Fonte: CBF News
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Direito de resposta
Ao fazer minha navegação diária pelos sites regionais me deparei com a seguinte notícia no site www.r2cpress.com.br:
“GIRANDO COM O ”A REGIÃO”
Postado porROBERTO_RABAT_CHAME em Domingo, abril 24 @ 22:03:50 BRT
Enviado por ROBERTO_RABAT_CHAME
Ilhéus: vexame mundial na web
O site anunciado pela prefeitura de Ilhéus para cobrir a micareta não deveria estar online, pois dá vexame. A capa tinha defeito em todas as fotos até o segundo dia da festa. Dos links, só um funciona, o Bandas, que traz a listagem mas sem horários. Os outros não têm nada. Dá vergonha um visitante procurar informações do evento no site e encontrar essa incompetência.
O site oficial também é vexame
No site da prefeitura de Ilhéus a notícia mais nova é de 7 de abril. Será que ela não fez nada nas últimas semanas? Os links são do Xoomps, sistema gratuito para amadores, com textos em inglês. Muitos não fazem sentido ou não funcionam. A galeria de fotos só tem uma, do prefeito. E pensar que o site anterior era exemplar…
Site importante requer seriedade
Primeira coisa: jamais dois sites que ainda estão em construção deveriam estar online. Muito menos se os sites são oficiais e de uma cidade turística e de um evento que pensa em atrair turistas. A prefeitura deveria ter contratado profissional ou empresa experiente para tocar os dois sites, que deveriam ser o cartão de visitas da cidade.
Marcel Leal”
ao que respondo.
Criticar a iniciativa pioneira de transmitir um evento ao vivo pela Internet é muito fácil. Empreitada esta que envolve muitos detalhes técnicos e basta que um dos requisitos não funcione para comprometer o resultado (um link lento, por exemplo), mas não invalida a intenção. Eu, como ilheense otimista desejo que os próximos eventos cobertos sejam melhores e melhores…
Tenho que admitir que o conteúdo do site oficial deveria estar atualizado, porém refuto de forma veemente a informação ignorante de que o XOOPS (eXtensible Object Oriented Portal System), e não XOOMPS como ele escreveu, seja um sistema para amadores.
Leia a seguir a definição do XOOPS na Wikipédia (que usa o MediaWiki, um sistema de gestão de conteúdo tão gratuito e aberto quanto o XOOPS, no entanto a Wikipédia não tem nada de amador) :
“XOOPS é um sistema de publicação open source para a criação de sites dinâmicos baseado em programação PHP orientada a objetos e banco de dados MySQL.
Depois de instalado, um website em XOOPS pode ser gerenciado SEM A NECESSIDADE de ferramentas externas ou conhecimentos avançados de tecnologias da Internet, como FTP, HTML, JavaScript, CGI, etc.
O XOOPS representa uma solução para quem não pode ou não quer depender de terceiros para criar e adminstrar o seu próprio portal, possuindo milhares de recursos de redação, edição e publicação de conteúdo online já incorporados e a custo zero! (o xoops é de código aberto sob os termos da licença GNU/GPL, ou seja: 100% gratuito). O desenvolvimento do XOOPS é direcionado para a criação de um sistema completamente visual, intuitivo e gostoso de usar.”
Abaixo estão alguns links para sites governamentais que o utilizam:
– http://www.agrolivre.gov.br/
– http://www.ceid.pi.gov.br
– http://www.cnptia.embrapa.br/
– http://intranet.dirad.fiocruz.br:8081/html/
– http://www.nctn.crn2.inpe.br/
– http://www.pm.pi.gov.br/
– http://www.tc.df.gov.br/
– http://www.sectec.pi.gov.br/
Estes são apenas alguns, só para ilustrar.
O próprio IlhéusAmado.com usa o XOOPS, além de outros sites regionais:
– http://www.acserv.com.br
– http://www.eticailheus.com.br
– http://www.maxlinux.com.br
E ao que se sabe eu (Daniel Hoisel) não sou nenhum amador (até que PROVEM o contrário).
Ironicamente o site do dito jornalista é feito ainda em html e provavelmente nem usa banco de dados, já que não tive acesso a esta nem a nenhuma outra notícia antiga, recurso inerente a qualquer sistema de gerenciamento de conteúdo moderno, que aliás está disponível no site www.r2cpress.com.br (ainda usando o PHPNuke, predecessor do XOOPS).
Está dado o recado ao PRESIDENTE DA REDE MORENA.
Daniel Hoisel
Casa dos Artistas apresenta os “Suspiros de Gabriela”
Além de conhecer o trabalho dos artistas locais, o grupo assistiu ainda o esquete teatral “Suspiros de Gabriela”, onde os atores do Teatro Popular de Ilhéus, Janete Lainha e Ely Zidro, interpretaram o casal Gabriela e Tonico Bastos.
“Suspiros de Gabriela” mostra um pouco da intimidade que existia entre os dois personagens, desconhecida por muita gente e pelo próprio Nacib.O espetáculo tem cerca de 20 minutos e suas apresentações foram divididas por grupos, que lotaram o Teatro Pedro Matos. O texto foi produzido pelos próprios atores com trechos do livro: Gabriela Cravo & Canela, do escritor Jorge Amado.
O espetáculo é apresentado desde de maio de 2004 e já foi assistido por média de cinco mil pessoas. “Suspiros de Gabriela” faz parte de uma programação da Casa voltada para turistas e visitantes que chegam à cidade interessados em conhecer um pouco mais de nossa rica história e cultura. Voltem sempre!
Tudo é relativo
vez com um teste para avaliar a inteligência Seus objetos de trabalho eram simples: uma lousa, giz, alguns cavaletes, papel e canetas. Dentre as poucas exigências, apenas um cesto de papel. As teorias que sobreviveram à enxurrada de folhas lançadas ao lixo renderam a Albert Einstein o Prêmio Nobel e o consagraram como uma das maiores personalidades de todos os tempos. Sua produção, que completa cem anos este ano, revolucionou o pensamento científico. Para quem não se lembra das aulas de física, ele revelou, por exemplo, que a massa é equivalente à energia, que a luz é feita de partículas e que o átomo pode ser partido, liberando uma energia gigantesca. Ok, este foi o pontapé inicial para a invenção da bomba atômica, mas culpá-lo por isso seria o mesmo que condenar Nobel pela dinamite.
FAÇA O TESTE DE QI
http://istoe.terra.com.br/istoedinamica/testes/einstein/einstein_01.asp
Para tentar encontrar a resposta, Thomas Harvey, da Universidade de Princeton, nos EUA, chegou a “roubar” o cérebro do físico durante a autópsia, em 18 de abril de 1955. Sua anatomia foi estudada na surdina durante quatro décadas. As conclusões vieram a público mais tarde e o resultado foi surpreendente. Fisicamente, o gênio alemão não era tão diferente da maioria dos mortais.
A descoberta só fez aumentar a rede de especulações. Segundo o físico Ronaldo Mourão, autor de Einstein: de Sobral para o mundo, muitos passaram a duvidar da autenticidade das célebres teorias. “Existe a lenda de que nos manuscritos originais aparecia a assinatura dele e de sua primeira mulher, Mileva Maric”, diz Mourão.
A medida da inteligência – Na lista de mitos também está um teste criado por Einstein, no início do século XIX, para avaliar a capacidade de raciocínio lógico de seus alunos quando ele lecionava em Schaffhausen, na Suíça. O problema envolve cinco homens de nacionalidades diferentes que vivem um ao lado do outro em casas de cores variadas. Cada um deles tem sua bebida, cigarro e animais de estimação preferidos. Não há nenhuma coincidência. A partir de 18 sentenças – do tipo “o dinamarquês bebe chá”, “quem fuma Camel é alemão” ou “o norueguês vive do lado da casa azul” – deve-se dizer quem é o dono do peixe. Consta que só 2% de quem topou decifrar a charada acertou a resposta. “O teste nem é tão difícil, mas o fato de ser creditado a quem é faz com que as pessoas percam horas tentando resolvê-lo”, diz o matemático Oswald de Sousa. “Todo mundo quer saber o que Einstein diria a respeito de sua inteligência”, conclui.
Mas o que explica o fascínio que o físico alemão exerce sobre a humanidade vai além. Quando a Teoria da Relatividade foi publicada, em 1905, começavam a surgir os famosos testes de coeficiente de inteligência (Q.I.). É verdade que Einstein nunca se submeteu a um deles, mas estima-se que seu índice seria de 130, muito baixo para alguém considerado “superdotado” e um dos maiores gênios do século passado. Hoje a psicologia já provou que existem vários tipos de inteligência, como a musical, a pictórica, a lingüística, a espacial, entre várias outras. Mais um ponto para Einstein: até mesmo a inteligência é relativa.
Maria Cláudia Zucare e Julio Wiziack
Acupuntura é mesmo eficiente, diz pesquisa britânica
Céticos sempre disseram que o qualquer benefício com o uso da técnica, que tem origem na medicina chinesa tradicional, decorre da esperança que o paciente tem em relação ao tratamento.
Os pesquisadores fizeram diversos testes e escanearam os cérebros de voluntários. O resultado do trabalho foi publicado no jornal especializado NeuroImage.
Eles usaram tomografia por emissão de posítrons (PET, na sigla em inglês) para ver o que acontece nos cérebros das pessoas que se submetem a tratamento com acupuntura para aliviar a dor causada por artrite.
Em uma das intervenções, pacientes foram tocados com agulhas grossas, mas sabiam que não teriam a pele perfurada e que a experiência não teria valor terapêutico.
Outra intervenção envolveu um tratamento com agulhas especialmente desenvolvidas para dar a impressão de que a pele estava sendo penetrada, embora isso não tenha realmente ocorrido.
As pontas dessas agulhas desaparecem dentro do corpo da agulha quando pressionadas.
A terceira intervenção era realmente acupuntura.
Quando os pesquisadores analisaram o resultado da PET, descobriram diferenças marcantes entre as três situações.
Apenas as áreas do cérebro associadas com a sensação de toque foram ativadas quando os voluntários eram tocados com agulhas grossas.
No caso das agulhas cujas pontas desapareciam, uma área do cérebro associada com a produção de opiáceos naturais – substâncias que aliviam a dor – foi ativada.
A mesma área foi ativada com a acupuntura de verdade, mas, além disso, outra região do cérebro, a insular, foi estimulada pelo tratamento.
Essa região já era conhecida por estar associada à acupuntura e porque, acredita-se, está envolvida na modulação da dor.
Sarah Williams, do Conselho de Acupuntura Britânico, disse: “É uma notícia muito positiva para a acupuntura, e essa pesquisa é uma excelente ilustração do que os acupunturistas já sabiam há muito tempo”.
