Encontro aprova metas de emissão de gases-estufa

A 3ª Conferência Nacional do Meio Ambiente aprovou na madrugada deste domingo, em Brasília, o estabelecimento de metas de emissão de gases que provocam o aquecimento global pelo Brasil. O coordenador-geral do evento, Pedro Ivo Batista, essa decisão a mais polêmica do encontro, porque, de acordo com o Protocolo de Kyoto, o Brasil e outros países em desenvolvimento não estão obrigados a reduzir suas emissões, ao contrário dos desenvolvidos que, além de serem grandes emissores, o fazem a mais tempo.

“Foi um debate muito interessante porque parte da conferência achava que o Brasil não deveria definir nenhum tipo de meta e outra parte achava que, mesmo não sendo obrigatório, deveria. Depois de longo debate, definiu-se que o Brasil deve proceder assim para dar sua contribuição ao enfrentamento das mudanças do clima”, disse Pedro Ivo ao repórter Morillo Carvalho, da Agência Brasil.

Todo o material produzido será consolidado e apresentado em audiência pública com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. São mais 600 propostas que receberam 5 mil emendas e servirão de subsídio ao Plano Nacional de Mudanças do Clima. Pedro Ivo assegurou que a maior parte das ações propostas no encontro anterior foi adotada.

O governo brasileiro admite a responsabilidade de cada país no aquecimento global, mas entende que as ações devem ser diferenciadas, cabendo aos países desenvolvidos a maior parte das ações de redução de gases-estufa. Tanto que partiu do Brasil a adoção pelo Protocolo de Kyoto do mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL), pelo qual os países ricos podem compensar parte de suas emissões comprando certificados de projetos que evitam emissões nos países emergentes. O Brasil tem 285 desses projetos, equivalentes à não-emissão de 284 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) ou seu equivalente em outros gases-estufa.

DiárioNet

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