Surf baiano e brasileiro está de luto

Olimpio Batista, mais conhecido como Olimpinho, longboarder baiano radicado no Rio de Janeiro, foi encontrado morto a tiros nesta terça-feira, dentro de um canal na Estrada do Urubu, em Curicica, na Zona Oeste do Rio.
Olimpinho foi morto com cinco tiros nas costas. Seu carro, um Parati, foi encontrado na Cidade de Deus com marcas de tiros pela polícia, que ainda não tem suspeitos.
O velório acontece na capela do Pechincha, bairro Freguesia, Rio de Janeiro. O enterro será às 14 horas desta quarta-feira no Cemitério do Pechincha, rua Benevente, 307.



A história de um vencedor olímpico

Ídolo do surf baiano nos anos 80 onde conquistou cinco vezes o título de campeão baiano de surf profissional, Olimpio Batista interropeu sua carreira como surfista profissional devido à falta de investimento no surf da Bahia. Incentivado por amigos, seguiu para o Rio Janeiro para novamente tentar a sorte no surf.
Lá, começou a trabalhar e morar numa fábrica de prancha de um conhecido, porém a renda era pouca e Olimpinho mal tinha tempo para surfar, esporte ao qual dedicou a sua vida.
Olimpinho voltou a se encontrar como o surf quando começou a trabalhar na escolinha de Rico de Souza. Ali, tinha mais contato com o mar e pôde voltar a treinar.
Baiano carismático, era fácil se encantar com Olimpinho. Várias alunos foram iniciados pelo surfista, até então um shortboarder.
Um dos alunos, o empresário Ari Svartsnaider, começou a ajudá-lo e depois de ter aulas particulares com o baiano. Ari insistia que Olimpinho deveria migrar para o pranchão, mas Olimpinho relutou até o dia que foi presenteado pelo mesmo com um longboard e uma viagem para a Costa Rica.
Naquele momento iniciava-se uma grande amizade e os primeiros passos de Olimpio sobre um pranchão. Sua adaptação foi rápida, afinal, Olimpinho era um surfista de mão cheia.
Ao percer a evolução e talento de Olimpio, Ari decidiu investir mais na carreira do longboarder. “Olimpinho, tenta obter o visto para os Estados Unidos que nós vamos para o Hawaii no final do ano”, afirmou Ari.
Olimpinho estava pronto para realizar o sonho de todo surfista, ir ao Hawaii.
“Como um baiano, negro e sem um tostão no bolso vai conseguir um visto para o
Estados Unidos? Mesmo com uma declaração de Ari, como vão acreditar que eu
não vou decidir ficar por lá”, pensou o baiano. Mas contra todas as probabilidades, ele conseguiu o visto.
Olimpinho conseguiu vaga num campeonato local na praia de Haleiwa graças à
uma desistência. Olimpinho supreendeu vencendo bateria após bateria até a final.
Era clara a vitória do baiano na final, mas o evento terminou sem um resultado. Divulgaram o resultados e a vitória do mais novo campeão do longboard apenas 15 dias depois.



Retornando ao Brasil, Olimpinho tinha de volta a carreira de surfista profissional, agora como longboarder.
Ainda pouco conhecido na modalidade, Olimpinho surpreendeu novamente ao derrotar o tricampeão mundial Colin McPhillips no Red Bull Longboard International 1999, disputado na Barra da Tijuca.
Esta vitória rendeu o título de campeão brasileiro de longboard e o dinheiro que faltava para terminar de construir sua casa na praia da Macumba.
Casa que acolhia diversos amigos conquistados ao viajar pelo Brasil e o mundo em busca do título mundial de longboard.



Ainda pouco conhecido na modalidade, Olimpinho surpreendeu novamente ao derrotar o tricampeão mundial Colin McPhillips no Red Bull Longboard International 1999, disputado na Barra da Tijuca.
Esta vitória rendeu o título de campeão brasileiro de longboard e o dinheiro que faltava para terminar de construir sua casa na praia da Macumba. Casa que acolhia diversos amigos conquistados ao viajar pelo Brasil e o mundo em busca do título mundial de longboard.

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