Já o Henry McQuay, professor de alívio da dor na Universidade de Oxford, expressou algumas reservas.
“Algumas pessoas relatam que a acupuntura as faz se sentirem melhor. Mas é extremamente difícil, tecnicamente, estudar acupuntura e separar o efeito placebo”, disse.
BBC BRASIL
ONZE ANOS SEM O MITO SENNA
O acidente pareceu bastante grave mas, pouco tempo depois, Lamy saiu ileso do seu carro parcialmente destruído. Lehto sofreu um pequeno ferimento no braço esquerdo. Quatro espectadores foram atingidos por destroços de ambos os carros e apresentando pequenos ferimentos foram tratados no Hospital de Imola.
O incidente trouxe para a pista o Safety Car e atrás dele, com Senna a liderar, mantiveram-se todos os pilotos durante quatro voltas. Quando surgiu a luz verde, Ayrton e Schumacher destacaram se de imediato dos demais concorrentes, retomando a sua batalha. Porém, esta só durou mais uma volta.
Ao passar na assustadoramente rápida curva Tamburello pela sexta vez, o carro de Ayrton Senna saiu e bateu violentamente no muro de cimento.
Ainda na pista corta o capacete de Senna, apercebendo-se então da gravidade dos ferimentos. “Foi muito difícil para mim”, disse depois. “Eu sabia que o rapaz não ia conseguir sobreviver”.
Durante 17 minutos os médicos lutaram por mantê-lo vivo, mas sabiam que isso era praticamente impossível. É depois transferido para o Hospital Maggiore em Bolonha onde é declarado morto às 18.40.
“Ele morreu devido a graves ferimentos no crânio e cérebro” comunicou o Prof. Watkins, neurocirurgião londrino. “Haviam várias fraturas no crânio, bem como fortes hemorragias na sua base. Ele esteve inconsciente o tempo todo. Entrou em coma profundo, de onde não mais saiu”.
“Correr, competir, eu levo isso no sangue, é parte da minha vida.”
Ayrton Senna
SENNA POR SENNA
Sobre a Vitória:
“Ganhar é como uma droga, pelo menos, é isso que eu acho. As sensações, o prazer que tenho quando ganho – é isso que me faz continuar”.
Ficar em Segundo Lugar:
“Não consigo, em circunstância alguma, justificar ficar em segundo ou terceiro lugar, sabendo de antemão que se fazendo o que deveria ser feito. Sim, é verdade que pode haver uma eventualidade em que alguém consegue melhores resultados porque estamos um pouco mal preparados. Mas, quando se tem muito tempo para fazer o nosso trabalho, e para nos prepararmos convenientemente então é uma situação que não aceito facilmente”.
A Mente do Piloto:
“Uma coisa que acontece nas nossas vidas como pilotos, é que fazemos muitas coisas num curto período de tempo. Então temos de viver de forma muito intensa. E, ao viver muito intensamente, as coisas andam muito rápido, tudo acontece muito rápido. E a dificuldade está em fazer sempre tudo bem”.
Empenho:
“Num meio tão competitivo, empenho é essencial. Empenho – ou se tem ou não se tem. Mas, com certeza tem que se ter empenho perto dos cem por cento, ou dos noventa por cento, ou mesmo perto dos oitenta por cento. É uma questão de carácter, de personalidade, de alvo, de desejo de se conseguir algo, acreditar naquilo que se faz, como se gostaria de realizar as expectativas, os sonhos. Isto não é apenas diferente de pessoa para pessoa, varia também de dia para dia”.
Emoções de um piloto de F1:
“A vida seria muito chata sem sensações, sem emoções. E há sensações que só nós podemos experimentar. Na nossa profissão, temos os carros, temos os chefes de equipe, temos toda uma série de pessoas que fazem parte do nosso meio. Mas, naturalmente, o interesse principal está na personalidade do profissional que conduz o carro. é uma profissão única e privilegiada, mas é também cheia de tensões”.
“Ganhar, bater um recorde, perder, passar uma curva a uma velocidade que poucos segundos antes julgávamos impossível, falhar, sentir-se com sorte, sentir raiva, entusiasmo, tensão ou dor – só nós é que podemos ter esta sensação em toda a sua intensidade.”
“Ninguém mais consegue, considerando que, na nossa profissão, lidamos muito com o ego , com o perigo, com a nossa saúde, não dia após dia, mês após mês ou ano após ano, mas segundo após segundo. É uma experiência única”.
Sobre o Casamento:
“Uma das coisas a que dedicarei o meu tempo no futuro. Será o aumento da minha família, com uma mulher e filhos. Acontece na vida de todos”.
Sobre os fãs:
“Nós entramos em milhões de casas, pela televisão e as pessoas sentem que estão perto de nós. Mas, ao mesmo tempo estão longe, muito longe. Elas não fazem a mínima idéia do que somos na realidade. Sonham em assistir às corridas ao vivo ou em verem um de nós, e provavelmente se tivessem oportunidade veriam que somos apenas pessoas, que não há nada de mágico”.
Sobre companheiros de equipe:
“O único com quem tive problemas foi com o Alain Prost. Com os outros tivemos algumas diferenças de opinião, mas sempre nos respeitamos. Tive como outros companheiros, Berger, Andretti, Hakkinen, Elio de Angelis, Johnny Dumfries, Nakajima. Quando olho para trás, vejo que sempre me dei bem com todos eles, exceto com um.
Sobre a Reconciliação com Prost em Adelaide 93:
“Com todas as diferenças, os problemas que tivemos, somos ambos homens do desporto, ambos Campeões Mundiais, ambos adoramos correr. Penso que o que aconteceu, deve ser deixado como está. Demonstrou os meus sentimentos e os dele também. A reconciliação foi algo que só foi possível naquele momento”.
Religião e Vulnerabilidade:
“É uma realidade na minha vida. Acho que, para os que compreendem e apreciam isto e para os que a olham de forma positiva e construtiva, é qualquer coisa que vale a pena. Não interessa o número de vezes em que tentamos e as pessoas a usam de maneira diferente, mesmo para nos magoarem. Há sempre um preço a pagar, mas eles estão a pagar um preço muito mais alto sem saberem o que estão a fazer.”
“É difícil, assustador, incomoda falar sobre coisas pessoais, particularmente sobre Deus, porque não se fala sobre Deus a cada momento e em toda a parte. É muito complicado, mas eu tento falar daquilo que experimento e sinto para algumas pessoas, esperando que compreendam e apreciem. Se estou certo ou errado, os outros que decidam. Mas, pelo menos, devem respeitar o que sinto”.
“Magoa-me que pensem que, por eu acreditar em Deus, sinto que sou imbatível ou mesmo imortal. O que eu disse, é que Deus me dá força, e que a vida foi um presente Seu, que temos de tratar com muito cuidado”.
Sobre o Diálogo com Deus:
“Quando se lê a Bíblia, Ele fala conosco. É ainda mais forte do que se tivermos uma pessoa na nossa frente a falar conosco. Isto não me aconteceu só uma vez, acontece-me muitas vezes”.
INÍCIO
Ayrton Senna da Silva nasceu a 21 de Março de 1960, filho de Milton Guirado Theodoro da Silva, um abastado homem de negócios paulista. Criado em berço de ouro, cheio de carinho e amor, Senna mantém-se sempre muito ligado a família: a mãe Neyde, a irmã Viviane e o irmão mais novo, Leonardo.
Quando Senna tinha quatro anos, o seu pai presenteou-o com um pequeno kart, que mais tarde afirmou ter sido o seu primeiro amor. Porém, sempre que ele ia mal no colégio, a permissão para guiá-lo era retirada.
Aos 10 anos, Senna recebeu finalmente um kart de competição, e apesar de muito novo para participar de corridas, o pai Milton sempre encarregava alguém para levá-lo para treinar na pista do Parque Anhembi. Contudo, teve de esperar três anos para poder participar naquela que seria a sua primeira corrida oficial: Interlagos, 1973. Ainda nesse ano, venceu várias vezes na Classe Júnior 1.
Nos seus anos de juventude, Senna era um tremendo competidor, e o seu estilo agressivo trouxe-lhe o título Sul-Americano em 1977 e 1978, o título Brasileiro de 1978 a 1981 e o segundo lugar nos Campeonatos Mundiais de 1979 e 1980.
Nessa altura, apesar de estar cursando Administração de Empresas na Universidade FAAI de São Paulo, ele estava decidido a seguir uma carreira no automobilismo. Assim, contra a vontade dos seus pais, trancou a matrícula e mudou-se para Inglaterra, pátria dos esportes motorizados.
A sua primeira oportunidade, surgiu no final de 1980, quando Ralph Firman, patrão da equipe Van Diemen de Fórmula Ford, contratou-o para a temporada seguinte. Na sua primeira corrida ficou em quinto lugar, na segunda em terceiro e a primeira vitória no Van Diemen RF8I surgiu, em Brands Hatch, numa prova a contar para o campeonato Townsend Tboresen.Senna dominou completamente a competitiva Fórmula Ford inglesa, conquistando, para o construtor de Norfolk, os campeonatos, RAC e Townsend Thoresen.
Em 1982, as vitórias sucederam-se, sagrando-se, com a Rushen Green Racing, campeão britânico e Europeu de Fórmula Ford 2000. Nesta época conseguiu, nada mais, nada menos, do que 22 vitórias e 22 pole positions. Uma das poucas vezes em que não liderou do princípio ao fim, aconteceu em Mondello Park na Irlanda, numa corrida a contar para o campeonato Europeu. Joey Creenan, piloto local, bateu Senna na largada, assumindo o comando por duas voltas, antes de ser ultrapassado pelo brasileiro.
Desanimado com a falta de um apoio financeiro mais efetivo, Senna voltou para o Brasil, mas, o apoio do Banerj o fez voltar, de imediato, ao Reino Unido.
Depois de alcançar o topo na Fórmula Ford, Senna começou a olhar para o campeonato britânico de Fórmula 3. Assim, ainda antes do final da temporada de 1982, testou o Ralt RT3, da equipe de Eddie Jordan, mas optou por correr na West Surrey Racing, do Neo-Zelandês Dick Bennetts.
Foi uma combinação de sucesso. Logo na sua primeira corrida na F3, conquistou a pole e venceu. De imediato apareceram três propostas para ingressar na Fórmula 1, mas Ayrton recusou, preferindo fazer um ano completo na F3.
Após uma temporada inteira de duelos com o piloto da EJR, Martin Brundle, Senna sagrou-se campeão. Ele venceu as primeiras corridas da temporada, revelou uma inconsistência nas provas seguintes, mas, no entanto, contrariando as expectativas, voltou à sua boa forma, conquistando o título na última corrida do campeonato.
