobrás, que surpreende com o design e a funcionalidade de suas criações. Os arquitetos Paulo e Denise Goulart fazem sucesso e montam ambientes para gente famosa em toda a Bahia.

• Em Itabuna, a Estilo XXI oferece descontos especiais em campanha criada pela agência M21. Os empresários Rose e Vítor Habib prometem “obras de arte pelo preço de móveis.”

CURTA AS CURTAS

Houve separação total de negócios entre os publicitários Sebastião Barros e Edinho Santos, na E-10. Depois de um bom período de casamento, o divórcio. Tião saiu com Amélia Fontes e Rose Borges, e já montou nova agência, a Art3, na rua 13 de maio, centro de Itabuna.

Outro caso de separação no mercado aconteceu em Ilhéus. Os publicitários Marco Lessa e Maurício Corso, que anunciaram a MM21 em dezembro passado, ficaram juntos apenas três meses. Lessa continua atendendo na avenida Soares Lopes, mas Maurício reabriu a MAC – Marketing e Comunicação, no Jardim Atlântico.

A advogada e professora universitária Marta Serafim segue hoje para uma temporada na Europa. Sai de São Paulo com escala em Paris, na companhia da amiga Fafá Vieira, que é aeromoça da TAM. Depois, fica na Suíça, onde pretende fazer mestrado em Direito.

O tenente coronel da Polícia Militar, Paulo Silveira, ilheense da gema, ganhou inúmeras homenagens ao completar 41 anos. Formado em Administração de Empresas e especialista em Gestão de Negócios, Silveira é o comandante da PM em Valença, onde desenvolveu um eficiente serviço comunitário.

A médica Luciene Moura, diretora do Hospital Geral Luiz Viana Filho, de Ilhéus, confirma que a unidade inaugurará uma UTI no próximo mês, no bairro da Conquista.

valeriomagalhaes@uol.com.br

Recupere documento excluído do computador

Se você usa um computador, provavelmente já perdeu ao menos um arquivo importante. Os problemas da informática nem sempre são evitáveis, mas a recuperação de documentos é mais fácil e viável do que parece. Mesmo quem não costuma fazer as imprescindíveis cópias de segurança pode resgatar arquivos que, devido a vírus, a problemas mecânicos ou a mero apagamento acidental, pareçam perdidos.
A primeira etapa é banal, mas não custa lembrá-la: abra a Lixeira do sistema, que fica na área de trabalho do Windows, e dê uma olhada. Também faça uma busca antes de tomar atitudes mais drásticas –é só clicar em Iniciar, Pesquisar e Arquivos e digitar o nome do documento perdido.

Não achou nada? Então baixe o software Restoration, que é gratuito (www.download.com) e opera o “milagre”, tecnicamente simples, de ressuscitar arquivos apagados.

Para abrir o programa, o PC precisa ter um descompactador. Máquinas com Windows Me e XP já possuem um. Se você usa outra versão, instale o gratuito Filzip.

Observe a tela do Restoration, que é muito simples. No campo All or part of the file, digite o nome do documento perdido e aperte o botão Search Deleted Files. Aguarde a varredura.

Se o programa encontrar algum documento, clique nele com o mouse e aperte o botão Restore by Copying. Minimize a janela do Restoration, volte para a área de trabalho do Windows e tecle Ctrl+V. Pronto.

O Restoration tem outras opções relevantes. Se você não se lembra do nome do arquivo que perdeu, mas sabe de que tipo ele é (um texto no formato DOC ou uma foto JPG, por exemplo), simplesmente digite sua extensão no campo de busca do programa. Se o seu micro tem mais de um disco rígido, não deixe de selecionar a opção desejada no campo Drives.

Cuidado

Se o Windows pifar, aparentemente levando consigo todos os arquivos da pasta Meus documentos, pense duas vezes antes de reinstalar o sistema operacional.

A maioria dos computadores “de marca” vendidos atualmente não traz um CD completo do Windows XP, mas um disco de restauração. A diferença é que, geralmente, o CD de restauração apaga os documentos do usuário ao mesmo tempo em que substitui os arquivos danificados do Windows, piorando a situação.

Se você não tem um CD completo do Windows e o sistema está danificado, a solução mais confiável é abrir o PC, remover o disco rígido e ligá-lo em outro micro para copiar os arquivos. Acione, na segunda máquina, um antivírus, como o gratuito AVG.

