Os lojistas de Ilhéus têm feito inúmeras críticas e demonstrado sua grande insatisfação com o crescimento desenfreado do comércio informal na cidade. Por conta disso, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Ilhéus (CDL) encaminhou ao governo municipal uma solicitação para que sejam tomadas as devidas providências, a fim de evitar que o centro da cidade fique ainda mais desorganizado com a crescente ação dos vendedores ambulantes.
Ruas de grande circulação de pessoas estão sendo invadidas pelos vendedores ambulantes. Pontos como o calçadão da Marquês de Paranaguá, Rua Tiradentes e, mais recentemente a Rua Santos Dumont (ao lado do Supermercado Delta) estão tomados pela ação desses vendedores, que além de espalhar seus produtos pelas ruas e calçadas sem nenhum tipo de organização, ainda oferecem produtos a preços consideravelmente inferiores aos das lojas, já que não são obrigados a pagar impostos e taxas de funcionamento.

O presidente da CDL, Paulo Ganem, encaminhou na semana passada um documento ao secretário municipal de Indústria, Comércio, Ciência e Tecnologia, Libério Menezes, solicitando que alguma providência seja tomada para intimidar a ação desses vendedores, que tem gerado grande insatisfação entre os empresários de Ilhéus. “Nós pagamos impostos e todas as taxas de funcionamento para que possamos trabalhar, e de repente vemos as ruas tomadas por vendedores que não fazem nada disso e ainda desorganizam o comércio”, disse Ganem.
O presidente concorda que as pessoas devem buscar meios de gerar renda para sua família, mas não à custa dos lojistas, que desenvolvem suas atividades de acordo com as leis do comércio. “É preciso impor um limite para a atuação desses vendedores”, afirmou. Ele destaca a Rua Santos Dumont como o ponto mais afetado atualmente. “Foi montada uma verdadeira feira livre nessa rua, onde a sujeira e os restos de produtos estão espalhados por toda a parte, dificultando a passagem dos pedestres e veículos”, completou.
Há alguns dias, a CDL também encaminhou o pedido de providências ao governo municipal, quanto à atuação dos vendedores que vêm de outras cidades com caminhões cheios de produtos, como móveis, cofres, colchões e outros. Eles geralmente ficam estacionados no caminho da Praia do Sul aos domingos, a fim de atrair um grande número de consumidores. “A Prefeitura chegou a reforçar a fiscalização, mas depois de um tempo, eles acabam voltando para a cidade”, contou Paulo Ganem. “É preciso que seja criada uma ação efetiva e constante para inibir o crescimento do comércio informal na cidade”, concluiu.