
Um dos pontos altos da feira foi a palestra com a professora Etelvina Conceição, uma das maiores especialistas nessa área, considerada uma das grandes incentivadoras da apicultura no Brasil. Durante sua participação ela falou de experiências positivas dos investimentos na apicultura e de como várias comunidades mudaram suas realidades a partir do desenvolvimento dessa atividade. Etelvina Conceição também falou da necessidade da capacitação dos produtores que pretendem investir nessa área e ressaltou a importância do apoio das entidades e órgãos públicos.
Além de mostrar a produção dos apicultores regionais, durante a feira, montada na praça principal de Una, os técnicos do Sebrae e produtores estão esclarecendo todas as dúvidas da comunidade e oferecendo noções de como iniciar esse tipo de atividade. Toda a programação da feira é aberta ao público. O gerente do Sebrae, Eduardo Andrade, informa que o evento pretende aquecer o volume de vendas de produtos apícolas e divulgar as oportunidades de negócios como a apicultura, que vem sendo uma excelente alternativa econômica. A expectativa é que a partir dessa feira surjam novos produtores interessando em investir no ramo da apicultura.. A expectativa é que o programa beneficie não somente os produtores de Ilhéus, mas de toda a região Sul da Bahia que vem investindo na apicultura.
INFORMES – ASCOM – PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHÉUS
Ilhéus apresenta projeto de Shopping a Céu Aberto;
Projeto Sentinela pede apoio da Câmara de Vereadores;
Valderico quer implantar Sistema Único de Segurança;
Ilhéus bate recorde de vacinação de idosos.
Teatro tem dois grandes espetáculos musicais
Dois grandes musicais baseados na MPB e inserções de músicas internacionais serão apresentados a partir das 21 h deste sábado (21) no Teatro Municipal de Ilhéus, com o Grupo 4Elementos, Sylvia Patrícia e Fernando Morinho. O grupo 4Elementos abre a noite com o show “Onilateralidade”, instrumental concebido através de pesquisas sonoras em vários estilos, trazendo modificações nas estruturas de composições com arranjos e novas roupagens, sem esquecer o improviso. Os espetáculos são considerados sucessos de público e de crítica.
Com canções de verdadeiros “monstros sagrados” da MPB, o instrumental é um espetáculo com composições de Vinícius de Moraes, Assis Valente, Djavan, Milton Nascimento e Caetano Veloso, dentre outros nomes de peso no cenário musical brasileiro. O grupo 4Elementos é composto dos músicos Wander Gutemberb (violão, arranjos e direção musical do espetáculo), Marcelo Avatar (violão), Alexandre Vieira (baixo) e Ubaldo Conceição (percussão).
A segunda apresentação da noite será um encontro da cantora e compositora Sylvia Patrícia com o pianista e ator Fernando Marinho. Nesse espetáculo, o repertório é diversificado, passando por grandes sucessos nacionais e internacionais, releituras de “pérolas” da MPB, além de composições inéditas de Sylvia Patrícia, que tocará bongô, triângulo e maracás. Fernando Marinho tocará piano e acordeom.
Os espetáculos, que fazem parte do Projeto Circulação Cultural, são promovidos pela Fundação Cultural do Estado da Bahia e a Secretaria Estadual de Cultura e Turismo, com o apoio da Fundação Cultural de Ilhéus (Fundaci). A entrada para ambos os shows é de R$6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia). Apenas um ingresso dá acesso aos dois espetáculos.
Ilhéus apresenta projeto de Shopping a Céu Aberto
Ilhéus acaba de dar um novo passo rumo à implantação de um modelo inovador de gerenciamento e organização das principais artérias do comércio. Na próxima segunda-feira (23), às 8h30min, será apresentado, no auditório da Ceplac em Ilhéus, o Projeto Shopping Center a Céu Aberto, elaborado através de parcerias entre a Prefeitura, Sebrae, CDL, Associação Comercial de Ilhéus (ACI) e Sindicato do Comércio (Sindicomércio).
Na reunião, o Sebrae fará uma apresentação técnica explicando o significado de um shopping a céu aberto, quais os passos para sua implantação e os modelos de gestão. O consultor Adão de Souza fará uma apresentação visual, mostrando cases de sucesso de outras cidades que executaram o projeto. Ele mostrará como deve ser a preparação do comércio, a construção de calçadas propícias para o trânsito dos consumidores, o sistema de fiações elétricas e hidráulicas, a harmonização do ambiente e a melhoria das fachadas e vitrines e da gestão das empresas com cursos gerenciais e oficinas de merchandising.
O processo de execução do projeto está em fase avançada. A primeira etapa compreendeu uma discussão com os lojistas e as entidades representativas de classe, que destacaram a necessidade de transformar a área em shopping a céu aberto. A primeira área a sofrer intervenção será o calçadão da Marquês de Paranaguá, que possui 350 metros de extensão e já tem passado por algumas mudanças em sua estrutura física. Em seguida, será a vez da rua Dom Pedro II e o Calçadão Jorge Amado. Antes do início das obras, será realizado um workshop a fim de ouvir outros segmentos da cidade.
A reforma da estrutura física será feita pela Prefeitura de Ilhéus, enquanto os demais parceiros ficarão responsáveis pela gestão e capacitação das empresas, cuidando da educação empreendedora, com oficinas de marketing e outros cursos voltados para o desenvolvimento do comércio. O prefeito Valderico Reis afirmou que a meta do governo com o projeto de revitalização do comércio de Ilhéus é criar um espaço de compras mais adequado e atrativo para os consumidores e turistas.
Projeto Sentinela pede apoio da Câmara de Vereadores
Uma campanha contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes será deflagrada na próxima semana pelas instituições que trabalham na atenção às vítimas. A ofensiva será um trabalho educativo e envolverá a distribuição de cartazes informando as formas de contato com entidades e projetos como Sentinela, Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, Polícia Civil e Ministério Público. A campanha foi lançada durante sessão especial na Câmara de Vereadores, na quarta-feira (18). Um serviço gratuito foi criado para receber denúncias através do telefone 0800-99-05000.
A coordenadora do projeto Sentinela, Maria José da Hora Oliveira, disse que a estratégia é obter o apoio da comunidade para denunciar abusos contra crianças e adolescentes vítimas. Segundo ela, “cada um pode ser agente na luta contra esses tipos de crimes”. A diretora do Sentinela e especialistas que trabalham no projeto foram à Câmara participar da sessão especial e explicar como é desenvolvida a assistência às vítimas de abusos e violência sexual. Maria José pediu o apoio das instituições e do Legislativo na defesa das crianças e adolescentes. A secretária de Assistência Social e Trabalho, Fátima Reis, falou do esforço para reativar o Sentinela, que foi abandonado pelos ex-gestores desde o segundo semestre do ano passado.
O Sentinela é um projeto desenvolvido pelo Governo Federal em parceria com a Prefeitura de Ilhéus. O Governo Federal exige o acolhimento das vítimas por até 24 horas. Com o apoio da Prefeitura, o projeto tem acolhido os menores além do tempo estabelecido. De acordo com a coordenadora, a atual gestão recebeu o Sentinela sem os equipamentos essenciais para o seu funcionamento e, em apenas um dia, a instituição já estava em total funcionamento. O município doou uma Kombi, combustível e um advogado exclusivo para o Projeto.
A psicóloga Iracema Cruz explicou aos vereadores como é feito o atendimento e tratamento dos menores e suas famílias. Ela também esclareceu as diferenças entre abuso e exploração sexual, no qual o primeiro é cometido apenas por fins libidinosos, cometidos por pedófilos, e o segundo envolve valor financeiro, que é a prostituição. A psicóloga explicou que a maior dificuldade encontrada é o resgate das meninas que se prostituem e são usuárias de drogas, pois não há na região instituições que dêem conta dos dependentes químicos, já que o centro de recuperação mais próximo fica em Feira de Santana. “É preciso uma rede de articulação para a defesa das crianças”, pediu Iracema.
Segundo o advogado do projeto, Soleval Planeta, a maioria dos casos de estupros acontece em casa, cometidos por parentes ou por vizinhos. “Grande parte das vítimas são menores de 12 anos”, disse. A programação do dia nacional de luta contra a exploração sexual infanto-juvenil se encerra nesta quinta, na Casa dos Artistas, com apresentação do monólogo “A menina que queria continuar a brincadeira”. A peça trata do drama de uma adolescente de 15 anos, várias vezes estuprada pelo pai, até que engravida.
Valderico quer implantar Sistema Único de Segurança
Preocupado com o crescimento dos índices de violência na região sul da Bahia, o prefeito de Ilhéus, Valderico Reis, pretende implantar uma série de medidas – em conjunto com outros municípios – com o objetivo de prevenir e combater o avanço da criminalidade. Uma das ações em estudo é a implantação do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), que dá aos municípios posição ativa na adoção de políticas nessa área.
Valderico vai discutir a proposta com os prefeitos Fernando Gomes, de Itabuna; Pedro Jackson Brandão, chefe do Executivo de Itapé e presidente da Amurc; Jarbas Barbosa, Itacaré; Sérgio Magalhães, Jussari; Dílson Argolo, Uruçuca; Mardes Monteiro, Buerarema; Marcos Dantas, Itajuípe; Zairo Loureiro, Canavieiras; e José Bispo Santos (Zé Pretinho), Una. A reunião está marcada para o dia 8 de junho, no Palácio Paranaguá, sede do governo municipal, após encontro entre o prefeito ilheense e representantes das polícias Civil, Militar e Federal, da Câmara de Vereadores, Procuradoria-Geral do Município, mini-presídio Ariston Cardoso e sociólogos.
Segundo o prefeito, na reunião de 8 de junho, será discutida a inclusão dos municípios no Susp em um projeto-piloto, baseado no diagnóstico sócio-econômico da região. “A proposta é que essas ações tenham efeito multiplicador em relação a outras cidades”, explica. Considera Valderico que o trabalho conjunto em torno de estudos sobre a criminalidade é importante para Ilhéus e Itabuna porque são dois importantes municípios da região.
