Jornais seculares são digitalizados pelo Museu Casa do Sertão

O Museu Casa do Sertão, da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), está digitalizando edições de jornais antigos, alguns publicados há quase 150 anos. A iniciativa, explica a bibliotecária Ana Martha Machado Sampaio, além de atender a um número cada vez maior de pesquisadores que recorrem ao acervo, visa preservar os exemplares, em especial os que apresentam maior desgaste em função do manuseio. O material produzido será colocado à disposição do público em CDs e através da internet.
Os exemplares fazem parte do acervo da Biblioteca Setorial Monsenhor Renato de Andrade Galvão, que tem o nome do primeiro vice-reitor da Uefs. A digitalização é feita através de processo manual que exige paciência e dedicação. O trabalho consiste em fotografar cada página dos jornais (em arquivo do tipo JPG).
A conservação de documentos antigos não permite a exposição à luz, como a proveniente de flash fotográfico, de fotocopiadoras ou de scanners. A maioria dos jornais é de Feira de Santana. Dentre eles, o Folha do Norte, tido como o mais antigo da Bahia ainda em circulação, com exemplares datados de 1909.
Outros jornais em processo de digitalização são: O Feirense (1862), Cidade da Feira (1888-1889), O Propulsor (1897-1902), Gazeta do Povo (1891-1893), O Progresso (1901), O Republicano (1912), Folha da Feira (1932-35), O Coruja (1956), Feira Livre (1979), O Dia a Dia (1985-86), O Propulsor (datado da primeira metade do século XX) e Feira Hoje (1970-1997).
Conforme Cristiana Barbosa de Oliveira Ramos, diretora do Museu Casa do Sertão, serão digitalizados ainda os recentes Folha do Estado e Tribuna Feirense (ambos em circulação), além de números de revistas como O Cruzeiro e Manchete e de periódicos como O Pasquim.
A Biblioteca Setorial Monsenhor Renato de Andrade Galvão possui um acervo com 4.916 exemplares referentes à história de Feira de Santana e região, cultura popular e literatura de cordel. O catálogo pode ser conferido no Sistema de Bibliotecas e acessado através da internet (www.uefs.br). O museu possui ainda documentos manuscritos e impressos como cartas de alforria, provisões imperiais, declarações de compra e venda e relatórios de entidades feirenses seculares, dentre outros.

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