Eddie Jordan, que sempre se vangloriou de ter sido ele a dar a Senna a primeira oportunidade de pilotar um F3, afirmou que o brasileiro tinha a extraordinária capacidade de fazer uma primeira volta estonteante, desmoralizando os seus adversários. O seu piloto, Brundle, conseguia equiparar-se a ele em todos os outros aspectos, exceto na primeira volta, onde Senna passava sempre à frente.
Como Campeão Britânico de F3, Senna atraiu para si as atenções dos patrões das equipes de Fórmula 1. A sua primeira experiência com um F1, aconteceu em julho de 1983, quando Frank Williams colocou a sua disposição um FWO8C, de motor Ford. O teste em Donington Park foi bem sucedido, mas passar-se-iam dez anos até que Ayrton voltasse a pilotar um Williams.
McLaren, Brabham e Toleman queriam Senna para o seu primeiro ano na Fórmula 1. Porém, a sua escolha recaíu sobre a pequena equipe Toleman. No dia 25 de março de 1984, ele participu pela primeira de uma corrida de F1, no circuito brasileiro de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, mas abandonou logo na quinta volta. Antes desta prova, Senna tinha participado em apenas 69 corridas de automóveis, incluindo uma, em Oulton Park, em maio de 1982, ao volante de um Talbot Sunbeam. Destas, venceu 48.
Num ano dominado pelos McLaren Tag-Porsche de Alain Prost e Niki Lauda, o Toleman-Hart TG 183B não era, nem por sombras, o melhor carro no circo. Mesmo assim, o talentoso Senna conseguiu pontuar na segunda corrida, duas semanas depois, em Kyalami, na África do Sul.
Segue-se um sexto lugar em Zolder na Bélgica, e a única não qualificação da sua carreira, em Imola. Veio depois a performance, que o destacou como um piloto com muito para oferecer à Fórmula 1.
No primeiro de uma série de virtuosos desempenhos nas ruas de Monte Cano, ele levou o Toleman até o segundo lugar, quando a chuva começou a cair torrencialmente apanhando desprevenidos Derek Warwick, Nigel Mansell, Patrick Tambay, Niki Lauda, Andrea de Cesaris e Riccardo Patrese.
Demonstrando um extraordinário domínio sobre o seu carro, nas adversas condições da pista, Senna esteve prestes a ultrapassar o líder Alain Prost quando, ao fim de 31 voltas o Diretor da Prova Jacky Ickx, agitou as bandeiras vermelha e axadrezada, assinalando o final da corrida. Bastaria mais uma volta, e Senna teria passado o francês, conseguindo assim a sua primeira vitória.
Com um segundo lugar, dois terceiros e dois sextos, na sua primeira temporada na F1, Senna era um piloto muito procurado quando chegou à época do ano em que começam a acontecer às renovações dos contratos. No entanto, ele tinha assinado por quatro anos com a Toleman, mas não escondia a sua intenção de exercer a cláusula de escape, contida no contrato. A sua decisão não foi muito apreciada pela Toleman, que o impediu de correr no Grande Prêmio de Itália, por abertamente negociar com a Lotus.
ASCENSÃO
Após uma temporada na Toleman, Senna optou por se transferir para a Lotus, que na altura era uma equipe respeitada. Tendo como companheiro de equipe o aristocrático italiano Elio de Angelis, Ayrton com o seu Lotus 97T preto, de motor Renault, teve finalmente condições de lutar por pole positions e vitórias.
Logo na sua segunda corrida de 1985, no circuito do Estoril em Portugal, partiu na pole e conquistou a sua primeira vitória ao volante de um F1. Numa corrida molhada, que teve de ser interrompida ao tempo de duas horas, a duas voltas do final, Senna demonstrou a sua impressionante perícia, vencendo com mais de 1 minuto de vantagem sobre o segundo colocado, Michele Alboreto numa Ferrari.
Igual performance poderia ter sido alcançada por Senna, quinze dias depois, em Imola. Colocando o seu Lotus-Renault na pole, liderou 56 das 60 voltas, viu-se porém obrigado a abandonar. Em Monte Carlo, conseguiu novamente a pole e liderou por 13 vo1tas mas o seu carro volta a quebrar, obrigando-o ao abandono. O mesmo aconteceu no Canadá, depois de ter registrado a melhor volta da corrida. Em Detroit liderou mais uma vez, mas saiu da pista o que veio também a acontecer no circuito Paul Ricard, durante o Grande Prêmio da França.
No Grande Prêmio da Inglaterra, em Silverstone, comandou 58 das 65 voltas mas o seu Lotus-Renault falhou mais uma vez. Outra prova não terminada, desta feita no novo circuito de Nurburgring, foi seguida por uma sequência de pódios. Foi segundo, atrás do McLaren-Porsche de Prost em Osterrechring, foi terceiro atrás dos dois McLaren-Porsche de Lauda e Prost em Zandvoort na Holanda, e novamente terceiro (tendo largado na pole) atrás de Prost e Nelson Piquet (Brahham-BMW) em Monza.
A segunda vitória aconteceu em Spa-Francorchamps. Em mais uma corrida marcada pela chuva, Senna terminou com quase meio minuto de vantagem sobre o Williams-Honda de Mansell, com o McLaren-Porsche de Prost, o Williams-Honda de Rosberg, o Brahham-BMW de Piquet e o Renault de Derek Warwick, no seu encalço.
No Grande Prêmio da Europa em Brands Hatch, Mansell esteve imbatível, mas Senna, largou novamente da pole position e acabou em segundo lugar. Um abandono em Kyalami, leva-o à Austrália, para o primeiro Grande Prêmio de Adelaide. Mais uma vez, foi o mais rápido nas sessões de qualificação, mais uma vez liderou a corrida (durante 9 voltas), e mais uma vez o seu Lotus-Renault quebrou.
Tendo terminado o Campeonato Mundial em quarto lugar, estava convencido de que a Lotus não deveria diminuir os seus esforços para lhe fornecer um carro vencedor. Por isso, não vê com bons olhos a nomeação do britânico Derek Warwick, para seu companheiro de equipe em 1986.
Apesar dos ataques da imprensa especializada Inglesa, a Lotus reconsiderou e acabou por dispensar Warwick. No seu lugar, contrataram o conde escocês Johnny Dumfries. Para Senna esta foi a combinação ideal – ele como o indiscutível número um da equipe, e Dumfries como um insípido segundo piloto.
Ao volante do Lotus-Renault 981, Ayrton venceu na Espanha e em Detroit, ficando em segundo no Rio de Janeiro, Spa-Francorchamps, Hockenheim e Hungaroring, terceiro em Monte Carlo e no México, quarto em Estoril e quinto em Montreal.
A vitória de Senna em Espanha foi uma das mais disputadas. Ao fim de 72 voltas sob um sol abrasador, ele bateu o Williams-Honda de Mansell, por apenas 14 centésimos de segundo, após emocionante duelo.
Em Detroit, ficou muito satisfeito com a sua vitória. Assim, o já familiar capacete amarelo no interior de um Lotus 98T preto dominou por completo a prova, apesar do atraso provocado por um furo num pneu.
Os 55 pontos conquistados dão-lhe novamente o quarto lugar no Campeonato Mundial, atrás de Prost, Mansell e Piquet. Porém, no final da temporada, Ayrton já se tinha percebido de que precisaria de um motor Honda, se quisesse vencer os Williams de Mansell e Piquet em 1987.
Foi a promessa do seu nome no contrato, que fez com que a Honda se decidisse a fornecer os seus motores turbo para a Lotus. No entanto, esta combinação não resultou tão bem quanto o brasileiro esperava. O Lotus 99T era um carro mais pesado do que os Williams FWII B ou do que os McLaren MP4/4 pelo que, foi preciso todo o empenhamento e perícia de Senna para o tornar competitivo.
As suas duas vitórias nesse ano ocorreram em circuitos de rua onde a técnica de condução é o elemento mais importante. Em Detroit repete o sucesso do ano anterior, e nas ruas de Monte Carlo regista a primeira de seis vitórias nessa pista.
Conseguiu o segundo lugar em Imola (atrás de Mansell), Hungaroring (atrás de Piquet), Monza (Piquet novamente) e Suzuka (atrás do Ferrari de Gerhard Berger), o terceiro lugar em Silverstone e Hockenheim, o quarto em Paul Ricard, e quinto em Jerez e Osterreichring. Soma assim um total de 57 pontos, que lhe valeram um terceiro lugar no Campeonato Mundial, atrás dos dois Williams-Honda.
A sua aprendizagem na F1 encontrava-se completa, e Senna estava agora pronto para ingressar numa equipe de alta qualidade. Assim, e apesar do enorme desafio que seria ter como companheiro Alain Prost, Ayrton aceitou a oferta da Marlboro-McLaren para 1988. Era o início de uma era grandiosa na sua carreira.
ANOS VITORIOSOS
Numa luta árdua com o francês Alain Prost, Senna ganha oito vezes contra sete de Prost, numa época totalmente dominada pelos McLaren-Honda MP4/4. Senna e Prost, entre eles, ganharam todas as corridas, exceto uma. Em Monza, Senna liderou toda a corrida, contudo a duas voltas do fim, tem um acidente ao tentar ultrapassar o retardatário Jean-Louis Schlesser, dando a Berger e a Ferrari a possibilidade de se sagrarem vencedores.
Ele ganha em Imola, Montreal, Detroit, Silverstone, Hockenheim, Hungaroring, Spa-Francorchamps e Suzuka, ficando em segundo lugar, atrás de Prost, no México, França e Áustria.
Um quarto lugar em Espanha e um sexto em Portugal, dão-lhe um total de 94 pontos, nove menos do que o seu companheiro de equipe. Porém, como apenas os 11 melhores resultados são computados, a sua pontuação líquida de 90 pontos bate os 87 de Prost. Ayrton Senna sagra-se assim Campeão do Mundo pela primeira vez.
A sua temporada tinha começado da pior maneira possível, em Jacarepaguá. Diante dos seus fãs brasileiros, parte da pole, mas lhe é mostrada a bandeira preta por violar o regulamento, ao fazer uma visita de última hora ao box.
Após a sua vitória em Imola, comete um erro em Monte Carlo, dando a vitória a Prost. Uma inesperada perda de concentração, após 66 voltas no comando, leva-o a bater no guard-rail. Depois do incidente, fica tão perturbado que deixa o circuito sem sequer ir aos boxes. Dirige-se então ao seu apartamento onde permanece durante três dias, antes de se apresentar de novo na McLaren.
Senna recordava muitas vezes a sua vitória em Suzuka como uma das melhores. Depois de deixar o seu McLaren ir baixo na partida, perde a vantagem da pole, caindo para a décima quarta posição. No entanto, conduzindo com uma extraordinária vivacidade e perícia, faz uma corrida espetacular e termina em primeiro.