Na reunião, que contou com a participação do secretário de Planejamento e Controle Orçamentário de Ilhéus, sociólogo Selem Rachid Asmar, foi abordado o envolvimento da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), para traçar um diagnóstico e criar um Núcleo de Estudos de Criminalidade. Esse núcleo, por intermédio de técnicos especializados e estudantes, elaboraria pesquisas sobre os índices de criminalidade na região, utilizando como base as estatísticas das polícias Civil e Militar.
Ilhéus bate recorde de vacinação de idosos
Ilhéus atingiu 97,5% da meta de vacinação de idosos contra o vírus da gripe. Os resultados foram comemorados pela secretária municipal de Saúde, Vera Jasmineiro, que atribuiu o excelente nível de cobertura vacinal às estratégias de intensificação dos trabalhos nas zonas urbana e rural. Com este índice, o município superou a meta estipulada pelo próprio Ministério da Saúde, que preconiza como satisfatória a imunização de, pelo menos, 70% da população de idosos. No total, foram vacinados quase 16 mil a partir de 60 anos.
Vera disse ainda que o resultado se deve ao empenho técnico das equipes da Secetaria Municipal de Saúde e ao total apoio da Prefeitura, já que todo o recurso utilizado para vacinar os idosos foi oriundo da verba municipal, a exemplo de materiais, equipamentos e locação de automóveis para o deslocamento das equipes de vacinação. Além disso, merecem destaque também as ações diferenciadas que foram desenvolvidas pela Prefeitura para atingir um maior número de idosos, como a vacinação nas filas dos bancos e INSS, igrejas católicas e evangélicas.
Segundo Vera Jasmineiro, outro ponto de extrema importância foi a ampliação do período da campanha, que começou com uma semana de antecedência e foi prorrogada por mais 10 dias. A coordenadora de Vigilância à Saúde de Ilhéus, Cássia Virgínia Lima Brito, considerou o resultado extraordinário, já que nos anos anteriores, o município não conseguiu sequer atingir a meta do Ministério da Saúde.
O alto índice de cobertura vacinal já havia sido elogiado ontem (18) pelo diretor do departamento estadual de Vigilância Epidemiológica (Divep), Edgar Cruzoé. Ele afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde vem desenvolvendo as estratégias corretas na área epidemiológica, tanto na vacinação como no combate a endemias, a exemplo da dengue, tuberculose e hanseníase.
ASCOM – AMURC
Pedrão beneficia população com o programa “Nossa Sopa”;
Painel sobre previdência chama atenção do público do 2º Fórum de Gestão Municipal.
modernização da gestão administrativa
Durante o 2º Fórum de Gestão Municipal, promovido pela Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), ocorrido em Ilhéus, foram realizados outros painéis e oficinas, dentre eles destacam-se o “Melhores práticas” que apresentou diversos programas de cunho social e habitacional, de cooperação técnico e de gestão administrativa, que foram oferecidos pela Caixa Econômica e que podem ser desenvolvidos nos municípios, através de convênios.
Dentro do Programa de Desenvolvimento Municipal, do 2º Fórum, técnicos da Caixa Econômica apresentaram o Programa Nacional de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros, que contempla ações que visam a modernização da gestão administrativa e fiscal, tais como capacitação de técnica e gestores municipais, implementação de ações e sistemas destinados ao controle da arrecadação, atendimento ao cidadão, comunicação de dados, controle financeiro, recursos humanos, consultorias, aquisição de equipamentos de informática, infra-estrutura e geo-processamento, que possibilita ao município a elaboração e implementação de plano diretor, cadastro multifinalitário e planta genérico de valores.
Para o atendimento aos cidadãos, a Caixa dispõe de ampla rede de atendimento, com funcionários capacitados para prestar informações sobre a instrução de pleito junto ao sistema de técnicas nacionais, para a obtenção de autorização de contratação, elaboração de projeto e apoio aos municípios pós-contratação. O programa destina-se ao fortalecimento às administrações municipais, financiando e apoiando ações voltadas para a modernização da gestão administrativa e fiscal dos municípios brasileiros.
QUALIDADE DE VIDA – No decorrer da oficina denominada de “Política social”, a assistente social Maria Zélia de Brito, coordenadora estadual de prestação continuada, fez um trabalho com base nos diversos programas que podem ser implementados nos municípios, tendo sempre como meta a qualidade de vida das comunidades.
Pedrão beneficia população
com o programa “Nossa Sopa”
Quinhentas pessoas estão sendo beneficiadas com o programa “Nossa Sopa”. Distribuída pela Prefeitura de Itapé, através de convênio firmado entre a Sra. Isabel Carolina Loureiro Souto, primeira-dama do estado e presidente das Voluntárias Sociais da Bahia, e pelo padre Clodoveo Piazza, secretário de Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais, essa iniciativa atende principalmente as famílias carentes que vivem em exclusão social. As pessoas que moram nos bairros Luiz Viana Filho e Cândido Bispo e no alto do Socorro recebem o alimento duas vezes por semana – às terças e quintas-feiras. Elas foram cadastradas previamente pela secretaria municipal de Assistência Social. A sopa é misturada com quantidade exata de água e não pode ser requentada.
Sobre a importância do “Nossa Sopa” em Itapé, o prefeito Pedro Jackson Brandão (Pedrão) considera que o programa atua no combate à desnutrição porque produz uma sopa de alto teor nutritivo. “As pessoas que tiverem o número superior a três faltas consecutivas serão excluídas do programa e automaticamente serão substituídas por outras que historicamente têm o mesmo perfil de vida”, garante a secretária Maria Cristina Santos. Podem tomar a sopa crianças acima de 2 anos e pessoas que têm de pressão arterial alta, “pois o alimento é muito forte. O seu consumo tem que ser feito no mesmo dia”.
Para a dona de casa Eliene Francisco Santos, mãe de quatro filhos, que mora no bairro Luiz Viana Filho, periferia da cidade, foi uma idéia muito importante do governador Paulo Souto e de Pedrão em ajudar na alimentação de pessoas carentes que não têm dinheiro para comprar comida todos os dias. “Aqui no meu bairro a maioria dos moradores é pobre. Essa ajuda com certeza vai melhorar a vida de muita gente que tem uma família numerosa”.
Também a dona de casa Marilene Ferreira Santos – que tem uma família numerosa, 11 filhos –, que mora rua D, número 10, no mesmo bairro, está feliz. “Graças a Deus, a Pedrão e aos amigos políticos que estão sempre aqui em Itapé, agora os meus onze filhos vão poder tomar sopa e ficar mais saudáveis. Essa sopa deveria está aqui há mais tempo. Muitas vezes os filhos da gente dormem sem tomar café e essa sopa veio na hora certa. O prefeito é um homem de palavra e cumpre o que promete”.
Outra dona de casa, Luciene Santos de Souza, mãe de três filhos, que mora rua Boa Vista, acredita que a sopa vai beneficiar as pessoas carentes que contavam com ajuda de alguns vizinhos e parentes solidários que sempre nas horas de muito aperto têm forças suficientes para repartir o que tem em suas geladeiras com seu semelhante. “Estou contente em ser beneficiada com a sopa trazida do governo do estado por Pedrão para Itapé e sei que muitas pessoas vão poder alimentar melhor os seus filhos que agora já podem dormir de barriga cheia. Graças a Deus que Pedrão tem um grande coração, é muito simples e atencioso com a gente”.
Painel sobre previdência chama atenção do
público do 2º Fórum de Gestão Municipal
A abordagem de questões relacionadas com a previdência social foi o painel que mais despertou o interesse do público no 2º Fórum de Gestão Municipal, evento promovido pela Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), em parceria com a Caixa Econômica, Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e secretaria estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. A gerente nacional de Previdência para Estados e Municípios da Caixa, Adriana Lúcia Ricaldoni Penna, chamou a atenção dos gestores para a necessidade de se fazer os cálculos antes da implantação de um regime próprio de previdência em seus municípios.
A especialista apresentou um quadro com os regimes de previdência que vigoram atualmente, a exemplo do sistema de previdência geral do INSS, o de previdência própria e outro referente à complementação de aposentadorias. Lembrou que das últimas reformas da Previdência Social ocorridas no país, dando enfoque especial para o déficit que o setor amarga, podendo a sofrer total estrangulamento em suas contas. “A previdência é um dos assuntos mais debatidos no país e no mundo, tendo em vista as dificuldades para se estabelecer sistemas que venham a corresponder com as contas dos governos”.
CUIDADO – Na sua visão, antes de implantar um sistema de aposentadoria é fundamental ter o cuidado de fazer avaliação atuarial e ter boa base cadastral, no sentido de evitar que os custos de previdência sejam desastrosos para os cofres públicos. Entende que para que o sistema tenha sucesso é preciso levar em consideração o perfil demográfico dos servidores públicos, o demonstrativo ao longo do tempo, custo suplementar, déficit previdenciário, custos dos outros benefícios, possibilidade de aposentadorias e pensões para os próximos anos e auxílio de beneficio de risco.
A seu ver, para se criar um regime próprio de previdência deve-se elaborar projetos de lei com bases legais, estrutura administrativa para gestão, além de autarquia que deverá ser fiscalizada por conselho previdenciário. Garante que “a autarquia deve possuir equilíbrio econômico e financeiro atuarial. E para a manutenção do sistema próprio de previdência é necessário que esteja de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, ter transparência e em conformidade com a Lei de Diretrizes Orçamentárias”.
II Seminário de Econegócios da Mata Atlântica começa dia 20 de junho
ibahia
Novos tratamentos podem trazer alívio para incontinência urinária
Após a menopausa, esse número sobe para quase 50%. “É um problema de saúde pública”, diz o urologista Paulo Palma, professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e autor do livro “Uroginecologia Ilustrada” (editora Roca).
Cirurgias, medicamentos e seções de fisioterapia são os tratamentos mais utilizados atualmente. Agora, várias novidades nessa área estão chegando ao Brasil.
