O Comitê de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes do Estado da Bahia, entidade que reúne 50 organizações públicas e não-governamentais, propôs, ontem à tarde, ao governador Paulo Souto, a criação de uma força-tarefa para combater este tipo de crime em todo o território baiano. O grupo, cuja implementação recebeu apoio de Souto e deverá ocorrer ainda este ano, atuaria em moldes semelhantes ao de repressão à ação dos exterminadores.
A proposta foi retirada de uma reunião ocorrida a portas fechadas na sede da Governadoria, no CAB, entre o governador e representantes de entidades ligadas ao comitê. ‘Apresentamos um documento contendo algumas propostas para serem apreciadas. Ele (Souto) ficou de analisar alguns itens, mas apontou medidas que poderão ser postas em prática dentro de um curto prazo. Entre elas a implementação da força-tarefa’, destaca o coordenador do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Ives de Roussan (Cedeca-BA), Waldemar Oliveira.

Ainda não se sabe quando a força-tarefa será montada, nem os órgãos que farão parte dela. Contudo, Oliveira informou que o grupo deverá contar com membros das polícias Civil e Militar e integrantes do Ministério Público do Estado da Bahia.

Campanha- O documento apresentado ao governador inclui também a proposta de realização de uma campanha de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes junto a estudantes da rede pública de ensino. O projeto prevê a co-participação de professores e de pais de alunos e deverá ocorrer até meados de 2007. O comitê pediu ainda a Souto a criação de um programa voltado especificamente para as vítimas, onde elas passariam por etapas de qualificação profissional e receberiam uma bolsa enquanto estivessem em fase de aprendizagem.

Agecom