A onze dias das eleições, o governo anunciou nesta quarta-feira a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, com uma série de medidas para a população com mais de 60 anos, que representa 17,7 milhões de eleitores. Na cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabatinou o ministro Agenor Álvares (Saúde), causando constrangimentos ao seu subordinado.
Depois de o ministro encerrar a leitura do seu discurso, Lula pediu que ele permanecesse ao microfone para responder a algumas perguntas. “Fique aí”, ordenou o presidente, apontando o dedo para o ministro. Embora estivesse lançando o programa e não discutindo sua implementação, o presidente levantou uma série de dúvidas sobre a eficácia das medidas.
Depois de o ministro encerrar a leitura do seu discurso, Lula pediu que ele permanecesse ao microfone para responder a algumas perguntas. “Fique aí”, ordenou o presidente, apontando o dedo para o ministro. Embora estivesse lançando o programa e não discutindo sua implementação, o presidente levantou uma série de dúvidas sobre a eficácia das medidas.
Entre outras coisas, Lula quis saber se haveria fiscalização do Ministério da Saúde para garantir que a internação domiciliar –prevista no pacote– não será usada “por alguns malandros que tomam conta de hospitais no país” para se negarem a atender aos idosos.
“Tem que ter uma fiscalização muito dura para que o responsável pela rede hospitalar, para se ver livre do velhinho, mande ele para casa, para não pagar a diária [hospitalar]”, disse o presidente. Em seguida, Lula sugeriu que o ministério “crie instrumentos de fiscalização para que uma benfeitoria não se transforme numa coisa a ser aproveitada por alguns maus gestores que existem neste país”.
Diante dos questionamentos, o ministro brincou. “O debate não é bem comigo, mas tudo bem!”. E prosseguiu: “A malandragem está sempre sendo criativa para fraudar os recursos públicos, mas vamos tomar todas as providências”. O presidente também pediu para o ministro explicar o que significava internação domiciliar e como as pessoas seriam atendidas em casa.
No discurso que se seguiu à “sabatina”, o presidente se incluiu entre os idosos, ao afirmar que no dia 27 completará 61 anos, e ressaltou que seu governo teve o mérito de tirar do papel o Estatuto do Idoso. “O Estatuto ficou muito tempo paralisado [no Congresso] e nós aprovamos. Fomos criticados, mas o dado concreto é que se o país não cuidar das suas crianças e não cuidar das suas pessoas da terceira idade, não estará cumprindo com a sua função”, disse.
“Tem que ter uma fiscalização muito dura para que o responsável pela rede hospitalar, para se ver livre do velhinho, mande ele para casa, para não pagar a diária [hospitalar]”, disse o presidente. Em seguida, Lula sugeriu que o ministério “crie instrumentos de fiscalização para que uma benfeitoria não se transforme numa coisa a ser aproveitada por alguns maus gestores que existem neste país”.
Diante dos questionamentos, o ministro brincou. “O debate não é bem comigo, mas tudo bem!”. E prosseguiu: “A malandragem está sempre sendo criativa para fraudar os recursos públicos, mas vamos tomar todas as providências”. O presidente também pediu para o ministro explicar o que significava internação domiciliar e como as pessoas seriam atendidas em casa.
No discurso que se seguiu à “sabatina”, o presidente se incluiu entre os idosos, ao afirmar que no dia 27 completará 61 anos, e ressaltou que seu governo teve o mérito de tirar do papel o Estatuto do Idoso. “O Estatuto ficou muito tempo paralisado [no Congresso] e nós aprovamos. Fomos criticados, mas o dado concreto é que se o país não cuidar das suas crianças e não cuidar das suas pessoas da terceira idade, não estará cumprindo com a sua função”, disse.
Medidas
A internação domiciliar anunciada hoje pelo governo depende de parceria entre a União e os municípios. O Ministério da Saúde se compromete a repassar R$ 50 mil por equipe para se adquirir equipamentos e materiais necessários ao atendimento. Após a implementação o valor será reduzido para R$ 20 mil. Neste ano, o governo estima constituir 100 equipes, o que custará R$ 50 milhões de investimento e R$ 24 milhões de custeio.
O governo também lançou uma caderneta que será distribuída aos idosos e que constará todas as informações sobre os pacientes. Serão confeccionadas 50 mil cartilhas.
ANDREZA MATAIS