Ajuda

Isso é fácil de fazer, mas há quem prefira recorrer a empresas especializadas em recuperação de dados, que também prometem solucionar casos mais graves, como falha mecânica (queima) do disco rígido.

O serviço não é barato. Segundo Francisco Antônio de Oliveira, da Assistência do HD , ele custa de R$ 100 a R$ 800, dependendo do problema e da quantidade de dados a resgatar. Nessa empresa, o caso mais comum é a formatação (apagamento indevido) do disco rígido, cujo conserto custa R$ 250.

Na Labdisk, que também não revela seus métodos de recuperação, o conserto fica entre R$ 200 e R$ 800.

O coordenador de informática Tadeusz Jaworski Filho, que trabalha numa universidade paulistana e diz administrar 3.000 computadores, usou os serviços dessa empresa. Segundo ele, foram 20 discos reparados nos últimos três anos, com gasto médio de R$ 500 por serviço.

“Geralmente a gente faz isso [leva para consertar] quando [o disco] tem documentos importantes, então eu acho que é um valor aceitável para uma empresa. Para um usuário particular, é um pouco caro.” Segundo ele, os dados resgatados geralmente são copiados num disco rígido novo para reduzir a possibilidade de problemas.

BRUNO GARATTONI
Folha de S.Paulo

Cardeais fazem última reunião antes do conclave

Os cardeais do Colégio Cardinalícios se reuniram hoje no Vaticano para discutir os últimos preparativos antes do conclave, que começa na segunda-feira. É a 12ª vez que os clérigos se reúnem depois da morte do papa João Paulo 2º. O cerimonial do Vaticano, por sua vez, prepara a capela Sistina para receber os religiosos.
As deliberações dos cardeais são secretas. Duas sessões diárias seguidas de votações e das tradicionais fumaças marcarão o ritmo dessa reunião, da qual sairá o 264º sucessor de Pedro.
O Brasil terá quatro votos no conclave dos seguintes cardeais: dom Cláudio Hummes, 70, arcebispo de São Paulo, dom Eusébio Oscar Scheid, 72, arcebispo do Rio de Janeiro, dom Geraldo Majella Agnello, 71, arcebispo de Salvador (BA), e dom José Freire Falcão, 79, arcebispo emérito (“aposentado”) de Brasília.

Os cardeais ficarão hospedados na Casa Santa Marta, um hotel com todas as comodidades situado dentro do Palácio Apostólico, a cerca de 400 metros da capela Sistina, palco da votação.

Folha Online

Proler comemora Dia do Livro com palestra

O Programa de Incentivo à Leitura (Proler) da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) promove palestra nesta segunda-feira (18), para lembrar o Dia Nacional do Livro Infantil. O palestrante será o escritor Thomé Dantas, autor do livro infantil O Casamento da Dona Lagarta. Na oportunidade, ele explicará à comunidade como se dá o processo de construção de um livro de literatura infantil, desde a idealização, escolhas, elaborações até a existência da obra propriamente dita.
O escritor Thomé Dantas é aluno do curso de Letras e de Medicina Veterinária da Uesc, e teve seu livro editado pela editora da universidade. A participação do autor nesse evento partiu da intenção da universidade em valorizar os escritores da casa e ainda colaborar com o incentivo à leitura nas escolas de educação básica da área de abrangência da Uesc.
Além da palestra será iniciada a Campanha de Doação de Livros Infantis para a sala de leitura do Proler. Essa atividade está sendo organizada pelo Proler e Centro Acadêmico do Curso de Letras. A campanha tem como objetivo ampliar o acervo da sala de leitura de literatura infanto-juvenil da universidade, que atende a Escola Municipal Jabes Ribeiro, do bairro Salobrinho. Os alunos de educação básica visitam a sala de leitura para fazer empréstimos de livros e realizar atividades da escola. Ainda como atividade comemorativa será apresentado um vídeo sobre o escritor Monteiro Lobato para os alunos da escola.
O Proler, através do Projeto Biblioteca Viva, visita as escolas e outras entidades envolvidas com a educação e faz doação de livros de literatura infantil. A Uesc vem trabalhado com a Escola Municipal Jabes Ribeiro, através da sala de leitura, com o intuito de objetivar as políticas de inclusão social, próprias da extensão universitária na comunidade que está inserida. A coordenação das atividades é feita pela professora e atual coordenadora do Proler, Arlete Vieira da Silva.

