Governador vai a Índia mostrar as potencialidades da Bahia

O governador Jaques Wagner desembarca no próximo dia 21, em Nova Deli, capital da Índia, a convite do Vice-Presidente Executivo da Bahia Mineração (BAMIN), Clovis Torres. Com o objetivo de estreitar as relações comerciais da Bahia com aquele país, o governador irá acompanhado dos secretários da Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo, do Meio Ambiente, Juliano Matos e do Chefe de Gabinete do Governador, Fernando Schmidt. A comitiva terá uma agenda repleta de encontros com empresários locais e autoridades indianas.

O primeiro encontro oficial será no dia 22 com um grupo de cerca de 50 empresários, na sede da Federação do Comércio e Indústria da Índia (FICCI). Na oportunidade, Wagner fará uma apresentação sobre as possibilidades de investimento no território baiano. Tecnologia da informação, fármacos, agricultura, mineração, infraestrutura e projetos em energias renováveis são as áreas de interesses dos indianos. À noite, o governador e sua comitiva, participam de um jantar oferecido pela FICCI e pela Bahia Mineração.

No dia 23, Wagner embarca para a cidade de Goa, onde terá um encontro com o Ministro Chefe da localidade. Após a audiência, ele visitará possíveis parceiros da Bahia na área mineral. O Governador encerra a agenda do dia com um jantar oferecido pela Bahia Mineração e possíveis investidores.

No dia seguinte (24), o governador seguirá para a cidade de Mumbai, de onde embarca para Londres. Na capital inglesa, já no dia 25, ele será o convidado especial de um jantar oferecido por empresários interessados em investir na Bahia, entre eles Pramod Argawal, um dos acionistas da Bahia Mineração. O retorno para a Bahia está previsto para o dia 26.

A Bahia Mineração

A Bahia Mineração (BAMIN) é uma empresa nacional com capital pertencente a Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC) e a Zamin Ferrous (do empresário Pramod Argawal), cada uma com participação de 50% das ações. Com um investimento total de US$ 1,5 bilhão de dólares, ao iniciar a operação do Projeto Pedra de Ferro, no município de Caetité, a 757 quilômetros de Salvador, a empresa fará da Bahia o terceiro estado em produção de minério de ferro no Brasil. A mina deverá produzir, anualmente, entre 15 a 20 milhões de toneladas de minério.

A previsão é que o Projeto inicie a construção a partir de janeiro de 2010 e suas operações a partir de julho de 2012. Serão oito mil empregos diretos gerados na etapa de construção de todo o projeto, e mais de 1.800 empregos diretos quando a mina entrar em operação.

A mina e a usina de concentração da Bahia Mineração (BAMIN) serão instaladas a uma distância de aproximadamente 30 km de Caetité. Para suprir as necessidades de água do Projeto Pedra de Ferro, a BAMIN terá um sistema de suprimento de água industrial que percorrerá cerca de 150 km. Visando garantir a exportação do minério de ferro concentrado, a empresa construirá um terminal de embarque privativo na região de Ponta da Tulha em Ilhéus.

Toda a produção mineral será escoada para o porto pela Ferrovia Oeste-Leste, que já teve seu traçado definitivo apresentado pelo Governo Federal. Ela vai ligar o município de Ilhéus, na Costa Atlântica a Figueirópolis, em Tocantins. A Bahia Mineração é uma empresa âncora do projeto da ferrovia, que vai percorrer, ao todo, 1,5 mil quilômetros, atravessando 32 municípios baianos distribuídos por 1,1 mil quilômetros. As obras do primeiro trecho da ferrovia, que ligará Caetité a Ilhéus, serão iniciadas em 2010.
Preocupação com o meio Ambiente
Diante da sua extensão, o Projeto contempla importantes biomas do estado, como a Caatinga, o Cerrado, a Mata Atlântica, além de zonas de transição entre os ecossistemas.
Tendo em vista o perfil da atividade que será desenvolvida, a BAMIN assume a responsabilidade de minimizar os impactos gerados nas suas intervenções e promover programas de conservação da natureza, de responsabilidade social e de desenvolvimento sustentável.
Dessa forma, a BAMIN vai além do cumprimento dos requisitos legais necessários ao licenciamento ambiental. Desde sua origem, a empresa adotou como princípios fundamentais para atuação de forma ambientalmente e socialmente responsável, os Princípios do Equador, nos quais são contemplados a proteção da biodiversidade e adoção de mecanismos de prevenção e controle de poluição, a adoção de sistemas de segurança e saúde ocupacional, a avaliação de impactos socioeconômicos e o respeito aos direitos humanos.