Usado na Europa e nos EUA, o neuromodulador já tem aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e, segundo a Medtronic, empresa fabricante, deve chegar ao país no próximo mês.
A incontinência de urgência também pode ser tratada com um recurso usado há cerca de dois anos em alguns consultórios e hospitais brasileiros: a aplicação de botox. Injetada na parede da bexiga, a toxina botulínica paralisa parcialmente os músculos da chamada “bexiga hiperativa”, que se contrai fora de hora.
Assim como nos tratamentos estéticos com a substância, devem ser feitas reaplicações periódicas (de seis em seis meses, em média).
Outra novidade, desta vez para tratar incontinência urinária de esforço (perda involuntária de urina por movimentos como tossir, rir ou subir escadas), é a duloxetina. Trata-se do primeiro medicamento para o caso -cirurgia e fisioterapia eram as saídas até hoje. A substância já é usada contra a depressão, mas, para tratar a incontinência urinária, deve ter dosagens diferentes. Testes clínicos para a nova indicação já foram feitos na Europa e nos EUA e estão em andamento no Brasil.
A manicure Clarice Souza Bezerra, 51, é uma das pacientes que testam a duloxetina. Ela ia ser operada quando foi chamada para participar da pesquisa. “Por enquanto, está dando certo. Antes eu não podia nem espirrar que já escorria tudo. Se eu ficasse uma hora sem ir ao banheiro, ficava muito apertada”, conta.
Segundo o laboratório Lilly, que comercializa a substância, o remédio está em fase de aprovação pela Anvisa e deve começar a ser vendido no fim de 2005 ou no início de 2006.
Mesmo quando é preciso recorrer a cirurgias, técnicas menos invasivas estão sendo desenvolvidas. A colocação dos “slings” (fitas usadas como uma espécie de tipóia para segurar a bexiga) já é feita de forma menos agressiva. “No passado, era feita uma incisão tipo cesariana, bem ampla. Agora, essa grande cirurgia transformou-se num procedimento minimamente invasivo e ambulatorial, por via transobturatória. A paciente pode fazer de manhã e ir para casa à tarde”, diz o urologista Paulo Palma.
Para ele, uma das desvantagens dos novos tratamentos, principalmente o marca-passo, é o alto custo.
“É equivalente a um marca-passo cardíaco, mas esse já é coberto pelo SUS e pelos seguros. O de bexiga ainda não.”
Apesar de já haver pesquisas mostrando a eficácia dos novos tratamentos, Luis Seabra Rios recomenda cautela. “Para avaliar técnicas contra a incontinência urinária, é preciso ter estudos de, no mínimo, três anos. O ideal são cinco anos. Isso porque a tendência é que elas percam resultado com o tempo. Mesmo que o paciente fique bem logo depois, dali a algum tempo ele pode voltar a ter os sintomas”, diz.
Menopausa pode desencadear ou piorar sintomas da incontinência
A incontinência urinária não atinge apenas as mulheres: os homens também podem sofrer com ela, principalmente os de idade mais avançada e os que tenham passado por cirurgias como a prostatectomia radical (retirada total da próstata). No entanto, o organismo da mulher é muito mais susceptível ao problema.
“O mecanismo de resistência uretral é mais frágil na mulher. Isso porque a musculatura e os componentes do esfíncter são mais fracos. Anatomicamente, elas são mais propensas a ter incontinência urinária.”, afirma o urologista e especialista em uroginecologia Rogério Simonetti Alves, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Com a chegada da menopausa, a falta de estrógeno pode desencadear ou piorar os sintomas. “Vários dos elementos que são responsáveis pela continência, como os ligamentos e a própria vascularização do assoalho pélvico, são estrógeno-dependentes. Quando a mulher entra na menopausa, essas estruturas se ressentem”, explica a endocrinologista Dolores Pardini, chefe do ambulatório de endocrinoclimatério da Unifesp.
Quem fuma ou está acima do peso e mulheres que tiveram parto normal também têm mais chance de ter o problema. “A própria gravidez pode causar a incontinência, pois provoca sobrecarga sobre o períneo”, diz a ginecologista e especialista em uroginecologia Miriam Waligora, do hospital Albert Einstein.
Foi o que aconteceu com a estudante de fisioterapia Marilene da Silva Aguiar, 29. Grávida de sete meses, ela começou a ter incontinência urinária aos três meses de gestação. “Peguei uma gripe muito forte e, cada vez que eu espirrava, perdia urina.” Marilene melhorou com exercícios de fisioterapia. “É uma sensação muito desagradável. Ficava com medo de que acontecesse na sala de aula. Às vezes, usava uma proteção porque não queria passar por uma situação constrangedora.”
A fisioterapeuta Miriam Raquel Diniz Zanetti, que acompanha um grupo de gestantes no Departamento de Obstetrícia Fisiológica da Unifesp, diz que a sobrecarga no assoalho pélvico e a diminuição do seu tônus e da sua força muscular ocorrem, em média, da 20ª semana gestacional até seis semanas após o parto. “No pré-natal de gestantes adolescentes, em que realizamos um trabalho psicoprofilático multidisciplinar na Unifesp, observamos que a incontinência urinária é uma queixa muito comum”, diz.
De 130 gestantes entrevistadas entre 2001 e 2002 pela pesquisa, 43% disseram que haviam apresentado pelo menos um episódio de perda de urina durante a gravidez.
Incontinência não traz problemas à saúde, mas afeta auto-estima
A incontinência urinária não traz problemas graves à saúde: a dermatite amoniacal, ou assadura, é a complicação mais comum. A principal conseqüência apontada pelos médicos é o abalo na auto-estima do paciente. “Ela ataca a qualidade de vida da pessoa, que acorda muitas vezes para urinar, tem sono interrompido, cansaço crônico e alterações no humor. Isso sem contar o impacto negativo na sexualidade”, enumera o urologista Paulo Palma.
A dona-de-casa Marlene Fernandes, 57, que tem incontinência urinária desde pequena, sabe bem o incômodo que ela causa. “Quando criança e adolescente, eu evitava rir e fazer esforço. Mas era difícil, principalmente quando eu tinha filhos pequenos e precisava pegá-los no colo. É muito desconfortável”, diz ela, que só melhorou em 2004, com uma cirurgia.
A dona-de-casa Sueli Fernandes Monteagudo, 48, conta que sua filha Thissiane Fernandes Parrado, 15, chegou a levar bronca de uma professora por ter urinado na aula de flauta. A menina tem a chamada bexiga neurogênica (perda da função normal do órgão devido a uma lesão no sistema nervoso) e sofre de incontinência urinária desde os seis anos de idade. “Por mais que eu tentasse levar antes ao banheiro, na hora da aula ela perdia xixi.”
Para encontrar o tratamento certo para cada caso, é preciso identificar qual é o tipo de incontinência urinária que o paciente tem. Geralmente, isso é detectado por um exame chamado urodinâmica, em que é medida a pressão da bexiga durante o enchimento e o fluxo da urina ao sair, entre outros indicadores.
Segundo os médicos, muitas pessoas não procuram tratamento por acharem que a incontinência urinária é uma ocorrência natural do envelhecimento. “A mulher já escutava a mãe ou as tias falarem que tinham e, quando entra na menopausa, acha que é normal. A perda involuntária da urina nunca é normal e tem que ser tratada”, afirma Dolores Pardini.
Fisioterapia
Nada de remédios, cirurgias ou tratamentos invasivos. Em alguns casos, a incontinência urinária pode ser resolvida com fisioterapia. A técnica leva à cura ou à melhora em até 70% dos casos de incontinência de esforço, segundo Mirca Batista Ocanhas, fisioterapeuta do hospital Albert Einstein e do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. No caso de bexiga hiperativa, o índice é de 56%.
Segundo a fisioterapeuta Miriam Zanetti, a técnica é recomendada para os tipos de incontinência urinária em que não haja lesão ou defeito anatômico nem causas neurológicas.
Além de exercícios para fortalecer o assoalho pélvico, as seções de fisioterapia incluem técnicas como eletroestimulação (aplicação de corrente elétrica para fortalecimento muscular). A modificação comportamental –por meio do controle dos horários de urinar e de ingerir líquidos, por exemplo– também é uma parte importante do tratamento.
“A freqüência diária de urinar deve ser de seis a oito vezes. À noite, a mulher jovem não deve se levantar para ir ao banheiro. Se ela já passou da menopausa, pode urinar uma ou eventualmente duas vezes nesse período”, diz Ocanha. Segundo ela, a técnica pode ser usada em mulheres e homens.
Veja os tipos mais comuns de incontinência e os novos tratamentos
De esforço
Perda involuntária de urina ao tossir, rir, subir escadas ou levantar-se da cama, entre outras atividades. Ocorre por enfraquecimento da musculatura e dos tecidos que controlam a micção.
Por urgência
Vontade de urinar constante e incapacidade de postergar a miccção por muito tempo, o que pode causar perda de urina caso a pessoa não esteja perto de um banheiro. Pode ocorrer devido a uma bexiga hiperativa (que se contrai fora de hora) ou neurogênica (perda da função normal do órgão devido a uma lesão no sistema nervoso).
Mista
Caracterizada pelos dois tipos de incontinência anteriores.
NOVOS TRATAMENTOS
Duloxetina
Indicada para incontinência urinária de esforço. Age nos nervos que chegam à uretra, fortalecendo a contração do esfíncter e dos músculos periuretrais, responsáveis pelo controle da micção. Está em fase de aprovação no Brasil e deve começar a ser usada até o fim do ano.
Marcapasso de bexiga
Indicado para bexigas neurogênicas ou hiperativas e para retenção urinária (problemas de esvaziamento da bexiga). Foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e deve chegar ao país no próximo mês.
Botox
É aplicado na parede da bexiga hiperativa, paralisando parcialmente os músculos que se contraem fora de hora. Deve ser reaplicado após aproximadamente seis meses. Já é praticado em algumas clínicas e consultórios brasileiros.
