O volume de recursos movimentado por intermédio de cartões cresceu 50% até março de 2008, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O saldo alcançou a marca de R$ 53,3 bilhões, contra R$ 35,7 bilhões de saldo registrado ao final de março de 2007. Ao final de março de 2006, o estoque somava R$ 27,9 bilhões.
Os dados foram divulgados nesta segunda pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).
O presidente da entidade, Felix Cardamone, afirmou que a ampliação do estoque de crédito beneficia principalmente os consumidores que parcelam as compras sem juros.
A pesquisa da Abecs aponta que a participação da compra parcelada sem juros cresceu 10 pontos percentuais nos últimos dois anos, passando de 55% das operações em 2006 para 65% neste ano. Os 35% restantes são divididos entre a modalidade rotativa e o parcelado com juros.
A pesquisa da entidade apontou ainda que, no acumulado deste ano até abril, a indústria de cartões registrou faturamento de R$ 114 bilhões. O valor é 25% mais alto sobre o registrado em 2007, quando a indústria obteve faturamento de R$ 91,5 bilhões.
O estudo indicou também que a taxa de juros dos cartões de crédito registrou média de 8,2% na modalidade parcelada dos cartões domésticos e de 7,2% no parcelado internacional.
Já entre os rotativos, a taxa média do uso doméstico foi de 10,9%, e no internacional foi de 9,6%.
Folha de São Paulo