INFORMES – ASCOM – PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHÉUS

Prefeitura promove curso de treinamento de fiscais;

Ilhéus realiza encontro de capoeiristas baianos;

Projeto Pixinguinha estréia no próximo mês em Ilhéus;

Fundação Cultural divulga programação do Praia & Folia;

Programa de saúde vai atender a zona rural.

Prefeitura promove curso de treinamento de fiscais

A Prefeitura de Ilhéus encerrou hoje (15) um curso de capacitação para 18 fiscais do município, em parceria com a Economicus Consultoria. O curso faz parte da segunda etapa do projeto de revitalização do comércio de Ilhéus, que já passou por melhorias na estrutura física e parte agora para a fiscalização dos vendedores ambulantes. A última etapa será o redirecionamento do comércio informal.

No treinamento, os fiscais receberam orientação sobre relações interpessoais, ética profissional e atendimento, incluindo abordagem e orientação, de acordo com o Código de Posturas do Município. Segundo Paulo Sérgio Cunha de Oliveira, da Economicus Consultoria, o principal objetivo do curso é mudar a imagem dos fiscais perante a sociedade.

Os fiscais começarão os trabalhos na próxima segunda-feira (18). A fiscalização será realizada, inicialmente, de forma preventiva. De acordo com a secretária de Indústria, Comércio, Ciências e Tecnologia, Rúbia Carvalho, o importante é garantir o cumprimento do Código de Posturas, mas sem prejudicar nenhuma das partes. “Os ambulantes não deixarão de trabalhar, pelo contrário, terão um local específico para desenvolver suas atividades”, disse Rúbia. A Prefeitura estuda a possibilidade de instalar o comércio informal no Terminal Urbano.

Ilhéus realiza encontro de capoeiristas baianos

Com o apoio da prefeitura, através da Secretaria de Esporte e Cidadania, serão realizados em Ilhéus, no dia 23, o III Encontro e o X Batizado de Capoeira do Sul da Bahia, no Centro de Atenção Integral à Criança (Caic). A coordenação do evento espera reunir 30 grupos de capoeiristas das regiões sul, extremo-sul e sudoeste da Bahia e de Salvador. Vão participar oito grupos do município e 20 de várias cidades do estado, num total de 300 capoeiristas.

A União Berimbau da Bahia, que promove o encontro, fará a entrega de cordéis e apresentações folclóricas – mostrando a história de Zumbi dos Palmares -, danças afro, de fogo e de aero-axé, sob a coordenação do grupo de expressão corporal “Bambambam”. Os trabalhos serão coreografados pelo contra-mestre Lázaro Oliveira e pelo mestre Antonio “Manhoso”, do Grupo União, de Cruz das Almas.

Projeto Pixinguinha estréia no próximo mês em Ilhéus

O “Pixinguinha”, um dos mais expressivos projetos musicais do Brasil, volta a ser apresentado no palco do Teatro Municipal de Ilhéus, em maio, com o show das cantoras Joyce e Marta Siqueira. As artistas abrem a nova edição do projeto, às 20 horas da quarta-feira, dia 4, prometendo fazer um espetáculo inesquecível. O projeto terá uma apresentação por mês até novembro.

Na edição 2005, a Fundação Nacional da Arte (Funarte), idealizadora da iniciativa, conta com o patrocínio da Petrobras. Em Ilhéus, o “Pixinguinha” tem o apoio também da Fundação Cultural de Ilhéus (Fundaci), que se empenhou para trazê-lo.

Aclamado pelo público e a crítica especializada de todo o País, o Pixinguinha é um dos projetos mais importantes da Música Popular Brasileira. Criado pela Funarte em 1977, o projeto revelou grandes nomes, como Leila Pinheiro, Zizi Possi e Djavan, que estiveram ao lado de artistas consagrados, como Elizabeth Cardoso, Martinho da Vila, Nara Leão e Paulinho da Viola.

Segundo a diretora de Projetos Culturais da Fundaci e coordenadora do Projeto Pixinguinha em Ilhéus, Adriana Oliveira, a cidade oferece todas as condições para a realização dos shows, pois dispõe de espaços adequados, com bom apoio de som e iluminação. “Além da estrutura, a cidade tem grande importância para a cultura baiana e brasileira”, afirma Adriana.

Fundação Cultural divulga programação do Praia & Folia

A cidade de Ilhéus já começa a sentir os acordes da festa que promete ser a mais animada dos últimos anos. Com mais de 60 bandas, mega-estrutura e o belo cenário da avenida Soares Lopes, o Praia e Folia 2005 começa na próxima quarta-feira (20) e só termina nas primeiras horas de segunda (25). O carnaval fora de época está atraindo público de todas as partes do Brasil e tem tudo para entrar definitivamente na programação oficial de eventos de Ilhéus.

