Na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado, através da diretoria de Vigilância Epidemiológica e do Comitê Estadual de Mobilização no Combate à Dengue, está ultimando os preparativos para a campanha, que terá seu ponto alto sábado (18), “Dia D de Combate à Dengue”.
Os municípios baianos já estão engajados na campanha. Durante a semana, técnicos das secretarias municipais de Saúde estão distribuindo material informativo sobre a doença nas escolas e comunidades, e no sábado promoverão diversas atividades em pontos estratégicos, definidos em reuniões promovidas pelo Comitê Estadual de Mobilização de Combate à Dengue.
A primeira batalha contra o mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, começa em casa e deve ser travada por toda a população. Eliminar os depósitos de água parada, que ficam em vasos, lajes, calhas e garrafas retornáveis é essencial para evitar que o mosquito se reproduza e transmita a doença. A dengue é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectam anualmente, em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em conseqüência da dengue.
Dados recém-divulgados pela Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa) indicam que a Bahia teve 9.190 casos notificados de dengue até o dia 11 de outubro. Mesmo assim, a Sesab informa que o alerta deve continuar, porque hoje a situação pode estar relativamente calma, mas a dengue tem forma imprevisível. “Não é hora de baixar a guarda quanto ao combate aos focos do mosquito”, afirma a superintendente de Vigilância e Proteção à Saúde, Conceição Riccio. Todo cuidado é pouco, portanto, para que não se repita a epidemia de 2002, quando ocorreram, no País 776 mil casos da doença, com 145 óbitos.
Cuidados
A participação da população é fundamental neste processo. O combate à dengue se faz principalmente dentro de casa, eliminando recipientes com água parada que podem servir de criadouro para o mosquito transmissor da doença. Manter as lixeiras tampadas e secas, não jogar lixo em terrenos baldios, cobrir bem os pneus ou guardá-los em locais fechados são outras medidas importantes, conforme informam os técnicos da Sesab.
A Vigilância Epidemiológica adverte também para a necessidade de se procurar um serviço de saúde, sempre que as pessoas apresentarem sintomas suspeitos da doença – febre alta, fraqueza, dores nos músculos e nas articulações, falta de apetite, dores de cabeça, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas na pele. Todas os cidadãos que apresentarem esses sintomas devem procurar o serviço de saúde mais próximo, para o atendimento médico, a confirmação do diagnóstico e a conseqüente notificação da doença à Sesab.