Prioridades nas ações que tragam resultados imediatos, com ênfase na geração de emprego e renda, aproveitando o grande potencial pesqueiro e aqüicola da região, foram as estratégias traçadas pelo presidente da Bahia Pesca, empresa ligada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), Isaac Albagli, na apresentação do plano de ações para a região de Ilhéus. A apresentação, que reuniu boa parte da imprensa regional no Iate Clube de Ilhéus, hoje (30), foi precedida de uma explanação sobre o papel da empresa em diversas áreas ligadas à pesca e à piscicultura.
No evento, foi dada ênfase à necessidade de construção do Terminal pesqueiro de Ilhéus, cujos investimentos previstos são de R$ 6,8 milhões com recursos da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap), e cujas obras deverão começar inda este ano. O terminal, reivindicação de mais de 15 anos, deverá ser construído na área do antigo porto, na Baía do Pontal, podendo abrigar não só embarcações pesqueiras da região, mas de outros estados, em passagem pelo litoral baiano.
No início da semana, em audiência com o ministro da pesca, Altemir Gregolin, em Brasília, o presidente da Bahia Pesca obteve a garantia de que ainda neste semestre, será contratado, pelo Governo federal, um Estudo de Viabilidade Econômica par o Terminal Pesqueiro de Ilhéus. “Isso sendo feito, no que, com toda certeza será provado, resta-nos elabora o projeto executivo para que antes do final do ano as obras posam ser iniciadas”, disse.
Isaac Albagli usa como argumento para a implantação do terminal pesqueiro em Ilhéus o fato de que o município está, geograficamente na metade entre os dois extremos do litoral brasileiro, e que o litoral baiano possui uma área de pesca de pouca considerada melhor do país, por ter uma plataforma oceânica mais próxima do litoral em relação ao resto do litoral brasileiro, sendo menos onerosa a atividade que nos demais estados. Atualmente a Bahia, estado com maior extensão de faixa litorânea do Brasil, é o 3° maior produtor de pescados no Brasil, sendo superado por Santa Catarina e Pará, respectivamente. “Aqui é o melhor lugar par se pescar no Brasil, mas infelizmente não temos um terminal pesqueiro”,. Explicou.
Outras prioridades – Além da construção do terminal pesqueiro, considerado o maior projeto no setor par região de Ilhéus, a Bahia Pesca enumerou outras atividades consideradas prioritárias para região. Segundo explicou Isaac Albagli, o potencial tanto pesqueiro como nas áreas de piscicultura é imenso e precisa ser explorado.
Um dos projetos diz respeito ao aproveitamento do potencial da Lagoa Encantada, região do Rio Almada, onde se pretende realizar experiências de povoamento com o Robalo, espécime de peixe nativo da região e facilmente adaptável ao cultivo em cativeiro. Outro projeto é a realização, em parceria com a Universidade de Santa Cruz (Uesc) da Estação Experimental da Fazenda Almada Na visita que fez ao reitor da Uesc, Antonio Joaquim Bastos da Silva,ele propôs um trabalho de parceria técnica para a implantação de programas de piscicultura, com a criação de alevinos em tanques-redes.
O presidente da Bahia Pesca destacou, ainda, o Programa Pró-Frota, que já possibilitou a que o estado obtivesse quaro grandes embarcações de pescas, com financiamento do Governo Federal, que vão atuar nas regiões de Itacaré e do Litoral de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Na visita que o secretário Nacional da Pesca deverá afazer a Salvador, no início do próximo mês, deverá ser assinado um convênio em que a Bahia Pesca dará capacitação aos pescadores para que possam operar esses equipamentos.