Organizado pela Fundação Cultural, o Praia e Folia terá como marca a diversidade de ritmos. No centro da festa, estarão algumas das principais bandas do Carnaval de Salvador, a exemplo de Rapazolla, Cheiro de Amor, Bom Balanço, Harmonia do Samba e Patchanka. Na praça Castro Alves, o agito vai entrar pela madrugada sob o comando do DJ Rogério, com muitas luzes e música eletrônica. Mais adiante, na praça Dom Eduardo, o espaço será reservado às bandas de arrocha.

As manifestações populares de Ilhéus também terão presença garantida no Praia e Folia. Na quarta e na sexta-feira, a festa será aberta pelos blocos populares, e na quinta, a Levada Afro enriquece a folia, com a participação de 13 entidades ligadas à cultura negra. No sábado, toda a beleza do Dilazenze vai encantar a avenida.

“A festa tem tudo para dar certo e deve mesmo entrar para o calendário oficial de eventos de Ilhéus”, afirma o prefeito Valderico Reis, animado com a expectativa de maior movimento no comércio e ocupação da rede hoteleira no período de baixa estação. Segundo ele, o Carnaval acaba sendo “um bom investimento para o município, por ajudar a gerar emprego e renda para tantas famílias”.

Diversas agências de viagem fecharam pacotes turísticos para a festa e as companhias aéreas TAM e Varig reduziram os preços das passagens em até 68% durante o Praia e Folia, para vôos provenientes de Salvador, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. Alguns pacotes incluem abadás, para o turista já chegar à cidade preparado para cair na folia.

Programa de saúde vai atender a zona rural

Ampliar a atenção às comunidades de vilas, povoados e distritos ilheenses é o objetivo do Programa de Saúde Rural, que será lançado na próxima terça-feira (19) na sede da associação de produtores rurais de Santana, às 9h. O programa será lançado pela secretária municipal de Saúde, Vera Jasmineiro, que vai apresentar os projetos voltados à zona rural.

Segundo a secretária, a intenção é manter um contato permanente com as associações para definir as prioridades em saúde para estas localidades. Vera Jasmineiro afirma que a participação popular é uma das novas diretrizes das políticas de gestão e controle da saúde. “Contando com a participação ativa do cidadão da zona rural, temos como definir um plano de ação que contemple a todos e oferecer um serviço mais eficiente”, ressalta Vera.

O lançamento reunirá as associações de produtores de Santana, Santana I e Búzios. Durante o evento, as comunidades de Santana, Santaninha e Búzios serão atendidas por uma unidade móvel de saúde, contando com atendimento clínico e odontológico. “Nós queremos mobilizar essas comunidades para que elas participem e juntos possamos ter uma política de saúde mais efetiva nessas áreas”, afirma o coordenador do Programa Associativo de Saúde Rural, Orlins Ferreira.

Programação do Praia e Folia 2005

A Fundação Cultural de Ilhéus, divulgou a programação para os cinco dias de folia que acontece de 20 a 24 maio, na Avenida Soares Lopes, centro da cidade. Grandes nomes do axé irão participar do ” Praia e Folia”, carnaval fora de época, que está sendo encarado como uma alternativa de atrair turistas na baixa estação.
QUARTA-FEIRA (20 de abril)
17h – Blocos populares
19h – Raízes Negras
19h30min – Zulu Pop
20h – Rastafary
20h30min – Danados do Reggae
21h – Ponto G
21h30min – Bandauê
22h – Zureta
22h30min – Ki Samba
23h – Batukerê
23h30min – Bloco 10 Colados – Jammil
00h – Cheiro de Amor
00h30min – S4 & Cia.
1h – Marimbada
1h30min – Patrulha

Luau do Arrocha
21h – Só na Quebrança
23h30min – Otávio Jr.
1h30min – Mix Mania

QUINTA-FEIRA (21 de abril)
14h – Bloco 10 Colados (Cabana Gabriela) – Viola de 12 / Swing Legal / S4 & Cia
17h – Blocos Populares
19h – Levada Afro
21h – Circuito Fechado
21h30min – Ponto G
22h – Gang Cidade
22h30min – As Meninas
23h – Luiz Caldas
23h30min – Timbalada
00h – Harmonia do Samba
00h30min – Ki-Samba
1h – Os Bambas
1h30min – TKO
2h – Cocada Puxa
2h30min – Zureta
3h – Bandauê

