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Uesc vai oferecer cursos de pós-graduação
O Departamento de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) vai realizar o Curso de Especialização em Economia de Empresas. As inscrições estão abertas no período de 15 a 31 de agosto, no Protocolo da Universidade, no térreo do Pavilhão Adonias Filho. Poderão se inscrever pessoas portadoras de diploma de nível superior, certificado de conclusão de curso ou concluintes de cursos de graduação, de duração plena. Serão disponibilizadas 25 vagas.
Segundo o professor Pedro Lopes Marinho, as mudanças verificadas nas empresas (tecnológicas, produção, mercados e gerenciamento) exigem profissionais cada vez mais preparados, atualizados e inseridos no contexto de globalização. Assim, o Curso vai proporcionar aos seus participantes uma visão estratégica da empresa através de uma sólida base teórica e adequado conhecimento.
Vão estar participando do curso os professores Antônio Góes, Andréa Gomes, Antônio Araújo, Cristiane Aparecida, Élson Mira, Everson Silveira, Francisco Mendes Costa, Gustavo Lisboa, Jaênes Miranda, José Miguel de Jesus, Josefina Maria, Mônica Pires, Mayana Brandão, Pedro Marinho e Sócrates Gusman. Todos os professores são Mestres ou Doutores.
Epistemologia e Fenomenologia
A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) está oferecendo, em nível de especialização, curso de pós-graduação em Epistemologia e Fenomenologia. As inscrições estão abertas até 2 de setembro a pessoas com graduação em Filosofia ou áreas afins, no protocolo geral da instituição, nos três turnos. Os candidatos serão selecionados por meio de prova escrita sobre textos indicados previamente, análise de curriculum vitae e entrevista fundamentada no anteprojeto de pesquisa, que será aplicada por banca examinadora constituída pelo Departamento de Filosofia e Ciências Humanas.
O curso, com disponibilidade de 30 vagas, terá carga horária de 360 horas, distribuída em 24 créditos. As aulas, com o início previsto para 10 de outubro deste ano, serão ministradas no turno noturno, ao longo de três semestres letivos, de acordo com a distribuição das disciplinas que compõem a estrutura curricular. As inscrições poderão ser feitas diretamente pelo candidato ou por procuração ou, ainda, pelos Correios, via Sedex, desde que atendam às exigências de documentação.
Informações mais detalhadas junto ao protocolo geral da Universidade ou no site www.uesc.br
Agora
ACI faz parceria para proteger seu patrimônio
De acordo com o presidente da Associação Comercial, José Leite de Souza, a parceria com empresa demonstra a visão aberta dos empresários Jeriel Silva Santos e Aidil Freitas Matos, sensíveis à necessidade da preservação do patrimônio histórico cultural da Cidade. Além do prédio, também o acervo literário, da biblioteca Sosígenes Costa, documentos do início do século passado e o mobiliário da casa estão garantidos.
Agora
Uesc terá seminário de Gestão em Turismo
O seminário Gestão em Turismo: Debates e Tendências, dirigido a professores, estudantes e profissionais da área será aberto na quinta-feira, às 19 horas, com uma palestra sobre “Políticas Públicas para o Turismo Nacional”, com Milton Zuanazi, secretário nacional de Políticas de Turismo.
O evento contará com a participação do presidente da Bahiatursa, Cláudio Taboada, que fará a conferência de abertura com o tema “Tendências do Turismo da Bahia”.
Segundo a professora Josefina Vervloet Fontes, coordenadora do seminário, o objetivo é promover a discussão sobre as organizações que compõem o cenário turístico, proporcionando a alunos, professores e ao trade turístico um debate sobre sustentabilidade, com vistas a incentivar o ensino, pesquisa e extensão.
Tendo em vista o contexto de crescimento do turismo no Brasil, a professora destaca o grande potencial que pode ser otimizado na região sul baiana, inserida em uma vasta reserva de Mata Atlântica, com belas praias e um expressivo patrimônio histórico-cultural.
“Mas as perspectivas da Região Cacaueira, centradas em Ilhéus e Itabuna, têm seu futuro condicionado à infra-estrutura, ficando visível a necessidade de investimentos de capital capazes de manter a procura e o crescimento do setor”, adverte.
