AÇÃO PODE DAR A TUPINAMBÁS 47 MIL HECTARES DE TERRAS

1- ÁREA COMPREENDE OS MUNICÍPIOS DE ILHÉUS, BUERAREMA E UNA

2 – TERRAS CONCENTRAM PEQUENOS E GRANDES EMPREENDIMENTOS

3 – EX-PRESIDENTE DO BC, ARMÍNIO FRAGA, TEM NEGÓCIOS NA REGIÃO

É tenso o clima entre índios, fazendeiros e donos de imóveis e hotéis na região compreendida entre Olivença, em Ilhéus, e o Maruim, no município de Una.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) publicou no Diário Oficial da União (DOU), dia 20 de abril, um resumo de um relatório circunstanciado de delimitação de terra índigena tupinambá em Olivença.

A publicação reconhece o estudo conduzido pelos antropólogos Jorge Luiz de Paula, Juliana Gonçalves Melo e Susana Dores de Mata Viegas. E o que diz esse estudo? Aponta que toda a região de aproximadamente 47 mil hectares pertence aos tupinambás.

O documento foi publicado há exatamente um mês e os fazendeiros e donos de empreendimento na região têm prazo de 90 dias para apresentar contestação. O grupo se uniu e contratou uma antropóloga argentina para conduzir o estudo de contestação.

Donos de propriedades na região foram ouvidos pelo Pimenta. A área tem aproximadamente 620 propriedades rurais e centenas de empreendimentos imobiliários e hoteleiros pertencentes a pequenos e médios empresários e grandes grupos nacionais e gente como o ex-presidente do Banco Central do Brasil, Armínio Fraga.

Para se ter uma idéia, do que hoje existe do balneário ilheense de Olivença apenas não estaria incluso em área delimitada e reconhecida pelo trio de antropólogos como terras tupinambás o pequeno trecho do balneário compreendido entre a praça Cláudio Magalhães e beira-mar.

O clima é de tensão, empresários, proprietários de fazendas e autoridades estão bastante preocupados. O tema foi discutido durante uma sessão na Câmara de Vereadores de Ilhéus, esta tarde.

A área em litígio é quase o equivalente ao disputado por índios pataxós e fazendeiros na região de Camacan, Pau Brasil e Itaju do Colônia (54 mil hectares).

É muito pano para manga e falta esclarecimento por parte da Funai. Os atingidos também contestam o estudo e dizem que ele é cheio de falhas. O tema será abordado com maior profundidade no www.pimentanamuqueca.com.br está semana.

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