O que nos torna sociáveis é a capacidade de comunicação mútua, quando colocamos em dia o noticiário que ocorre ao nosso redor. Através de um bate-papo, por exemplo, ficamos sabemos que Marcão (filho da dep. Ângela Sousa) casou-se; Que, Zerinaldo Sena comprara 50% das ações da Rádio Bahiana; Que, o procurador Luís Carlos parcelara os precatórios trabalhistas da PMI; Que, Carlos Massarollo é candidatissímo a Deputado Federal; Que, Alisson Mendonça está prestes a se graduar em Direito; Que, Malthez de Ataíde domina o horário do meio-dia com o Programa Fatos em Detalhes; Que, Vila Nova e Gil Gomes caminham numa disputa acirradissíma pela audiência no horário da manhã (pela competência de ambos, quem vem ganhando é o ouvinte); Que, a Prefeitura ainda este ano estará convocando os concursados aprovados; Que, Newton Lima e família curtiram bastante o Trivela e ainda ganhou um alô do meu rei Durvalino; Que, dia 24/07 o Diário de Ilhéus faz 10 anos de fundação e, que no sábado, dia 25, a partir do meio-dia, no Iate Clube, haverá um almoço de confraternização do único diário da cidade (nossos parabéns antecipados); Que, Antônio Carlos Rabat ancora no PT já como pré-candidato a prefeito em 2012, etc. Com tal dinâmica interagimos com os fatos, fazendo comentários segundo nossas crenças e, se possível, até alimentando. O que seja correto e verdadeiro não custa até repassar e multiplicar.
Às vezes, por desvios de caráter, muitas pessoas passam à frente uma versão indiscreta do que ouve. Chamamos isso de fofoca. E, citamos alguns exemplos: Semana passada especulou-se ali mesmo na praça J.J. Seabra (que decreto de “Praça da fofoca”), a queda dos secretários Carlinhos Freitas (Serviços Urbanos e Trânsito), Marcos Correia (Comunicação) e José Nazal (Governo). Seria o início da reforma administrativa. Nada, absolutamente nada, passou de intrigas de desafetos e fofoqueiros de plantões que diariamente assinam o ponto na praçinha. Que vai haver uma mini-reforma e que, cabeças vão rolar, não há dúvidas. Porém, os nomes não são e não devem ser estes.
Carlinhos Freitas, apesar do seu jeitão rude, é um dos secretários que mais se destaca no governo, justamente por suas ações e luta. Tem sido um ‘pau’ pra toda obra; Marcos Correia tem cumprido com suas atribuições e seguido as orientações do próprio Newton Lima. Portanto, não há motivos para a sua substituição e muito menos dúvidas sobre sua competência. Já, José Nazal continuará colaborando com o prefeito, porém, sendo deslocado, provavelmente, para a Setur.
Aliás, na Praça da fofoca vem saindo várias pérolas, tipo: Que, Newton Lima comprou uma fazenda em Barro Preto, que comprou um apartamento e já mora em Salvador e que já é sócio da Empresa de ônibus São Miguel; Que, Jabes Ribeiro está em negociação com o Pr. Adilson Neves, numa sociedade na FM Conquista; Que, Fred Gedeon III já ganhou na Justiça uma ação contra a Record e, que a FM Cidade já seria dele (Fred); Que fulano é corno; Que cicrano é bicha. Imaginem os senhores, que até o meu nome foi instrumento de fofoca grave para inviabilizar a nossa gestão junto ao Sindicato dos Radialistas e, tantas outras baboseiras. Quem tem boca não vaia apenas Roma. Quem tem boca fala o que quer. Falar e anunciar as coisas sem provar é fácil. Difícil é comprovar. Se você, fofoqueiro, não prova nada, o melhor é ficar caladinho. Já estamos de saco cheio de: “me falaram, me disseram, eu soube, contaram por ai, estão falando”… blá, blá, blá. Se não sabe, fique sabendo: Fofoca dá processo e cadeia!
E, como identificar esses fofoqueiros? Normalmente tem um brilho de malícia no olhar e prazer em contar o fato pelo lado da maldade. Mais fácil ainda é identificar o conteúdo da fofoca. Uma pessoa que comenta ou inventa algo sem prova, sem fundamento algum, simplesmente não merece crédito. Apesar da frase de que aonde há fumaça, há fogo, é leviano qualquer tipo de especulação maldosa. E, aqui não estamos descartando nenhuma possibilidade do que se fala na Praça da fofoca, porém, é preciso muita cautela no que se diz e, principalmente no que se ouve.
Não cabe, aqui, incorrermos no erro do fofoqueiro, somente julgando-o; porém é preciso ressaltar que, socialmente, a fofoca é uma comunicação deturpada praticada por alguém que, em tese, não tem o que fazer. Ou pior: o que faz é destruir o próximo. Porque a língua do fofoqueiro faz estragos federais, como implodir a reputação de um ser humano honesto, principalmente quando o fofoqueiro ‘planta’ noticias para ferir.
No uso de minhas atribuições como munícipe e articulista,
DECRETO:
Art.1º – A praça J.J. Seabra passa a ser denominada oficialmente, a partir desta data, Praça da fofoca.
Art.2º – Revogam-se as disposições em contrário.
Escritório da minha casa em Ilhéus, 20 de julho de 2009, 475º de Capitania e 128º de elevação à Cidade.
20 de julho de 2009.
Elias Reis
eliasreis.ilheus@gmail.com