Percebendo a falta de informações sobre os reais motivos de escolhas profissionais dos alunos do primeiro semestre de todos os cursos, no contexto universitário, a Faculdade de Ilhéus realizou o Seminário Motivacional reunindo os calouros e os coordenadores dos cursos de Direito, Enfermagem, Nutrição, Psicologia, Administração e Ciências Contábeis, e de representantes dos diversos setores de serviços da instituição, sob a coordenação da psicopedagoga Nara Sandes Dórea. O evento aconteceu no auditório da Faculdade, no sábado, 23, e foi aberto pela professora Maria Luiza Heine, que exibiu filmes sobre a motivação no curso superior e falou sobre os cuidados que devemos ter na atuação profissional, a preservação da própria imagem e a necessidade de aprimorar a linguagem com leitura de livros, evitando tropeços da língua.
O professor Amarildo Morett, do curso de Administração, fez uma exposição baseada na relação entre a vida profissional e o mercado de trabalho. Para ele, “precisamos estar à frente do nosso tempo”. Ele questionou os estudantes sobre algumas reflexões, como: qual será o futuro da minha profissão daqui a 10 anos? Qual é a empresa que posso garantir que é promissora? Terei condições de ter o próprio negócio? Além disso, informou que, segundo estimativas, em um futuro próximo, apenas 25% da população economicamente ativa conseguirá registro na Carteira de Trabalho.
O professor Robson Vidal, coordenador do curso de Enfermagem, disse que “a profissão se confunde um pouco com o sacerdócio, a partir do momento que você vai desempenhá-la da melhor forma possível. Hoje em dia tem melhorado o reconhecimento do enfermeiro, até porque foi uma profissão que começou nos primórdios da história com as prostitutas, porque ninguém queria cuidar de leproso, ninguém queria cuidar de feridos de guerra. Então, colocavam as prostitutas por achar que elas não tinham merecimento ou respeito. Com o passar do tempo, as senhoras de caridade, hoje em dia representada por algumas instituições, passaram a assumir esse cuidado com os enfermos, e em seguida, as freiras dos monastérios e conventos, até surgir as primeiras escolas. É uma profissão que hoje exerce um caráter totalmente diferente que antes, a partir da introdução do conhecimento cientifico”, acrescentou.
Robson Vidal ressaltou que hoje um dos campos que está mais aberto ao profissional de enfermagem, “e tem futuro na nossa região, é a questão de saúde do trabalho, para você trabalhar com as empresas. Grandes concursos chegam a oferecer salários de 8 a 10 mil, mas exigem no mínimo a Especialização em Saúde do Trabalhador”, explicou. Por sua vez, a coordenadora do curso de Psicologia, Sandra Neves Nunes, disse que o objetivo da Faculdade é formar um profissional generalista. “A ideia que a gente tem não é só consultório particular, isolado. A gente faz clinica em saúde publica, faz clínica dentro de hospital, a gente acompanha uma pessoa ou grupo”, observou.
Para Daniela Haun, coordenadora do curso de Direito, “o operador do Direito é o único alicerce para o próprio estado democrático de Direito. Nós trabalhamos pela garantia à vida digna, o direito à liberdade. E o curso possibilita vários caminhos. Você pode entrar na advocacia, ministério público, magistratura, vida acadêmica, enfim, vários caminhos. Só depende de você. “
Elifaz Anunciação, coordenador do curso de Ciências Contábeis, afirmou “que é preciso ter uma metodologia de aprendizagem para somar, criar uma base em cinco anos para toda uma vida. Precisamos ter planejamento”, enfatizou. “A gente trabalha com lei todo dia, toda hora, e com um negócio chamado tributos. Tributos, impostos, geralmente ninguém tem muitas informações sobres isso, nem com relação à tributação da pessoa física”, observou.
Falaram ainda o coordenador do curso de Administração e diretor da Faculdade de Ilhéus, prof. Almir Milanesi, o secretário acadêmico Paulo Castro, a bibliotecária Maria José Nunes, o técnico de Laboratório Geraldo Soares, o Prof. Fabiano Portela, responsável pelo setor de Tecnologia da Informação, e a Profª Cristiane Nunes, que abordou os projetos de extensão, a exemplo do Interdisciplinar, com uma temática a cada semestre, e o Projeto Rondon, que a instituição participa todos os anos desde a sua reativação pelo Ministério da Defesa.