A Bahia vem ocupando desde 2003 posição de evidência no PIB nacional. Em 2004, por exemplo, o PIB nacional teve expansão de 4,9% e a Bahia 9,8%. Já em 2005, os índices foram de 2,3% e 4,9%, respectivamente. O PIB baiano representa 5,1% do nacional e corresponde a 36% do montante da região Nordeste.
Na região Nordeste, os estados da Bahia, Ceará, Maranhão, Piauí e Sergipe foram os que apresentaram os melhores resultados no PIB. No ranking geral, o Amazonas apresentou um crescimento de 11,5%, o Mato Grosso 10,2% e a Bahia 9,6%. O que o IBGE apresenta agora é o dado consolidado. Na Bahia esses números já eram conhecidos através da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
“A Bahia está entrando na terceira fase do seu desenvolvimento, que é mais centrada na produção de bens finais de alto valor agregado, como calçados e automóveis. Isso decorre da política de atração de empresas, internacionalização da economia com o crescimento das exportações e a maior participação do estado no volume das exportações nacionais”, analisou o secretário de Planejamento, Armando Avena.
O secretário afirma ainda que a modernização da pecuária e a profissionalização do turismo foram decisivos para que a Bahia alcançasse tal crescimento. “O estado produzia 800 mil toneladas de grãos em 1990. No ano passado, essa produção chegou a 5,6 milhões de toneladas”, exemplificou Avena.
Produção industrial
No ano passado, junto com crescimento do PIB, a Bahia apresentou também destaque na produção industrial. Houve um aumento de 10% em dezembro de 2005, em comparação ao mesmo período de 2004, contra um crescimento médio nacional de 3,2%.
Em 2006, os índices continuam crescentes. Os números já indicam um crescimento do PIB baiano de 3,5% enquanto o nacional ficará em torno de 3%. Até setembro a indústria havia crescido 4,2% e o comércio 8,7%.
Atualmente, a indústria responde por quase 50% do PIB do estado, seguida por serviços (quase 40%) e agropecuária. A Bahia detém a sexta posição na economia do país e a primeira do Nordeste. “No período de 2003 para cá tivemos a maturação da indústria de celulose e calçados e da agricultura. Esse foi um período em que grandes investimentos entraram em operação. Por isso temos índices acima da média nacional”, disse o superintendente da SEI, César Vaz.