Sindicacau conclui negociação salarial com indústrias moageiras

Após cinco meses de intensas negociações, o Sindicato dos Trabalhadores nas indústrias de alimentação de Ilhéus, Itabuna e Uruçuca (Sindicacau), conseguiu finalizar sua campanha salarial 2009, com data base no mês de junho. Após uma série de discussões, assembléias e manifestações, as propostas finais das empresas foram aprovadas pelos trabalhadores.
Os trabalhadores da Delfi Cacau Brasil de Itabuna tiveram reajuste salarial de 6%, ticket alimentação de R$ 387, e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 2.600. A Cargill concordou com o reajuste salarial de 6%, ticket alimentação de R$ 380 e PLR de 1,4% do salário. Já a Barry Callebaut ofereceu 6% de reajuste salarial, ticket alimentação de R$ 380 e PLR de R$ 1.300. A ADM Joanes manteve o mesmo reajuste e valor do ticket, mas determinou PLR de 1 salário do trabalhador.

Segundo o presidente do Sindicacau, Luiz Fernandes Ferreira Andrade, os trabalhadores já sabiam que teriam uma campanha salarial bastante difícil, por conta da crise mundial. No entanto, ele ressalta que as indústrias moageiras de cacau não estavam inseridas neste contexto, pois o consumo do produto aumento nos últimos meses em todo o mundo. “Os empresários diziam que não era momento de se discutir salários e benefícios, e sim de se pensar em reduzir custos e manter seus empregos”, conta Luiz Fernandes.

Ele disse que durante todo o processo de negociação com as empresas, o Sindicacau se manteve firme e mostrou sua força, através de mobilizações, paradas pontuais e protestos nas portas das fábricas. Algumas empresas chegaram a pedir reforço policial e se utilizaram de alguns instrumentos para impedir os protestos. No entanto, apesar das pressões e ameaças sofridas, os trabalhadores mantiveram seus posicionamentos.

A partir de agora, o Sindicacau entra na campanha salarial da Inaceres, do grupo Agroceres, que beneficia palmito em Uruçuca. Esta campanha em como data base o mês de outubro.

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