Só conluio de fiscais e mesários poderá fraudar urnas eletrônicas

Professores e cientistas denunciaram a falta de transparência do processo eleitoral, sem possibilidade de conferência dos resultados.
Mesmo não sendo apresentadas provas ou indícios de possíveis alterações nos resultados das urnas eletrônicas, ainda pairam dúvidas sobre o processo eleitoral utilizado nas eleições brasileiras desde 2000. Fala-se em manipulação dos disquetes, invasão de hackers e alterações nas totalizações.
No dia 1º de outubro, 5. 559 municípios terão os dispositivos prontos, após uma logística que envolveu aviões, helicópteros, barcos, lanchas e caminhões na distribuição de 430.000 unidades em todo o País. Na Bahia serão utilizadas 34.587 divididas entre 30.600 zonas e o restante para emergências.
Raimundo Vieira, diretor-geral do TRE/Bahia informa que o processo de lacração dos sistemas no TSE, em Brasília teve a presença dos representantes dos partidos políticos e coligações, OAB e Ministério Público Eleitoral. Para garantir que os programas utilizados nas urnas eletrônicas sejam os mesmos apresentados e lacrados no TSE, utilizam-se os resumos digitais (hash), assinaturas digitais e cópias dos programas guardadas em um cofre do TSE.
Para ele, é tecnicamente impossível qualquer tipo de fraude no processo, a não ser que, haja em uma seção eleitoral acordo entre mesários e representante de partido (com a falta de um deles), para inserir votos de eleitores faltosos, utilizando seus números, o que se torna hoje pouco provável de acontecer. Antes da votação, em cada seção zera-se a urna e a fita é juntada a outra com a totalização. Os resultados são enviados para a central, on-line, e as mídias seguem imediatamente.
Em toda a Bahia serão 114.556 mesários para atender uma média de 9.200.000 eleitores, distribuídos em 28.639 seções, e a partir do dia 20 as urnas eletrônicas começarão a receber a carga com as tabelas de votação, fotos de candidatos, relação de eleitores para o pleito do dia 1º de outubro. O custo das eleições é de R$ 22 milhões, dos quais R$ 6,5 milhões só em pessoal.
Mecanismos de segurança – O resumo digital registra o número de caracteres de um programa, e, sendo alterado, o tamanho do resumo é modificado, denunciando o erro. Depois dos processos de compilação e assinatura digital dos programas de inteligência, o TSE gera os resumos digitais, entrega-os aos representantes dos partidos, da OAB e MP, publicando-os em seu site. Também ocorre a gravação dos programas e resumos digitais em mídias não regraváveis, para auditoria posterior, se for necessário. As mídias são acondicionadas em invólucro lacrado, assinado pelos representantes do TSE e das entidades e agremiações, e armazenado em cofre da Secretaria de TI.
A verificação da assinatura digital ocorrerá durante a cerimônia da geração de mídias e carga das urnas eletrônicas – realizadas no TSE – 48 horas antes do início da votação.

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