Relação comercial Bahia X Índia
De acordo com dados do Centro Internacional de Negócios da Bahia (Promo), em 2008, o Estado da Bahia exportou para a Índia mais de US$ 32 milhões. Produtos químicos e petroquímicos, como a Acrilonitrila e o Buteno, e pedras preciosas foram os principais itens exportados para o país asiático. Ainda segundo dados do Promo, a Bahia é o nono estado do Brasil que mais fornece produtos para a Índia.
Já na importação, a Bahia comprou da Índia Gasoleo (Óleo Diesel), Óleo de Rícino e Álcool Láurico (Álcool Graxo Industrial). O estado é o oitavo do Brasil no ranking das importações.

A BAHIA

DADOS DE ÁREAS GERAIS DO ESTADO
ÁREA: 564.692 km²
EXTENSÃO DA COSTA: 1.188 km
MUNICÍPIOS: 417
POPULAÇÃO (QUARTA MAIOR DO BRASIL): 13,8 milhões
POPULAÇÃO URBANA: 66,5%
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 23,8 habitantes/km²
CAPITAL – Salvador: 2,8 milhões de habitantes

AS DEZ MAIORES CIDADES DA BAHIA (POPULAÇÃO ESTIMADA EM MILHÕES DE HABITANTES)
1. Salvador – 2.8 (capital)
2. Feira de Santana – 571.997
3. Vitória da Conquista – 308.204
4. Juazeiro – 230.538
5. Camaçari – 220.495
6. Ilhéus – 220.144
7. Itabuna – 210.604
8. Jequié – 145.964
9. Lauro de Freitas – 144.492
10. Porto Seguro – 114.459

A Bahia tem a terceira maior economia do Nordeste, responsável por um terço do PIB da região e mais de 50% das exportações.

Em 2004 e 2005, o crescimento do PIB baiano superou os índices nacionais. A partir daí, as taxas de crescimento do estado jamais foram menores que as verificadas pelo país como um todo.

BAHIA NA AMÉRICA LATINA
PIB EM 2006 (US$ BILHÕES)
1º Brasil 1.067
2º México 839
3º Argentina 214
4º Venezuela 182
5º Chile 146
6º Colômbia 136
7º Peru 93
8º Bahia 47
9º Equador 41
10º Guatemala 35
11º República Dominicana 31
12º Costa Rica 22
13º Trinidad e Tobago 20
14º Uruguai 19
15º El Salvador 18

Balança Comercial
A Bahia também se apresenta como uma ótima opção para quem deseja produzir e também fornecer ao mercado brasileiro. Por ser o quinto maior estado do país em extensão territorial e fazer fronteiras com outros oito estados da Federação, facilita a distribuição nacional da sua produção. Dos estados do Nordeste, a Bahia é o que se encontra mais próximo da região Sudeste – principal fornecedora de insumos e maior centro consumidor do país – e também está mais ao sul da região Nordeste, portanto próxima dos estados do Norte, Nordeste e Sudeste do país.

A BAHIA E SUA INDÚSTRIA: SEGMENTOS
Mineração
Dentre os estados brasileiros, a Bahia é o que tem o conhecimento mais avançado sobre sua geologia e potencial de recursos minerais, além de ser um dos principais produtores de bens minerais do país. É o primeiro produtor de cobre (74.000 toneladas/ano), cromita (407.493 toneladas/ano), magnesita (332.369 toneladas/ano) e urânio (380 toneladas/ano) e o terceiro maior produtor de ouro (4,0 toneladas/ano). É também um importante produtor de petróleo, mármores e granitos, barita, manganês, talco e sal-gema. Recentemente, foram descobertas concentrações significativas de zinco, níquel, ouro, fosfato, titânio, vanádio, nefelina sienito, calcário calcítico, argilas cerâmicas e areia silicosa de alta pureza.

