Nos dias 15 e 16 de setembro acontecerá a eleição para a escolha dos novos diretores do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Ilhéus, Itabuna e Uruçuca (Sindicacau). Os trabalhadores poderão votar das 7h às 16h, utilizando urnas instaladas dentro das empresas Cargill Cacau, Adm Joanes e Barry Callebaut, além da sede do Sindicacau em Ilhéus, e na Delfi Cacau Brasil (ex-Nestlé), em Itabuna.
O prazo para inscrição das chapas interessadas em concorrer na próxima eleição para o triênio 2008-2011 já foi encerrado, e apenas uma chapa foi inscrita. Intitulada como “Compromisso e Luta”, a chapa será composta por 28 diretores e presidida por Luiz Fernandes Ferreira Andrade (foto), atual vice-presidente do Sindicacau. Ele afirma que sua chapa traz como principal bandeira de luta, a redução da jornada de trabalho, o combate à terceirização nas empresas e ao assédio moral, a maior integração entre o sindicato e os trabalhadores, através da realização de atividades de esporte e lazer, além da transparência em todas as ações desenvolvidas.
Luíz Fernandes já é conhecido como um dos sindicalistas mais atuantes dos últimos tempos, e sua luta, junto aos outros trabalhadores, pelo respeito e qualidade de vida de cada um, tem sido constante. Ele foi o fundador e primeiro presidente do Sindicacau, em 1986, nomeado pelo então Ministro do Trabalho, com a incumbência de organizar a entidade sindical. Naquela época, foi realizada uma greve histórica, pela primeira campanha salarial das indústrias moageiras de cacau, que parou todas as empresas do distrito industrial. Luiz conta que naquela época, as empresas pagavam salário mínimo, os funcionários não tinham fardamento nem plano de cargos e salários.
Desde 1989, quando deixou a presidência do Sindicacau, ele sempre participou da Diretoria do Sindicato. Ultimamente, como vice-presidente da atual composição do Sindicacau, Luiz Fernandes coleciona outras importantes conquistas para os trabalhadores. A maior delas foi a vitória na luta pelos galpões da Itaísa, que passaram a pertencer aos trabalhadores, por conta de dívidas trabalhistas deixadas pela empresa.