FATORES DE RISCO
Tabagismo, obesidade, gravidez, deficiência de hormônios, cirurgia de próstata
FONTES: Dra Medtronic, Lilly, urologista Rogério Simonetti Alves, ginecologista Miriam Waligora
Atletas são os que mais sofrem com incontinência
O exercício físico pode se tornar um vilão quando se trata de incontinência urinária. Se malconduzido, ele pode sobrecarregar a musculatura do assoalho pélvico, o que aumenta a chance de a mulher apresentar o problema –a médio e a longo prazo. Isso acontece principalmente com quem se exercita muito, como as atletas profissionais.
“É impressionante a quantidade de pessoas que fazem exercícios errados”, afirma a fisioterapeuta Miriam Zanetti. Ela cita um estudo feito pela pesquisadora Ingrid Nygaard, da Universidade de Iowa (EUA), que mostrou que até 38% das mulheres que praticam atletismo e 36% das que fazem exercícios aeróbicos têm incontinência urinária.
“Atualmente, muitas mulheres freqüentam academias de ginástica. O trabalho mal acompanhado faz com que a pessoa aumente a força no abdômen, empurrando os órgãos para baixo”, diz a fisioterapeuta Mirca Ocanhas, acrescentando que os profissionais de educação física precisam conhecer melhor a área ginecológica. Segundo Ocanhas, estatísticas européias mostram que 55% das corredoras têm o problema.
A ginecologista Miriam Waligora diz que a corrida é o pior exercício nesse sentido. “É uma atividade na qual há grande impacto das vísceras sobre a pelve. Tem que aprender a contrair o períneo ao se exercitar.”
Zanetti também diz que é preciso associar as atividades da academia com exercícios perineais, que podem ser indicados por um fisioterapeuta. “Se toda vez que fizer força a mulher realizar o exercício perineal, não vai haver comprometimento da musculatura”.
FLÁVIA MANTOVANI
Folha de S. Paulo
Investimentos estrangeiros no Brasil saltam para US$ 3 bilhões em abril
No ano, esses investimentos somam US$ 6,527 bilhões, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central.
O resultado do mês passado, no entanto, está inflado pelo processo de operação de fusão entre as cervejarias brasileira AmBev e a belga Interbew. A troca de ações entre os minoritários das duas cervejarias somou US$ 1,4 bilhão.
O BC prevê que os investimentos estrangeiros no país cheguem a US$ 16 bilhões em 2005. No ano passado, o Brasil recebeu US$ 18,166 bilhões em investimentos estrangeiros diretos, um um crescimento de 79,1% sobre o número registrado em 2003 (US$ 10,144 bilhões).
Contras externas
A conta de transações correntes do Brasil registrou um superávit de US$ 757 milhões no mês passado.
Entram nesta conta as principais transações do país com o exterior na área comercial e na contratação de serviços e transferência de renda.
Mais uma vez, o superávit comercial –saldo positivo entre as exportações e importações– contribuiu para o bom desempenho das contas externas brasileiras, com um saldo positivo de US$ 3,876 bilhões em março.
O superávit da balança comercial foi suficiente para cobrir o déficit da conta de serviços e rendas do país, que ficou deficitária no mês em US$ 3,377 bilhões. A conta de transações correntes ainda inclui as transferências unilaterais de brasileiros que moram no exterior, que no mês somaram US$ 258 milhões.
Dívida
A dívida externa brasileira estimada para fevereiro é de US$ 203 bilhões, um aumento de US$ 1,4 bilhão em relação a dezembro último. Desse total, a maior parte se refere à dívida de médio e longo prazo –US$ 182 bilhões, uma redução de US$ 721 milhões. Já a dívida de curto prazo está em US$ 21 bilhões, um aumento de US$ 2,1 bilhões.
ANA PAULA RIBEIRO
Folha Online
Protonterapia no combate ao câncer
Atualmente operam em todo o mundo apenas quatro clínicas de tratamento integral com prótons – duas no Japão e duas nos Estados Unidos. E uma, denominada Centro Rinecker de Protonterapia, em Munique, acabou de ser inaugurada.
Em Colônia, na Renânia do Norte-Vestfália, uma nova clínica já teve a sua planta implementada. Ela custará 180 milhões de euros e ficará pronta em 2007.
“Naturalmente depositamos grandes esperanças neste tipo de tratamento, mas certamente não se trata de um milagre que poderia vencer completamente este mal. Os avanços da oncologia são pequenos passos que estão somando, e a protonterapia, sem dúvida, é um passo muito significativo”, afirmou o professor Schlegel.
Faltam testes
Ainda não há estudos clínicos suficientes que permitam conhecer todos os tipos de tumores em que os prótons podem dar bons resultados. E, de acordo com o pesquisador, tal técnica ainda não tem aplicação ampla devido ao seu alto custo, que pode ser até 15 vezes maior do que o das terapias convencionais.
Ao mesmo tempo, Schlegel revela que o sistema de saúde alemão ainda não tem condições de assumir tais custos sem estatísticas que comprovem a eficácia da técnica.
“Nos Estados Unidos isso se faz com mais rapidez, mas na Alemanha o caminho é mais complicado e ele avança com lentidão”, comentou. Com isso, o prejudicado acaba sendo o paciente – a protonterapia reduz ao mínimo o risco de surgimento de tumores secundários no tratamento de crianças e adolescentes, por exemplo.
Na opinião do engenheiro Detlef Krischel, diretor da empresa de tecnologia Accel Instruments, de Bergisch Gladbach, que produz um acelerador de prótons, o problema está no custo dos equipamentos.
“A protonterapia não se aplica a um número maior de pacientes por causa do alto custo dos equipamentos, que chegam a 150 milhões de euros cada um”, explicou.
A protonterapia
É um ramo da medicina nuclear aplicado no tratamento de tumores malignos. Sua história teve início em 1954, quando o físico norte-americano Robert Wilson propôs o seu uso na medicina.
Desde então, 40 mil pacientes já foram submetidos ao tratamento. Os prótons, núcleos dos átomos de hidrogênio, possuem alta carga energética e podem atravessar a pele e os tecidos quase sem gerar danos, até atingir o tumor. Eles transitam a 60% da velocidade da luz (180 mil km/s) e destroem as células cancerígenas.
Deutsche Welle
Taxa do cheque especial deverá ultrapassar 160%
A alta dos juros básicos anunciada ontem –foi o nono mês seguido de aumento– deve pressionar mais um vez as taxas finais, diz a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Os juros médios do cheque especial foram de 158,90% para 159,48% ao ano de março para abril. Após a alta da Selic, a taxa deve alcançar 160,05% anuais.
Oliveira explica que o reflexo na ponta só não é maior porque já há deslocamento muito grande entre a taxa Selic e as taxas cobradas do consumidor.
No caso do empréstimo pessoal, as taxas subiram de 275,24% anuais em março para 284,21% anuais no mês passado. Com a nova Selic, a taxa vai bater nos 285,05% anuais.
Para empresas, a taxa anual do capital de giro saiu de 64,22% em março para 64,97% em abril –foi agora para os 65,35%.
Folha de S.Paulo
Quase todas as pequenas empresas brasileiras são informais, diz IBGE
O número de pequenas empresas no país alcança 10,525 milhões –forma consideradas nesse caso as empresas não-agrícolas com até cinco empregados. Desse total, 98% fazem parte do setor informal, o equivalente a 10,335 milhões de empresas.
Em 2003, a economia informal gerou R$ 17,6 bilhões de receita e respondeu por um quarto das contratações de trabalhadores não-agrícolas no país.
Grande parte das vagas criadas no setor informal pertence a trabalhadores por conta própria (69%), 10% são empregados sem carteira assinada, 10% são empregadores e 6% trabalham com carteira assinada. Existem também 5% de não-remunerados. É o caso de filhos que trabalham com os pais no preparo de alimentos para vender em barracas ou feiras, por exemplo.
Em relação à última edição da pesquisa, em 1997, houve um crescimento de 9% no número de empresas informais. O número de postos de trabalho cresceu 8% neste período.
Metodologia
A pesquisa Ecinf abrange todos os domicílios situados em áreas urbanas do país. Esta é a segunda edição da pesquisa em âmbito nacional, a primeira foi realizada em 1997. O trabalho é resultado da parceria do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com o Sebrae.
O estudo procura identificar os proprietários de negócios informais: trabalhadores por conta própria e pequenos empregadores, com 10 anos ou mais de idade, ocupados em atividades não-agrícolas e moradores em áreas urbanas.
O ponto de partida da pesquisa é a unidade econômica, entendida como unidade de produção, e não o trabalhador individual ou a ocupação exercida. Fazem parte dessa categoria as unidades econômicas não-agrícolas que produzem bens e serviços com o principal objetivo de gerar emprego e rendimento para as pessoas envolvidas.
Segundo o IBGE, a ausência de registros não serve como critério para a definição da informalidade. Para o instituto, a informalidade está relacionada ao modo de organização e funcionamento da unidade econômica e não ao seu status legal ou às relações que mantém com as autoridades públicas. Como existem diversos tipos de registro, o instituto afirma que o critério não serve para comparações históricas e internacionais e pode levantar resistência junto aos informantes.
De acordo com os critérios da pesquisa podem pertencer ao setor informal todas as unidades econômicas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empresas com até cinco empregados, moradores de áreas urbanas. O trabalho pode ser a ocupação principal dos proprietários ou secundária.
Desta forma, a pesquisa exclui os moradores de domicílios rurais que exercem atividades não-agrícolas, como artesanato, pequena indústria alimentar, confecção e serviços.
80% das empresas informais têm só uma pessoa ocupada, diz IBGE
A maior parte dos empreendimentos informais continua a ser formada por trabalhadores por conta própria que exercem sua atividade sozinhos. Essa é uma das conclusões da pesquisa Ecinf (Economia Informal Urbana) divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados da pesquisa são referentes ao ano de 2003.
