SEMINÁRIO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS REALIZADO NA FACULDADE DE ILHÉUS

Estudantes e professores do curso de Ciências Contábeis participaram na noite de quarta-feira (27), de um seminário sobre o mercado da contabilidade, realizado no auditório da Faculdade de Ilhéus, situada no km 1,5 da rodovia Ilhéus/Una. O evento foi aberto pelo professor Ismeraldo Pereira de Souza, mestre de cerimônia, que falou sobre a profissão do contabilista e prestou uma homenagem à categoria pelo transcurso dos 60 anos de criação do Conselho Federal de Contabilidade, através do Decreto-Lei 9.295.
O diretor geral da Faculdade, professor Almir Milanesi, e o presidente do Cesupi – Centro de Ensino Superior de Ilhéus, Dauri Frisso, participaram o evento. O primeiro palestrante foi o professor Elifaz Pereira Anunciação, que abordou o tema “Consultoria de Micro e Pequenas Empresas”. Segundo ele, numa amostragem feita em Ilhéus, 75 por cento das empresas instaladas no município são micro e pequenas empresas. “Dificilmente uma empresa começa grande”, disse ele.

Anunciação explicou que “uma consultoria é um processo interativo de um agente de mudança, externo à empresa, que assume a responsabilidade de auxiliar nas tomadas de decisões”. O consultor pode ser externo ou interno. “O externo tem mais facilidade para dizer o que quer, embora possa ter dificuldade em obter informações”. Além de conhecimentos específicos, são exigidos do consultor, organização, liderança e motivação.

A segunda palestra foi realizada pelo economista Gilvan Tavares Gonzaga, sobre o tema “Uma Nova Administração Pública”, na qual abordou novas características das estruturas das administrações públicas. Para ele, a busca da felicidade se dá através do desenvolvimento econômico sustentável, que depende de decisões de políticas públicas. “Com a evolução da sociedade, os governos estão se adequando aos novos modelos econômicos, priorizando o equilíbrio fiscal, a organização das contas públicas e novas metodologias administrativas. Quem não se adequar, vai ficar para trás”, adverte o professor. Citou Nova Zelândia como maior modelo de gerenciamento do mundo atual. Falou também que o Estado responsável tem princípios da economicidade, novos modelos de organização, combate ao desperdício, mecanismos de controle e participação popular. “É importante a participação popular, para que as pessoas tomem conhecimento das coisas que acontecem e a partir desse conhecimento possam cobrar e exigir serviços das administrações publicas. Mas foi categórico: “É preciso que haja transparência governamental, que tem que ser colocada em prática”.
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Para o professor Gilvan Tavares “O Estado Contemporâneo interfere pouco na economia, mas coordena o processo de produção e normatiza essa economia. É desenvolvimentista, busca parcerias, prima pela qualidade dos serviços e permite a participação popular”. Sobre os ensaios da reforma no Brasil, disse que alguns pilares ainda estão acontecendo, a exemplo da construção da capacidade administrativa. E conclui: “A Lei de Responsabilidade Fiscal se constitui num manual de decência e é um marco nisso”.

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