Mais tarde, revela em uma entrevista que teve de Jesus Cristo quando, já no final da corrida, quando contornava a Curva Spoon. Fala então abertamente da sua relação com Deus: ‘Finalmente encontrei-o, e tenho-o sempre comigo’, diz.
A guerra de palavras trocadas entre Senna e Prost não ajudou a atenuar a rivalidade entre os dois campeões, à medida que se aproximavam da temporada de 1989 – a primeira da era dos motores atmosféricos de 3,3 litros.
Mais uma vez, a má sorte bate a porta de Senna no Grande Prêmio do Brasil. Nigel Mansell faz uma largada espetacular na sua estréia com a Ferrari, enquanto que Ayrton se choca com Berger, logo na partida. Em Imola, bate Prost. Porém, o francês reclama a quebra por parte de Senna do pacto de ‘não ultrapassagem’ na primeira volta, estabelecido entre eles.
A disputa entre os dois companheiros de equipe passa para hostilidade aberta e eles cortam relações. O patrão da equipe, Ron Dennis, consegue restabelecer uma paz aparente, e Senna volta às vitórias.
Em Monte Carlo, parte da pole e vence. Repete esta performance no México, mas no meio da corrida de Phoenix perde a liderança devido a uma falha do motor. Não terminando no Canadá (após liderar durante 30 voltas), França e Silverstone, volta às vitórias em Hockenheim. Em Hungaroring, é surpreendido por Nigel Mansell, que lhe tira a liderança no momento em que hesita na ultrapassagem do Onyx de Stefan Johansson.
As vitórias de Senna em Spa-Francorchamps e Jerez, e de Prost em Monza, levam a um confronto decisivo em Suzuka. Incrivelmente, os dois McLaren-Honda se chocam, quando, a sete voltas do fim, Prost fecha Senna.
Este consegue voltar à pista e vai para o box substituir o seu aerofólio dianteiro. Regressa então à pista ultrapassando agressivamente o novo líder Alessandro Nannini, mas a vitória lhe é retirada pelos Comissários Desportivos, não só por ter sido empurrado pelos fiscais de pista, conseguindo assim pôr o carro em marcha, mas também por ter cortado a chicane após o incidente.
Nesta altura, Senna acusou abertamente Prost de deliberadamente o pôr fora da corrida e a inimizade entre os dois atingiu o seu auge. Sem ânimo para correr, chega a Adelaide para disputar a última prova da temporada. No entanto, após 13 voltas, sofre um violento acidente.
Senna deixou a Austrália tão desapontado e desiludido com uma temporada que foi uma constante guerra de nervos, que ele pensou em abandonar a carreira.
Após o incidente de Suzuka, a hostilidade entre os dois era total. ‘Eu estava na torre por cima da pista, quando descobri que tinha sido desclassificado. Prost veio ter comigo e pôs a mão no meu ombro dizendo que gostaria que o campeonato não tivesse acabado daquela forma. Senti que o queria comer vivo. Gritei para que desaparecesse, que saísse da minha frente. Após seis meses sem nos falarmos, ele vem-me com esta hipocrisia’.
Declarações imprudentes acerca do então presidente da FISA, Jean Marie Balestre, trouxeram-lhe ainda mais problemas com as autoridades, tendo Senna sido ameaçado de ter sua superlicença cassada.
Não surpreendentemente, Prost muda-se para a Ferrari, enquanto que Gerhard Berger deixa Maranello, para se juntar a Senna. A McLaren torna-se, de imediato, numa escuderia unida e igualmente eficiente.
Com a rivalidade pessoal entre Senna e Prost a animar ainda mais a já espectacular batalha pela coroa mundial, a temporada 1990 foi memorável.
Senna começou bem, com uma vitória em Phoenix, mas o seu Honda perdeu potência em São Paulo quando se encontrava na liderança, sendo ultrapassado pelo seu companheiro de equipe, Berger. Em Imola abandonou, mas voltou a vencer em Mônaco e Canadá.
No México, uma falha mecânica no seu McLaren, após 60 voltas no comando, entregou a vitória a Prost, que também se sagrou vencedor na França e em Silverstone.
Esta alternância continuou, com Senna vencendo em Hockenheim, Spa-Francorchamps e Monza, e Prost na Espanha. Mais uma vez, o campeonato foi decidido em Suzuka, e mais uma vez terminou com um incidente.
Desta vez, Senna foi o responsável. Fato que não escondeu, admitindo que, na primeira curva se chocou o Ferrari de Prost, asssegurando assim, o seu segundo título Mundial.
Um ano mais tarde, ao falar com os jornalistas, afirmou recordar-se claramente dos seus pensamentos antes da partida, em Suzuka. Assim, lembra-se de ter dito a si próprio: ‘Se o Prost na largada sair na minha frente, e chegar à primeira curva na frente, eu vou com tudo. E é melhor que ele não tente fechar a curva à minha frente, porque não vai conseguir terminá-la Foi exatamente o que aconteceu’. Na mente de Senna, tinha sido feita justiça, e ele não pede desculpas pelo acontecido.
A idéia de que tinha conquistado o título devido ao incidente de Suzuka, foi rejeitada pelo novo Campeão Mundial. ‘O campeonato não foi ganho no Japão’, insistiu. ‘Foi ganho corrida a corrida, ponto por ponto, não só com primeiros lugares, mas também com segundos e terceiros. Eu tinha tudo planejado desde o início. Sempre acreditei que conseguiria, acreditei na forma como iria conseguir, e trabalhei para isso. Foi um sucesso, meu e de toda a equipe’.
‘Quando saí do carro após o acidente, estava ao mesmo tempo emocionado e descontraído. Ao ir para os boxes, apercebi-me de que o circuito estava livre, logo, a corrida tinha continuado. Lentamente, libertei-me da pressão e tentei agir naturalmente mas não conseguia’.
Chorando, abraçou o patrão da equipe Ron Dennis, quando a realização de que era Campeão Mundial pela segunda vez, se apoderou finalmente dele. Porém, a sua alegria é contestada pela Ferrari, que exigiu que a FISA tomasse medidas contra ele. Esta constituiu uma Comissão Especial para analisar os vários aspectos da F1, mas nenhuma outra decisão foi tomada.
A temporada seguinte começou da melhor maneira possível para Senna, que alcançou quatro vitórias consecutivas em Phoenix, São Paulo, Imola e Mônaco. Todavia, ele não estava satisfeito, avisando que tanto McLaren como a Honda que teriam de fazer mais, para manterem o título Mundial.
Ano após ano, tudo se torna mais difícil: “É muito difícil ser número um, mas é ainda mais difícil permanecer número um. Depois de se ganhar um campeonato, a pressão aumenta, porque deixa de ser suficiente ser-se segundo”.
Os avisos de Senna à McLaren e à Honda tornaram-se realidade quando os Williams-Renault ganham sucessivamente no México (Patrese), Magny-Cours (Mansell), Silverstone (Mansell) e Hockenheim (Mansell).
Depois da corrida germânica, a velha hostilidade entre Senna e Prost reacendeu-se quando o francês acusou Ayrton de o empurrar para fora da pista.
Prost revelou ao canal 5 francês: “Fui parar na grama uma ou duas vezes, quando rodava a 320 km/h. Tentei tudo ao meu alcance, mas, da próxima vez, vou tentar ultrapassá-lo por dentro e empurrá-lo para fora da pista. Se as coisas continuarem assim, vou jogar o jogo de Mansell e da Renault até ao fim do campeonato porque ele está completamente fora de ordem”.
Preocupada com a possibilidade de uma guerra aberta nas pistas, a FISA convocou ambos para uma reunião especial, em Hungaroring, antes da corrida seguinte. Após uma longa e aparentemente franca discussão, eles se cumprimentaram. As animosidades tinham terminado, anunciaram. Incitada pelo seu piloto, a Honda conseguiu aumentar a potência dos seus motores e a McLaren aperfeiçoa o seu MP4/6. Senna premeia de imediato os seus esforços, com uma vitória na Hungria. Mais uma vez, não foi uma vitória fácil. Graças ao novo combustível da Shell, consegue a pole, o que lhe permite manter sob controle os claramente mais rápidos Williams-Renault de Mansell e Patrese.
Esta foi uma vitória importante por duas razões. Por um lado, levantou a moral do pessoal da Honda, ainda muito abalados pelo falecimento do seu fundador, Soichiro Honda; e por outro, assinaliou a intenção de Senna de lutar com Mansell pelo título.
Em Spa-Francorchamps, após luta árdua com Mansell que acabou por abandonar, Senna venceu pela quarta vez consecutiva, o que lhe permitiu ficar à frente na luta pelo título.
O circo mudou-se então para Monza, onde Senna conseguiu apenas o segundo lugar, atrás do mais rápido Williams de Mansell. Seguiu-se a prova de Estoril, onde novamente terminou em segundo, desta vez ficando atrás do Williams de Patrese, com Mansell sendo eliminado devido a uma infração no pit-lane.
Uma má escolha de pneus no asfalto molhado do novo circuito da Catalunha, na Espanha, faz Senna chegar na quinta colocação, enquanto que Mansell conseguiu mais uma vitória. Mais uma vez, o campeonato é decidido em Suzuka.
Muito próximo de Senna, Mansell sai da pista após 10 voltas disputadas, bastando ao brasileiro apenas terminar, para assegurar o campeonato. Assim, na última volta, e depois de ter consultado Ron Dennis via rádio, ele diminuiu o ritmo, deixando Berger passar. Esta foi a forma que ele encontrou para agradecer ao seu companheiro de equipe todo o apoio dado durante a temporada. Porém, o que deveria ter sido um momento extremamente feliz na sua carreira, acabou por ser manchado por mais comentários imprudentes de Senna a Jean Marie Balestre, bem como pelo facto de ter admitido em público ter deliberadamente provocado o incidente de Suzuka em 1990.
Esta conduta pouco própria do novo campeão trouxe-lhe severas críticas por parte da imprensa de todo o mundo. Para um homem que afirmava estar consciente das grandes responsabilidades de liderar uma equipe de Fórmula 1, tinha um comportamento impróprio.
Com a sua imagem denegrida, Senna é um homem diferente na temporada de 1992. Agora que tinha alcançado o seu terceiro título, revelava-se um piloto mais maduro. Prost, depois deter sido merecidamente suspenso pela Ferrari, nas duas últimas corridas de 91, não participou desta temporada. Com Piquet fora da F1, o palco estava preparado para a batalha entre Senna e Mansell.
Desde a primeira corrida em Kyalami, na África do Sul, que era evidente a superioridade do Williams-Renault FWI4B do inglês. Mansell arrebatou cinco vitórias consecutivas, em Kyalami, México, Interlagos, Barcelona e Imola.