A Região
Ilheense é campeão brasileiro de duathlon terrestre de 2005
Prefeitura faz gastos altos sem licitação
A empresa Comercial de Alimentos Calmonense, da cidade de Miguel Calmon, por exemplo, tem empenho (processo 3912 de 1 de junho de 2005) de R$ 350 mil e já recebeu R$ 175 mil referente a compra de cestas básicas, sem licitação.
A Landex, de Lauro de Freitas, tem dois empenhos (processo 942 de 19 de maio) que totalizam R$ 1.290.692,63, dos quais recebeu R$ 196.316,60, para fornecimento de medicamentos, sem licitação.
A Bahia Mister, uma empresa de segurança de Salvador (processos 849 de 5 de maio e 2905 de 4 de maio), tem contrato de R$ 200 mil para prover 100 seguranças para a secretaria de Educação e outro igual para a de Saúde.
Já recebeu duas parcelas de R$ 99.500 (R$190.000) só da Educação, sem licitação. Recebeu outros R$190 mil na Saúde.
A Tecno Importação (processo 3340 de 13 de maio), outra de Salvador, tem contrato de R$ 400 mil por venda de material elétrico, sem licitação.
A Silva Mendes Produção e Eventos, de Porto Seguro, (processos 4738 de 23 de junho e 4756 de 27 de junho), recebeu R$ 350 mil por show de Gang Cidade, Arriba Saia, É Só Filé, A Preferida, Cleyton e Camargo, Cipó Caboclo, Cueca Branca e Melaço de Cana, sem licitação.
Outra compra suspeita é a de calças para o programa Peti, processo 4524 de 17 de junho, este com carta convite para três empresas, no valor de R$ 78 mil.
O valor unitário ficou em R$ 39, suficiente para comprar uma calça de grife no comércio local. As três empresas são de Itabuna e uma delas é fábrica de camisetas.
Existe ainda um processo, o 1075 de 7 de junho, com empenho de R$ 163.548 destinado à “distribuição de remédios a pacientes carentes”, que já pagou R$ 16.206 mas não tem anexada nenhuma nota fiscal.
A Região
Luciana comprou lingerie com verba pública
A denúncia foi apresentada à Promotoria de Justiça da Comarca de Ilhéus pelo vereador Alisson Mendonça e pelo presidente do Movimento pela Ética na Política de Ilhéus (MEP), Magno Lavigne.
Na denúncia apresentada ao Ministério Público eles informam que em 6 de maio de 2005 a secretária de Governo, Luciana Reis, tomou como adiantamento para despesas da secretaria R$ 8.000 em dois processos sequenciais (3032 e 3033) de R$4.000 no mesmo dia, prestando contas em 2 de junho de 2005 através da Comunicação Interna nº 347/05.
A prestação de contas foi vistada e assinada pelo prefeito Valderico Luis, pai de Luciana, dando o aceite. Uma das coisas que chamam a atenção na prestação de contas da secretária é a compra de um “short doll de oncinha” numa loja de produtos eróticos.
“Ou seja, com o dinheiro público foi comprada uma peça íntima de uso muito privado, já que a referida loja é na verdade um Sex Shopping, onde é vendida toda a sorte de produtos eróticos”, lembram.
Ela também comprou vasos e flores na loja Momentos Presentes, um buquê de R$ 70 na floricultura Cio da Terra, um jogo de toalhas e tapetes de banheiro na Casa Melo, onde também gastou R$ 85 sem discriminação do produto na nota fiscal.
Para o vereador Alisson Mendonça, trata-se de uma denúncia grave, que comprova o mau uso dos recursos públicos pela atual administração. Segundo ele, todos os meses se observam sérios indícios de uso irregular de verbas.
Muitas delas são de natureza gravíssima, mas esse caso chama a atenção pelo produto adquirido, já que claramente não é de interesse municipal comprar um produto erótico.
Magno Lavigne concorda com o vereador e complementa afirmando que esta denúncia é facil de ser comprovada, bastando observar a nota fiscal, “desmascarando o prefeito Valderico e sua filha e secretaria de Governo Luciana em sua sanha patrimonialista, onde a falta de limite entre o público e o privado ruboriza as pessoas de bem”.