Luau do Arrocha
21h – Quizilla
23h30min – Alex Lessa
1h30min – Zumzumbah

SEXTA-FEIRA (22 de abril)
17h – Blocos Populares
19h – Zambiaxé
19h30min – Mini Congo
20h30min – Di Bobeira
21h – Jarley e Banda
21h30min – Bloco do Sinsep em Folia
22h – Márcia Freire
22h30min – Bloco 10 Colados – Psirico
23h – Bom Balanço
23h30min – Rapazolla
00h – É o Tchan
00h30min – Bloco Você e Eu – Ki Samba
1h – As Meninas
1h30min – Gang Cidade
2h – Pakaia

Luau do Arrocha
21h – Batuk Bom
23h30min – K’Dência do Bamba
1h30min – Suli Mania
3h – Furacão do Arrocha

SÁBADO (23 de abril)
16h – Trivela (Centro de Convenções) – Asa de Águia / Oscaraébom
21h – Dilazenze
21h30min – Ki Samba
22h – Axé Pop
22h30min – Bloco Você e Eu – Selakuatro
23h – Gang do Samba
23h30min – A Zorra
00h – Olodum
00h30min – Bloco 10 Colados – Nairê
1h – Levada Louca
1h30min – Os Sungas
2h – Guiguigheto
2h30min – Jarley e Banda
3h – Vera Cruz
3h30min – Ely Marques

Luau do Arrocha
21h – Oscaraébom
23h30min – Explosão do Arrocha
1h30min – Top Gan
3h – Boleros

DOMINGO (24 de abril)
14h – Blocos Populares
16h – Sambágua – Bloco da Polícia
17h – Os Malês
17h30min – Leões do Reggae
18h – Carla Perez
18h30min – Jarley e a Pirralhada
19h – Pagodance
20h – Ki Samba
20h30min – Só na Quebrança
21h – Jheremmias
21h30min – Bem Bolado
22h – Patchanka
22h30min – Blocos 10 Colados – Beto Jamaica
23h – Levada Louca
23h30min – Bloco Mássicas
00h – Axé Pop
00h30min – Açucena Cheirosa
1h30min – Zabumbahia
2h – Chamego da Bahia

Luau do Arrocha
19h30min – Estância
21h – Dipankada
23h30min – Gênios do Bolero
1h30min – Raylander

EM TODAS AS NOITES: DJ ROGÉRIO E CONVIDADOS NA PRAÇA CASTRO ALVES. DAS 20h ÀS 6h.

Segurança vai ser reforçada durante o carnaval de Ilhéus

A Polícia Militar já montou todo o esquema de segurança para o Praia e Folia 2005. Durante os quatro dias da festa – de 20 a 24 de abril – o policiamento contará com a atuação de cerca de 2 mil PMs, num trabalho reforçado pela participação da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal. O monitoramento terá o apoio de efetivos de Vitória da Conquista, Jequié, Salvador e Itabuna, além de homens da Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica (Caema) e da Companhia de Ações Especiais do Sudoeste e Gerais (Caesb).
O 2º Batalhão da Polícia Militar separou o circuito da festa – a Avenida Soares Lopes – em três setores, cada um sob a responsabilidade de um posto de comando. As unidades de policiamento ficarão nas imediações do Circo Folias da Gabriela, Catedral de São Sebastião e sede da 1ª Companhia da PM. Cada posto vai cobrir uma área de aproximadamente 400 metros, com um efetivo de 150 a 200 homens. Ao longo da avenida, várias câmeras estarão posicionadas para registrar eventuais delitos.
Além do circuito, o esquema de segurança estará presente na praia da avenida, com a Cavalaria da PM. Postos de abordagem serão montados ao lado da agência do Bradesco, sorveteria Ponto Chic, Galeria Bandeirantes, Biblioteca Adonias Filho, Receita Federal e Centro de Convenções. Haverá também policiamento nos pontos de ônibus e barreiras serão montadas nas entradas da cidade, com o apoio da Polícia Rodoviária Estadual.
A PM vai isolar todos os acessos à área da festa, com barreiras e utilização de detectores de metais. O esquema foi discutido em conjunto com a comissão organizadora do Praia e Folia e as ações estão sob a coordenação da Seção de Planejamento Operacional do 2º BPM.
Durante a festa, o trânsito na cidade sofrerá alterações. A Secretaria Municipal de Transportes vai distribuir mapas em pontos estratégicos para orientar os motoristas sobre os locais de estacionamento, pontos de ônibus e áreas para acesso de pedestres ao circuito.

