Representante do Banco Alemão no Brasil visita Semarh

Os avanços atuais e os desafios próximos do Projeto Corredores Ecológicos da Mata Atlântica, PCEMA, foram apresentados ao diretor no Brasil do KfW, Banco de Desenvolvimento da Alemanha, André Mark Ahlert, na sede da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) do Estado, nesta sexta-feira (26), véspera do Dia Nacional da Mata Atlântica. O KfW é um dos parceiros do PCEMA, juntamente com Banco Mundial, e tem contrapartida dos governos federal e dos estados da Bahia, Espírito Santo e Amazonas. A visita de Ahlert, responsável pelo acompanhamento do CPEMA, marca o início da segunda fase do projeto e representa investimento alemão da ordem de 16 milhões de euros, somente na região do Corredor Central da Mata Atlântica, que engloba os estados da Bahia e do Espírito Santo.
Dividido em duas fases, o PCEMA tem como princípio reduzir a fragmentação
das florestas, integrando diferentes áreas protegidas. A idéia é fazer com
que a biodiversidade seja conservada a partir da facilitação do fluxo
genético de populações vegetais e animais entre as Unidades de
Conservação, UC’s.

Além da Semarh, o PCEMA inclui ações do Ibama, Ministério Público e do
Comitê da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, que conta com mais de 400
membros e tem importante participação no processo decisório das ações
desenvolvidas em prol da conservação da Mata Atlântica.

Com caráter abrangente, descentralizado e participativo, o PCEMA busca o
planejamento do uso dos recursos naturais e do solo, a partir da consulta,
não só às instituições governamentais, como também à sociedade civil.

“O que propomos é o envolvimento e a sensibilização no mesmo nível das
instituições e pessoas e a criação de parcerias nos diversos níveis:
federal, estadual, municipal, setor privado, sociedade civil organizada e
moradores de áreas de entorno das UC’s (unidades de conservação)”,
sintetiza Milson Batista, coordenador executivo do PCEMA.

Para marcar a finalização da primeira fase, foram concluídos, em abril, os
planos de manejo do Parque Estadual da Serra do Conduru e da Área de
Proteção Ambiental do Pratigi.

A segunda fase do projeto foi acordada em dezembro, a partir da assinatura
de contribuição financeira por parte do KfW. O foco agora estará sobre a
fiscalização e monitoramento do corredor, atividades que serão realizados
pela Semarh, através do Centro de Recursos Ambientais, e pelo Ibama, em
conjunto com outras instituições competentes.

André Ahlert esclareceu que a participação do KfW no projeto se deu
através de acordo fechado em 1992, durante a RIO ? 92, Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.

“Quinze anos depois, percebe-se no Brasil a aplicação de modelos de
desenvolvimento sustentável que trazem resultados positivos. A criação de
novas unidades de conservação, as áreas indígenas demarcadas, o processo
de consolidação das políticas públicas, tudo isto com uma atuante
contribuição da comunidade, são resultados concretos”, avalia Ahlert.

Além do Projeto Corredores Ecológicos, o Governo do Estado vem trabalhando
na criação de UC’s que contemplem a Mata Atlântica. Prova disso é que,
das 28 Áreas de Proteção Ambiental, APAs, Estaduais, 19 estão dentro da
faixa de Mata Atlântica remanescente na Bahia. Além disso, a Semarh criou
dois parques estaduais e uma estação ecológica totalizando 22 UC’s visando
a conservação do bioma.

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