Segundo a pesquisa, 95% das empresas informais têm um único proprietário e 80% dispõem de apenas uma pessoa ocupada. Apenas 12% dos proprietários de empresas são pequenos empregadores, a grande maioria (88%) é formada por trabalhadores por conta própria.
As empresas que contavam com um único proprietário pertenciam em sua maioria aos trabalhadores por conta própria (89%). Entre as empresas com dois ou mais sócios, a participação dos trabalhadores por conta própria cai para 68%.
As atividades econômicas preponderantes entre as empresas informais são comércio e reparação (33%), construção civil (17,5%) e indústria de transformação e extrativa (16%).
Entre as pequenas empresas ligadas à atividade de construção civil, 99,8% eram informais. A segunda maior proporção de empresas informais foi verificada nos serviços coletivos, sociais e pessoais: 99,3%.
35% das empresas informais funcionam na própria casa, diz IBGE
A pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre economia informal mostra que apenas 65% das empresas informais desenvolvem suas atividades fora do domicílio. O resultado é influenciado pelo peso das atividades de comércio e construção civil.
Entre as empresas informais, 27% funcionam exclusivamente no domicílio do proprietário e 8% funcionam no domicílio e fora dele.
O grupo de atividades comércio e serviços tem participação de 33% entre as empresas informais. Neste grupo, 62% das empresas funcionam somente fora do domicílio e 12% dentro e fora da residência do proprietário.
Entre as atividades representadas no grupo comércio e serviços e que funcionavam fora do domicílio, 44% são feitas em lojas ou oficinas, 28% em vias públicas, 23% no domicílio do cliente e 5% em outros locais.
A pesquisa mostra também que caiu o número de empresas de empregadores que funcionavam apenas fora do domicílio. Em 1997, elas representam 82%; em 2003 este percentual caiu para 79%. A mudança é resultado do aumento da parcela de empresas que funcionam tanto no domicílio do proprietário quanto no do cliente.
Segundo o IBGE, aumentou a participação dos empreendimentos que funcionam no domicílio do cliente com queda na participação dos que funcionam em lojas e oficinas nas empresas de empregadores. No caso das empresas de conta própria, o IBGE destaca o aumento da proporção de empreendimentos em veículos e um aumento dos que funcionam em via pública, como camelôs e pessoas que vendem produtos em barracas.
Número de empresas informais lucrativas tem forte queda, diz IBGE
O percentual de empresas informais lucrativas passou de 93% para 73% em apenas seis anos, revela a Ecoinf (Economia Informal Urbana), pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os dados da pesquisa são referentes ao ano de 2003.
Segundo o instituto, a queda na lucratividade foi causada principalmente pela redução significativa no lucro médio real dos empreendimentos de trabalhadores por conta própria. As empresas de empregadores mantiveram o mesmo patamar de lucros. A receita média mensal obtida pelos empregadores, de R$ 6.033, é cinco vezes superior à obtida por empresas de trabalhadores por conta própria, de R$ 1.164.
As empresas de comércio e reparação são a maioria entre as lucrativas, com participação de 36%.
Uma parcela significativa das empresas por conta própria (22%) apresenta renda mensal de R$ 501 e R$ 1.000. Entre os empreendimentos de empregadores, o faturamento foi maior em 2003: 63% das empresas apresentaram uma receita mensal superior a R$ 2.000.
Apesar da queda no rendimento, 16% das empresas do setor informal fizeram investimentos ou aquisições nos 12 meses anteriores à pesquisa. Os recursos para financiar estes investimentos, no entanto, vieram em sua maioria (70%) de lucros de anos anteriores.
A procura por crédito entre as empresas informais é baixa: apenas 7% utilizaram empréstimos bancários para viabilizar os investimentos. Entre as que procuram o sistema financeiro, 24% exercem atividades de transporte, armazenagem e serviço.
Segundo o IBGE, o resultado mostra que houve uma redução não só na quantidade de empresas lucrativas, como também nos próprios lucros obtidos. Aumentou, no entanto, a proporção das empresas que fizeram investimentos usando lucros de anos anteriores. Em 1997, este percentual era de 62%. O valor real dos investimentos caiu em relação a 1997 tanto para as empresas de trabalhadores por conta própria quanto nas de empregadores.
53% das empresas informais não têm registro contábil
A pesquisa sobre a Economia Informal Urbana divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revela que 53% das empresas informais brasileiras não têm nenhum tipo de registro contábil. Em 36% das empresas do setor, os proprietários cumprem o papel de contador. Os dados são referentes ao ano de 2003.
Na comparação com a primeira edição da pesquisa, em 1997, há um acréscimo no número de empresas que não contam com qualquer tipo de registro de sua contabilidade. Em 1997, este grupo representava 46% do total.
A ausência de registros reflete majoritariamente a opção das empresas de trabalhadores por conta própria. Para estas empresas, o percentual das que não registram nada é de 57%. Entre os empreendimentos de empregadores, apenas 21% não declaram os ganhos.
O registro contábil é mais freqüente entre as empresas de comércio e reparação, que representam 33% do setor informal no país. Neste segmento, o percentual de empresas que registram sua movimentação financeira é de 54% para as empresas de conta própria e de 50% para as de empregadores.
Apesar disso, o acompanhamento e o controle efetivo das movimentações realizado por um contador só é uma realidade hoje para 10% das empresas conta própria e 59% das de empregadores.
O consumidor de produtos informais tem uma boa margem de barganha no fechamento de preços. A negociação com os clientes é a maneira de determinar os preços dos produtos para 40% do total das empresas informais, independente do ramo de atuação. Apenas 27% consideram o custo de produção acrescido de uma parcela fixa para formação de preços.
A concorrência guia a formação de preços de 45% das empresas de serviços coletivos, sociais e pessoais e 44% das empresas de serviço de alojamento e alimentação.
Sem sindicato
A grande maioria das empresas informais (89%) não participa de sindicatos ou de órgãos de classe. A única exceção fica por conta das atividades de educação, saúde e serviços sociais.
O universo de reivindicações deste tipo de empresa é bastante restrito: a maioria não tem constituição jurídica, não tem licença municipal ou estadual e não conta com o apoio de um órgão de classe.
Entre as empresas do setor informal, 88% não possuem constituição jurídica, o chamado CNPJ. Quase todas as empresas (93%) de trabalhadores por conta própria não têm este registro. Entre os empregadores, o percentual é de 56%. Neste caso, o percentual é proporcional à renda: 72% das que não têm CNPJ apresentam receita média de até R$ 1.000; entre as que contam com o registro, 93% apresentam receita mensal superior a R$ 2.000.
Licenças municipais ou estaduais estão fora do cotidiano de 74% das empresas informais. Este padrão oscila de acordo com a atividade. Para as empresas de transporte, armazenagem e comunicação, o percentual é de 58%. Entre os empreendimentos de educação, saúde e serviços sociais, as sem licenças representam 52%. Aproximadamente 90% das empresas informais não têm registro de microempresa.
Somente 2% das empresas informais tinham aderido ao Simples em 2003, a maior parte era formada por empresas de comércio e reparação (53%). Segundo o IBGE, é preciso levar em conta que nem todas poderiam optar pelo sistema dadas as limitações quanto à receita anual, a atividade desenvolvida e o fato da empresa ter registro.
Entenda a metodologia da pesquisa de informalidade do IBGE
A pesquisa Ecinf (Economia Informal Urbana) abrange todos os domicílios situados em áreas urbanas do país. Esta é a segunda edição da pesquisa em âmbito nacional, a primeira foi realizada em 1997. O trabalho é resultado da parceria do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com o Sebrae.
O estudo procura identificar os proprietários de negócios informais: trabalhadores por conta própria e pequenos empregadores, com 10 anos ou mais de idade, ocupados em atividades não-agrícolas e moradores em áreas urbanas.
O ponto de partida da pesquisa é a unidade econômica, entendida como unidade de produção, e não o trabalhador individual ou a ocupação exercida. Fazem parte dessa categoria as unidades econômicas não-agrícolas que produzem bens e serviços com o principal objetivo de gerar emprego e rendimento para as pessoas envolvidas.
Segundo o IBGE, a ausência de registros não serve como critério para a definição da informalidade. Para o instituto, a informalidade está relacionada ao modo de organização e funcionamento da unidade econômica e não ao seu status legal ou às relações que mantém com as autoridades públicas. Como existem diversos tipos de registro, o instituto afirma que o critério não serve para comparações históricas e internacionais e pode levantar resistência junto aos informantes.
De acordo com os critérios da pesquisa podem pertencer ao setor informal todas as unidades econômicas de propriedade de trabalhadores por conta própria e de empresaes com até cinco empregados, moradores de áreas urbanas. O trabalho pode ser a ocupação principal dos proprietários ou secundária.
Desta forma, a pesquisa exclui os moradores de domicílios rurais que exercem atividades não-agrícolas, como artesanato, pequena indústria alimentar, confecção e serviços.
JANAINA LAGE
Folha Online
Sem festa, mas funcionando
Somente uma coisa pode justificar a demora para a volta do serviço na UTI do São José: a UTI do Hospital Geral Luiz Vianna Filho ainda não está pronta e a festa com direito a fogos de artifício não pode acontecer pela metade.
Sob o ponto de vista do marketing, é perfeito. Na prática do respeito à cidadania, não. Há um fato importante a ser levantado. Não se brinca com vida. Repito: não há mais justificativa plausível para a UTI do São José permanecer fechada. A não ser a festa que querem fazer com a sua reabertura. O problema é que enquanto se aguarda a conclusão da UTI do Luiz Viana e se prepara o “momento cívico” da inauguração simultânea dos 14 leitos presenteados pelo Estado, inúmeras pessoas perdem a vida por falta deste atendimento na cidade. E isso é, na minha opinião, um ato criminoso.
