Para o ministério, mesmo que não haja provas científicas de que os negros são biologicamente mais suscetíveis à infecção pelo HIV, as más condições sociais e econômicas em que a maioria vive, agravadas pelo próprio racismo, aumentam sua vulnerabilidade.
Já entre pacientes que disseram ser negros ou pardos, o percentual aumentou de 33,4% para 37,2% entre os homens e de 35,6% para 42,4% entre as mulheres.
De acordo com o Atlas Racial Brasileiro 2004, em geral, 50% da população negra está abaixo da linha de pobreza.
Os homens negros recebem, em média, 47% do que é pago aos brancos. Já o salário das mulheres negras corresponde a pouco mais da metade –54%, em média– do salário das brancas, de acordo com o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
Os negros também têm escolaridade mais baixa. São, em média, 6,3 anos de estudo contra 8 para brancos. Com isso, segundo a pesquisa de “Conhecimento, Atitudes e Práticas Sexuais na População Brasileira” de 2004, 73% da população branca conhece as formas de transmissão do HIV, para apenas 63,5% da negra.
Hoje há 40,5 milhões de soropositivos no mundo, o maior número de pessoas infectadas ao mesmo tempo desde o surgimento da doença. Ao todo, mais de 20 milhões de pessoas já morreram em consequência da Aids, desde o surgimento da doença.
Folha