Seu principal adversário, Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou dois pontos para cima, e agora tem 27%. Heloísa Helena (PSOL) foi de 11% para 10%.
As variações dos três candidatos ficaram dentro da margem de erro do levantamento, de dois pontos percentuais para mais ou menos.
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Com 50%, Lula alcança a taxa mais alta já registrada pelo Datafolha para um candidato em disputa presidencial no primeiro turno, superando os 49% obtidos por Fernando Henrique Cardoso em 1998 e pelo próprio Lula no último levantamento.
Nesse patamar, só há chance de segundo turno se os adversários conseguirem agora subtrair pontos de Lula –o que não ocorre desde meados de julho.
Após 12 dias de horário eleitoral e faltando 33 dias para a eleição, Lula tem hoje 56% dos votos válidos (descontados brancos, nulos e indecisos), contra 30% de Alckmin.
A principal novidade da pesquisa é uma significativa recuperação de Alckmin entre os eleitores mais ricos e escolarizados. O tucano ganhou sete pontos entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, chegando a 42% –contra os 29% de Lula. Entre os mais escolarizados, Lula perdeu quatro pontos (de 32% para 28%), enquanto Alckmin ganhou seis (de 31% para 37%).
Nesses dois segmentos houve ainda uma erosão na popularidade de Lula. A avaliação positiva do presidente caiu dez pontos (de 39% para 29%) entre os que ganham mais de dez mínimos e outros quatro entre os eleitores com nível superior.
No geral, a avaliação positiva do governo Lula recuou quatro pontos, de 52% para 48%.
O problema para Alckmin é que os segmentos mais ricos e escolarizados da sociedade têm pouco peso eleitoral por formarem uma minoria no Brasil.
Como contraponto, Lula voltou a crescer no Nordeste, o segundo maior colégio eleitoral do país. O petista passou de 65% para 70% das intenções de voto na região, atingindo um novo recorde.
FERNANDO CANZIAN