Povos indígenas realizam seminário de 26 a 28

A antiga Faculdade de Medicina da Bahia, no Terreiro de Jesus, em Salvador, vai sediar o ‘Seminário dos Povos Indígenas na Bahia: presença, resistência e perspectivas’, que será realizado entre os dias 26 e 28 deste mês. A realização do evento envolve a Associação Nacional de Ação Indigenista (ANAÍ), o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e a Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME). Cerca de 150 representantes dos 13 povos indígenas da Bahia vão participar do seminário, que tem como objetivo promover a troca de idéias e de experiências entre representantes indígenas, indigenistas, autoridades, gestores e técnicos das políticas públicas indigenistas no sentido de avaliar e propor ações.

Remédio bloqueia compulsão por comida e reduz risco de doenças

Uma nova substância que ajuda a bloquear a compulsão por comida pode reduzir o peso, a circunferência da cintura e os riscos de doenças cardíacas, segundo pesquisa de cientistas da Bélgica.
O estudo foi publicado na revista científica “The Lancet” e diz que as pessoas que tomaram essa substância, rimonabant, perderam, em média, 8,6 quilos em um ano.
Elas também conseguiram reduzir, em média, 8,5 cm da cintura, de acordo com a pesquisa.
Fome

O rimonabant bloqueia o sistema endocanabinóide, parte do cérebro que regula a compulsão por comida e o equilíbrio energético.

Os pesquisadores são do Hospital da Universidade de Antuérpia e fizeram o estudo em 1.507 pessoas obesas ou acima do peso na Europa e nos Estados Unidos. Destas, 920 pessoas concluíram o tratamento de 12 meses.

As pessoas foram divididas em três grupos: no primeiro, elas recebiam diariamente 5 mg de rimonabant; no segundo, 20 mg; e no terceiro, um placebo.

Além disso, todos os que participaram da pesquisa tinham que cortar 600 calorias de sua alimentação diária. Dos que tomaram a maior dose de rimonabant, 39% perderam 10% ou mais de seu peso no ano.

Mais de 67% dos pacientes tratados com 20 mg de rimonabant por dia perderam 5% ou mais de seu peso.

Em média, as pessoas que tomaram a dose mais alta da substância perderam 5 quilos ou mais do que aqueles que estavam tomando placebo.

Coração

Essas pessoas também conseguiram reduzir as medidas de cintura em 7 cm a mais, em média, do que os que tomaram placebo.

Pessoas com gordura acumulada na região do abdome estão entre aquelas que têm maior risco de desenvolver doenças do coração e diabetes.

A pesquisa publicada pelos cientistas belgas indicou que as pessoas que tomaram a dose mais elevada de rimonabant mostraram melhora nos fatores de risco para doenças, como níveis de colesterol.

No entanto, elas também tiveram níveis mais elevados de efeitos colaterais como náusea, tontura e diarréia.

O sistema endocanabinóide foi descoberto recentemente e é a área do cérebro que contribui para a regulação fisiológica do equilíbrio energético, ingestão de alimentos e metabolismo de lipídios e glicose.

Dieta

“O tratamento com rimonabant por um ano levou à perda sustentada e clinicamente significativa de peso, à redução da circunferência da cintura associada à melhora de fatores de riscos cardiovasculares”, disse o chefe da equipe de pesquisadores, Luc Van Gaal.

Especialistas britânicos reconhecem que o medicamento é eficaz, mas apenas se for acompanhado de dieta. “Esse remédio parece dar resultados muito bons”, disse David Haslam, do National Obesity Forum.

“O remédio não oferece uma maneira mais fácil de perder peso, mas parece que ajuda você a fazer isso de forma mais bem-sucedida”.

BBC BRASIL

Formando ganha prazo maior para se inscrever no Enem

Devido à grande procura por parte dos concluintes do ensino médio que optaram em fazer o Enem 2005 (Exame Nacional do Ensino Médio) mas ainda não tem CPF, o MEC (Ministério da Educação) estendeu o prazo para as inscrições desses alunos até o dia 6 de maio. Inicialmente, os estudantes que terminam a educação básica este ano deveriam se inscrever até hoje.
Com a decisão, os alunos interessados em participar do exame terão mais tempo para adquirir número de CPF para se inscrever no Enem 2005. A opção do Inep em exigir CPF, este ano, foi tomada para facilitar o processamento das inscrições, que devem dobrar em relação ao ano passado, quando foram computadas cerca de 1,5 milhão de inscritos.

