Bahia quer 100 mil agricultores na produção de biocombustíveis

O Governo da Bahia trabalha para dobrar, até o final de 2009, o número de agricultores familiares integrados ao Programa Biosustentável para produção de biocombustíveis, a partir de oleaginosas como dendê, mamona, girassol e amendoim. A informação foi dada por Ana Cláudia Gomes, da Superintendência de Agricultura Familiar, da Secretaria de Agricultura, Reforma Agrária e Irrigação, durante palestra na abertura do 2º Seminário da Rede Baiana de Biocombustíveis, nesta terça-feira, 18, no auditório do Centro de Pesquisa do Cacau, da Superintendência da Ceplac na Bahia, na rodovia Ilhéus-Itabuna.

Segundo a técnica da Suaf/Seagri, a Bahia pretende envolver 100 mil agricultores familiares ao projeto executado com a Petrobras no próximo ano, o que significará maior inclusão de famílias ao segmento de biocombustíveis, que atualmente conta 50 mil famílias com produção garantida. Na palestra, Ana Cláudia Gomes disse que a agricultura familiar era segmento que não tinha vez, por carecer de acesso, crédito e tecnologia situação que se alterou com o governo Jaques Wagner.

Na palestra de abertura, a diretora de Fortalecimento Tecnológico Empresarial da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, Telma Andrade, coordenadora do evento, enfatizou a necessidade de se vencer desafios da cadeia produtiva, daí a disposição do governo estadual em interiorizar as discussões sobre a produção de biocombustíveis. “É através de parcerias com a Ceplac, Uesc, Uefs, Sebrae, Cefet, Suaf/Seagri, FTC, Unifacs, UFBA e Seplantec/Sei, que abrimos o diálogo com produtores familiares e pesquisadores”, destacou.

DINAMISMO

Ao saudar os participantes, o diretor-geral Jay Wallace da Silva e Mota, afirmou que a Ceplac está aberta ao debate sobre o desenvolvimento regional e do País, apesar de diretamente vinculada ao cacau. “Poucos sabem que a instituição tem um forte trabalho de pesquisa e extensão em outras cadeias produtivas como dendê, com dez ações de pesquisa, do melhoramento genético ao processamento, com recursos financiados pela Petrobras”, afirmou.

O reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Abel Rebouças, reconheceu ser a Ceplac parceira em diversos projetos e fez um apelo para que os governos federal e estadual dêem mais apoio aos projetos desenvolvidos pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), que é pioneira na pesquisa com biocombustíveis. “Como dirigente do Fórum de Reitores digo que as universidades baianas têm projetos que merecem cooperação e estímulo. A Fapesb e a Secti têm que apoiar o grupo da Uesc pelo seu dinamismo”, afirmou.

Nesta quarta-feira, 19, segundo dia do evento, os movimentos sociais vão relatar suas experiências e também serão apresentados resultados de trabalhos de instituições de ensino e pesquisa. Ao final do dia será feita a síntese do seminário, apresentado o planejamento para o próximo e aprovada a “Carta de Ilhéus”. O 2º Seminário da Rede Baiana de Biocombustíveis é promovido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e Ceplac e tem como instituições parceiras: Seplantec/Sei, Uesc, Uefs, Sebrae, Cefet, Suaf/Seagri, FTC, Unifacs e UFBA.

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