A UTI do São José precisa ser reaberta imediatamente porque não há mais motivos técnicos para mantê-la fechada. Só políticos. A população clama pelo serviço, porque este é fundamental para salvar vidas. Porque não se sabe quantos doentes, a partir de hoje, resistirão aguardar pela comemoração que ora se planeja mas que ainda não tem dada para ser realizada. Até porque como alguém disse um dia, “a vida é uma festa. A gente chega depois que começou e sai antes que acabe”. UTI funcionando sem festa é mais importante do que uma comemoração grandiosa diante de inúmeras mortes anunciadas e dos leitos que poderiam salvar vidas, vazios.
Maurício Maron (maron@click21.com.br), jornalista
Ibec amplia ações e anuncia nova parceria com a Unifacs
Em Ilhéus, o Ibec abriu inscrições esta semana, para novos cursos de capacitação para “Elaboração de Monografias” e “Elaboração de Projetos Para Mestrado”. Os interessados podem obter maiores informações no site www.ibecbr.com.br ou na sede do instituto, localizada no centro histórico, Av. 02 de Julho Nº 1039, em Ilhéus. Toda a equipe docente do Ibec é formada por especialistas, mestres e doutores das mais importantes universidades brasileiras.
Colo Colo convoca torcida e promete superação
Brasileiro trabalha até 20 de maio só para pagar impostos do ano
Estudo do IBPT (Instituto Brasileiro do Planejamento Tributário) mostra que houve um aumento de dois dias no prazo que o brasileiro trabalha apenas para cumprir suas obrigações com o fisco em relação a 2004. Já em 2003, eram quatro meses e 15 dias de trabalho só para os impostos.
Segundo o IBPT, esse período aumenta ano a ano, em linha com a trajetória da carga tributária brasileira sobre os rendimentos dos trabalhadores.
O cálculo foi feito com base no peso da carga tributária sobre o rendimento dos trabalhadores, que subiu de 36,98% em 2003 para 37,81% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2004. Para 2005, o IBPT estima que a parcela de impostos sobre salários subirá para 38,35%.
O raciocínio é esse: até sexta-feira, o contribuinte trabalha para pagar os impostos; até 9 de setembro, trabalha para pagar o que o governo deveria oferecer como serviço público. Somente a partir daí seu salário é livremente usado para comprar alimentação, vestuário e lazer.
Folha Online
INFORMES – ASCOM – PREFEITURA MUNICIPAL DE ILHÉUS
Ilhéus terá Dia Municipal de Vacinação anti-rábica;
Ilhéus já tem programa de combate à hepatite C;
Amurc presta homenagem à secretária Luciana Reis;
Valderico reafirma compromisso de valorizar servidor municipal;
Governo quer criar “teia social” em Ilhéus.
O diretor do Departamento Estadual de Vigilância Epidemiológica (Divep), Edgar Crusoé, afirmou nesta quarta-feira (18) que a epidemia de dengue em Ilhéus “já era anunciada desde o ano passado”. Segundo o diretor do Divep, o grande avanço da doença e a proliferação do mosquito transmissor da dengue se devem à forma “precária” de controle e prevenção desenvolvida no ano passado, quando foi cumprido apenas um dos seis ciclos anuais de combate a focos do Aedes aegypti. Na opinião do técnico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), o trabalho foi “insatisfatório” e isso fez com que se “elevasse o índice de infestação do mosquito da dengue”.
“Não houve um trabalho eficiente de controle vetorial e os ciclos preconizados não foram cumpridos”, afirmou Crusoé, ao participar do encerramento do curso de apoio à gestão municipal. O diretor também condenou a política de combate a doenças endêmicas desenvolvida pelos ex-gestores municipais. Por conta da má-gestão na área epidemiológica, ainda segundo análise de Edgar, Ilhéus enfrentou um quadro epidêmico de dengue, baixa cobertura vacinal e desestruturação do serviço de combate à tuberculose.
A Secretaria Municipal de Saúde informa que 75% dos casos de tuberculose no ano passado não foram lançados no sistema de informação do SUS. Também houve um alto índice de abandono dos pacientes em tratamento, chegando a 9%. No ano passado, Ilhéus não conseguiu atingir nenhuma das metas de vacinação contra raiva animal, paralisia infantil e gripe. “Isso demonstra de forma clara a fragilidade e o sucateamento dos serviços de saúde pública”, afirma a atual titular da pasta, Vera Jasmineiro.
O diretor do Divep elogiou as estratégias usadas pelo município – em 2005 – para o controle, combate e prevenção às doenças endêmicas. “Ilhéus tem obtido sucesso em suas campanhas de vacinação”, disse Edgar, ao analisar o relatório de imunização. Na campanha contra a gripe em idosos, o município conseguiu atingir 97,5% da meta. Edgar Crusoé afirma ainda que estão corretas as estratégias de combate à dengue este ano. “Ilhéus retomou o trabalho de forma intensa e acertou nas medidas adotadas”, completou.
Suspeita de desvios
Os dados relativos ao ano passado somente reforçaram as suspeitas de má-gestão da saúde e de desvios de recursos do Programa de Combate a Endemias. O Conselho Municipal de Saúde resolveu abrir investigação para saber como e onde foi utilizada a verba destinada ao combate de doenças como a dengue e a tuberculose, no ano passado. As investigações foram abertas no mês passado a pedido dos representantes dos usuários no Conselho Municipal. De acordo com a secretaria da entidade fiscalizadora, uma comissão foi instalada e, no momento, analisa os relatórios de gestão do Programa de Combate a Endemias.
Quase toda a verba destinada a este programa é usada para o combate à dengue. No ano passado, os recursos foram de, aproximadamente, R$ 600 mil. Mas, apesar da verba, a Saúde somente realizou um ciclo de combate aos focos de proliferação da doença. O Conselho estuda até a possibilidade de convocação do ex-secretário municipal de Saúde, Paulo Medauar, e do ex-diretor de Vigilância Epidemiológica, Antônio Firmo. Eles serão convocados para explicar como e onde foi aplicada toda a verba do Programa.
Ilhéus terá Dia Municipal de Vacinação anti-rábica
O próximo sábado (21) será o Dia Municipal da Vacinação Contra Raiva Animal em Ilhéus. A data foi estabelecida pela Prefeitura Municipal para intensificar ainda mais a vacinação de cães e gatos no município. Neste dia, a vacinação será reforçada com atendimento em 35 postos fixos e nove volantes, 28 carros e 309 agentes de saúde, com a meta de vacinar 20.206 cães e gatos.
A intensificação da vacinação anti-rábica começou em Ilhéus no dia 11 de abril e vai até 3 de junho. Durante este período, a aplicação da dose da vacina está sendo feita diariamente na 6ª Dires em, durante a semana, em diversos bairros da cidade. Todas as segundas-feiras no Hernani Sá (Urbis), às terças, no Teotônio Vilela, às quartas no Iguape, quintas no Parque Infantil e no Malhado, e às sextas, no Nelson Costa. Até terça-feira (17), 87% dos animais da zona rural já haviam sido vacinados, o que corresponde a cerca de 6 mil cães e 1.500 gatos.
O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Aloísio Correia Leite, explica que a raiva é uma doença letal tanto para cães e gatos como para o homem, já que o animal infectado pode transmitir a doença pela mordida ou até mesmo através de um arranhão. Ele afirma que todos os animais com mais de um mês de vida devem ser vacinados, inclusive aqueles que receberam a dose no ano passado e as fêmeas que estiverem prenhes ou amamentando.
No sábado, as doses serão aplicadas em todas as regiões do município. Na Zona Norte, serão realizadas no Sarah I e II, Parque de Operações, Posto de Saúde do Iguape, CSU, Escola Vovô Isaac, Igreja Santa Terezinha, Corpo de Bombeiros e no Bar Família da Vila Lídia. Na Zona Oeste, a vacinação será no Centro de Saúde do Teotônio Vilela, Barro Vermelho, Igreja Assembléia de Deus, Bar Senhor Nunes, Vila Cachoeira e Vila Nazaré.
Na Zona Sul, os animais poderão ser vacinados no Colégio Cierg, Posto Herval Soledade, Centro Comunitário Nelson Costa, Posto da Urbis, Colégio Bohana, Praça da Mangabeira e Unidade Saúde da Família Nossa Senhora da Vitória I e II. No Centro, a intensificação será no CAE III (antigo Sesp), Morro São sebastião, Policlínica da Conquista, Praça Santa Rita, Alto da Tapera, Grupo Escolar Basílio, Colégio Odete Salma, no Malhado, Jupará Motos, Grupo Escolar Estado do Ceará, Posto Almiro Vinhas (avenida Princesa Isabel) e no Clube 19 de março.
Ilhéus já tem programa de combate à hepatite C
As atividades do Ministério da Saúde (MS), para identificar os casos de hepatite C de origem viral no país são marcadas em Ilhéus pelos primeiros resultados positivos do programa de combate à doença, implantado há cerca de quinze dias pela administração Valderico Reis. “Em tão pouco tempo, já fornecemos orientação a 40 pacientes, todos identificados a partir de um grupo de risco, os que foram previamente cadastrados como soro-positivos”, comemora a coordenadora de DST/HIV/AIDS do município, a médica Alba Ikuta. Ela acrescenta que, em Ilhéus, o trabalho de detecção e orientação sobre hepatite C será qualificado e prolongado, pois mais dois médicos estão em treinamento especial em Brasília, retornando às atividades na segunda-feira (23).
A coordenadora lembra que a campanha nacional do MS está chamando todos os pacientes que receberam doação de sangue antes de 1993 (quando a lei era pouco exigente com os hemocentros), pois essas pessoas constituem grupo de risco para a doença. Também os usuários de drogas injetáveis, devido ao uso de seringa contaminada, estão no mesmo grupo. De acordo com Alba Ikuta, a atual administração municipal tem promovido ações significativas quanto a esse problema de saúde pública, “a ponto de Ilhéus não mandar mais para Salvador seus pacientes com doença do fígado, que agora são tratados aqui mesmo”.
