Segundo o Ministério do Planejamento, o impacto da decisão da Câmara será de R$ 18 bilhões, dinheiro que não está previsto no Orçamento de 2006.
Embora o novo índice de reajuste ainda precise ser aprovada pelo Senado, a base governista já sinalizou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetará o gasto extra.
O governo ainda tentou evitar a derrota, alegando que esse assunto deveria ser tratado na MP 291, que deu o aumento de 5% para os aposentados e pensionistas que ganham mais que o mínimo. O acordo foi fechado entre o governo e centrais sindicais.
Prevendo a derrota, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), fez um discurso em que considerou como irresponsável esse aumento.
‘Se esta Câmara não tem a responsabilidade que os dirigentes sindicais tiveram, podemos até fazer esse discurso de defesa dos aposentados, mas temos que ter a responsabilidade de que estaremos quebrando a Previdência Social’, disse.
Além disso, ele sinalizou que o governo irá vetar esse aumento caso ele seja aprovado também no Senado –onde a oposição tem mais força.
‘Se aqui for aprovado algo irrealista, o presidente Lula vai mostrar mais uma vez que governa com responsabilidade.’
Já o líder do PT na Casa, Henrique Fontana (RS), disse que esse reajuste é uma manobra da oposição para desgastar a imagem do presidente Lula com o veto e fortalecer a candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) para a Presidência da República.
ANA PAULA RIBEIRO