A luta pelas ruas do Principado, no GP de Mônaco constituiu um dos pontos altos da época. Uma vez na frente, Senna não cedeu o seu lugar a ninguém resistindo com grande perícia ao duro ataque de Mansell. Foi a sua quinta vitória em Mônaco, igualando assim o recorde de Graham HilI.
Duas semanas depois, em Montreal, Senna liderou de novo, mas Mansell, impaciente, tentou ultrapassá-lo na aproximação à chicane. O Williams bloqueiou na freada, perdendo aderência e por pouco não bateu no McLaren de Senna. Este porém, vê-se impossibilitado de tirar proveito do erro de Mansell, já que ele próprio acaba por ter problemas com a eletrônica do seu carro, permitindo a Berger marcar pontos para a McLaren.
As três corridas seguintes em Magny-Cours, Silverstone e Hockenheim, são ganhas com ridícula facilidade por Mansell. Senna venceu na Hungria, mas só depois de Patrese ter saído da pista e o inglês ter tido um furo em um dos pneus que o obrigou a ir ao box. No entanto, o seu segundo lugar, foi suficiente para conquistar o título de campeão Mundial.
Em Spa-Francorchamps os Williams-Renault sofrem problemas eletrônicos e de escapamento, que aliados as condições atmosféricas instáveis dão a vitória ao recém-chegado Michael Schumacher. Este optou, no momento certo, pela mudança para pneus de chuva, o que lhe concedeu uma vantagem confortável sobre os restantes pilotos. Senna por seu lado, mantém-se na pista cada vez mais molhada com slicks, decisão que lhe iria custar uma descida para o quinto lugar.
Com ambos os Williams com problemas, Senna registrou mais uma vitória em Monza, porém Mansell e Patrese venceram respectivamente no Estoril e em Suzuka. Tendo já anunciado a sua intenção de se mudar em 1993 para os Indy Cars Americanos, Mansell teria ficado bastante satisfeito em terminar o campeonato com uma vitória em Adelaide. Contudo, Senna tinha outras idéias. Durante 19 voltas, perseguiu o inglês numa luta empolgante entre os dois melhores pilotos do dia. Mas o que seria um belo desfecho, terminou em um acidente.
Ao longo do ano, o relacionamento de Senna com Ron Dennis e a McLaren deteriorou-se ao ponto deste ir para as suas férias anuais no Brasil sem ter assinado o contrato para 1993. Em certa altura falou numa possível retirada, e indiferente a estréia de Mansell nos Indy Cars, testa um Penske FC21, em Dezembro, no Arizona.
Sucedeu-se um jogo perigoso, entre Senna e Ron Dennis, que foi resolvido através de um contrato corrida a corrida, assinado apenas algumas horas antes do primeiro Grande Prêmio de 1993, em Kyalami. Senna mostrou-se, no entanto, profundamente insatisfeito com a perda dos motores Honda, e a sua substituição pelos Ford.
Berger já tinha saído, contente com o salário de 12 milhões de dólares oferecido pela Ferrari. Para o seu lugar, a McLaren contratou o às dos Indy Cars, Michael Andretti. Mika Hakkinen, piloto da Lotus, é também contratado como reforço para a equipe, no caso de Senna optar por ficar no Brasil e não correr. De fato essa hipótese era bastante provável, com Prost a negociar um lugar na Williams e o desespero de Senna, que chega a afirmar que para Frank Williams, correria até “de graça”.
Sem o apoio dos potentes motores Honda, Senna sentiu que não conseguiria disputar de igual para igual com Prost. Para um homem que não se satisfazia senão com a vitória, pilotar outro carro que não o Williams, era pura perda de tempo.
Em Adelaide, porém, fala da “responsabilidade para com os fãs que nos seguem” e o faz de forma tão sincera, que a hipótese de abandono se torna impensável. Mas negociar o melhor acordo possível foi algo onde Senna foi sempre bom.
Finalmente, duas semanas antes de Kyalami foi para Silverstone, onde testou o novo McLaren MP4/8. Apenas em poucas voltas, conseguiu ser mais rápido do que Andretti e Hakkinen. E, mais importante do que tudo, ele apercebeu-se do potencial do novo carro, decidindo continuar as negociações com Dennis.
No circuito sul africano ficou em segundo lugar com Prost sendo o vencedor, mas nas duas corridas seguintes, revelou as suas extraordinárias capacidades. Em ambas as ocasiões a chuva foi o equalizador e ele demonstrou que ninguém o igualava no domínio do carro.
Em Interlagos, após uma fortíssima chuva, Prost saiu da pista e Senna registrou uma vitória extremamente popular, naquele que era o seu circuito natal.
A extraordinária performance obtida, viria a ser superada quinze dias depois em Donington Park, onde o brasileiro deslumbrou todos com uma excelente exibição de condução sob chuva. A sua primeira volta é inesquecível, fazendo já parte da história dos Grandes Prêmios. Quinto na largada, passou Schumacher à saída de Redgate, o Sauber de Karl Wendliger nas Craner Curves, Damon Hill em Coppice, ultrapassando finalmente Prost na aproximação da Melbourne. Após esta fulgurante ascensão até a liderança, e à medida que a pista passa de seca para molhada, e de molhada para seca, ninguém mais conseguiu se aproximar de Senna.
Um segundo lugar em Imola teria permitido a Senna continuar a lutar pelo título, mas uma falha no sistema hidráulico levou-o a abandonar. No entanto, o segundo lugar em Barcelona, deixou-o apenas a dois pontos de Prost.
Já em Mônaco e apesar de fortuita, Ayrton registrou a sua sexta vitória naquele circuito, o que lhe permitiu alcançar um recorde que talvez nunca venha a ser igualado. Depois de queimar a partida, Prost foi penalizado com um “stop and go” agravado ainda pelo fato de ter deixado o carro morrer quando lhe é dada autorização para regressar a pista. Schumacher assume então a liderança, mas, um problema com o seu Benetton obrigou-o a abandonar. Senna, que fazia uma corrida calma devido a uma luxação no polegar, consequência de um acidente nos treinos de qualificação, rumou serenamente para a vitória.
Não terminando no Canadá, obtendo lugares secundários atrás dos Williams na França, Silverstone, Hockenheim e Spa Francorchamps, saindo da pista na Itália e abandonando novamente na Hungria e em Portugal, Senna ficou 34 pontos atrás de Prost quando faltavam apenas as duas corridas finais de Suzuka e Adelaide. Porém Senna não desistiu, e a sua amiga chuva que sempre lhe deu vantagem, ajudou-o a vencer no Japão.
Prost, com o seu quarto título Mundial e uma merecida retirada no final da época, muito teria gostado de terminar com a vitória em Adelaide. Partindo da pole, foi uma corrida em que Senna esteve simplesmente brilhante não cometendo o menor erro. Forma perfeita de terminar os seus seis grandiosos anos ao serviço da Marlboro-McLaren.
DESAFIO
Era quase inevitável que o piloto de maior sucesso a nível mundial e a equipe de maior sucesso dos anos 90, se juntassem, criando assim a equipe de sonho.Em 1994, Ayrton Senna e a Williams-Renault deveriam ser imbatíveis. Porém, tal coisa nunca aconteceu.
“Este é o começo de uma nova fase na minha carreira”, falou Senna com otimismo, em Janeiro de 1994. “Estou ansioso por este novo desafio”. Ele estava muito contente de poder restabelecer o contato com Frank Williams e com a Renault.
“Sinto que é a concretização de um sonho. O Frank deu-me a primeira oportunidade de conduzir um Fórmula 1 e ganhei o meu primeiro Grande Prêmio com um motor Renault. Considero que este ano vai ser para mim um novo começo no automobilismo”.
O anúncio público tinha sido feito a 11 de Outubro de 1993, um mês depois de Alain Prost ter conquistado o seu quarto título Mundial com a equipe e ter anunciado a retirada da modalidade.
“O abandono de Alain deixou-nos num dilema”, disse Frank Williams. “O seu substituto mais apropriado só poderia ser Ayrton Senna. Sempre o admirei e a sua carreira fala por si”. Em Adelaide, após ter ganho aquela que seria a sua última corrida com a McLaren, Senna puxou Prost para o centro do pódio como se pretendesse assinalar continuidade na sua mudança para o lugar do seu ex-colega de equipe. Tratou-se de um gesto espontâneo de reconciliação por parte do brasileiro, que não convenceu totalmente Prost.
No seu novo Williams-Renault FWI6, conseguiu a pole position em Interlagos, Aída e Imola. Surpreendido com o andamento do Benetton-Ford de Schumacher em Interlagos, Senna teve de dar o seu máximo nos treinos de qualificação para ficar na sua frente. Esta corrida era muito importante para ele. Apesar de ter conseguido a volta mais rápida nos treinos de sexta-feira, Senna estava ciente das fraquezas do seu FWI6. “Na minha opinião, temos de fazer alguns melhoramentos e com sorte conseguiremos que o carro ande um pouco mais rápido.
No dia da corrida, ele percebeu que o seu sonho de dominar a temporada de 1994 seria muito difícil de concretizar. Após ter perdido a liderança para o alemão, Senna fez um enorme esforço para se recuperar. Porém neste seu esforço e após cinquenta e seis voltas, saiu da pista.
Na corrida seguinte, no novo circuito em Aída no Japão, ele voltou a não terminar. Mais uma vez, é o mais rápido nos treinos de qualificação, conseguindo a sua 64ª pole, mas Schumacher estava extremamente próximo.
O alemão foi mais rápido e Senna foi batido na largada. À medida que se aproximava da primeira curva, o McLaren-Peugeot de Mika Hakkinnen tentou ultrapassá-lo, tocam-se e o Williams roda para a esquerda e Nicola Larini bateu-lhe de lado. Foi abandono imediato para ambos.
POLÊMICAS
A determinação de Senna, bem como o seu estilo agressivo de pilotar, trouxeram-lhe inevitáveis conflitos, quer com as autoridades, quer com os restantes pilotos.
No Japão, a sua fama era incontestável, não só por causa da sua ligação com a Honda mas também pelos dois famosos incidentes em que se viu envolvido e que acabaram por decidir o título Mundial de 1989 e 1990. Em ambas as ocasiões, Senna e Prost vão para Suzuka com chances de conquistarem o título e, em ambas as ocasiões, o duelo termina com acusações mútuas.
Em 1989 assistimos a um Prost, que não estando preparado para na aproximação da chicane, deixa Senna passar por dentro, bloqueando-lhe a passagem. Poderemos ver isto como uma defesa de posição pelo líder. Talvez. No entanto Senna sempre afirmou que já se tinha metido por dentro o suficiente, para ter direito para si a trajetória interior da curva.
