Ilhéus reage à sinalização da TAM em cancelar seus vôos no município

Devido a sinalização dada pela empresa de transporte aéreo TAM em deixar de operar no aeroporto Jorge Amado, de Ilhéus, até mesmo com os aviões A-319, o prefeito Newton Lima se reuniu em seu gabinete com representantes de vários segmentos organizados da sociedade com a finalidade de adotar medidas urgentes antes que a empresa decida suspender seus vôos com destino ao município ilheense. No encontro, estiveram presentes representantes da Câmara de Turismo da Costa do Cacau, Sindicato das Indústrias do Pólo de Informática, Associação Comercial, Costa do Cacau Convention & Visitors Bureau, Associação de Turismo, Câmara de Dirigentes Lojistas e Associação Brasileira dos Agentes de Viagens-seção Sul da Bahia.

Ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, foi enviado um ofício relatando que, a partir de julho de 2007, o aeroporto de Ilhéus, em função das inúmeras falhas ocorridas na aviação brasileira, sofreu grandes revezes, como redução de vôos para seus principais pontos de apoio, como São Paulo e Salvador, além do mais grave, que foi a perda de 110 metros da pista, na cabeceira nº 29. “Com essa redução, o comprimento anterior de 1.575 metros, passou a ter 1.465 metros, possibilitando o pouso apenas de aviões A-319 e não mais dos A-320 ou similares, que já vinham operando nesse aeroporto, permitindo o transporte de mais passageiros e porões com maior dimensão para o transporte de cargas. Outro ponto a considerar é que existem 62 aviões A-320 e apenas 15 aviões A-319”.

No documento é citado que no período de 2006 a 2007, o aeroporto Jorge Amado registrou um aumento expressivo de 32,2% no número de passageiros, mesmo os vôos tendo sido reduzidos, e que o Pólo de Informática de Ilhéus é responsável atualmente por cerca de 20% da produção nacional. E com a saída dos vôos A-320, os empresários enfrentaram sérios problemas, mas, se os vôos A-319 também forem cancelas, a situação ficará insuportável, inviabilizando o Pólo nas suas transações de importação e exportação de produtos.

Por fim, o prefeito Newton Lima e os representantes da sociedade civil organizada lembram ao ministro Nelson Jobim que, em outubro de 2007, com o aval da Infraero, vislumbrou-se uma solução de baixo custo para a recuperação dos 110 metros de pista perdidos. A solução, já viabilizada, seria a colocação de semáforos e cancela na BA-001,pista asfáltica perpendicular à cabeceira 29. Obra já executada, há necessidade urgente que V.Exª autorize à ANAC e ao DECEA a vistoria da obra, a fim de que se possa recuperar os 110 metros de pista suprimidos, permitindo a volta dos aviões A-320 e similares, retornando esse aeroporto à sua normalidade para transporte de passageiros e cargas, beneficiando todo o Sul da Bahia, com efeito multiplicador na economia dessa região”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *