Apesar de algumas teorias apontarem o isolamento, a falta de vida social e dificuldades de acesso como fatores possivelmente prejudiciais à sanidade de quem vive em áreas rurais, a pesquisa realizada pela Escola de Medicina de Warwick em conjunto com as Universidades de Bristol e de Porthsmouth chegou à conclusão contrária.
Foram analisados dados referentes a 7.659 adultos que vivem na Inglaterra, no País de Gales e na Escócia.
Os moradores de áreas rurais apresentaram um nível ligeiramente superior de sanidade mental do que os urbanos, segundo o estudo, publicado no Jornal Britânico de Psiquiatria.
Diferenças
A diferença relatada na pesquisa entre os moradores do campo e da cidade não se alterou mesmo tomando em consideração o nível socioeconômico, taxa de emprego ou renda familiar.
Os portadores de doenças mentais comuns que vivem em áreas menos densamente povoadas também apresentaram uma taxa mais alta de remissão, intervalo entre episódios da doença.
Mas os pesquisadores afirmam que apesar de terem considerado o número de pessoas vivendo em cada domicílio, e conseqüentemente a quantidade de pessoas vivendo sozinhas, outros fatores que podem afetar a saúde mental, como serviços sociais e acesso a transporte e cuidados médicos não foram levados em consideração.
O estudo afirma que “mais pesquisas são necessárias para entender melhor estas diferenças e como elas podem afetar a saúde mental dos indivíduos”.
BBC