Seja como for, o incidente acaba por dar o título a Prost, já que o Senna precisava da vitória para o alcançar. O brasileiro nunca lhe perdoou, e um ano depois, no mesmo cenário de Suzuka, logo na aproximação à primeira curva, joga deliberadamente o francês para fora da pista, garantindo para si o campeonato.
Na altura, Ayrton sente que tinha sido feita justiça. Mas esta ação não enalteceu em nada a sua reputação no mundo do desporto. Senna irá mudar bastante, e em 1993, no Grande Prêmio de Suzuka, ele é já um homem diferente. Ao terminar aquela que seria uma das suas melhores temporadas, Ayrton mostrou que tinha amadurecido tornando-se, senão o melhor piloto de todos os tempos, o melhor da sua era.
Novamente por uma atitude intempestiva, acaba por estragar outra grande vitória ao agredir o estreante Eddie Irvine, depois da corrida. Acusou o irlandês de o bloquear e o obrigar, mais do que uma vez, a sair da pista. Mas Irvine não se intimidou com as acusações.
Famosas também foram as desavenças entre Senna e o então presidente da FISA Jean Marie Baletre. O brasileiro sempre acusou o dirigente de favorecer o francês Alain Prost no episódio de 1989.
A TRISTE DESPEDIDA
A nação brasileira, para quem Senna era um herói, ficou chocada com o seu falecimento, de tal modo, que o Presidente da época, Itamar Franco decretou três dias de luto nacional.
O jogo de futebol entre o Flamengo e o Vasco da Gama foi precedido por um minuto de silêncio, quebrado, no entanto, pelos 75 000 espectadores presentes que entoavam o seu nome.
Milhares de fãs, juntaram-se, chorando, à frente do apartamento de Senna em São Paulo. Outros tantos, agruparam-se nos seus escritórios na baixa paulista.
Ao seu funeral compareceram praticamente todos os pilotos e donos de equipe. Gerard Berger, Emerson Fittipaldi e Rubens Barrichello estavam entre as pessoas que conduziram o féretro. As ruas de São Paulo encheram-se de milhares de fãs enlutados.
No Brasil, o seu maior herói desportivo é enterrado em cerimônia fúnebre digna do seu status. Jatos da Força Aérea Brasileira sobrevoaram São Paulo e uma saudação de 271 tiros de canhão ecoou pelas ruas da cidade que o viu nascer.
Os maiores vultos do automobilismo não pouparam palavras nas suas homenagens a Senna. Nigel Mansell, recordou que ambos “partilharam algumas das mais emocionantes corridas da história da F1”, e afirmou ainda que “é impossível pôr em palavras a triste perda que foi para o desporto”.
Nelson Piquet, tricampeão mundial tal como Senna, disse: “Esta é uma terrível perda, não apenas para o desporto, mas também para o nosso país. Não havia ninguém ao seu nível na Fórmula 1”.
merson Fittipaldi, bicampeão referiu: “A vida de Ayrton Senna, foi um exemplo de dedicação e amor ao desporto difícil de igualar no panorama internacional”. E acrescentou que o mundo tinha perdido o maior atleta da história do automobilismo. Pessoalmente “perdi um grande amigo”.
Maurício Gugelmin, que partilhou com Senna uma casa, quando ambos corriam na Inglaterra, ficou chocado com a sua morte: “É muito triste perder alguém desta forma. Ayrton era um grande amigo. O modo como morreu ainda agravou mais a minha tristeza. Não consigo acreditar no que aconteceu”.
Frank Williams, afirmou que a sua perda “foi impossível de quantificar”. Todos os que tiveram a oportunidade de o conhecer, sentiram que tinham perdido alguém muito especial e acrescentou: “Todos nós, na Williams, vamos recordá-lo com respeito, admiração e afeição”.
As homenagens continuaram quinze dias depois da sua morte, no Grande Prêmio de Mônaco. “Mônaco é muito especial para mim”, disse Ayrton após a vitória de 1993. “Desde o meu primeiro pódio e mesmo depois das minhas seis vitórias, continua a ser especial”.
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Passeatas e protestos marcam Dia Internacional do Trabalho no mundo
Desde Bangladesh, onde cerca de 5.000 pessoas protestavam em favor de um salário mínimo para os trabalhadores, até Cuba, onde cerca de um milhão de pessoas se reuniram na praça da Revolução, em Havana (capital do país), para ouvir o presidente Fidel Castro, trabalhadores do mundo todo participaram de manifestações.
Na Alemanha, mais de 500 mil pessoas foram às ruas para protestar contra as políticas de cortes de empregos das empresas. O desemprego no país, que é a maior economia do continente europeu, tem registrado níveis recordes nos últimos meses, tendo chegado a 5,216 milhões de desempregados em fevereiro deste ano, maior nível do período pós-Segunda Guerra Mundial.
Na Suíça, grupos extremistas tanto de esquerda como de direita se enfrentaram em Zurique (norte do país), atirando pedras e garrafas uns nos outros. Confrontos também ocorreram em Lucerna (centro da Suíça), onde cerca de 50 militantes de extrema-direita foram detidos.
Em Moscou (capital da Rússia), ativistas dos grupos políticos Partido Nacional Bolchevique e Vanguarda da Juventude Vermelha enfrentaram a tropa de choque da polícia, erguendo barricadas depois que diversos membros dos dois grupos foram presos.
Outras manifestações ocorreram na capital russa, com as passeatas de milhares de comunistas, carregando fotos de Lênin e Stalin, e de membros de sindicatos e oposicionistas ao governo do presidente Vladimir Putin, que protestaram contra os programas de reformas sociais.
Na França, manifestações contra o referendo sobre a constituição da União Européia e contra a decisão do governo de cancelar o feriado de Pentecostes, no dia 16 de maio. “Turquia + Constituição: Não, fico com a França”, dizia uma faixa vista na passeata organizada pelo líder da extrema-direita francesa, Jean-Marie le Pen.
Em Cuba, o secretário-geral da Central dos Trabalhadores de Cuba, Pedro Ross, acusou o presidente americano, George W. Bush, de cumplicidade no caso do líder anticastrista Luis Posada Carriles, que é acusado por Cuba de usar a Venezuela como base para planejar o ataque contra um avião cubano, que matou 73 pessoas em 1976. Carriles nega envolvimento no incidente e tenta conseguir asilo nos EUA.
Na cidade de Dacca, capital de Bangladesh, cerca de 5.000 pessoas fizeram uma passeata para exigir um salário mínimo de 3.000 takas (R$ 119) e melhores condições de segurança no trabalho, poucos dias após o desabamento de uma fábrica no país, que matou 73 pessoas. O país não tem um salário mínimo e empregados sem experiência chegam a receber 800 takas (R$ 31) por mês.
No Nepal, milhares de pessoas exigiram o fim do governo direto do rei Gyanendra Bir Bikram Shah Dev e a volta à democracia. No Japão, os trabalhadores marcharam pelo banimento global das armas atômicas.
Nas Filipinas, a polícia de choque ocupou as ruas de Manila (capital do país) devido aos rumores de que poderia haver um plano contra o governo da presidente Gloria Macapagal Arroyo, aproveitando as comemorações do Dia do Trabalho.
Em Hong Kong também houve manifestações, realizadas por mulheres de diversos países asiáticos que trabalham no país principalmente como empregadas domésticas, em favor de um salário mínimo e de um número fixo de horas de trabalho.
Folha Online
Com agências internacionais
Vaiado no 1º de Maio, Severino diz só ouvir aplausos
O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), interpretou que as fortes vaias dadas pelo público participante do 1º Maio da Força Sindical, no Campo de Bagatelle, não foram para ele, mas para o governo. “Eu só ouvi aplausos”, declarou, mesmo tendo sido vaiado quando foi apresentado pelo deputado federal Luiz Antonio de Medeiros (PL-SP) e depois pelo presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
As vaias causaram constrangimento nas autoridades presentes no palanque, entre elas o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o vice-prefeito da cidade de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL). Como a gritaria começou antes mesmo de Severino pegar o microfone, todos esperavam ansiosos para saber como o deputado reagiria àquela situação. Quando começou a falar, o presidente da Câmara surpreendeu. “Que maravilha, que maravilha” repetiu o parlamentar, parecendo ignorar a reprovação quase unânime.
O presidente da entidade organizadora do evento, Paulinho Pereira da Silva, tentou pedir, acenando com as mãos, para que a platéia presente parasse de gritar e gesticular reprovando a fala do deputado. Mesmo assim, enquanto Cavalcanti acenava entusiasmadamente para o público, as pessoas continuaram com a sonora vaia.
Depois de aceitar ser o porta-voz dos trabalhadores no Congresso, o deputado pediu a solidariedade do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para diminuir o desemprego no País. “Não faça o povo sofrer”, disse, qualificando a festa dos trabalhadores como consagradora.
A Polícia Militar estimou em 1 milhão o público que participante das comemorações do Dia do Trabalho no Campo de Bagatelle.
Após as vaias
Em tumultuada entrevista, Severino disse que a reforma sindical será votada pela Câmara, mas não da forma como a enviou o Palácio do Planalto. “Tudo que for contra o trabalhador, nós seremos contra e vamos consertar”, ressaltou, citando como exemplo a MP 232.
Indagado sobre o que o presidente Lula havia dito ao considerar uma derrota sua eleição para a presidência da Câmara, Severino disse que a derrota não foi de Lula, mas do PT. Ele afirmou que as coisas boas que o governo mandar para o Congresso serão aprovados, as outras serão corrigidas.
Indagado sobre quem seria o relator da reforma sindical, ele informou disse que indicou o deputado e ex-presidente da Força Sindical, Luiz Antonio de Medeiros (PL-SP), que passou a indicação para o deputado e ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vicente Paulo da Silva (PT-SP). Então, agora eles que resolvam, comentou.
No final da entrevista, indagado mais uma vez pelos repórteres das emissoras de rádio, TV e jornais se consideravam justas as vaias ocorridas durante o ato político, Severino disse que esta era uma visão tendenciosa dos fatos porque “Eu só ouço os aplausos”, insistiu.
Carlos Franco (colaborou Arthur Guimarães)
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UMA BREVE HISTÓRIA DO 1° DE MAIO
Era comum o trabalho de crianças, mulheres – mesmo grávidas – e trabalhadores em jornadas que duravam até 18 horas sem interrupção!
Os primeiros movimentos pela redução da jornada de trabalho começaram na Inglaterra, ainda na década de 20 do século XIX, e foram se espalhando pela Europa. Posteriormente chegaram aos EUA e Austrália.
