A carga tributária atingiu 36,08% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2007, com alta de 1,02 p.p. (ponto percentual) sobre o ano anterior, informou nesta quarta-feira o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário).
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou hoje que o PIB de 2007 cresceu 5,4%, a maior taxa constatada desde 2004, quando houve crescimento de 5,7%. Já no último trimestre do ano passado, o PIB cresceu 1,6% frente ao trimestre anterior, e 6,2% em relação ao quarto trimestre de 2006. Em valores, o PIB brasileiro totalizou R$ 2,558 trilhões no ano passado.
Segundo as contas da entidade, os tributos federais foram responsáveis pela maior parte do crescimento dos impostos, com 0,97 p.p. do aumento. Os estaduais contribuíram com 0,04 p.p., e os municipais com 0,01 p.p.
O IBPT lembra que a carga seria ainda maior se a metodologia de cálculo do PIB não tivesse sido alterada, o que ocorreu no início do ano passado. Com a metodologia antiga, a carga tributária seria de 39,92%.
“Apesar da boa notícia do crescimento do PIB em 5,4%, é inadmissível que a carga tributária continue aumentando”, diz Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT. Enquanto o PIB per capita, cresceu 4% em termos reais em 2007, o brasileiro pagou 7,2% a mais de tributos no mesmo ano. “Se não houver imediata redução da carga tributária brasileira, o Brasil não terá condições de crescer no ritmo de outros países emergentes.”
De acordo com o IBPT, foi arrecadado R$ 1,053 trilhão em impostos no ano passado –sendo R$ 801,9 bilhões de impostos federais, R$ 214,7 bilhões de estaduais e R$ 36,3 bilhões de municipais.
O tributo com maior crescimento foi a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), com alta de 22,61%, para R$ 63,5 bilhões. Em termos absolutos, o Imposto de Renda foi o maior arrecadador, com R$ 229,3 bilhões.
Folha de São Paulo