A hepatite C é uma inflamação no fígado, causada por vírus, e que pode levar à morte, após transformar-se em cirrose, sendo potencialmente mais perigosa em pacientes diabéticos ou aidéticos. A doença é quase sem sintomas, sendo freqüentes as informações e dor abdominal e olho amarelado – sendo a verdadeira identificação feita em laboratório, pela medição do nível de uma enzima chamada aminotransferase. “Em Ilhéus, estamos capacitados a diagnosticar a doença com rapidez e segurança, tantos em termos clínicos quanto de laboratório”, assegura Alba Ikuta.
Amurc presta homenagem à secretária Luciana Reis
A participação cada vez mais expressiva da mulher na política e em outros setores da sociedade foi lembrada na homenagem que a Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) prestou à secretária de Governo de Ilhéus, Luciana Reis, nesta terça-feira (17). O fato foi registrado durante o Fórum de Gestão Municipal, organizado pela Amurc no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, em Ilhéus. A data do fórum coincidiu com o aniversário da secretária.
Antes da abertura oficial do evento, o presidente da Amurc e prefeito de Itapé, Pedro Jackson Brandão (Pedrão), convidou a secretária à tribuna para receber a homenagem. Luciana Reis foi lembrada por seu importante papel no governo ilheense, onde tem desenvolvido um trabalho decisivo em colaboração ao chefe do Executivo, na construção de uma administração eficiente e marcada pela transparência e participação popular.
Entre outras ações, a secretária teve reconhecido o seu papel na abertura do governo à sociedade civil em suas várias instâncias representativas. “A secretária Luciana Reis mostra competência e habilidade no diálogo com os mais diversos setores. Por esse motivo, ela conquista respeito cada vez maior em sua atuação política”, disse o presidente da Amurc.
A secretária agradeceu a homenagem e conclamou os prefeitos presentes ao Fórum da Amurc a unirem esforços em prol dos interesses comuns à região cacaueira. Segundo Luciana Reis, “é preciso que todos os municípios da região estejam unidos para se fortalecer politicamente e conquistar maior respaldo em suas reivindicações”.
Valderico reafirma compromisso de valorizar servidor municipal
Ao participar de uma série de homenagens aos servidores da limpeza pública municipal, o prefeito Valderico Reis reafirmou que a valorização do funcionalismo será uma das prioridades de seu governo. Na noite da última segunda-feira (16), Valderico participou de uma solenidade em homenagem ao Dia do Gari e destacou que todos os servidores devem ser respeitados e sempre terão o seu apoio enquanto administrador do município. Atualmente a limpeza pública conta com cerca de 200 trabalhadores, 64 deles pertencentes ao quadro efetivo.
Na homenagem prestada pela Prefeitura, foram sorteados brindes e distribuídas cestas básicas para os servidores. Valderico lembrou que o serviço de limpeza é reconhecido como um dos mais eficientes do governo. “Com a colaboração de todos vocês e de um trabalho árduo de nossa equipe, a imagem de Ilhéus é outra, está mais limpa, mais bonita”, disse. A secretária de Governo, Luciana Reis, também participou das homenagens e ressaltou o esforço que o município tem feito até agora para quitar os seus compromissos em dia. “Estamos colocando as finanças em dia e quitando os salários deixados em atraso pelos ex-gestores. Isso é reconhecer o trabalho do nosso servidor”, disse.
Neste sentido, a Prefeitura também está realizando o recadastramento do servidor municipal. Segundo a secretária de Governo, a medida visa reconhecer aqueles que trabalham e coibir irregularidades cometidas por ex-gestores. O recadastramento foi iniciado em março e já detectou casos de servidores que recebem sem trabalhar. “Tínhamos gente morando em Salvador, mas que recebia como funcionário da Prefeitura”, disse. “Queremos acabar com esses absurdos para termos como valorizar quem realmente trabalha pela população”, disse a secretária.
Governo quer criar “teia social” em Ilhéus
Oferecer a associações comunitárias e Organizações Não-Governamentais os instrumentos para uma atuação efetiva no auxílio à execução de programas sociais. Esse é o objetivo da Prefeitura de Ilhéus, que deseja promover um trabalho de orientação técnica e padronização de posturas adotadas pelas entidades representativas de moradores, principalmente dos bairros mais carentes do município.
Projeto nesse sentido está sendo conduzido pela Secretaria de Assistência Social e Trabalho, que já iniciou os primeiros contatos com líderes comunitários. Uma das idéias é promover um seminário com a participação de representantes do governo e membros das associações, provavelmente no início de julho. Nessa reunião, serão discutidas formas de agregar as entidades aos programas sociais executados pelo município.
Para a titular da Secretaria de Assistência Social e Trabalho, Fátima Reis, a articulação com as associações comunitárias vai tornar mais eficiente a atuação do governo no auxílio aos mais carentes. “Por estar em contato mais direto com a comunidade, os representantes das entidades podem ajudar a identificar aqueles que necessitam de apoio”, avalia a secretária.
Desde que assumiu o governo, o prefeito Valderico Reis tem se empenhado na reativação de programas sociais como Agente Jovem, Peti e de Combate às Carências Nutricionais (Programa do Leite). Este, inclusive, deverá ser ampliado, com o aumento de 5 mil para 9 mil litros de leite distribuídos diariamente. O município também mantém uma distribuição de 4 mil pratos de sopa por dia e pretende elevá-la para 12.500 pratos.
A secretária Fátima Reis acredita que essa atuação será otimizada com a participação dos líderes comunitários, na condição de verdadeiros agente sociais. Além da ajuda direta à população que vive em situação de extrema pobreza, ela diz que o governo vai articular medidas envolvendo instituições de microcrédito, como o Credbahia e, futuramente, o Banco da Mulher, com o objetivo de estimular o surgimento de pequenos negócios e a geração de emprego e renda nas comunidades. “Nosso objetivo é ir além do papel assistencialista, criando mecanismos que realmente contribuam para melhorar a vida das pessoas nas comunidades carentes”, frisa.
Mutação pode ter aumentado perigo da febre aviária, diz OMS
Até agora, as pessoas só têm contraído a gripe em contato com aves doentes.
Apesar das suspeitas, cientistas ainda não conseguiram provar que houve essa mutação, e a doença pode estar se espalhando mais no Vietnã simplesmente porque o vírus adquiriu características que permitem que ele seja transmitido mais facilmente de aves para humanos.
A BBC teve acesso a uma cópia das conclusões do estudo feito no norte do Vietnã, que convoca os governos a melhorar as medidas de saúde pública que estão sendo tomadas para proteger contra uma pandemia de gripe aviária.
Esse é o primeiro estudo detalhado da OMS sobre a possibilidade de um novo padrão de transmissão da doença.
Desde o fim de 2003, pelo menos 92 pessoas se contaminaram com a gripe ao lidar com aves.
No novo estudo, os cientistas constataram que o vírus encontrado no norte do Vietnã tem diferenças mais marcantes em sua constituição genética do que outras cepas do vírus encontradas, em outras regiões.
Segundo o correspondente da BBC Pallab Ghosh, a preocupação é que a nova forma de infecção, de um ser humano para outro, possa formar a base de uma nova ameaça global.
BBC BRASIL
Tênis especial incentiva crianças a fazer exercícios
O tênis – apelidado de “olho quadrado” – tem uma palmilha que registra a quantidade de exercícios feitos pela criança e a partir daí calcula a quanto tempo de televisão ela tem direito.
Inventado por uma estudante de desenho industrial da Universidade Brunel, em Londres, o calçado tem um podômetro acoplado, que conta o número de passos dado pela criança.
Um botão então transmite esses dados para uma caixa acoplada à TV.
“Hoje há um monte de programas e canais de TV para crianças. Há dez anos, as crianças se distraíam brincando com os amigos, agora, elas passam horas no quarto assistindo televisão”, disse a criadora do tênis, Gillian Swan.
“O olho quadrado vai ajudar as crianças a incluir exercícios em sua rotina diária desde cedo”, disse ela.
O olho quadrado “espera” que as meninas dêem pelo menos 12 mil passos por dia, e os meninos 15 mil – “o que deveria ser tarefa fácil para crianças ativas”, disse Swan.
Dificuldade
O tênis recomenda que as crianças assistam somente duas horas de TV por dia, e pode servir como um alerta para os pais.
“Ele deve ressaltar estilos de vida sedentários e estimular mudanças de comportamento em toda a família”, disse Paul Turnock, o diretor de desenho da Escola de Engenharia e Desenho da Brunel.
O protótipo do tênis vai ser exposto junto ao trabalho de outros graduandos da Escola de Engenharia e Desenho na semana que vem.
“O projeto é um excelente exemplo de (como se) inventar um conceito e criar um projeto perfeitamente cabível no futuro”, disse Turnock.
BBC BRASIL
Brasil segue na liderança do ranking da Fifa de seleções
A Alemanha, que não estava entre os top 20, subiu uma colocação e agora aparece como vigésima colocada.
2. República Tcheca 784 (0)
3. Argentina 778 (0)
4. França 769 (0)
5. Holanda 759 (0)
6. Inglaterra 754 (0)
7. México 753 (+1)
8. Espanha 752 (-1)
9. Portugal 740 (0)
10. Itália 734 (0)
11. Estados Unidos 734 (0)
12. Grécia 727 (0)
13. Suécia 722 (0)
14. Turquia 712 (0)
15. Irlanda 709 (0)
16. Uruguai 706 (0)
17. Japão 703 (0)
18. Irã 699 (+1)
19. Dinamarca 697 (-1)
20. Alemanha 697 (+1)
Folha Online
Oitenta países punem homossexuais com prisão, diz “El País”
No Brasil não existem leis tipificando o homossexualismo como crime, mas, de acordo com o relatório, a impunidade é comum em casos de ações contra gays.
A associação, que tem representantes em mais de cem países, levou em consideração apenas leis em vigor em todo o país e, por isso, não incluiu na lista os países que perseguem homossexuais em algumas regiões.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a “sodomia” é crime em alguns Estados, e em algumas regiões de países africanos e asiáticos de tradição muçulmana, o homossexualismo é punido segundo as leis islâmicas.