Em 1886, em Chicago, os operários americanos que já haviam acumulado várias mobilizações pela redução da jornada para 8 horas diárias resolveram que estava na hora de começar as grandes ações que atingissem o patrão e o Estado. Em 1° de maio de 1886 teve início a Greve Geral que contou com a adesão de MAIS DE UM MILHÃO DE TRABALHADORES em todo o território americano.
Isto incomodou! Os patrões resolveram usar todos os artifícios para impedir que a greve se ampliasse ainda mais. A repressão, já no primeiro dia, foi violenta e não poupava ninguém. Centenas de trabalhadores foram espancados e presos mas o movimento ganhava mais força. No dia 02, uma grande passeata tomou conta das ruas de Chicago e os trabalhadores carregavam cartazes e faixas reivindicando a jornada de 8 horas.
A polícia não dormiu. A repressão se tornou ainda mais violenta e, no dia quatro, quando estava marcada uma grande assembléia na Praça Haymarket, uma bomba explodiu no meio da multidão matando dezenas de trabalhadores e ferindo mais de 200 pessoas, inclusive alguns policiais.
As comemorações do 1° de Maio
Em 1889, reunidos em Londres por ocasião da criação da Segunda Internacional, representantes de centenas de entidades de trabalhadores aprovaram uma resolução: que em todos os países, em todas as cidades, os trabalhadores lutem pela redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e que se consagrasse o 1° de maio de cada ano a esta luta (em memória do ocorrido no 1° de maio de 1886, em Chicago).
No Brasil
1894 – em Santos, no 1° de Maio, o Centro Socialista realiza palestra e debate. Alguns autores consideram a primeira comemoração da data, no Brasil.
A luta dos trabalhadores americanos, no entanto, não parou aí. Centenas de outros movimentos ocorreram e, em 1890, o Congresso dos EUA votava a Lei que estabelecia a jornada de 8 horas diárias.
Em 1893, a Justiça americana reabriu o processo contra os oito operários e ficou comprovado que todas as provas apresentadas durante o julgamento haviam sido forjadas e que a bomba havia sido colocada pela própria polícia para incriminar os manifestantes. Foi reconhecida a inocência dos condenados e os três operários que ainda estavam na cadeia foram libertados.
Nos EUA, até hoje, não se comemora o 1° de Maio. É o único país do mundo que não lembra esta data.
No Brasil
1894 – em São Paulo, a polícia invade uma casa onde 9 operários italianos e alguns brasileiros planejavam a primeira comemoração do 1° de maio no Brasil
1900 – em 25/09, fundado em São José do Rio Pardo (SP) o “Clube Democrático Socialista Os Filhos do Trabalho”. O manifesto do Clube para o 1° de maio de1901 foi escrito pelo socialista Euclides da Cunha que dizia ser necessária “a reabilitação do proletariado, pela exata distribuição da justiça, cuja fórmula suprema consiste em dar a cada um o que cada um merece, abolindo-se os privilégios quer de nascimento, quer de fortuna, quer da força.”
1901- criada, em São Paulo, a Liga Democrática e o Centro Socialista Enrico Ferri. Um manifesto de 1° de maio reivindicava: 1°. Modificação dos artigos do Código Civil e Penal que prejudicavam a personalidade humana e jurídica do trabalhador. 2°. Reconhecimento da plena liberdade de reunião e de greve. 3°. Leis protetoras do trabalho das mulheres e das crianças. 4°. Fixação do máximo de horas de trabalho. 5°. Fixação do mínimo de salários. 6°. Criação de caixa-pensão para os velhos e para os incapazes de trabalhar.
1904- o 1° de Maio é comemorado pela primeira vez no Brasil. Operários reunem-se em um teatro de São Paulo, fazem discursos e distribuem jornais operários. No encontro, aprovam o envio de ajuda para o nordeste que vivia grande seca sem qualquer ajuda governamental. Na Declaração final do encontro, diziam “o 1° de Maio não poderia ser comemorado por aqueles que aspiram à socialização das terras, sem revolta, quando sabiam que no norte do Brasil milhares de pessoas morrem de fome.”
1906 – o 1° de maio foi comemorado em várias cidades. Em São Paulo, o Sindicato dos Gráficos uniu-se a outros sindicatos para realizar apresentações teatrais, em vários teatros da cidade. No Rio de Janeiro houve comemoração em praça pública. Em Santos houve comemoração, mesmo com uma violenta repressão enviada pelo governo (navios de guerra ancoraram no porto para intimidar os trabalhadores). Em Campinas, surgiu o primeiro número do jornal A Voz Operária.
1907 – o 1° de maio foi comemorado em todas as grandes cidades brasileiras e marca o início da luta pela jornada de 8 horas em nosso país.
1909 – o número 10 do jornal A Voz do Trabalhador (1° de maio de 1909) publicava, pela primeira vez no Brasil, a letra do hino A INTERNACIONAL, composto por Pierre Degeyter e Eugène Pottier, em 1871, e que já virara o hino das comemorações do 1° de maio na Europa (junto com a bandeira vermelha usada pelos operários de Paris).
É a partir dos primeiros anos da década de 40 que o governo passa a assumir as comemorações do 1° de maio e a transformar o dia de luta (pela jornada de 8 horas diárias de trabalho e de outras resistências para os trabalhadores) em festas com futebol de graça, shows com artistas e bailes para desviar o sentido das comemorações. O “Dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora” passou a ser usado para iludir o próprio trabalhador.
1929 – Em 1° de Maio é criada a Confederação Geral dos Trabalhadores que, em março do ano seguinte, promove um Congresso de Agricultores e inicia a fundação de Sindicatos Rurais.
1968 – No 1º de maio, estudantes e trabalhadores se unem para organizar o Dia do Trabalhador. O Governador de São Paulo, Abreu Sodré, alimentava o sonho de suceder Costa e Silva e resolve se promover autorizando o ato e mandando construir um palanque. Ao chegar à praça, com sua comitiva, é recebido com pedradas e palavras de ordem contra a ditadura, fugindo do local. Os manifestantes queimam o palanque oficial e saem em passeatas pelas ruas da capital.
1981 – A bomba do Riocentro – A comemoração do 1° de maio, organizada pelo Centro Brasil Democrático (Cebrade), seria realizada no pavilhão do Riocentro. Cerca de 20.000 pessoas já se encontravam no local e aplaudiam um show da Elba Ramalho quando todo o local foi sacudido por uma explosão.
No estacionamento do pavilhão, perto da casa de força do Riocentro, uma bomba explodiu dentro de um carro Puma com dois oficiais do exército.
O caso, até hoje, não tem explicação e os ministros militares anunciaram, na época, que os militares é que teriam sido alvos de um atentado.
Um 1° de Maio marcante.
Quando os metalúrgicos do ABC (São Paulo) entram em greve, em abril de 1980, o movimento já tinha algo de diferente, antes mesmo de começar. O adesivo que convocava para a Assembléia era claro: “Chegou a hora! Vamos matar nossa sede.” Por seu lado, o governo anunciava sua determinação de reprimir e lembrava que o sindicato já sofrera intervenção em 1979.
A Assembléia do dia 30 de março, um domingo, votou pela greve. O movimento começou e todos sabiam que seria longo e difícil. Um “Comitê de Solidariedade” foi criado e contava com setores da Igreja católica, associações de moradores e setores da esquerda. No dia 17 de abril, às 18:30 hs, o Ministro assina o decreto determinando a intervenção no Sindicato e afastando a diretoria. No dia seguinte, helicópteros do exército sobrevoavam São Bernardo enquanto tropas da Polícia Militar, com carros “brucutus” e policiais da temida ROTA (polícia do estado de São Paulo) cercavam o Sindicato.
Do outro lado, o movimento ia crescendo e conquistando todo o descontentamento popular contra o regime. A Associação Brasileira de Imprensa, a Ordem dos Advogados do Brasil, a Comissão de Justiça e Paz e centenas de outras entidades e organizações passam a apoiar e mostrar adesão a uma greve iniciada pelos peões do ABC.
O 1° de Maio foi comemorado em São Bernardo, por lideranças de todo o país, mesmo com a sede do Sindicato fechada e sob intervenção. A greve continuava!
Uma bomba no Memorial.
No dia 1° de maio de 1989, em Volta Redonda (Rio de Janeiro), os metalúrgicos da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN – inauguraram o Memorial projetado por Oscar Niemeyer em homenagem aos três metalúrgicos assassinados pelo exército durante a greve de novembro (09/11/1988).
A Central Única dos Trabalhadores – CUT – havia indicado a cidade de Volta Redonda como a sede da comemoração oficial do 1° de maio e caravanas de trabalhadores chegavam dos estados próximos para a homenagem. A inauguração do Memorial foi presenciada por cerca de 20 mil trabalhadores que lotaram a praça e as ruas próximas.
Na madrugada do dia 02, por volta das três horas, Volta Redonda acordou com o Barulho de uma explosão…
Na praça, centenas de pessoas atraídas pelo barulho olhavam para o Memoral tombado por duas bombas de alto poder explosivo!
*Ernesto Germano: é assessor político do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e Região (SINTERGIA-RJ) – Rio de Janeiro/Brasil
Cientistas dos EUA criam gel contra herpes genital
O trabalho foi publicado na revista especializada New Scientist.
A herpes genital é causada por um vírus e não tem cura.
A forma mais segura de evitar a transmissão atualmente é por meio do uso de camisinha com espermicida.
Para o doutor Judy Lieberman, responsável pelo desenvolvimento do gel com um grupo de colegas, o novo produto poderá no futuro ser uma alternativa contra herpes para que não usa camisinha – embora ele não impeça a transmissão de outras doenças, como a Aids.
Os primeiros testes com o novo gel foram feitos com ratos, e a equipe de Harvard acredita que em breve poderá fazer o teste em humanos.
BBC BRASIL
Departamento de Polícia Técnica inscreve para concurso
Índios conseguem criação do Conselho de Políticas Indígenas
“Conseguimos que os ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, da Casa Civil, José Dirceu, e o presidente da Funai [Fundação Nacional do Índio], Mércio Pereira Gomes, assumissem a responsabilidade da criação do conselho”, afirmou o coordenador da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), índio saterê-mauê Jecinaldo Barbosa Cabral.
Desde segunda-feira os índios estavam acampados na Esplanada dos Ministérios e, durante toda a semana, realizaram debates, oficinas, atividades culturais e audiências com órgãos federais.
De acordo com a carta da mobilização, apresentada ontem, a criação do conselho se faz necessária porque “a ausência da participação dos povos indígenas e de representantes da sociedade civil na definição da política indigenista resulta hoje em ineficiência das ações governamentais”.
O conselho seria deliberativo e normativo, tendo como função a discussão, formulação de políticas e a fiscalização da execução. Ele não substituiria a Funai e seria formado por governo, entidades indigenistas e os próprios índios, em proporções iguais.