Segundo o presidente do Inep, Eliezer Pacheco, a distribuição de bolsas de graduação pelo Prouni (Programa Universidade Para Todos) fez com que o interesse pelo exame aumentasse consideravelmente. Também aumentou a procura o fato de centenas de universidades e faculdades usaram a nota da prova em seus processos seletivos.

Apesar da prorrogação, os concluintes continuam tendo que fazer a inscrição na própria escola, sendo que quem estuda em instituições particulares tem de pagar R$ 35 –os alunos da rede publica são isentos da taxa.

Egressos

As inscrições para quem já se formou no ensino médio serão realizadas nas agências dos Correios, entre 25 de abril e 6 de maio. Quem tiver acesso à internet poder fazer pela página eletrônica do Inep (www.enem.inep.gov.br/inscricao), até as 21h do dia 4 de maio de 2005, mediante o pagamento do valor correspondente a R$ 35.

Dicas para tirar o CPF

O aluno deve dar preferência em solicitar o CPF nas agências da Caixa Econômica, Banco do Brasil e agências dos Correios.

Em 48 horas já é possível saber o número do CPF no local onde esse foi solicitado ou via o site da Receita Federal (http://www.receita.fazenda.gov.br).

MEC

Ministro diz que Judiciário sofrerá “choque de gestão”

O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) disse nesta quinta-feira que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão de controle externo do Judiciário, fará “um choque de gestão” nesse Poder, pois irá centralizar o planejamento de gastos, impedindo que cada tribunal continue agindo como uma “ilha”.
Ele deu essa declaração ao elogiar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que reconheceu na quarta, por sete votos contra quatro, a constitucionalidade do conselho. “Foi um grande dia para a história da República brasileira. Um dos momentos mais altos do STF”.
O STF julgou uma ação direta de inconstitucionalidade da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) contra o artigo da emenda constitucional da reforma do Judiciário que previu a instalação do órgão. A entidade disse que o controle externo violaria o princípio da independência do Poder.

O CNJ terá 15 membros: nove juízes, dois advogados, dois membros do Ministério Público e dois cidadãos, indicados pelo Congresso. Nos primeiros dois anos, será presidido pelo presidente do STF, ministro Nelson Jobim.

Além de controlar gastos, investigará juízes acusados de corrupção ou negligência. “O conselho é a oportunidade de construir um planejamento centralizado, de criação de novas rotinas, de um choque de gestão do Poder Judiciário, a fim de que tenhamos uma Justiça mais perto do povo, mais rápida e mais previsível”, disse.

Folha de S.Paulo

Cartucho recondicionado ganha selo de qualidade

Os cartuchos recondicionados brasileiros para impressoras devem ganhar, em breve, um selo de qualidade.
A indicação mostrará aos consumidores que o produto passou por testes de desempenho e está de acordo com as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Recondicionadores de Cartuchos para Impressoras (Abreci).
De acordo com Antonio Pereira Guedes, presidente da Abreci, a organização vai nomear uma comissão para analisar as propostas dos fabricantes que estiverem interessados na obtenção do selo.
“O selo é importante para diferenciar o trabalho das empresas de cartuchos remanufaturados e recondicionados. Com isso, o consumidor vai poder ter certeza de que esse produto é de boa qualidade”, declara o executivo.

As empresas que quiserem obter a certificação deverão submeter uma proposta à comissão. Os produtos serão analisados sem aviso prévio e caso não atendam às normas de qualidade, não conseguirão o selo.

Além disso, a Abreci trabalhará com laboratórios do País para a realização de novas análises dos produtos. A expectativa é que o processo todo, desde os testes até a emissão do selo, dure cerca de três meses.

Atualmente a Abreci mantém 160 associados que seguem o padrão de qualidade internacional denominado STM. De acordo com Guedes, pelo menos 80% dos fabricantes devem aderir ao processo de qualidade.

Camila Fusco – IDG Now!

Moscas podem ser indicadores de preservação ambiental

Presença de certas espécies servirá para avaliar o estado de conservação de ecossistemas

A composição das comunidades de moscas de um ecossistema pode ser um importante termômetro para indicar seu estado de preservação. É o que indica o estudo da pesquisadora Renata da Mata, desenvolvido durante seu mestrado no Laboratório de Biologia Evolutiva da Universidade de Brasília (UnB). Ela constatou que o grau de degradação de um dado ambiente afeta o número e o tipo de espécies ali existentes, assim como o tamanho de suas populações.

