A partir desta quarta-feira (30) os bancos só podem cobrar vinte tipos de taxas diferentes dos correntistas; algumas passam a ser gratuitas. São medidas adotadas pelo governo para facilitar a vida do correntista. Mas quem trabalha no setor acredita que os bancos vão compensar a perda de arrecadação com aumento no valor das tarifas cobradas.
Toda vez que tira um extrato, a professora Francisca Santos se enche de dúvidas. Ela lê todos os itens que vêm descritos no papel e, muitas vezes, não entende a cobrança de algumas taxas e serviços. Tem gente que paga até R$ 35 reais só de taxas por mês.
Para facilitar a vida de quem tem conta nos bancos públicos ou privados, o Conselho Monetário Nacional divulgou novas medidas, que têm como objetivo disciplinar e tornar mais transparente a cobrança de tarifas bancárias.
São três resoluções que passam a valer a partir de amanhã. Os bancos só poderão reajustar tarifas a cada seis meses. Será proibida a cobrança de taxa para liquidação antecipada de algum contrato. E todos os bancos terão que padronizar os nomes das taxas cobradas dos correntistas.
Só vinte taxas poderão ser cobradas e algumas passam a ser, obrigatoriamente, gratuitas, como a 2ª via do cartão de débito — exceto se for pedido pelo correntista — e o fornecimento mensal de talão de cheque com até dez folhas.
“Eu acredito que eles vão nivelar as taxas por cima no último dia previsto, porque nos últimos anos os bancos têm tido uma lucratividade muito elevada e uma parte significativa dela vem destas tarifas. Com certeza eles não vão querer abrir mão delas”, afirma Euclides Neves, do Sindicato dos Bancários.
Ibahia