Solicitada pelos empresários do Pólo de Informática de Ilhéus, a deputada estadual Ângela Sousa convocou uma audiência com o governador Jaques Wagner e seu secretariado, para buscar melhorias para o local. Nesta quarta-feira, 5, eles estiveram reunidos para falar sobre a logística do Pólo, a legislação e os impostos, além de sua revitalização como um todo.
Participaram da audiência, além do governador Jaques Wagner e da deputada Ângela Sousa, os secretários de Ciência e Tecnologia, Ildes Ferreira, de Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo, e da Fazenda, Carlos Martins, e o prefeito de Ilhéus, Newton Lima. Representando o empresariado, estiveram presentes Martial Câmara (Bitway), Carlos Valadares (Login), Charles Schaffel (Kellow), José Carlos Camargo (Notecel), Marcos Mituishti (Unicoba) e o presidente do Sinec, Gentil Pires.
A deputada Ângela Sousa afirmou que, apesar dos discursos e projeções oficiais sobre o Pólo de Informática de Ilhéus serem otimistas, os empresários ainda se defrontam com alguns problemas de origem que são frequentemente reclamados e denunciados. Ela citou como exemplos a infra-estrutura precária do Distrito Industrial, no que se refere à iluminação das vias de circulação interna, segurança e transporte para os funcionários; a carência expressiva de indústrias de suporte ao segmento; e o fato de as empresas não utilizarem o Porto de Ilhéus para o escoamento de sua produção e recepção da matéria-prima empregada, que em geral é adquirida no exterior ou em outros estados.
A parlamentar destacou, ainda, que a inexistência de um terminal alfandegado no aeroporto tem dificultado as importações de insumos e colocado as empresas menos competitivas no mercado, além de acarretar perda de emprego e receita tributária. Ela lembrou que o Pólo de Informática de Ilhéus foi criado em 1995 como uma alternativa de inovação industrial, capaz de solucionar a depressão econômica que a cidade atravessava. “No entanto, ainda estamos falando de uma alternativa frágil, que necessita de ‘vacinas ficais’ do Estado”, salientou Ângela Sousa.
O presidente do Sinec, Gentil Pires, afirmou que empresas de capital estrangeiro estão investindo no Pólo de Informática de Ilhéus, e algumas unidades instaladas em núcleos industrialmente consolidados já transferiram sua produção para cá, portanto, é necessário que haja maior atenção por parte do governo, para que as empresas permaneçam na cidade, e outras possam vir a se instalar em Ilhéus. “A única forma de conseguirmos competir com Minas Gerais, que já oferece os mesmos incentivos, é melhorando a infra-estrutura do nosso pólo e tentando criar legislação diferenciada”, disse Gentil Pires.
O governador Jaques Wagner se sensibilizou com as solicitações feitas pela deputada e o empresariado local, e se comprometeu a buscar as soluções mais viáveis e de curto prazo, a fim de impedir que mais empresas migrem para outras regiões. “Faremos o possível para que o Pólo de Ilhéus tenha a estrutura necessária para receber empresas de todos os portes, e que venha realmente a ser um marco para a economia da região cacaueira”, disse o governador.