A bióloga trabalhou com moscas da família das drosofilídeas, à qual pertencem espécies como a mosca-das-frutas ou a mosca-de-vinagre. Os insetos foram monitorados na Reserva Ecológica do IBGE, a 35 km de Brasília. Essas moscas foram escolhidas como possíveis bioindicadores devido ao seu tamanho (que permite fácil captura e manipulação), curto ciclo de vida (que permite o estudo de muitas gerações em pouco tempo), grande diversidade (que permite o estudo dos efeitos das alterações em várias espécies) e sensibilidade às variações das condições ambientais.

Durante 12 meses foram investigadas drosofilídeas em vários tipos de vegetação (ambientes abertos, conhecidos como savanas, e matas de galeria), em diferentes níveis de conservação. Elas foram capturadas em armadilhas simples, feitas de garrafas plásticas vazias com iscas de banana com fermento biológico em seu interior, espalhadas por 25 localidades. Depois de 48 horas, a garrafas eram fechadas e as moscas no seu interior levadas ao laboratório para serem classificadas e contadas.

Os resultados mostraram que, nas matas de galeria preservadas, apareceram espécies raras, tais como Drosophila atrata, D. paraguayensis e D. neoguaramuru e muitos espécimes de D. willistoni. A comunidade dos ambientes abertos e matas perturbadas, que provavelmente sofrem influência das espécies desses ambientes, é bem parecida. Há poucas espécies raras típicas das matas de galeria e um predomínio das espécies Zaprionus indianus, D. mercatorum e D. cardini.

Apesar de não ter estudado o motivo dessa diferente distribuição, a pesquisadora acredita que ela está ligada à sensibilidade das espécies. “As moscas de ambientes abertos são mais resistentes à baixa umidade, alta temperatura e incidência solar”, afirma. “Devem também explorar uma maior variedade de recursos à sua volta. Já as espécies restritas à mata de galeria devem ser mais sensíveis a esses fatores e explorar poucos ou apenas um recurso alimentar.”

A pesquisadora procura agora, na sua tese de doutorado, adotar um índice que exprima o grau de preservação ambiental de um ecossistema baseado nas espécies indicadoras. “Ele será importante na identificação das áreas prioritárias para serem preservadas e para detectar mudanças ambientais ainda não sinalizadas por outros organismos, como aves ou anfíbios” afirma.

Apesar de concentrar seus estudos nas vegetações do cerrado, ela não descarta a utilização desse índice em outras regiões do Brasil. “A mata atlântica, por exemplo, apesar de ter uma riqueza maior de drosofilídeos, apresenta praticamente todas as espécies encontradas nas matas de galerias”, compara.

Marcelo Garcia
Ciência Hoje On-line

ALERTA: CHUMBO NO BATOM!!!

A Dra. Elizabeth Ayoub é médica biomolecular das mais sérias, além de muito vaidosa.
Acho que vindo dela dá para confiar. Isto é uma alerta para Batom com “Chumbo”.
Chumbo é uma substância química que causa câncer. Recentemente uma marca chamada “Red Earth” diminuiu os preços de HK$67,00 para HK$ 9.90… Continha chumbo.
Quanto maior o conteúdo de chumbo, maior a chance de causar Câncer. Depois de fazer um teste em batons, foi constatado no batom da Y.S.L. o maior nível de chumbo. Fique atenta para esses batons que supostamente tem uma fixação maior. Se seu Batom fixa mais, deve ser por causa do alto nível de chumbo. Eis um teste que você pode fazer:
– 1. ponha algum batom em sua mão,
– 2. com um anel de ouro esfregue sobre a mancha…
– 3. se a cor do batom mudar para preto, então você sabe que o batom contém chumbo.
Por favor, envie esta informação para todas as suas amigas.

As marcas que contêm Chumbo são :

– Christian Dior
– LANCÔME
– CLINIQUE
– Y.S.L.
– ESTÉE LAUDER
– SHISEIDO
– RED EARTH (Lip Gloss)
– CHANEL (Lip Conditioner)
– Market America
– Motives lipstick.

Ana Isabela Lopes Sales
Doutoranda – Área: Biologia Celular e Molecular Laboratório de Genômica
e Biologia Molecular Bacteriana Depto. Biol. Cel. e Mol. e Bioagentes
Patog.
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo
fone: (16) 602-3265 – FAX: (16) 633-1786