Um artigo na Constituição Federal deveria ajudar e muito as pessoas impossibilitadas de arcarem com o alto custo dos preços dos remédios a receber a medicação gratuitamente do município. É o art. 196, que diz que “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”. Apesar deste artigo, poucas pessoas vêm se beneficiando na cidade de Ilhéus, como a doméstica Rita Lúcia de Lima, de 75 anos, que mensalmente é obrigada a comprar o seu medicamento “Reuquinol – 400 mg”, ao custo de R$ 55,13. “Sou aposentado do INSS e ganho R$ 415 por mês. Com esse dinheiro pago luz, água e ainda sou obrigada a comprar medicamentos para mim manter viva. Os postos médicos daqui de Ilhéus, nunca têm”, afirma Dª Rita.
Dª Rita Lúcia sofre de Artrite reumática e Lúpus eritematoso sistêmico há cinco anos e muita vez fica sem o remédio, pois o dinheiro não sobra, já que também paga aluguel e cria três netos.
A reportagem do Jornal do Radialista esteve na sede da Farmácia Municipal (Rua 14 de Agosto), e comprovou in loco não só a falta do medicamento Reuquinol, mas, de diversos outros medicamentos.
Como a lei é federal e vale para todo o país, independente de qualquer tipo de medicação, o certo é que a secretaria de saúde de Ilhéus não vem cumprindo à risca. Só resta uma alternativa: As pessoas que vem sendo prejudicadas deverão se dirigir à Defensoria Pública e entrar com pedido.
A Secretaria de Saúde de Ilhéus equipou e re-inaugurou completamente a nova sede da Farmácia Municipal. Prédio bonito, paredes pintadas, cadeiras para atendimento, ambiente climatizado e até mesmo uma rampinha para deficientes. Tem tudo. Só falta medicamentos necessários, principalmente o Reuquinol.
Fonte: Jornal do Radialista.