20 de novembro, dia Nacional da Consciência Negra

Com base em estudos sobre a cultura afro brasileira e em especial as obras que falam sobre Palmares, ícone maior da resistência do povo negro e local de violentas e sangrentas batalhas pela igualdade racial e liberdade de nosso povo, palco da primeira ação afirmativa da história e túmulo de Zumbi um dos mais reverenciados líderes negros deste País, sim, por que existiram outros, a exemplo de Luiz Gama, José do Patrocínio e Castro Alves, além de outros tantos esquecidos, como aqui bem próximo de nós Gregório Luiz(líder da revolta do Engenho de Santana).
O vinte de Novembro, segundo o livro Educação e Ações Afimativas publicado pelo INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, teve seu primeiro ato evocativo em 1971 pelo grupo Palmares de Porto Alegre em um sábado a noite no Clube Náutico Marcílio Dias, sito Avenida Praia de Belas, nº 2300 – Bairro Menino Deus, com o titulo: Zumbi a Homenagem dos Negros do Teatro, publicada na folha da tarde do dia 17 de Novembro.
Somente sete anos mais tarde essa data seria referida no manifesto do grupo MNUCDR como dia Nacional da Consciência Negra, 1978.
Trinta e quatro anos se passaram e mesmo assim, o negro continua entrincheirado, nos incontáveis Palmares dos nossos Brasis, nos mais de 1500 quilombos já descobertos e nos milhões de quilombos urbanos,dos quais foram obrigados a viver, as favelas os guetos e as vilas exclusivamente pobres e negras.
Apesar disso, temos hoje diversos avanços, a lei 10.639, o estatuto da igualdade Racial aprovado no último dia nove, a Secretaria Especial para Políticas de Promoção da Igualdade Racial, o programa Brasil Quilombola, a política nacional de segurança alimentar e nutricional, com ênfase pra as comunidades tradicionais e tantos outros projetos e ações que possibilitam a saída da senzala efetivamente.
Mas, precisamos trazer para a esfera municipal estas políticas e programas, para que os negros de Ilhéus, também possam sair da senzala, para isso, contamos com a sensibilidade do Executivo Municipal em criar o órgão específico, ligado diretamente ao gabinete do prefeito, para estudar, propor, gerenciar, fiscalizar e aplicar tais políticas afirmativas estruturantes, compensatórias e reparatórias.
Já conseguimos a aprovação do CMPIR (conselho municipal de promoção da igualdade racial) por unanimidade dos vereadores, por entenderem que já passa da hora do estado brasileiro e seus entes, iniciarem o processo de reparação das atrocidades cometidas com nossos ancestrais e cometidas ainda hoje conosco(vide exclusão social, econômica, financeira, digital, educacional…).Esperamos verdadeiramente que neste 20 de novembro, a exemplo do Congresso nacional e da Presidência da república que aprovou e sancionará o estatuto da Igualdade Racial que dentre outras medidas reservará cotas nas universidades de nosso País.tenhamos do executivo municipal notícias de que dias melhores poderão ser sonhados para a nossa cidade, como nos romances do Amado Jorge.

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