A produção pesqueira da Bahia, no ano de 2005, foi de 45,6 mil toneladas, apresentando um acréscimo de 5,2% em relação ao último levantamento, realizado em 2003, que registrou 43,3 mil toneladas. Os peixes representaram 70,5% deste total, seguidos dos crustáceos (26,7%) e dos moluscos (2,7%). Também cresceu a frota pesqueira do estado, hoje com 10.142 embarcações, um aumento de cerca de 25% em comparação a 2003.
Os dados são do Estatpesca 2005, projeto de monitoramento da atividade no estado, realizado pela Bahia Pesca, vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, com parceria da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), fundação Prozee, Ibama/Projeto Tamar e Federação dos Pescadores e Aqüicultores do Estado da Bahia.

O monitoramento da pesca no estado é realizado de três formas: pelo controle de desembarque da produção; pelo controle de pescaria, no qual busca saber as artes de pesca utilizadas pelos pescadores; e pelo preço da primeira comercialização. “O Estatpesca é uma ferramenta importantíssima para a gestão dos recursos pesqueiros, na medida em que auxilia o processo de tomada de decisões políticas por parte do governo como do setor produtivo”, declara Max Stern, presidente da Bahia Pesca.
No que se refere ao conhecimento estatístico dos recursos pesqueiros ocorrentes no estado, a atividade é totalmente artesanal e oriunda, principalmente, de canoas e embarcações de pequeno porte (entre sete e 10 metros de comprimento), com propulsão a remo, vela e motor. A frota pesqueira baiana se distribui sobretudo nas baías de Todos os Santos e de Camamu, e entre os municípios de Valença (baixo sul) e Mucuri (extremo sul).
O levantamento da produção foi realizado em 30 municípios, compreendendo 79 localidades pesqueiras do litoral da Bahia e abrangendo 346 pontos de desembarque de pescado. A região do baixo sul se destacou como a principal produtora de pescado em 2005, com cerca de 9,9% do total do estado.