Funcionários da Justiça baiana voltam ao trabalho após greve e recesso

Os funcionários do Judiciário Estadual voltaram hoje, dia 9, ao trabalho após 12 dias de greve, um dia de funcionamento seguidos de 18 dias de recesso. Apesar da previsão de aumento da demanda, os cartórios, juizados e varas da justiça estadual funcionarão sem horários ou funcionários extras.
No Fórum Ruy Barbosa, durante a greve dos servidores, diversas atividades judiciárias pararam, como distribuição de processos, central de abertura de firmas e protocolos administrativos, dentre outros. Os juizados também interromperam suas atividades. Funcionaram, apenas, os cartórios extrajudiciais, nos serviços de emissão de certidão de nascimento e atestado de óbito, e os cartórios de serventia judicial receberam apenas habeas corpus. No período de greve, Radamés Sampaio, presidente do Sindicato dos Servidores dos Juizados Especiais, Juizado de Menores, Ipraj e Tribunal de Justiça (Sintaj), informaram que 90% dos servidores aderiram a paralisação, ou seja, cerca de dois mil servidores parados. Logo após o fim da greve, no dia 20 de dezembro, começou o recesso de 18 dias, que foi estipulado por resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os cartórios extrajudiciais funcionaram normalmente. Alguns juízes e desembargadores trabalharam em regime de plantão.

O provável aumento da demanda causado pelo período de não funcionamento dos órgãos judiciários não vai modificar a rotina de trabalho dos servidores e serventuários. ‘Funcionaremos nos mesmos horários’, disse Maria José Silva, presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Simpojud). ‘Imaginamos que haverá aumento da procura, mas a estrutura de cada unidade será a mesma’, diz Gonzalo Alarcon, filiado ao Sintaj. A greve terminou sem que todas as reivindicações fossem atendidas. ‘Ganhamos em dois pontos: na progressão por escolaridade e no salário retroativo dos servidores que não foram reenquadrados em 2004’, diz Maria José. ‘Quando a nova mesa diretora assumir, queremos negociar, também, a tabela única entre capital e interior, já que hoje o servidor do interior ganha menos que aquele que trabalha na capital’.

Fonte: Correio da Bahia

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