No último sábado, o Abrigo São Vicente de Paulo, de Ilhéus, encerrou o seu ciclo de palestras de sensibilização para promover melhor atendimento ao idoso no transporte coletivo. Desta vez, reuniu os cobradores e motoristas da empresa Viametro, que operam no sistema de transporte público em Ilhéus. Durante três horas, foram trabalhados aspectos comportamentais para o desempenho dos profissionais do setor. A mesma iniciativa foi feita, na semana, com a empresa São Miguel. A finalidade é dar continuidade à campanha “Adote Um Velhinho”, lançada em março, em comemoração aos 90 anos de existência do Abrigo.
Ao chegarem ao local do evento, a Casa de Retiro Nossa Senhora das Graças, na Conquista, diversos funcionários da Viametro lembraram situações vividas em família, e deixaram aflorar a emoção ao serem recebidos e abraçados por idosos residentes no abrigo, sob a administração da Irmã Raimunda Landim. A sensibilização é o primeiro momento do projeto criado pela professora Telma Moura, intitulado “Um beijo e uma Flor”, que no próximo dia 25 de julho, homenageará motoristas do transporte urbano de Ilhéus, que receberão uma flor das mãos dos idosos. Para ela, trata-se de “um momento de encorajamento para construir os hábitos. As pessoas ainda se importam com o lado sensível da vida. Cabe a nós, educadores, com a visão mais amadurecida dos projetos sociais, insistir na conscientização para uma vida melhor”.
Comparando o idoso a uma carga frágil, a psicóloga Aparecida Darci da Silva Santos iniciou sua palestra dizendo que todo motorista tem que saber a carga que conduz para saber como conduzi-la. Em seguida projetou a frase “Quem é este ser que eu conduzo, trato ou cuido, e no qual me tornarei?”. Informou ainda que 30% das mortes de idosos no Brasil são decorrentes de acidentes no trânsito e no transporte. E comentou sobre problemas enfrentados pela população idosa no ambiente viário, a exemplo do tempo dos semáforos para pedestres, que não leva em consideração o desempenho do idoso. A psicóloga defendeu um carinho maior com os idosos para que eles não sejam excluídos do convívio social.
CÁLCIO – Na oportunidade, o geriatra Antonio Carlos Espírito Santo, diretor do abrigo, prendeu-se às alterações biológicas do envelhecimento, que inicia aos 20 anos com a diminuição da massa muscular. Ele explicou que os idosos perdem a visão lateral, têm dificuldade para levantar a ponta dos pés, e que o seu organismo para suprir o cálcio que necessita vai buscá-lo exatamente nos ossos, por isso a fragilidade óssea. As funções hepáticas, renais, pulmonares, cardíacas e as capacidades cognitivas, como memória e orientação, também diminuem. Mas alerta: “Muitas dessas perdas podem ser minimizadas com exercícios físicos, alimentação, boa rede de relações sociais e manter-se ativo do ponto de vista mental”. Antonio Espírito Santo valorizou o idoso de hoje, dizendo que as conquistas sociais gastaram tempo. “Esses indivíduos do passado construíram esses direitos para todos nós”, afirmou.
Segundo a pedagoga Maria de Lourdes Teles, 29 anos de magistério, a população está envelhecendo no mundo e os mais novos precisam deste conhecimento para lidar com as fragilidades das perdas biológicas. “Outros segmentos da sociedade deveriam ter uma oportunidade dessas, a exemplo das escolas, que têm o papel de desenvolver a educação integral, que não implica só em passar conteúdo, mas preparar para a vida”, disse.
O motorista Irissan Castro disse: “vou sair com outra visão. No primeiro abraço que recebi de um idoso na chegada ao Abrigo, passou um filme na minha cabeça. Perdi minha “vó” ano passado, a quem abraçava todas as manhãs. Queria ter participado desse encontro há alguns anos atrás para ter aproveitado mais o convívio com ela”. Cinthia Santos, cobradora, não negou a emoção ao chegar e foi enfática: “Os idosos têm uma sabedoria muito grande”. Joselito Cardoso Reis, motorista, também desabafou: “fui criado por avó, e se tivesse essa experiência adquirida hoje, seria melhor. Já que não posso voltar ao passado, vou tratar todos os outros idosos da melhor maneira possível”.