MINÉRIO CAPACIDADE ATUAL CAPACIDADE POTENCIAL
COBRE 74.000 ton/ano 90.000 ton/ano (2009)
CROMITA 407.493 ton/ano 500.000 ton/ano (2008)
FOSFATO 100.000 ton/ano 130.000 ton/ano (2008)
MAGNESITA 332.369 ton/ano 430.000 ton/ano (2008)
OURO 4,0 ton/ano 6,0 ton/ano (2009)
URÂNIO 380 ton/ano 800 ton/ano (2009)
NIQUEL CONCENTRADO 147.000 ton/ano (2008)
MINÉRIO DE FERRO 80.000.000 ton/ano (2008)
BENTONITA 120.000 ton/ano 240.000 ton/ano (2009)
MANGANÊS 2.500.000 ton/ano (2009)

Químico e Petroquímico
Este é um dos setores industriais mais importantes da economia baiana, pois representa 52% da produção industrial do estado, sendo responsável pela geração de 25 mil empregos diretos. Hoje, 35% das exportações do Estado da Bahia são provenientes do segmento químico e petroquímico. No Pólo Industrial de Camaçari, encontra-se um dos maiores complexos petroquímicos integrados da América Latina, com um faturamento anual em torno dos US$ 15 bilhões. Reúne 34 empresas ligadas ao setor, com capacidade de produção de 11,5 milhões de toneladas ao ano e outras 26 pertencentes a outros segmentos industriais, a exemplo da Ford, Caraíba Metais, Ambev, Bahia Pulp, Bridgestone e Continental, responsáveis por mais de 150 produtos diferentes, dos quais se destacam resinas, fibras, fertilizantes e químicos. O Pólo responde atualmente por 30% do PIB da Bahia, com uma oferta de 15 mil empregos diretos e 20 mil indiretos.

Biodiesel
O Estado da Bahia conta com fatores que possibilitam o incremento da produção do biodiesel, como a disponibilidade de áreas agrícolas e condições climáticas e logísticas favoráveis, a experiência na produção de óleos vegetais e a capacidade de instalação de pesquisa. O Governo criou um programa de incentivos específico para o setor, além de contar com experiência em projetos de agricultura familiar, através do qual podem ser gerados cerca de 45 mil empregos no campo.

Etanol
O Governo da Bahia criou um programa específico de estímulo à produção e industrialização açucareira e de álcool, com base na ampliação dos incentivos previstos na política industrial do estado. Ao mesmo tempo, a iniciativa privada vem dando sinais de interesse na expansão do segmento no território baiano, tendo como principais áreas as regiões do Sul, Oeste, Baixio de Irecê e Recôncavo. O mercado estadual possui um amplo terreno a ser explorado, já que a Bahia importa 80% do álcool que consome e busca a auto-suficiência.

Confecções
Considerando o tipo de matéria-prima utilizada pelo setor têxtil brasileiro, constata-se que cerca de 70% é fibra de algodão, 25% fibras artificiais e sintéticas e 5% composto de linho, lã e seda, dentre outras. Segunda maior produtora de algodão no ranking nacional, a Bahia vem atraindo diversas empresas para este segmento, impulsionando a cadeia produtiva têxtil e fazendo do estado um forte pólo promissor e competitivo neste segmento. A Bahia exporta fibras naturais, sintéticas e artificiais para grandes mercados consumidores como China, Paquistão, Indonésia, Japão e Taiwan. O sucesso da cotonicultura baiana deve-se a características naturais como solo, clima, topografia e pluviosidade, associada ao bom desempenho e experiência acumulada dos produtores.

