João Braz de Aviz, arcebispo de Brasília, e Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, não constavam no anúncio feito durante a audiência das quartas-feiras, na sala Paulo 6º, no Vaticano.
Ratzinger nomeou 12 cardeais com menos de 80 anos, portanto com direito de voto durante um eventual conclave, a assembléia que elege o papa.
Outros 3 cardeais, com mais de 80 anos, foram nomeados por sua “fidelidade exemplar e admirável dedicação” a Igreja, nas palavras do pontífice.
Da Ásia
O primeiro nome anunciado por Bento 16 foi o monsenhor americano Wiliam Levada, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, posto ocupado por Ratzinger até ser eleito papa há quase um ano.
O ex-secretário particular de João Paulo 2º, Stanislaw Dsiwisz, arcebispo de Cracóvia, também foi nomeado cardeal. Junto com William Levada, era um dos nomes dados como certos para figurar na lista.
Na relação dos novos purpurados há somente um latino-americano: o arcebispo de Caracas, Jorge Liberato Urosa Savino.
Há também um espanhol, o arcebispo de Toledo, Antonio Canizares, o americano Sean Patrick O’Malley, arcebispo de Boston, e o francês Jean-Pierre Ricard, arcebispo de Bordeaux.
Três dos novos cardeais são asiáticos: Gaudencio Risales, arcebispo de Manila, Nicolas Cheong-Jin-Suk, arcebispo de Seul, e Joseph Zen Ze-Kiun, de Hong Kong.
Segundo observadores do Vaticano, estas nomeações são a novidade mais interessante e confirmam o interesse do papa em incentivar a evangelização e o diálogo naquela região.
Os observadores afirmam também que os italianos perderam terreno.
Dos 12 novos cardeais com menos de 80 anos, apenas dois são italianos. O arcebispo de Bolonha, Carlo Caffarra, e o prefeito do Supremo Tribunal Apostólico, Agostino Vallini.
Os três novos cardeais com mais de 80 anos de idade são: o italiano Andrea di Montezemolo, Peter Dery, de Gana, e o jesuíta e ex-colaborador de Ratzinger no Instituto Bíblico, Albert Vanhoye.
A cerimônia de posse foi marcada para o dia 24 de março.
BBC