Agronomia da UESC fez um trote diferente

Cem mudas de espécies florestais nativas da Mata Atlântica foram plantadas por estudantes do curso de Agronomia da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC (Ilhéus-Bahia), às margens do rio Almada. A atividade fez parte do encerramento do programa de recepção ao calouro do curso.
De acordo com o professor José Adolfo de Almeida Neto, coordenador do Curso, “O objetivo foi envolver os novatos numa atividade prática de recuperação de uma área de proteção permanente (mata ciliar), despertá-los para a possibilidade de compensação das emissões de gases do efeito estufa provocados pelas atividades humanas, além de criar um sentimento de identidade com a Fazenda Almada, de propriedade da UESC e com a futura profissão, motivando-os a enfrentar os desafios para concluírem com sucesso sua trajetória acadêmica”.

Ao invés de aulas tradicionais os futuros agrônomos foram recepcionados com uma programação intensa de atividades visando a apresentação do curso e das áreas de atuação. A coordenação, com o apoio de um grupo de professores, preparou, na primeira semana de aula do semestre, uma programação diferente para recepcionar os seus calouros e integrá-los à vida universitária. As atividades da semana foram concluídas com visita à Fazenda Experimental do Almada, onde acompanhados pelos professores Gilton Argolo e José Adolfo onde serão conduzidas diversas atividades de apoio ao ensino, a pesquisa e a extensão.
Durante uma caminhada na Fazenda, o Prof. Gilton ministrou uma aula multidisciplinar de campo, envolvendo zoneamento agroecológico, legislação ambiental, solos, manejo e conservação de solos e das águas, produção de forragens, criação de bovinos, ovinos, caprinos e equinos em sistemas agrosilvopastoris, produção florestal, recuperação de áreas degradadas, topografia, construções rurais, criação de animais silvestres, administração rural e impactos ambientais das atividades agropecuárias, terminando com o plantio de arvores
Os alunos foram recebidos pelo diretor do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, prof. Alexandre Munhoz, conheceram a estrutura de apoio e as grandes áreas do conhecimento e de atuação profissional. Acompanhados pelos professores Célio Kersul e Adriana Ramos visitaram duas propriedades agrícolas. A primeira no município de Ubatã, onde viram cultivo da graviola, os tratos culturais, irrigação, colheita, armazenamento e a comercialização das frutas, na forma de polpa, para a indústria de sucos. Na segunda propriedade no município de Barra do Rocha, os discentes conheceram as atividades de uma pequena agroindústria, onde se fabricam doces em tabletes e compotas, oferecendo-lhes uma visão geral sobre todo o processo de industrialização de frutas, como o maracujá e a banana.
No Centro de Pesquisas do Cacau da CEPLAC (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), acompanhados pelo prof. George Sodré, visitaram o laboratório de controle biológico e ouviram do pesquisador Givaldo Niela detalhes sobre o desenvolvimento de produto comercial para controle do fungo Moniliophtora perniciosa, causador da “vassoura-de-bruxa”, (doença que ataca os cacaueiros da região) . O grupo conheceu ainda, a experiência de Raquel Moraes, na iniciação científica, com substratos usados na preparação de mudas de cacaueiros. Já o professor e pesquisador Sandoval Santana, apresentou um histórico dos trabalhos de pesquisa sobre solos no sul da Bahia No campus da UESC, os estudantes participaram das atividades da calourada da Universidade, organizada pela Gerência Acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação.

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