O esquema funciona mais-ou-menos assim: Luciana Reis e Jabes Ribeiro sendo candidatos a Dep. Estadual, esperam que o povo vote neles. No caso para Dep. Federal, no fundo mesmo, o povo ficaria livre para votar em quiser. Quanto a Raymundo Veloso, o mesmo espera que o povo vote nele, e no caso para Dep. Estadual, o povo também ficaria livre para escolher quem quiser. Se quiser votar num forasteiro, problema. Em outras palavras, Vote em mim, o resto, mesmo sendo Ilheense, que se lasque, se arrombe. Farinha pouca, meu pirão primeiro! E, pelo visto, Veloso quer mesmo é tornar Márcio, seu filho, cidadão Candango. É ruim!
Uma dobradinha de Luciana com ACM Neto quem fica no lucro é a própria Luciana, pois, independente da loira, ACM Neto conseguirá arrancar muitos votos de Ilhéus e ainda vai se reeleger. A filha do prefeito pode ter todo o dinheiro do mundo, mas, ainda não tem respaldo eleitoral e nem experiência política. Bem que, o dinheiro constrói tudo isso. Outro detalhe: Luciana precisaria ir ao encontro do povão. Somente patrocinar eventos, doar caixão de defunto e sair na foto, é muito pouco. Talvez a belª seja um bom nome para 2010. Já com Veloso a coisa complica. Apesar de tentar emplacar um deputado forasteiro aqui na cidade, inclusive já com mídia de felicitações em algumas emissoras, não conseguirá vôo algum. Se Veloso quiser se tornar águia, que caia fora desta dobradinha, que mais parece uma dobradiça. Quanto ao Assessor especial do governador Paulo Souto, numa analise imparcial, fundamentada e embasada nos fatos, bem, esse leva vantagem sobre os demais: Tem uma história, tem uma vida dedicada a política da cidade e região e é bom de urna. É um profundo conhecedor do jogo do poder. Foi o prefeito mais jovem de Ilhéus. Tinha 30 anos quando foi eleito pela primeira vez. Teve três mandatos (1983/1988), (1997/2000) e (2001/2004). Em 1990 foi eleito deputado federal. Foi secretário municipal de educação e secretário de estado no governo Waldir Pires. Já foi candidato a vice-prefeito na chapa do seu mui amigo Jorge Viana e, presidente por várias vezes da Amurc. Jabes sabe jogar, é carismático, é sabidinho, tem o dom da oratória e é doente por política. Seu café da manhã é política, seu lanche é política, seu almoço é política, sua merenda é política, sua janta é política. Talvez sonhe até com política. Sua esposa Adriana pode confirmar. Jabes talvez nem precise de Fábio Souto. Precisa mesmo é do apoio logístico e financeiro do pai. Aliás, a dobradinha com Fabinho deva ser um voto de gratidão. E outra: Jabes é raposa velha, experimentado na política, tem metas e posições definidas. E, não é esse sorvete de chuchu que tanta Rúbia Carvalho anda pregando pelas esquinas. Como sempre diz um dos séqüitos do presidente do PFL local: “Jabes dá nó em gota de ácido, consegue fazer churrasco de manteiga e ainda bota todo mundo num saco de pano, amarra a boca, veda com fita crepe e joga no fundo mar. Lá onde afundou o Titanic”.
Agora, se Jabes vai ser eleito, aí são outros quinhentos, ou outros 411.
Vejo que ao invés de alguns pré-candidatos fazerem, falarem e propagarem hipocrisia ao molho de besterol, seria mais interessante começarem a trabalhar seus projetos para a campanha vindoura e, principalmente abandonarem a escola do professor Pinóchio. Talvez assim consigam melhor êxito.
Como essa onda de “Ilheense vota em Ilheense” não funcionará na sua plenitude, – não que Eu não queira-, aproveito para enviar algumas legendas interessantes de campanhas para as três celebridades que mais amam o povo: Em 2006 vote Luciana Reis; Não vote por dinheiro.Vote em Jabes Ribeiro; Vote em Raymundinho. O homem que foi contra o mensalinho; Vote em gente bacana. Eleja Luciana; Livre Ilhéus dos males.Vote em Jabes; Não caia em armadilha. O lugar de Veloso é Brasília; Livre Ilhéus da fome e da dor.Conduza Luciana à Salvador; l, 2, 3 Jabes outra vez; contecomigo, Veloso o amigo; Vote em Ilheenses. Luciana é mineira, Jabes e Veloso são Itabunenses.
É bom lembrar também que já começam a se articularem: Irmã Ângela da Coti; Doutor Rui do PT; Bispo Ossésio da ABC; Zerinaldo Sena, o cinegrafista; Jamil Ponto Dez Ocké e seu amiguinho Paulo Ganem, todos fechadinhos e amarradinhos com candidatos copa do mundo. E, Capitão Fábio? Esse tem o apoio fiel e abençoado do Padre misericordioso Nildemar Andrade, como sempre fez das vezes anteriores. O blá, blá, blá do sacerdote de que vota em Ilheense, é tão verdadeiro quanto a historinha de Jonas e a Baleia.
O certo é que Ilheense só deveria votar em Ilheense que fizesse dobradinha com outro Ilheense, certo?
Outros nomes sem tanta expressão também começam a se movimentar, a exemplo de Cacá do colchonete, Hernane Sá (do Psol-zinho), Jeremias do Jegue e Pipa. Este último pra decolar só falta mesmo uma rabiola. Quem vai emprestar o rabo?
Satirismo à parte, encerro aqui pra sempre o ciclo de comentários sobre a campanha em tela, deixando uma pergunta aos nossos pré-candidatos: Se forem a favor de que Ilheense deva votar em Ilheense, por que vocês não fazem dobradinha com nomes aqui mesmo da cidade?
Tribuna independente
Elias Reis/Articulista