De acordo com o coordenador da Coiab, por meio da mobilização, os índios conseguiram também que o senador Delcídio Amaral (PT-MS) se comprometesse a criar uma comissão para discutir “os mais de 100 projetos de lei em tramitação de forma unificada, com a retomada da discussão e aprovação do Estatuto dos Povos Indígenas”.
“Além do debate com o governo, o encontro foi muito produtivo para a união dos povos indígenas de todo o Brasil. Esta é uma grande vitória”, afirmou Cabral.
Folha Online
Com Agência Brasil
FONTES DE ENERGIA ALTERNATIVA SÃO VIÁVEIS E ECOLOGICAMENTE CORRETAS
Com uma engenharia simples de tubos e filtros, Brent Baker adaptou o velho ônibus a diesel para rodar com puro óleo vegetal.
Ele pára na porta de qualquer restaurante que frita batatas e pede o óleo usado. Para os donos ele faz um favor e eles ainda ficam fascinados quando Brent sai dirigindo seu ônibus com o óleo sujo das batatas.
Hoje pela internet, por US$ 700, compra-se um kit para fazer um motor a diesel funcionar com óleo vegetal. Um mecânico cobra US$ 800 pela instalação.
BBC BRASIL
Segunda etapa da Copa North Shore de Surf
O organizador do evento, Dirceu Jesus Alves, o “Cabeça”, diz que o campeonato será disputado em cinco categorias: Infantil, Mirim, Júnior, Open, Feminino. “A fórmula será a mesma da I etapa, que foi disputada na praia do Norte, entre 26 e 27 de fevereiro”, diz Cabeça.
A expectativa maior é pela participação de Gol Brandão, único a vencer duas categorias na I etapa (Júnior e Open), que lidera o ranking. Além da competição, o evento terá shows de bandas regionais durante a noite de sábado.
Informações:e-mail northshore_ios@hotmail.com
III etapa da Copa Sul de Ciclismo
Os principais nomes do esporte estarão presentes na competição. Os itabunenses Paulo Sena e Wagner Viana conquistaram medalhas na II etapa do Campeonato Baiano, disputada no último dia 24, e estão entre os favoritos à conquista da prova. O também grapiúna Francisco Borges é outro forte candidato a uma boa colocação na competição.
Ciclistas de Eunápolis, Porto Seguro, Ilhéus e Jequié também têm presença confirmada na prova, que será disputada em duas modalidades (“Speed” e “Mountain Bike”), subdivididas em três categorias (Elite, Master, e Juvenil).
AGORA ON LINE
Em 30 de abril de 1945, Hitler se suicidava em seu bunker
Naquele dia de 30 de abril, os russos estavam a cem metros do bunker onde se escondia Hitler. A Wehrmacht (o Exército de Adolf Hitler) comunicou então ao ditador, de 56 anos, que qualquer tentativa de evasão fracassaria.
O Führer, que sempre rejeitou anunciar sua própria capitulação, acabou pondo em prática o projeto de suicídio que vinha estudando há dias. Ele ordenou que seu corpo fosse queimado, talvez para evitar ter o mesmo destino que Benito Mussolini, morto em 28 de abril e pendurado em praça pública pela resistência comunista.
Os restos calcinados de Hitler foram enterrados durante a noite, mas logo exumados pelos russos. De acordo com alguns historiadores, estes restos teriam sido em seguida transferidos a um cemitério militar de Magdeburg, e em 1970 jogados numa canalização.
Porém, pelo menos a mandíbula do Führer foi transportada a Moscou, onde permanece até hoje. Formalmente identificada por um assistente de Hitler, ela foi examinada em 2002 por um médico alemão, que não descartou então que Hitler tenha ingerido veneno junto com Eva.
Após o suicídio de Hitler, Goebbels tentou negociar um cessar-fogo com o marechal russo Georgy Zhukov. Porém, os aliados exigiram uma rendição sem condições.
Em 1º de maio, Goebbels decidiu acabar com sua vida e se envenenou com cianureto junto com a sua mulher Magda, depois de ela ter envenenado também seus filhos, de entre quatro e doze anos.
O anúncio da morte de Hitler provocou o fim da resistência da Wehrmacht, que continuava lutando apesar da inevitável derrota, em meio à enorme desproporção de forças e dos constantes bombardeios aliados.
Em 2 de maio, o general Helmut Weidling, comandante da guarnição de Berlim, depôs as armas, deixando fanáticos nazistas isolados travarem alguns combates esporádicos contra as tropas aliadas.
France Presse
Concurso do governo federal abre 534 empregos
Para concorrer às 274 vagas de técnico de regulação de serviços e outras 125 oportunidades para a função de técnico-administrativo, é necessário ter o ensino médio. Os salários serão de R$ 1.678 e ¤ R$ 1.399, respectivamente.
Interessados com ensino superior em qualquer área poderão concorrer a 30 vagas de analista-administrativo e ainda a 125 de especialista em regulação de serviços de transportes terrestres. Os ganhos iniciais para analista serão de R$ 2.907. Já a função de especialista paga salários de R$ 3.487.
As inscrições estão previstas para o próximo dia 16 de maio nas agências dos Correios ou no site (www.nce.ufrj.br/concursos). As taxas variam de R$ 35 a R$ 65.
O concurso terá prazo de validade de um ano e poderá ser prorrogado pelo mesmo período. A primeira etapa da seleção será uma prova objetiva com questões de múltipla escolha. O teste será aplicado em várias capitais no dia 26 de junho. Candidatos responderão a perguntas sobre língua portuguesa, conhecimentos específicos, conhecimentos fundamentais, matemática e conhecimentos de informática.
Também estão previstos uma redação e avaliação de títulos. Não foi divulgado o número de questões da prova.
Com sede em Brasília, a ANTT é vinculada ao Ministério dos Transportes. Criada em 2001, a agência reguladora atua em todas as modalidades de transportes terrestre como rodovias e ferrovias. O órgão faz fiscalizações nas estradas, concede permissões para o transporte coletivo regular ou de empresas de turismo, fretes e cargas.
Agora
Descrita substância química que inibe replicação do vírus da Aids em macrófagos
O protozoário Leishmania tem como característica infectar os macrófagos e se multiplicar dentro dessas células, que pertencem ao sistema imunológico e têm vida relativamente longa. O HIV-1 (um subtipo do vírus da Aids) também se replica nessas células, além de infectar outras no organismo. Pessoas infectadas com os dois agentes ficam com o sistema imunológico deficiente. Estudos realizados por outros pesquisadores verificaram que, em pacientes portadores do vírus da Aids, a leishmoniose aumenta a replicação do HIV.
Entretanto, o coquetel de medicamentos anti-retrovirais utilizados atualmente não consegue controlar, por alguma razão ainda desconhecida, a multiplicação do vírus da Aids nos macrófagos. Mas os pesquisadores do IOC, junto com profissionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), descobriram que o alcalóide 18-methoxy-coronaridina inibe, nos macrófagos, a transcriptase reversa – enzima que trabalha na replicação do vírus da Aids.
Em parceria com professores da Universidade Federal Fluminense (UFF), os pesquisadores do IOC comprovaram também que um agente químico do grupo dos diterpenos reprime a replicação do HIV-1. Agora, os pesquisadores das três instituições pretendem verificar se esse diterpeno é capaz de controlar a replicação de ambos os agentes infecciosos em macrófagos humanos.
“Vamos avaliar de forma mais precisa como um agente parasitário, no caso a Leishmania, influencia a evolução da infecção pelo vírus da Aids, e vice-versa. Mas é bom lembrar que todos esses experimentos são apenas o início, um primeiro passo, para o desenvolvimento de produtos químicos potencialmente inibitórios”, alerta Bou-Habib.
Diagnóstico rápido de HIV
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou um acordo de transferência de tecnologia com uma empresa americana que permitiu ao Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) nacionalizar o teste rápido para identificação do vírus da Aids. A previsão é de que em 2007 o Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids passe a gastar US$ 500 mil com o teste; metade do valor atual. No estágio inicial atual, a Fiocruz importa os insumos e finaliza a produção no Brasil, reduzindo o custo em 20%.
O teste rápido possibilita identificar a presença do HIV em apenas dois minutos – o que é importante, sobretudo, em grávidas, porque permite realizar ações para evitar a infecção dos bebês. O acordo permite, também, que o Bio-Manguinhos adapte a tecnologia do teste rápido anti-HIV em exames similares para diagnosticar outras doenças, como dengue e leishmaniose.
Pedro Gomes Ribeiro
Especial para Ciência Hoje
Maior grupo gay do Brasil protesta contra reunião com países árabes
“É absolutamente inaceitável que o Brasil sente-se na mesma mesa com representantes de países que violam a cidadania gay de forma tão agressiva e cruel”, manifestou o GGB em carta dirigida ao ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
O documento, assinado pelo líder da organização, Luiz Mott, exigiu que o governo brasileiro peça no evento a “abolição imediata de toda legislação que trata como crime o amor entre duas pessoas adultas do mesmo sexo”.
O GGB também pediu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltasse a apresentar à ONU (Organização das Nações Unidas) uma resolução sobre os Direitos Humanos e de Orientação Sexual. No mês passado, Mott havia chamado Lula de “amigo dos gays”.
Em 2003 e em 2004, o Brasil apresentou esse projeto de resolução frente à Comissão de Direitos Humanos da ONU, mas neste ano desistiu de fazê-lo, provavelmente, devido à pressão exercida pelos países árabes e pelo Vaticano.
France Presse
Troféu Nilton Barbosa agita fotógrafos
após cada etapa do Maresia Brasileiro de Surf Amador 2005. O prêmio é destinado
ao autor da melhor foto publicada em jornais, sites ou revistas.
Falecido no último dia 24 de janeiro em virtude de um aneurisma cerebral, Barbosa foi responsável pelo lançamento da Visual Esportivo, revista que marcou época nos anos 80 como importante canal de divulgação do surf nacional. Pelo pioneirismo, valorização do surfista brasileiro e pelo acervo de milhares de fotos de surfistas e praias de todo o mundo, Nilton Barbosa ocupa posição destacada na história da comunicação do esporte.
espírito do surf estava em suas veias, em seu coração. Os momentos congelados por suas lentes externavam sua competência, dedicação e amor ao esporte”, revela Juca de Barros, presidente da CBS.
O primeiro vencedor do Troféu Nilton Barbosa será conhecido no próximo dia 10 de junho, quando a diretoria da CBS decidirá quem foi o autor da melhor foto
publicada nos veículos que divulgaram a segunda etapa do brasileiro amador,
realizada na praia de Maresias, em São Sebastião (SP).
Bahia lidera ranking de evasão escolar do Nordeste
Fonte: Correio da Bahia