Eletrônico e Informática
O Governo da Bahia põe em prática ações para fortalecer o Pólo de Informática de Ilhéus e estimular a atuação de novas empresas no setor, dentre as quais a reformulação do decreto nº 10.985, de março de 2008. Entre os principais objetivos do Governo está promover uma maior integração entre empresas, instituições de pesquisa e ensino locais, melhorar a capacitação, otimizar os investimentos em planejamento e desenvolvimento e potencializar a produção da inovação. Analisando o mercado, o potencial de cada indústria e a realidade local, pretende-se desenvolver um projeto para o segmento com a participação do Governo do Estado, Prefeitura e representações empresariais.

Agroindustrial, Turismo e Infra-estrutura
Bahia, um estado com infra-estrutura para o crescimento e o desenvolvimento dos seus negócios.
A infra-estrutura e as condições de logística oferecidas pela Bahia permitem mobilidade e eficiência na distribuição de produtos para todo o Brasil, Mercosul, América Latina, Europa e África, além de contribuírem significativamente para o melhor desempenho dos negócios no estado. Tudo isto se traduz em menores custos logísticos para as empresas.

Centros Industriais
A Bahia dispõe de 16 distritos industriais dotados da infra-estrutura necessária à implantação e ao desenvolvimento de cadeias produtivas, permitindo ainda a interação de empresas que exercem atividades complementares, adequando elementos de logística e fornecimento de energia, matérias-primas e mão-de-obra.
DISTRITOS/PÓLOS E CENTROS INDUSTRIAIS ÁREA DE ATUAÇÃO DISTÂNCIA PARA CAPITAL DISTÂNCIA PARA PRINCIPAL PORTO
CAMAÇARI Química, petroquímica e produção automobilística. 50 km 35 km
ARATU Química, plásticos, têxtil, metal-mecânica, madeira, borracha, alimentos, metalurgia e medicamentos.
18 km
25 km
SUBAÉ Química, materiais plásticos, pneus, alimentos, granitos e agroindustriais. 109 km 110 km
ILHÉUS Eletro-eletrônicos, alimentos e serviços. 465 km 4 km
TEIXEIRA DE FREITAS Minerais não-metálicos, alimentos e serviços. 820 km 416 km
ALAGOINHAS Minerais não-metálicos, bebidas e plásticos. 107 km 120 km
POJUCA Moveleiro, alimentícios e serviços. 67 km 45 km
BARREIRAS Metalurgia e alimentos. 883 km 895 km
EUNAPOLIS Minerais não-metálicos, bebidas e plásticos. 666 km 255 km
LUIS EDUARDO MAGALHÃES Alimentos, metalúrgico, têxtil e serviços. 969 km 952 km
JUAZEIRO Alimentos, minerais não-metálicos, coureiro, madeireiro, metalúrgico e serviços. 511 km 8 km
VITÓRIA DA CONQUISTA Metalúrgico, minerais não-metálicos, moveleiro, químico plástico, alimentos, bebidas e serviços. 527 km 302 km
JEQUIÉ Alimentos, madeireiro, vestuário, coureiro, materiais plásticos. 360 km 340 km
SANTO ANTÔNIO DE JESUS Alimentos e calçados. 185 km 165 km
ITAPETINGA Calçados e reciclagem plástica. 571 km 182 km
ITORORÓ Calçados, granitos 541 km 152 km

Vantagens comparativas
• MAIOR PÓLO PETROQUÍMICO INTEGRADO NO HEMISFÉRIO SUL
• 3ª MAIOR REFINARIA DE PETRÓLEO DO PAÍS
• MAIOR COMPLEXO AUTOMOTIVO DO NORDESTE
• MAIOR PÓLO DE COMPUTADORES, ELETRÔNICA E TELECOMUNICAÇÕES DO NORDESTE (25% DA PRODUÇÃO NACIONAL DE COMPUTADORES)
• MAIOR FÁBRICA DE INSUMOS DE HERBICIDA DO NORDESTE
• 40% DA PRODUÇÃO DO GÁS NATURAL DO NORDESTE
• 30% DAS EXPORTAÇÕES NACIONAIS DE FRUTAS
• MAIOR PRODUTOR DE BOVINOS E CAPRINOS DO NORDESTE

FONTE: ATLAS PRODUZIDO PELA SECRETARIA DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E MINERAÇÃO DA BAHIA.

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