Diante dos fatos, os denunciantes solicitaram ao Ministério Público que seja instaurado o procedimento cabível, “no afã de se fazer cumprir a legislação pátria”.
Segundo eles, o caso é tão grave e tão escancarado que não seria necessário sequer criar uma Comissão Especial de Inquérito, já que a própria nota comprova a compra.
Outras compras
Chama a atenção na prestação de contas o fato de a maioria delas ser feita em Itabuna, não em Ilhéus, e o tipo de despesa.
Luciana gastou R$ 1.094,65 em refeições feitas nos restaurantes Baby Beef (Salvador), Boca du Mar, Recanto Gaúcho e Costela na Brasa; na cabana de praia Narigas, no Sheik Bar e R$ 235 no restaurante de comida a quilo Kilo a Kilo.
Luciana também gastou R$ 1.886 em material de escritório nas lojas Master Livraria, Nossa Papelaria, Máxima Papelaria, Bestmicro e Construmar (todas seriam de Itabuna, mas a última não existe no catálogo telefônico.
Só uma Construmare, que vende material de construção, não de escritório. Luciana teria comprado nela cartuchos de impressora).
Outros gastos de Luciana foram R$ 407 em combustível nos postos Bavil e Universal; 6 cafés da manhã no Fiesta Bahia Hotel por R$ 114, e duas passagens aéreas para Salvador em nome de Michel Reis, compradas na Passos Tavares Turismo por R$ 493,10.
A Região
Justiça Federal pára obras em Praia de Olivença
Com o embargo a obra, prevista para ser inaugurada em outubro, pode ser atrasada e só ficar pronta depois do próximo verão, trazendo prejuízos para o turismo local, já que a falta de opções de lazer é a principal queixa dos visitantes.
Em sua decisão, o juiz federal da Vara Única de Ilhéus, Pedro Holliday, argumenta que o Complexo Turístico Praia de Batuba vem sendo construído em terreno da Marinha, de propriedade da União, sem autorização do órgão competente, que é a Gerência de Patrimônio da União (GPU), nem licença ambiental.
O juiz também alega que o projeto altera as características naturais da zona costeira e não tem Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).
Além de determinar a imediata paralisação das obras, o juiz fixou uma multa pecuniária no valor de R$ 1 mil no caso do descumprimento da decisão.
Ele diz que, além de seguir toda a burocracia, procurou fazer um empreendimento dentro de rígidas normas ambientais, utilizando recursos ecologicamente corretos, como o bambu.
Ele mostrou uma série de documentos e relatórios de órgãos, inclusive ambientais, autorizando as obras.
Quanto à exigência do RIMA, o empresário apresentou parecer do Procurador do Meio Ambiente da Prefeitura de Ilhéus, Mouzart Aragão Leite, que diz ser “dispensada a exigência do RIMA porque trata-se de reforma de barracas de praia, numa área que já foi degradada e antropizada desde à década de 70, bastando o relatório ambiental apresentado”.
Ednei Espírito Santo lamenta a decisão do juiz federal e acredita que o turismo de Ilhéus pode perder muito com o atraso das obras.
O projeto, assinado pelo conceituado arquiteto Ruy Cores, prevê a construção de estacionamento, palco para shows, bar, deck, restaurantes, lanchonetes, sorveteria, play ground, parque aquático e cabanas de varios estilos, como a boate Casa do Forró.
Para valorizar o folclore, no Completo Turístico de Batuba serão construídas barracas de produtos artesanais indígenas, uma das marcas de Olivença.
Além disso, está sendo implantada uma rede completa de tratamento de esgoto, algo inexistente nas outras praias. O empresário lembra que a estação não foi exigência de nenhum órgão, mas uma decisão da empresa.
Onde antes existia abandono e sujeira, hoje já se vê um gramado perfeito, uma obra inédita de captação turística e conforto para os visitantes.
Ednei descarta as especulações de que o empreendimento fará a “privatização” da praia. “A praia estará sempre aberta, com livre acesso para qualquer pessoa. Que de quebra terá uma opção de lazer organizado, bonito e seguro”.
