Vereadores dizem que pressão não vai intimidar a CEI

Membros da Comissão Especial de Inquérito(CEI), instalada na Câmara Municipal de Ilhéus, que apura denúncia de desvio de verbas na prestação de cursos de inglês e informática na rede municipal repudiam declarações da secretaria de finanças, Alexandra Gonçalves, que afirma que membros da CEI querem espetáculo. O presidente da Comissão Jailson Nascimento e o sub-relator Marcus Paiva afirmam que as investigações não irão se contagiar por declarações políticas e que as apurações serão levadas até o final com rigor e decência para dar uma satisfação coerente a sociedade.
Jailson diz que os vereadores não têm interesse em aparecer e sim em exercerem o seu papel que é de fiscalizar. “Se fiscalizar o erário público é espetáculo é porque este governo não entende o que é gestão pública”. O vereador e sub-relator Marcus Paiva complementa revelando que a secretaria de finanças Alexandra Gonçalves foi tratada com respeito e cordialidade pela Câmara quando prestou depoimento, “o que não justifica as suas declarações inconsistentes”.
Os vereadores apontaram falhas na licitação para a contratação dos cursos de inglês e informática, onde a empresa Kato e Maciel saiu vencedora. Segundo os membros da CEI o edital deveria ter tido maior publicidade, com divulgação em jornais de circulação estadual e até nacional devido o valor expressivo do contrato – R$ 1.440.000,000, eles dizem ainda que por conta do valor da licitação ela não deveria ter se realizado com apenas duas empresas. Outro ponto falho foi a modalidade da licitação, que exigiu apenas o menor preço, quando na opinião dos vereadores, deveria ter sido analisado também a capacidade técnica da empresa, com observância da sua experiência no ramo e currículos dos professores.
Outra questão levantada foi a falta de assinatura de um dos membros da comissão de licitação em uma das atas e também a ausência de testemunhas na assinatura do contrato entre a empresa Kato e Maciel e a Prefeitura. “É por tudo isso que o governo municipal afirma que a CEI quer fazer espetáculo, mas nós não vamos nos intimidar por pressões e o que estiver errado eles vão ter que ser responsabilizados. O povo não pode ser punido por más administrações”, finaliza Marcus Paiva.

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