Os cacauicultores vão ganhar com a decisão pelo menos dois anos de carência de suas dívidas. Além disso, os que já estão inadimplentes terão seus cadastros regularizados nas instituições de crédito e cobrança.
Segundo as autoridades, os produtores terão que refazer seus cadastros, rever o perfil da dívida e recompor as condições de pagamento dentro do que ficou acertado na reunião do Conselho Monetário Nacional.
Serasa
Os produtores devem procurar a agência do Banco do Brasil onde obteve seu financiamento, atualizar o cadastro e assinar os aditivos depois de analisar com o gerente qual a condição mais adequada para seu contrato.
Cacauicultores da lista virtual Cacau recomendam que os produtores procurem a agência do BB de Itabuna, mesmo que tenham fechado contrato em outra cidade, pois “as demais não sabem de nada”, como observou um deles.
É importante observar que todos os contratos não pagos até dia 31 de janeiro vão gerar a inclusão do produtor no Serasa, até que o CMN envie o comunicado oficial para o banco e ele seja publicado no Diário Oficial.
A prorrogação das dívidas foi uma vitória do Grupo Temático do Cacau, que atuou tecnicamente junto aos ministérios da Fazenda e da Agricultura em Brasília e inclui o superintendente da Ceplac, Gustavo Moura, e Joaquim Cardoso.
Mas o benefício é só um dos problemas do cacau. O aumento do salário mínimo para R$ 350 a partir de abril vai pesar nas despesas das fazendas, sem que exista uma contrapartida do preço da arroba, que continua baixo, na casa dos R$ 50.
A produção, que em 2005 foi muito boa, ainda não tem uma previsão definida para 2006. Algumas áreas devem manter a produção obtida até dezembro, outras podem cair.
Além disso, o setor tem sobra de “padrinhos” que apenas “pongam” nas boas notícias e falta de lideranças reais.
A Região