O empresário lembra que antes de iniciar as obras existiam no local barracas que não eram padronizadas e nem sempre ofereciam bons serviços. A inauguração depende agora da decisão da justiça.
A Região
Ilhéus explode
Explode em Ilhéus um escândalo que tende a ganhar dimensão nacional e deverá enxotar do poder o prefeito Valderico Reis, eleito pelo PMDB, mas agora em posição política vacilante e aderente.
Valderico foi gravado e filmado pagando um mensalão, versão grapiúna, aos vereadores da Câmara municipal. O caso já está sendo encaminhado à Polícia Federal e ao Ministério Público com a fita gravada que comprova o crime.
A denúncia parte do presidente regional do PMDB, deputado Geddel Vieira Lima, que se deslocou de Brasília na quinta-feira, em avião de carreira, às pressas, para Ilhéus. Lá, tomou conhecimento em detalhes do escândalo, constatou a existência das provas e autorizou o encaminhamento delas para a PF e o Ministério Público.
Ao mesmo tempo, o secretário adjunto do partido, Fábio Rios Mota, encaminhou uma representação à direção regional do partido pedindo a expulsão do prefeito Valderico Reis, que foi acatada. Geddel encaminhou-a ao Conselho de Ética do PMDB.
PELO BRASIL QUE QUEREMOS
poder das mídias a serviço dos interesses dominantes, que buscam criminalizar os movimentos sociais e as ONGs. A extensão da tragédia política que se abateu sobre o povo brasileiro ainda está por ser avaliada, e certamente dependerá da capacidade que for demonstrada pelas instituições políticas e pela sociedade civil de
assegurarem a recuperação da credibilidade da vida pública no País, instaurando o primado da Ética na política, reformando radicalmente o sistema político brasileiro de modo a restaurar a sua legitimidade. Essa verdadeira re-fundação da República requer também a recuperação da soberania popular, de modo a que o voto popular recupere o poder de determinar mudanças reais das políticas. A democracia não pode se conciliar com a ditadura do pensamento único – que seqüestrou a gestão da economia – e muito menos com o seqüestro da política. Se prevalecerem os compromissos políticos espúrios, e se a razão cínica triunfar mais uma vez, é de se temer que a sociedade brasileira mergulhe numa perigosa etapa de desesperança e despolitização.
A crise brasileira não se reduz à degradação do Estado. A deterioração da vida da população e a fratura da solidariedade social – acentuadas pela repetida frustração das promessas de mudanças – mergulharam a sociedade brasileira numa espiral de violência, urbana e rural, que já atingiu níveis insuportáveis. Diante dessa guerra civil de fato, as ONGs estão determinadas a prosseguirem na luta contra as desigualdades que estruturam a sociedade brasileira – a injusta concentração de renda e de poder, a desigualdade racial e de gênero. Diante do dilema de encontrar o caminho certo, para não desprezar o sonho nem ignorar a realidade, não renunciaremos à grandeza de um investimento coletivo de décadas, construído tijolo por tijolo por antigos e por novos movimentos sociais.
A ABONG e suas associadas continuarão a investir prioritariamente no fortalecimento dos sujeitos coletivos da transformação social, de forma autônoma e não partidária.
Diante da crise política e de suas enormes implicações para o futuro do País, a ABONG tem procurado atuar, junto com os diferentes movimentos sociais, organizações populares, sindicatos e ONGs. Na “Carta ao Povo Brasileiro” e em recente manifestação contra o chamado “acordão”, afirmamos os pontos básicos do consenso entre essas organizações.
Reiteramos aqui a nossa exigência de completa apuração dos atos de
corrupção e a punição de todas as pessoas responsáveis, tanto no Estado quanto na iniciativa privada. Não compactuaremos com o desvirtuamento do projeto político de mudança nem toleraremos que a defesa da ética na política se torne monopólio de uma direita fantasiada de campeã da moralidade pública.
A Associação Brasileira de ONGs está disposta a somar-se a todas as organizações da sociedade civil e a todos os segmentos e instituições da sociedade brasileira que compartilhem os mesmos valores de defesa da Democracia, da Ética e da Justiça Social, na mobilização ampla de toda a sociedade, sem a qual se perderá esta histórica oportunidade de afirmação da democracia no Brasil.
