A manobra começou pela manhã, quando uma reunião a portas fechadas decidiu que só o relatório do sub-relator Marcus Paiva seria votado e o do relator Marcos Flávio, governista, seria ignorado.
Por 7×5 os vereadores rejeitaram o relatório de Paiva, que pedia a cassação do prefeito Valderico Reis com base em dezenas de provas de que houve desvio de dinheiro público através de cursos fantasmas.
A Comissão comprovou que parte de R$ 1,440 milhão foi desviado através de cursos de inglês e informática que não foram dados aos 8 mil alunos previstos no contrato.
Também havia indícios de que a licitação, feita, assinada e paga em poucas horas, foi dirigida.
Votaram pelo relatório e a cassação do prefeito Marcus Paiva, Carmelita Ângela, Jailson Nascimento, Alcides Krushewsky e Alisson Mendonça.
Votaram “pela pizza” Edson Caranha, Maria de Lurdes, Ademir Almeida, Zerinaldo Senna, Gilmar Sodré, Marcos Flávio e Cacá, que assumiu o posto depois que Joabs Ribeiro pediu licença por uma semana.
É mais um capítulo na triste história da Câmara atual, que já passou pelo escândalo da propina, outro cuja CEI acabou sem punir ninguém, nem mesmo Zerinaldo, que acusou os colegas de receber dinheiro sujo.