O novo planeta tem cinco vezes a massa da Terra e está distante cerca de 25 mil anos-luz, próximo ao centro da Via Láctea.
Apesar da descoberta, publicada na Revista Nature, os cientistas minimizam as chances de se encontrar vida no planeta por causa das temperaturas extremamente baixas.
Conhecido como OGLE-2005-BLG-390LB, ele leva 10 anos para orbitar sua estrela mãe, parecida com o Sol, porém menor e mais fria.
Os cientistas calculam que a temperatura oscile em torno de – 220º C e que a superfície dele seja composta de líquido congelado.
Ele pode parecer uma versão maior de Plutão.
“Este é o planeta mais parecido com a Terra que já descobrimos até agora”, em termos de sua massa e a distância em relação a sua estrela mãe
“A maioria dos outros planetas descobertos ou são muito maiores ou quentes”, diz Michael Bode, da Universidade John Moores de Liverpool, um dos envolvidos no projeto.
Vida?
A técnica usada para a descoberta, chamado “fenômeno de lente”, foi prevista por Albert Einstein, em 1912.
A descoberta, ocorrida em meados do ano passado, envolveu pesquisadores de 12 países.
Até agora, cerca de 160 planetas foram encontrados fora do Sistema Solar, mas apenas três foram localizados usando essa técnica.
Após a descoberta de um planeta com condições semelhantes às da Terra, o próximo passo seria checar se existe vida ou não nele.
Essa tarefa pode se revelar mais complicada.
“Como podemos provar se existe vida em um planeta distante se não conseguimos nem provar se existe em Marte?”, pergunta Martin Dominik, da Universidade britânica de St. Andrew, outro colaborador do projeto.
BBC