O relatório citado pelo “El País” afirma que países europeus como Bulgária, Liechtenstein e România estão entre os que não castigam o homossexualismo, mas o consideram como agravante de outros crimes, como escândalo público.
Ainda segundo o relatório da Ilga, na metade dos países da lista, a legislação se refere apenas a homens homossexuais.
As relações sexuais entre mulheres não estão nem liberadas nem proibidas, “simplesmente porque as relações entre duas mulheres continuam sendo algo impensável para muitos legisladores”, segundo um representante da liga entrevistado pelo “El País”.
BBC BRASIL
9º Mês do Orgulho Gay promove ciclo de debates gratuito
A parada gay na avenida Paulista, em São Paulo, é de fato o evento com maior visibilidade dentro da programação do 9º Mês do Orgulho Gay, organizado pela Associação do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Trangêneros). No entanto, eventos paralelos, como ciclos de cinema
e debates, também são promovidos.
“São nessas ocasiões paralelas que o movimento gay discute as políticas públicas desenvolvidas e consolida sua posição social”, diz Renato Baldin, vice-presidente da Associação.
O terceiro ciclo de debates “Construindo Políticas para GLBT” começa em 30 de maio, um dia depois da parada, e segue até 4 de junho. Será uma semana de discussões com especialistas, professores e profissionais da áreas no Espaço da Cidadania André Franco Montoro (Pátio do Colégio, 148, centro).
O objetivo, segundo a Associação, é dar espaço para a reflexão sobre a construção da cidadania plena para o público GLBT , seja no âmbito das políticas específicas para o segmento, na inclusão de GLBT nas políticas de caráter universal ou no cotidiano de ativistas e profissionais que atuam junto a esta população.
Temas
O debate de abertura leva o tema, que começa às 18h do dia 30, leva o tema ‘Políticas para GLBT em tempos de fundamentalismos”. Entre os convidados para a conversa estão a pesquisadora Regina Soares Jurkewicz, integrante da ONG Católicas pelo Direito de Decidir e ligada à PUC-SP, e a desembargadora Maria Berenice Dias, do Tribunal de Justiça do RS e do Instituto Brasileiro de Direito de Família.
Outra mesa redonda discute os “Direitos sexuais e reprodutivos para lésbicas”. Programado para o dia 31, o debate reúne Neusa Cardoso de Melo (Rede Feminista de Saúde – Regional Minas Gerais e GT de Direitos Sexuais da Rede Feminista de Saúde) e Regina Facchini, pesquisadora da Unicamp.
A inscrição é gratuita e deve ser feita pelo e-mail: ciclodedebates@yahoo.com.br. Na inscrição, o interessado deve indicar o nome, telefone ou e-mail para contato, profissão e/ou grupo/movimento ao qual pertence e o dia ou dias da programação para o(s) qual(is) está se inscrevendo. As inscrições que não indicarem o(s) dias(s) do ciclo a que se referem não serão consideradas.
Confira a programação completa:
30/05 (segunda-feira), das 18h às 22h
Políticas para GLBT em tempos de fundamentalismos
Com Renato Baldin (vice-Presidente da Associação GLBT); Regina Soares Jurkewicz (Católicas pelo Direito de Decidir e PUC-SP); Maria Berenice Dias (Tribunal de Justiça do RS e Instituto Brasileiro de Direito de Família); Sérgio Gardenghi Suiama (Procurador da República e Procurador Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo).
31/05 (terça-feira), das 18h às 22h
Direitos sexuais e reprodutivos para lésbicas
Com: Cláudia Regina Garcia (Secretaria de Lésbicas/Associação GLBT); Neusa Cardoso de Melo (Rede Feminista de Saúde – Regional Minas Gerais e GT de Direitos Sexuais da Rede Feminista de Saúde); Regina Facchini (Unimcap e APOGLBT); Janaína Leslão Garcia (Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Sexualidades – NEPS/Assis).
01/06 (quarta-feira), das 18h às 22h
Masculinidades homossexuais
Com: Murilo Moura Sarno (Secretaria de Gays/APOGLBT); Júlio Assis Simões (Departamento de Antropologia – FFLCH/USP e Núcleo de Estudos de Gênero Unicamp); Fernando Bonassi (roteirista de cinema/ex-colunista da Revista da Folha – coluna Macho); Jorge Marcelo Oliveira (Grupo Identidade/Campinas).
02/06 (quinta-feira), das 18h às 22h
Travestis e transexuais: demandas relativas a identidade de gênero
Com: Alexandre Peixe dos Santos (Sec. de Travestis e Transexuais/APOGLBT); Bárbara Graner (Centro de Apoio e Solidariedade à Vida – CASVI/Piracicaba); Janaína Lima (Grupo Identidade/Campinas); Luiz Henrique Passador (Unicamp e APTA-Associação para prevenção e treinamento da Aids).
03/06 (sexta-feira), das 18h às 22h
Bissexualidades: demandas e sujeito político
Com: Regina Facchini (Unicamp); Fernando Seffner (Faculdade de Educação/UFRGS); Isadora Lins França (USP e APOGLBT); Eduardo Lourenço da Cunha (Espaço B/APOGLBT).
Dia 04/06 (sábado), das 14h às 18h
Políticas para juventude e diversidade sexual
Com: Ana Adeve (Jovens Feministas de São Paulo e Rede Jovens Brasil); Mário Felipe de Lima Carvalho (Grupo Prisma DCE Livre/USP); Carol Lima (E-Sampa/São Paulo); Eduardo Santarello (Jovens e Adolescentes Homossexuais/APOGLBT).
Folha Online
Cientistas brasileiros querem utilizar código de barras da vida
O alvo inicial da iniciativa, capitaneada por Sandro Bonatto, da PUC-RS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), e Fabrício Santos, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), são as cerca de 600 espécies de mamífero que o Brasil abriga. Mas todos os vertebrados estão na mira. Eles acabam de submeter o plano de uma rede nacional de códigos de barra de DNA ao CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), órgão federal de fomento à pesquisa, que deve dar seu veredicto no final do mês que vem.
Segundo o geneticista, uma das vantagens da nova técnica é diminuir a dependência em relação aos exemplares de referência de cada espécie, muitos dos quais estão em museus estrangeiros, de difícil acesso para quem trabalha no Brasil. Outro ponto positivo da rede seria incluir a pesquisa nacional num esforço mundial para mapear todas as formas de vida da Terra.
O “número de série” que os geneticistas propõem vem das mitocôndrias, as usinas de energia das células. Trata-se do gene citocromo-c-oxidase-I (COI, em forma abreviada), um pedaço de DNA com apenas 648 “letras” químicas, o que é muito pouco em termos genômicos. Ele está presente em todos os animais e sofre mutações em ritmo que permitiria a distinção entre duas espécies próximas.
“Assim como hoje existem os exemplares de referência no museu, seria possível atrelar o nome da espécie a essa seqüência de DNA”, afirma Bonatto. O plano inicial dos pesquisadores é associar o trabalho a coletas de novos espécimes em 15 ecossistemas –em princípio, seriam 10 mil indivíduos, entre animais e plantas, em cada um deles. Segundo Bonatto, isso geraria um crescimento dramático nos bancos de tecidos que existem hoje no Brasil.
“Além disso, 150 mil amostras permitiriam que a gente fizesse comparações entre as espécies e visse o que elas contam sobre a história evolutiva dos próprios biomas”, afirma Bonatto.
Problema de amostragem
No caso das plantas, o pesquisador explica que ainda é preciso definir qual o melhor candidato a código de barras. É que nelas o DNA das mitocôndrias sofre mutações de maneira bem mais lerda, o que inviabiliza seu uso. “Provavelmente, alguma região do DNA do cloroplasto [que faz a fotossíntese nas plantas] será mais adequada.”
Para Mario de Vivo, do Museu de Zoologia da USP, a iniciativa é bem-vinda, mas não deve ser uma solução mágica. “Acho ótimo que eles proponham isso, mas um dos problemas é a amostragem, e nós já temos uma amostragem gigantesca”, afirma. “Quanto mais a gente estuda os mamíferos sul-americanos, mais descobre que a coisa é mais complexa do que a gente imaginava: duas espécies viram quatro, outras duas viram uma. O problema é que essa definição de espécie também depende das hipóteses científicas que a gente faz, e isso o DNA sozinho não resolve”, avalia Vivo.
Segundo ele, o código de barras também facilitaria o combate o tráfico de animais e a biopirataria, identificando de forma relativamente rápida carne ou ovos de um animal silvestre, por exemplo.
REINALDO JOSÉ LOPES
Folha de S.Paulo
Unicamp cria antiinflamatório com base em planta brasileira
A erva-baleeira (Cordia verbenacea) –usada por pescadores no litoral das regiões Sul e Sudeste– é a matéria-prima do medicamento. Também é chamada de erva-da-praia e maria-milagrosa.
O creme surgiu de uma pesquisa realizada pelo CPQBA (Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas) da universidade. O princípio ativo da planta foi descoberto em 2001 e se chama alfa-humuleno.
O creme teve liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que classificou o produto na classe dos fitomedicamentos, que são fármacos que têm em sua composição apenas substâncias ativas extraídas de plantas, sem a mistura de princípios ativos sintéticos.
Segundo o coordenador da Divisão de Agrotecnologia do CPQBA, Pedro de Magalhães, são necessários 800 kg da erva para a obtenção de 1 litro de óleo essencial, que é o princípio do creme.
Foram plantados 12 hectares da erva no centro de pesquisas da Unicamp em Paulínia (SP), para garantir a extração de 120 litros anuais de óleo, suficientes para atender à produção durante esta fase de lançamento do produto.
Os pesquisadores precisaram de oito anos de esforços para adaptar o vegetal às novas condições de plantio, adequadas à produção do medicamento.
O equipamento utilizado na produção do óleo custou R$ 240 mil. O valor foi partilhado igualmente pela Unicamp e pelo Laboratório Aché –que comercializará o medicamento.
Agência Folha