Além disso, destacou Pimenta, a vacina garante imunidade para um período de cinco anos. ‘Os recursos orçamentários do Brasil são limitados, como em todos os países, então é preciso que sejam otimizados em função daquelas ações que têm maior impacto de saúde pública’, acrescentou. ‘Esse estudo custo-efetividade que vai ser feito vai comparar esse poder da vacina de evitar a ocorrência de casos de câncer de colo de útero com outras técnicas já disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS), indicando a melhor decisão a ser tomada’, explicou o secretário.
Pimenta disse que é preciso levar em conta os custos e os benefícios em termos de saúde pública. Ele citou a vacina contra o rotavírus, cuja dose custa US$ 7, e que foi foi incluída no caledário de vacinação em março. ‘A introdução dessa vacina vai repercutir em pelo menos mil óbitos a menos em crianças de até cinco anos de idade e em menos 70 mil internações por ano’.
O secretário lembrou que, no caso de câncer de colo do útero, há exames preventivos, como o papanicolau, que podem ser realizados no Sistema Único de Saúde (SUS). ‘É um exame de baixo custo, de fácil acesso à população, e que também tem condições de prevenir a ocorrência de câncer de colo de útero, desde que, a partir do diagnóstico colocado no papanicolau, as outras medidas sejam tomadas’.
No Brasil, a vacina será vendida pelo laboratório Merck Sharp & Dohme. De acordo com Fabiano Pimenta, representantes do laboratório se reuniram ontem com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. ‘Mas ainda não há nenhuma proposta, nenhuma sinalização em termos de custo’, disse. Segundo a assessoria de imprensa do laboratório, o preço deverá ser divulgado nas próximas semanas e, até o final do ano, o produto deve estar disponível no mercado brasileiro.
Fonte: Agência Brasil