OPERAÇÃO TAPA BURACO

VELHO, DE NOVO. DENÚNCIAS APONTAM DETERIORAÇÃO DO ASFALTO UTILIZADO NA OPERAÇÃO TAPA-BURACOS.

O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, admitiu que o governo encontrou “alguns defeitos” na recuperação das estradas, mas garante que só pagará pelas obras se a qualidade for comprovada. Para a especialista Áurea Rangel, diretora executiva da Hot Line, empresa especializada em desenvolvimento de materiais para sinalização viária horizontal e vertical, a qualidade do asfalto e da sinalização compromete a segurança de motoristas, motociclistas e pedestres. “É importante que se respeitem as condições necessárias à correta aplicação do asfalto, de tintas e materiais, que garantam alta durabilidade e visibilidade – no caso da sinalização – com a utilização mais eficaz e correta do dinheiro público”.

ILHÉUS (BA) SE DESTACA COMO 3º NAS PIORES.
Veja lista das melhores e piores do país.

Em meio a denúncias de que algumas obras da operação tapa-buraco não resistiram por um mês e já precisam de reparos – como um trecho da BR–070, no Distrito Federal, próximo da divisa com Goiás, na qual o asfalto recém-colocado para concertar um buraco já está cedendo –, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, admitiu que o governo encontrou “alguns defeitos” na recuperação das estradas. Salientou, porém, que tudo será corrigido e nenhuma obra será paga se descumprir padrões técnicos. “Se a empresa contratada fizer errado, terá de refazer. Se colocar areia no lugar de asfalto, terá de retirar. Se o asfalto não ficar dentro das normas técnicas, a empresa vai perder o trabalho que já fez”, diz Nascimento.

O ministro ainda reforçou que todas as obras só serão pagas pela União após auditoria e lembrou que o próprio governo solicitou o acompanhamento e fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) e pelo Exército.

Para a química e mestre em engenharia de materiais Áurea Rangel, “o programa de recuperação em execução no País tem se revelado mais importante do que apenas a reforma de um grande número de estradas, há muito necessitadas desse tipo de obras. Mais importante que a ação é a fiscalização dos serviços prestados (o que inclui o material utilizado, as técnicas empregadas e o nível de mão-de-obra), para assegurar que as obras sejam entregues tal como acertado”. Para a executiva, o País só tem a ganhar se este tipo de controle se tornar uma prática usual e for estendido a todas as demais contratadas pelo governo.

A operação emergencial de recuperação das estradas teve início este ano, após divulgação de pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) que apontou como ruim a péssima a condição da maior parte das rodovias brasileiras. Ao comentar a pesquisa, a química observa que “não se pode mais conceber, a partir da tecnologia alcançada na área, que se utilizem, na manutenção de rodovias, materiais reconhecidamente de baixa eficácia e curta durabilidade. Tal prática agrava a escassez de investimentos e transforma a manutenção das vias num inesgotável ralo do dinheiro público”.

Dados recolhidos pela CNT revelaram que 54,6% das estradas têm problemas na pavimentação: o asfalto é deficiente em 30% das pistas; 17% são classificadas como ruins e 7,5%, péssimas. No tocante à sinalização, os problemas são ainda mais graves, atingindo 68,1% das rodovias, na seguinte proporção: deficiente (28,9%); ruim (16,5%); e péssima (22,7%).

Além das gravíssimas conseqüências para a segurança, as condições inadequadas das estradas aumentam em cerca de 30% o tempo das viagens, comprometendo, principalmente, a distribuição de mercadorias e prejudicando a logística e a eficiência das cadeias de suprimentos.

As melhores e as piores estradas do País

Os melhores:

1º – Limeira (SP)/São José do Rio Preto (SP)

2º – São Paulo (SP)/Itaí (SP)/ Espírito Santo do Turvo (SP)

3º – São Paulo (SP)/Limeira (SP)

4º – Sorocaba (SP)/Cascata (SP)/ Mococa (SP)

5º – São Paulo (SP)/Uberaba (MG)

6º – São Paulo (SP)/Taubaté (SP)

7º – Araraquara (SP)/São Carlos (SP)/ Franca (SP)/ Itirapuã (SP)

8º – Campinas (SP)/Jacareí (SP)

9º – Engenheiro Miller (SP)/Jupiá (SP)

10º – Piracicaba (SP)/Mogi-Mirim (SP)

Os piores:

1º – Maceió (AL)/Salgueiro (PE)

2º – Araguaína (TO)/Picos (PI)

3º – Posse (GO)/Ilhéus (BA)

4º – Manaus (AM)/Boa Vista (RR)/ Pacaraíma (RR)

5º – Maceió (AL)/Paulo Afonso (BA)

6º – Curvelo (MG)/Ibotirama (BA)

7º – Alta Floresta (MT)/Cuiabá (MT)

8º – Salvador (BA)/Paulo Afonso (BA)

9º – Teresina (PI)/Barreiras (BA)

10º – Belém (PA)/Guaraí (TO)

Sobre a Hot Line

A Hot Line é uma das maiores empresas do Brasil especializada em desenvolvimento de materiais para sinalização viária horizontal (demarcação no pavimento) e vertical (placas laterais ou acima da pista). A empresa comercializa materiais essenciais à segurança no trânsito. Desenvolve e comercializa materiais para sinalização vertical e horizontal, fundamentais à melhoria do trânsito. Na sua mais recente linha de produtos de sinalização horizontal, estão tintas acrílicas à base de solvente e água; materiais termoplásticos naturais e sintéticos, aplicados a quente para demarcação; material de plástico a frio, indicado para produzir demarcações extrudadas e em relevos; e tachas e tachões (marcadores refletivos para pavimentos, com função específica de delinear faixas, pistas e segregar áreas e produtos); tintas específicas para pavimentos rígidos (concreto).

Na linha de materiais de sinalização vertical, a Hot Line vem oferecendo ao mercado placas em aço, aço galvanizado, alumínio e, principalmente, de fibra de vidro, considerado o mais adequado ao mercado brasileiro, pela alta durabilidade e baixo valor como sucata, desestimulando furtos e roubos. Dentre outros produtos desenvolvidos pela empresa, estão gabaritos para pintura (utilizados para compor tipografias no pavimento) e equipamento compacto de pintura (indicado para sinalização de legendas, setas e travessias, em pavimentos).

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