Para o gerente da Viametro, Vilcemar Rodrigues, que participou do evento, o encontro vem somar ao dia-a-dia da operação da empresa. “Algumas coisas ditas já são aplicadas na empresa, que mantém um programa de treinamento visando aperfeiçoar os nossos colaboradores em relação ao atendimento ao cliente, em especial aos idosos, deficientes, gestantes e crianças”, acrescentou.
Comparando o idoso a uma carga frágil, a psicóloga Aparecida Darci da Silva Santos iniciou sua palestra dizendo que todo motorista tem que saber a carga que conduz para saber como conduzi-la. Em seguida projetou a frase “Quem é este ser que eu conduzo, trato ou cuido, e no qual me tornarei?”. Informou ainda que 30% das mortes de idosos no Brasil são decorrentes de acidentes no trânsito e no transporte. E comentou sobre problemas enfrentados pela população idosa no ambiente viário, a exemplo do tempo dos semáforos para pedestres, que não leva em consideração o desempenho do idoso. A psicóloga defendeu um carinho maior com os idosos para que eles não sejam excluídos do convívio social.
CÁLCIO – Na oportunidade, o geriatra Antonio Carlos Espírito Santo, diretor do abrigo, prendeu-se às alterações biológicas do envelhecimento, que inicia aos 20 anos com a diminuição da massa muscular. Ele explicou que os idosos perdem a visão lateral, têm dificuldade para levantar a ponta dos pés, e que o seu organismo para suprir o cálcio que necessita vai buscá-lo exatamente nos ossos, por isso a fragilidade óssea. As funções hepáticas, renais, pulmonares, cardíacas e as capacidades cognitivas, como memória e orientação, também diminuem. Mas alerta: “Muitas dessas perdas podem ser minimizadas com exercícios físicos, alimentação, boa rede de relações sociais e manter-se ativo do ponto de vista mental”. Antonio Espírito Santo valorizou o idoso de hoje, dizendo que as conquistas sociais gastaram tempo. “Esses indivíduos do passado construíram esses direitos para todos nós”, afirmou.
Segundo a pedagoga Maria de Lourdes Teles, 29 anos de magistério, a população está envelhecendo no mundo e os mais novos precisam deste conhecimento para lidar com as fragilidades das perdas biológicas. “Outros segmentos da sociedade deveriam ter uma oportunidade dessas, a exemplo das escolas, que têm o papel de desenvolver a educação integral, que não implica só em passar conteúdo, mas preparar para a vida”, disse.
O motorista Irissan Castro disse: “vou sair com outra visão. No primeiro abraço que recebi de um idoso na chegada ao Abrigo, passou um filme na minha cabeça. Perdi minha “vó” ano passado, a quem abraçava todas as manhãs. Queria ter participado desse encontro há alguns anos atrás para ter aproveitado mais o convívio com ela”. Cinthia Santos, cobradora, não negou a emoção ao chegar e foi enfática: “Os idosos têm uma sabedoria muito grande”. Joselito Cardoso Reis, motorista, também desabafou: “fui criado por avó, e se tivesse essa experiência adquirida hoje, seria melhor. Já que não posso voltar ao passado, vou tratar todos os outros idosos da melhor maneira possível”.
Para o gerente da Viametro, Vilcemar Rodrigues, que participou do evento, o encontro vem somar ao dia-a-dia da operação da empresa. “Algumas coisas ditas já são aplicadas na empresa, que mantém um programa de treinamento visando aperfeiçoar os nossos colaboradores em relação ao atendimento ao cliente, em especial aos idosos, deficientes, gestantes e crianças”, acrescentou.