Hoje, para cada 100 meninos fora da escola no mundo, há 115 meninas. As mulheres representam dois terços das pessoas analfabetas do mundo. As conseqüências vão além de dificuldades. Para elas, atingem seus filhos, meninos e meninas, e o desenvolvimento dos próprios países.
De acordo com o relatório anual Situação Mundial da Infância do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que será divulgado nesta segunda-feira (11) e neste ano destaca a necessidade da igualdade de gênero para o bem-estar das crianças, mais de meio milhão de mulheres morrem por ano em conseqüência de complicações no parto. E a probabilidade de morte de uma criança órfã de mãe é 10 vezes maior do que a de uma criança com mãe viva.
Apesar das dificuldades e preconceitos, as mulheres hoje já representam 40% da população mundial economicamente ativa no mundo. Na América Latina, são 50%.
Já a representação parlamentar no mundo ainda é quase insignificante para um grupo que representa a metade da população mundial. Apenas 17% dos parlamentares em todo o mundo são mulheres.
A preocupação do Unicef, um fundo destinado a infância, com o poder feminino tem uma razão central: quando as mulheres ganham mais dinheiro, elas investem mais do que os homens em seus filhos. E, quando as mulheres têm mais poder, elas tendem a trabalhar mais pelas crianças. ‘Aumentar a participação das mulheres na política é fundamental para promover igualdade de gênero, fortalecer a mulher e garantir os direitos da criança’, diz o relatório.